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“Todo mundo precisa de ajuda, independente de quem seja”, diz produtor rural que luta contra a depressão

#souagro| Frescura, loucura, falta de Deus… Se você enfrenta a depressão, certamente já ouviu algumas dessas frases, mas saiba que nenhuma delas é verdadeira e que a depressão é mesmo uma doença.

A depressão é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o “Mal do Século”. No sentido patológico, há a presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência. A doença também causa falta de prazer em coisas que antes eram boas e uma grande oscilação de humor e pensamentos, que podem até levar a atos suicidas. Está presente na literatura médica e científica mundial que a depressão também incita alterações fisiológicas no organismo, sendo uma porta de entrada para outras doenças. Pessoas com depressão podem, além da sensação de infelicidade crônica, apresentar baixas no sistema imunológico e maiores episódios de problemas inflamatórios e infecciosos. A depressão, dependendo da gravidade, também pode desencadear doenças cardiovasculares, como infarto, acidente vascular cerebral e hipertensão.

A situação é muito séria e quando falamos da nossa realidade do portão para dentro, acaba complicando ainda mais. No agronegócio, muitos produtores acabam sendo ainda mais resistentes aos sintomas depressivos e relutam em buscar ajuda, o que não deve ser feito, pois é somente com ajuda que essa doença pode ser superada.

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Um exemplo disso é Bruna da Rolt, produtora rural e também agente de saúde em Jacinto Machado, Santa Catarina decidiu compartilhar um pouco de sua história conosco.

VEJA O VÍDEO:

“Sou casada há 11 anos e fui morar com a família do meu marido. Fica tudo nas costas e trabalho fora de casa, a vida no campo e plantamos de tudo um pouco. Antes eu não queria ser mãe, hoje eu poderia ser mãe, não posso mais, descobri que tenho um tumor onde tudo se acumula. Goste ou não, não queremos descer, mas aquela Bruna de dez anos atrás quando me casei, não existe mais. Me fechei muito, muito e pouco apoio”, conta Bruna.

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Bruna relata que além de produtora rural, seu trabalho na área da saúde foi um grande apoio para a busca por ajuda.

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“Consegui trabalhar na área da saúde. Tenho colegas de trabalho que são psicólogos e terapeutas. Fiz algumas sessões, mas por causa de muitas coisas pelas minhas costas não pude comparecer a todas as sessões. A gente conversa no WhatsApp, está me ajudando muito, mas antes era pior, hoje eu consigo aceitar mais esse problema”, explica Bruna.

O tratamento é feito com assistência médica profissional, por meio de medicamentos, e acompanhamento terapêutico de acordo com cada caso. O apoio da família é essencial. Deise Rosa é psicóloga e explica um pouco sobre o que é depressão.

“O que é essa depressão que muita gente, infelizmente, ainda não leva a sério? A depressão é uma doença muito séria que surge lentamente. Em última análise, intensifica os sintomas depressivos. As pessoas costumam dizer que não é o que diferencia os sintomas depressivos da depressão, a doença, o tempo e a intensidade voltarão. Vou tentar dar um exemplo aqui. Você teve uma perda significativa na vida, um relacionamento que não deu certo, um casamento que acabou, alguém, mudança de emprego, mudança de casa, aconteceu alguma coisa com seu filho, enfim, coisas que te deixaram triste. A tristeza é um sintoma que diminui nossas emoções e aí vem com ela, não só a tristeza vem essa irritabilidade. Muitas vezes essa raiva que parece desânimo. Às vezes há uma pequena dor no corpo, mas passa. Agora, todos os dias, são mais de 20, 20, 30 dias. Ops, sinal de alerta. É hora de obter ajuda. Então, o que precisamos saber que a intensidade está atrapalhando minha vida? Eu não posso mais estar nos movimentos que eu gostava. O que eu gostava de fazer não é mais o que costumava ser. É um alerta para buscar ajuda”, explica.

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A ajuda é essencial para quem precisa combater a depressão.

“A ajuda pode ser de duas formas, ou ajuda medicamentosa que o profissional indicado para isso seria o psiquiatra. Ah, mas eu não sou louca, depressão não tem nada a ver com loucura. Vá com calma nisso. Mas veja se eu tenho dor no joelho. Se estou tendo problemas com minha saúde mental, é meu humor que está deprimido. Eu também deveria procurar um médico especializado nessa área, certo? E é para isso que o psiquiatra vem. Porque? Porque existem alguns casos de depressão. Nem todos eles, mas há alguns que são apenas questões químicas. E esses casos, principalmente, que não têm uma causa específica. Ou seja, não houve desacordo, nenhuma perda, nada significativo. Esses casos têm que ser mais químicos e por isso precisam do remédio para te ajudar. Às vezes pensamos que vamos cuidar de tudo sozinhos. Procurar ajuda é essencial. Além do psicólogo que é o profissional que vai tentar te ajudar a entender de onde vem essas questões”, detalha Deise.

Buscar ajuda é o primeiro passo para passar por esse momento difícil.
“Obter ajuda. Tudo bem a gente procurar ajuda”, conclui Deise.

“Primeiro, sempre Deus. Sempre me apego demais a Deus e procuro ajuda. É muito bom. Você não pode deixar de estar sozinho, independentemente de onde você esteja no ar. E fica ainda mais difícil porque não queremos aceitar. As pessoas acham que é fresco, especialmente aqui onde moro. A mulher vai ao terapeuta e o psicólogo está fresco. Homens ainda mais e não é. Todo mundo precisa de ajuda, não importa quem seja. E Deus em primeiro lugar, sempre”, finaliza Bruna.

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(Débora Damasceno/Sou Agro )

(Foto: reprodução das redes sociais)



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