Atualmente, a prática é permitida por uma legislação aprovada há mais de 50 anos.

A marcação a ferro candente foi muito utilizada, tradicionalmente no Brasil, para a identificação dos rebanhos.

Cada fazenda tinha a própria marca, realizada com fogo no quarto traseiro do gado; depois, o sistema de registo evoluiu e passou a ter números de controles individuais das propriedades, também marcados com ferro.

A prática, além de prejudicar o bem-estar dos animais, desvaloriza o couro após os abates, causando prejuízo econômico.

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Mesmo antes da proposição da lei, pecuaristas já tinham começado a abandonar a prática e optar por alternativas mais eficientes, como a tatuagem, e pressionar as associações a flexibilizar as regras de identificação.

Tatuagem é alternativa para marcação de gado
Tatuagem é alternativa para marcação de gado

A marcação a ferro candente prejudica o bem-estar animal.

Desde 2014, o produtor Angelo Tellechea, da Cabanha Umbu, em Uruguaiana (RS), deixou o ferro e o fogo como sistema de registro dos animais e passou a adotar a técnica de tatuagem.

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O registro é realizado na face interna de ambas as orelhas, com equipamento e tinta apropriados para promover o bem-estar do rebanho.

A identificação é realizada nas primeiras horas de vida do animal. “Todos os nossos bovinos são pré-identificados ao pé da mãe, logo após o nascimento”, garantiu o pecuarista.

O registro segue a ordem cronológica dos partos, antes do desmame, e as características dos animais.

A tatuagem contém a indicação dos pais, o local de nascimento, as propriedades por onde o animal passou e quem é o proprietário atual.

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“A única coisa que muda é o nome do proprietário no registro genealógico”, explica o gerente de Fomento da Associação Brasileira de Angus, Mateus Piveta. Dessa forma, a técnica funciona como uma “certidão de nascimento” do animal.

Tatuagem substitui marcação a fogo há quase uma década. (Fonte: Gabriel Couto/Animal Business/Reprodução)
A tatuagem substitui a marcação a fogo há quase 1 década. (Fonte: Gabriel Couto/Animal Business/Reprodução)

A principal preocupação em abandonar o sistema de marcação a fogo é com o bem-estar do animal, por isso o sistema de tatuagem pode ajudar a definir todo o comportamento do gado ao longo da vida.

“Condutas respeitosas em todos os manejos fazem que os bovinos se comportem de maneira plenamente calma”, observa Tellechea.

A tatuagem faz parte de um sistema maior de cuidado com o rebanho. O grau mínimo de estresse animal contribui para melhores resultados reprodutivos, sanitários, avaliativos, entre outros.

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Na propriedade, as condutas adequadas de bem-estar ficam expostas em placas orientativas para os profissionais que lidam com os animais.

O registro também se tornou mais simplificado e eficiente. “O criador de angus que optar por não fazer nenhuma marcação a fogo consegue registrar o animal e emitir o selo pensando no bem-estar do rebanho”, comenta o gerente de Fomento.

Caso seja aprovado, o PL deve apenas proibir uma prática já abandonada por parte da pecuária.

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