Mapa e empresas discutem ajustes no marco legal para ampliar financiamento privado ao agronegócio

Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e um grupo de especialistas em mercado de capitais voltados para o agronegócio se reuniram para discutir ajustes nos decretos que regulamentam o financiamento privado à agricultura. A ideia é ampliar a abrangência da Cédula de Produto Rural (CPR) para o setor de comercialização de produtos agropecuários e ampliar ainda mais o saldo negociado de títulos vinculados ao setor. O encontro aconteceu na Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP), no dia 30 de setembro.

Segundo José Angelo Mazzillo, secretário adjunto de Política Agrícola do Mapa, o volume negociado em CPR até agosto de 2020 foi de R$ 17 bilhões. “Dois anos depois, em agosto de 2022, esse saldo subiu para R$ 178 bilhões”, disse Mazzillo, que coordenou o encontro.

O que aconteceu com essa explosão na negociação de títulos agrícolas? Segundo o secretário, foi justamente a primeira atualização na legislação que os regulamenta. A CPR foi instituída pela Lei 8.929, de 1994, e houve uma grande reforma com a Lei 13.986, de abril de 2020. Em julho de 2021, houve outra reformulação dessa legislação, com a Lei 14.421. “Estamos tornando a CPR um título muito atraente, tanto para o credor quanto para o tomador. Ambos querem um mercado financeiro bem desenhado, então ‘fechamos o circuito’ entre quem precisa de dinheiro e quem quer investir na agricultura”, explicou Mazzillo.

Patrocinadores

A expectativa, segundo o secretário, é que o volume de recursos negociados via CPR chegue em breve a R$ 200 bilhões e atinja a marca de um trilhão em cinco a dez anos. O agronegócio brasileiro movimenta hoje mais de R$ 2,5 trilhões, o que corresponde a pouco mais de um quarto do PIB do país, que é de aproximadamente R$ 9 trilhões.

“Nos últimos anos, temos impulsionado o financiamento agrícola privado para tornar a agricultura mais robusta em termos de recursos e financiamento. O Plano Safra é uma peça importante, mas nossa agricultura está crescendo como um foguete”, reforçou Mazzillo. Esse crescimento justifica a necessidade de ampliar a oferta de capital de giro e capital para investimento, trabalho que o Mapa vem desenvolvendo.

A adequação do marco legal é uma das estratégias adotadas. Nos últimos anos, a CPR expandiu-se do portão para a agroindústria, depois para a indústria, o setor de insumos, máquinas e implementos e, mais recentemente, para equipamentos de armazenagem. A ideia é abranger toda a cadeia do agronegócio.

jogadoras

A participação dos players do mercado na atualização do marco legal é estratégica. “Como a lei é para dinamizar o mercado, precisamos envolver o maior número possível de players nas conversas. Tanto por parte de quem emite a CPR e precisa do dinheiro, quanto por parte de quem vai comprar a CPR e fazer investimentos”, disse Mazzillo.

Patrocinadores

Quando um cliente vai ao banco e pretende investir no agronegócio, encontra recebíveis “empacotados” em instrumentos sofisticados do mercado de capitais, como o CRA, o Fiagro, a LCA (Carta de Crédito para o Agronegócio), um dos mais conhecidos. Pessoas físicas podem comprar ações desses produtos.

Participaram do encontro empresas estruturantes e securitizadoras que estruturam operações entre investidores da cidade e produtores rurais, além de bancos, cooperativas agrícolas, cooperativas de crédito e escritórios de advocacia. “As estruturadoras e securitizadoras são empresas que desenvolvem o modelo para calcular o risco de crédito do produtor rural e, com isso, oferecem esse serviço ao credor”, explicou o secretário. Essas empresas levam em consideração a possibilidade de inadimplência do produtor rural para estabelecer a taxa de juros adequada para esse risco.

Lucratividade

Investir em RCP é um bom negócio? Segundo Mazzilo, a rentabilidade é calculada pelo CDI, que, em geral, expressa a variação da taxa Selic definida pelo Banco Central. “A rentabilidade geralmente é medida pelo CDI mais um valor fixo, que pode variar de 4%, 5%, podendo chegar até 10% ao ano, dependendo do tipo de risco, do tipo de operação.” O mais comum é encontrar esses instrumentos estruturados no mercado com taxa CDI mais juros de 6% a 8% ao ano.

Mazzillo disse acreditar que, com as mudanças legais em andamento, o Brasil poderá ter um dos melhores mercados de crédito para o agronegócio do mundo. “Se conseguirmos implementar essas mudanças, será difícil ter um mercado de crédito ao agronegócio melhor do que o brasileiro”, disse.

RCP verde

A atualização dos decretos envolve melhorias pontuais, principalmente na regulamentação das CPR para fins de sustentabilidade. Mazzillo explica que o Produto Rural Cédula pode ser usado para financiar atividades convencionais ou atividades sustentáveis, neste caso, regulamentadas no Decreto 10.828, de 2021. “Decreto e lei têm que andar juntos, têm que conversar. Como a Lei 14.421 mudou muito as CPRs, permitindo a ampliação de seu uso, temos que atualizar o decreto.”

Um dos pontos a serem alterados está relacionado à nomenclatura. No caso da CPR Verde, há uma nomenclatura utilizada internacionalmente que os investidores estrangeiros estão acostumados e que os grandes investidores brasileiros estão começando a entender. “Temos que deixar isso explícito no decreto para que todos falem a mesma língua. Quando falamos de RCP desse tipo, todos devem entender o que significa essa RCP”.

Hoje, quando se fala em CPR Verde, os investidores a associam a questões ambientais, socioambientais, conservação, prestação de serviços ambientais, produção sustentável, o que pode gerar confusão conceitual. “O termo Green CPR é usado de forma intercambiável para todos os tipos de títulos sustentáveis. O mercado internacional já faz isso e o mercado nacional começa a operar com uma nomenclatura específica. Queremos trazer essa nomenclatura para a CPR e, dessa forma, favorecer as operações desse segurança no Brasil.” As informações são da assessoria de imprensa do Mapa.



Source link

Mapa se reúne com empresas para discutir ajustes no marco legal e ampliar financiamento privado para agricultura

A expectativa é de que o volume de fundos negociados via CPR chegue em breve a R$ 200 bilhões e atinja a marca de um trilhão em cinco a dez anos.

Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e um grupo de especialistas em mercado de capitais voltados para o agronegócio se reuniram para discutir ajustes nos decretos que regulamentam o financiamento privado à agricultura. A ideia é ampliar a abrangência da Cédula de Produto Rural (CPR) para o setor de comercialização de produtos agropecuários e ampliar ainda mais o saldo negociado de títulos vinculados ao setor. O encontro aconteceu na Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP), no dia 30 de setembro.

Segundo José Angelo Mazzillo, secretário adjunto de Política Agrícola do Mapa, o volume negociado em CPR até agosto de 2020 foi de R$ 17 bilhões. “Dois anos depois, em agosto de 2022, esse saldo subiu para R$ 178 bilhões”, disse Mazzillo, que coordenou o encontro.

O que aconteceu com essa explosão na negociação de títulos agrícolas? Segundo o secretário, foi justamente a primeira atualização na legislação que os regulamenta. A CPR foi instituída pela Lei 8.929, de 1994, e houve uma grande reforma com a Lei 13.986, de abril de 2020. Em julho de 2021, houve outra reformulação dessa legislação, com a Lei 14.421. “Estamos tornando a CPR um título muito atraente, tanto para o credor quanto para o tomador. Ambos querem um mercado financeiro bem desenhado, então ‘fechamos o circuito’ entre quem precisa de dinheiro e quem quer investir na agricultura”, explicou Mazzillo.

A expectativa, segundo o secretário, é que o volume de recursos negociados via CPR chegue em breve a R$ 200 bilhões e atinja a marca de um trilhão em cinco a dez anos. O agronegócio brasileiro movimenta hoje mais de R$ 2,5 trilhões, o que corresponde a pouco mais de um quarto do PIB do país, que é de aproximadamente R$ 9 trilhões.

“Nos últimos anos, temos impulsionado o financiamento agrícola privado para tornar a agricultura mais robusta em termos de recursos e financiamento. O Plano Safra é uma peça importante, mas nossa agricultura está crescendo como um foguete”, reforçou Mazzillo. Esse crescimento justifica a necessidade de ampliar a oferta de capital de giro e capital para investimento, trabalho que o Mapa vem desenvolvendo.

A adequação do marco legal é uma das estratégias adotadas. Nos últimos anos, a CPR expandiu-se do portão para a agroindústria, depois para a indústria, o setor de insumos, máquinas e implementos e, mais recentemente, para equipamentos de armazenagem. A ideia é abranger toda a cadeia do agronegócio.

jogadoras

a participação de jogadoras do mercado na atualização do marco legal é estratégico. “Como a lei é para dinamizar o mercado, precisamos envolver o maior número possível de pessoas nas conversas. jogadoras que conseguimos. Tanto por parte de quem emite a CPR e precisa do dinheiro, quanto por parte de quem vai comprar a CPR e fazer investimentos”, disse Mazzillo.

Quando um cliente vai ao banco e pretende investir no agronegócio, encontra recebíveis “empacotados” em instrumentos sofisticados do mercado de capitais, como o CRA, o Fiagro, a LCA (Carta de Crédito para o Agronegócio), um dos mais conhecidos. Pessoas físicas podem comprar ações desses produtos.

Participaram do encontro empresas estruturantes e securitizadoras que estruturam operações entre investidores da cidade e produtores rurais, além de bancos, cooperativas agrícolas, cooperativas de crédito e escritórios de advocacia. “As estruturadoras e securitizadoras são empresas que desenvolvem o modelo para calcular o risco de crédito do produtor rural e, com isso, oferecem esse serviço ao credor”, explicou o secretário. Essas empresas levam em consideração a possibilidade de inadimplência do produtor rural para estabelecer a taxa de juros adequada para esse risco.

Lucratividade

Investir em RCP é um bom negócio? Segundo Mazzilo, a rentabilidade é calculada pelo CDI, que, em geral, expressa a variação da taxa Selic definida pelo Banco Central. “A rentabilidade geralmente é medida pelo CDI mais um valor fixo, que pode variar de 4%, 5%, podendo chegar até 10% ao ano, dependendo do tipo de risco, do tipo de operação.” O mais comum é encontrar esses instrumentos estruturados no mercado com taxa CDI mais juros de 6% a 8% ao ano.

Mazzillo disse acreditar que, com as mudanças legais em andamento, o Brasil poderá ter um dos melhores mercados de crédito para o agronegócio do mundo. “Se conseguirmos implementar essas mudanças, será difícil ter um mercado de crédito ao agronegócio melhor do que o brasileiro”, disse.

RCP verde

A atualização dos decretos envolve melhorias pontuais, principalmente na regulamentação das CPR para fins de sustentabilidade. Mazzillo explica que o Produto Rural Cédula pode ser usado para financiar atividades convencionais ou atividades sustentáveis, neste caso, regulamentadas no Decreto 10.828, de 2021. “Decreto e lei têm que andar juntos, têm que conversar. Como a Lei 14.421 mudou muito as CPRs, permitindo a ampliação de seu uso, temos que atualizar o decreto.”

Um dos pontos a serem alterados está relacionado à nomenclatura. No caso da CPR Verde, há uma nomenclatura utilizada internacionalmente que os investidores estrangeiros estão acostumados e que os grandes investidores brasileiros estão começando a entender. “Temos que deixar isso explícito no decreto para que todos falem a mesma língua. Quando falamos de RCP desse tipo, todos devem entender o que significa essa RCP”.

Hoje, quando se fala em CPR Verde, os investidores a associam a ambiental, socioambiental, conservação, prestação de serviços ambientais, produção sustentável, o que pode gerar confusão conceitual. “O termo Green CPR é usado de forma intercambiável para todas as modalidades de título sustentável. O mercado internacional já faz isso e o mercado nacional começa a operar com uma nomenclatura específica. Queremos trazer essa nomenclatura para a CPR e, dessa forma, favorecer as operações desse segurança no Brasil.”

Fonte: gov.br

🚀 Quer ficar dentro agronegócio brasileiro e receba as principais novidades do setor em primeira mão? ✅ 👉🏽 Para isso, basta juntar-se ao nosso grupo de WhatsApp (clique aqui) ou Telegrama (clique aqui). 🚜🌱

Todo o conteúdo audiovisual do CompreRural é protegido pela lei brasileira de direitos autorais, sendo permitida a reprodução desde que citada a fonte e com aviso prévio através do e-mail [email protected]



Source link

Agências de crédito e representantes do setor privado forneceram detalhes aos ministros da agricultura sobre oportunidades de financiamento para ação climática na América Latina e no Caribe

O intercâmbio ocorreu em uma reunião organizada pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em San José, Costa Rica, com o objetivo de acordar uma posição convergente do setor agropecuário na região para a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), que acontecerá no Egito em novembro.

Henry González, vice-diretor executivo do Green Climate Fund (GCF), detalhou o funcionamento daquele que é o maior fundo multilateral de mudanças climáticas do mundo.

González explicou que o GCF foi estabelecido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e reconhecido como um dos mecanismos de financiamento do Acordo de Paris.

“Apoiamos os países em desenvolvimento em sua transição para economias de baixo GEE e resilientes ao clima. Vamos onde o setor privado não pode ir e temos uma visão de alto risco e longo prazo”, descreveu González, que também disse que “o IICA é uma das nossas entidades credenciadas mais recentes para ter acesso aos seus projetos”.

González explicou que o GFC financiou projetos no valor de 10,8 bilhões de dólares, mas conseguiu mobilizar 30 bilhões de outras entidades, de modo que a carteira total chega a 40,2 bilhões.

“O Fundo representa 2% ou 3% do financiamento total mundial para as mudanças climáticas. Dos nossos projetos, 49% referem-se à adaptação e 51% à mitigação, por isso estamos muito próximos de atingir a meta de alcançar um equilíbrio nesse sentido”, disse.

O funcionário disse que 70 projetos relacionados à agricultura no valor de US$ 1,1 bilhão estão sendo financiados em tópicos como agroecologia, esgotamento de metano nas plantações de arroz, pecuária resiliente de baixo carbono e redução da perda de desperdício de alimentos.

Carlos Manuel Rodríguez, Diretor-Geral e Presidente do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), acolheu com satisfação o convite do IICA para discutir uma posição sobre o setor agropecuário das Américas para a COP 27. “A questão ambiental agora é transversal. , e as convenções ambientais não são de propriedade exclusiva dos Ministérios do Meio Ambiente”, afirmou.

Rodríguez revelou que o GEF – nascido na Cúpula da Terra do Rio de Janeiro em 1992 – canalizou US$ 121 bilhões nos últimos 30 anos para 163 países em desenvolvimento.

“O problema das mudanças climáticas e a perda da biodiversidade são dois lados da mesma moeda, pois ambos são produtos de um modelo de consumo irracional que aspira a um crescimento limitado, sem conhecer os limites planetários”, disse Rodríguez, que foi três vezes ministro da o Meio Ambiente da Costa Rica.

“Embora nosso trabalho tenha se concentrado principalmente nos Ministérios do Meio Ambiente, os fundos do GEF estão disponíveis para os Ministérios da Agricultura”, disse Rodríguez.

“Às vezes me pergunto qual é a diferença entre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Acredito que já superamos essa dicotomia, porque hoje produção e conservação não competem. Os ministérios da Agricultura trabalham com biodiversidade domesticada e os ministérios do Meio Ambiente trabalham com biodiversidade selvagem, ambos com os mesmos atores econômicos e sociais e com as mesmas paisagens”, disse Rodríguez.

Christian Asinelli, Vice-Presidente Corporativo de Programação Estratégica do CAF-Banco de Desenvolvimento de América Latina, revelou que esta instituição financeira regional alcançou recentemente, por consenso de sua assembleia geral, um aumento de capital de 7 bilhões, o maior de sua história. .

“Queremos ser o banco verde da América Latina. Isso significa que 40% de nossos projetos devem abordar questões de mudança climática. E seja o banco da reativação”, disse.

Asinelli disse que, considerando que todos os países da região se comprometeram a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, a CAF tomou a iniciativa de criar um mercado latino-americano de carbono, no qual o setor agroalimentar terá um papel de liderança, uma vez que pode passar de emissor líquido a captador líquido dos gases que geram as mudanças climáticas.

A importância do setor privado

“Falamos muito sobre meio ambiente e clima, mas fazemos muito pouco. Precisamos acordar para o desafio das mudanças climáticas. Ninguém virá para nos salvar; devemos nos salvar com imaginação e inovação”, disse Satya Tripathi, secretário-geral da Parceria Global para um Planeta Sustentável.

Tripathi referiu-se à importância de os países recorrerem ao financiamento privado para a ação climática.

“Não cometa erros. Não há 100 bilhões de dólares por ano para as mudanças climáticas. O dinheiro não vai chegar”, disse, referindo-se ao valor comprometido pelos países desenvolvidos ao Acordo de Paris.

Nesse sentido, destacou: “Trabalhando com o setor privado e desenvolvendo parcerias respeitosas, podemos ter resultados notáveis”.

Craig Cogut, fundador e codiretor da Pegasus Capital Advisors, manifestou interesse em financiar projetos relacionados à transformação da agricultura nos Estados membros do IICA.

“A agricultura é central porque não está relacionada apenas à alimentação, mas também à saúde e à economia. O impacto ambiental existe, por isso queremos trabalhar com você”, disse.

Entre os projetos agrícolas que a Pegasus está financiando nas Américas, Cogut mencionou a produção orgânica de bananas, a redução das emissões de gases de efeito estufa da pecuária e a fabricação de fertilizantes à base de algas.



Source link

Privatização e a importância do setor privado nesse processo dão o tom do Congresso do Trigo

As discussões iniciais do 29º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, evento promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo, abordaram a privatização, além do crescimento da produção de cereais no Brasil e como isso contribui para garantir a segurança alimentar. O evento que começou na noite de domingo, 25/09, segue até terça-feira, 27/09, em formato híbrido, sendo o presencial na cidade de Foz do Iguaçu (PR).

Durante a abertura desta edição do evento, realizada no domingo, o presidente executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa, recebeu o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Alvim, que destacou a importância econômica e o dinamismo da cadeia do trigo brasileiro. .

“O trigo é um desafio para o qual o Brasil se posiciona cada vez mais como um player diferenciado. Quando olhamos para as empresas que apoiam eventos como este, percebemos como elas fortalecem o dinamismo do setor. Precisamos continuar atraindo investimentos com o compromisso de abastecer o mundo com alimentos, equipamentos e serviços”, destacou Alvim.

Abrindo a programação de conteúdos, a palestra inaugural do congresso transmitiu aos participantes do evento um panorama do cenário político e econômico. O cientista político e professor do Insper, Fernando Schuler, destacou a privatização como um caminho para o futuro da política nacional.

“Vivemos um momento de grande instabilidade no campo político brasileiro. Ao mesmo tempo, vivemos uma revolução tecnológica, que abalou ainda mais a democracia e o debate público. Isso trouxe à tona a discussão do inchaço do Estado, com a privatização e especialização da esfera governamental sendo uma solução para desburocratizar os processos e atrair novos investimentos para o país”, explicou Schuler.

O presidente da Abitrigo ecoou essa visão, reforçando o papel do setor empresarial para o desenvolvimento não só do setor de trigo, mas do Brasil como um todo.

“A democracia está consolidada, mas ainda carece de mais influência do setor privado para seu pleno exercício. Nesse sentido, ele deve ser atuante, levando adiante sua agenda de interesse e contribuindo para o avanço nacional, tanto na política quanto na economia”, reforçou Barbosa.

O potencial do Brasil para a produção de trigo

A abertura oficial da 29ª edição do congresso, na manhã desta segunda-feira, deu continuidade ao debate sobre a aptidão do Brasil para a produção de trigo e as projeções de crescimento da safra para os próximos anos, com a conquista da autossuficiência e até mesmo o posicionamento do país como exportador de grãos na próxima década.

O presidente do Conselho Deliberativo da Abitrigo, Rogério Tondo, destacou as conexões que proporcionam oportunidades de aprendizado e relacionamento que, segundo ele, impactam positivamente no aproveitamento das oportunidades e nas decisões empresariais. “Principalmente pelo contexto de volatilidade, incertezas, complexidade e ambiguidades que vivemos, em um ambiente de recuperação após o grande pico da pandemia, guerra na Ucrânia, problemas climáticos, eleições, câmbio e uma supersafra brasileira se aproximando. Nada melhor do que estar conectado, trocando experiências e expectativas”, destacou.

Em seguida, o pesquisador e melhorista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Carlos Roberto Riede, representando o secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, destacou a importância do estado para a produção de trigo. “O Paraná é um dos principais produtores de trigo e destaco que a área e o potencial de produção do cereal no Brasil estão em expansão, o que pode levar o país à autossuficiência”, ressaltou.

O Chefe Geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, abordou o papel do desenvolvimento sustentável da produção de trigo. “Como cereal de inverno, o trigo é uma planta descarbonizante. Sua importância vai além da produção de pães, biscoitos e massas, por exemplo”, disse. “O cultivo de trigo melhora a estrutura do solo e iniciamos uma ‘revolução’, seguindo o mesmo caminho da produção de soja e milho no Brasil”, destacou.

Segundo ele, o Brasil tem plena capacidade de produzir todo o trigo para atender sua demanda. “Podemos contribuir para a segurança alimentar e uma cultura de paz. Até 2030, o Brasil ultrapassará 20 milhões de toneladas de trigo. Isso é resultado do trabalho de toda a cadeia do trigo em prol desse crescimento de produção e qualidade”, ressaltou.

Aumento da produção e segurança alimentar

Na sequência do Congresso Internacional da Indústria do Trigo e com a moderação do jornalista especializado em Agronegócios e Marketing, José Luiz Tejon, foi realizado o Painel “Segurança Alimentar e Mercado de Trigo”.

A Tejon abriu o processo destacando a competência de coordenar a cadeia do trigo. “Vejo uma grande evolução na gestão da cadeia produtiva. Aqui, destaco o crescimento da credibilidade do agronegócio, por meio da Embrapa. Será a ciência e o mundo da comunicação que promoverão um Brasil capaz de crescer e dobrar seu PIB, e a agricultura tem um papel importante nesse contexto”, afirmou.

O coordenador do FGVAgro, Roberto Rodrigues, avaliou o crescimento do mercado de trigo. “O Brasil vai exportar 10 milhões de toneladas de trigo em dez anos. É uma chance que a história coloca no seu ‘colo’”, sublinhou. Sobre o tema da segurança alimentar, Rodrigues destacou que não há estabilidade ou segurança política em um país faminto. “O Brasil pode não só produzir alimentos, mas também ensinar o mundo a ‘pescar’, tecnicamente, ensinando a fazer bem”, disse.

Segundo ele, o USDA projeta que o mundo deve aumentar a produção de alimentos para atender ao crescimento da demanda até 2026/27. “O Brasil é o país que mais vai aumentar a produção, com previsão de alta de 41% no período. Temos terra disponível, tecnologia e gente para produzir”, destacou.

Fechando o painel, o Consultor do Mercado Privado de Trigo, Pablo Maluenda, destacou que, nos últimos dez anos, a União Européia se tornou a maior produtora de trigo entre os grandes exportadores, mas tende a reduzir sua produção desde o auge. em 2015, aumentando sua dependência das importações do Mar Negro e dedicando terras a outras culturas.

Segundo ele, além da Rússia, há também aumento de produção na Ucrânia e Argentina, entre os países que exportam para a América Latina, e queda de produção nos Estados Unidos em dez anos.

Maluenda apresentou os fatores que afetaram o mercado de trigo ao longo de 2022. “Destaco a guerra na Ucrânia, as medidas econômicas tomadas nos Estados Unidos que afetam outros países e a economia mundial, o clima e as consequências da pandemia, que continuam sendo um fator que afeta os mercados, principalmente considerando a situação na China e, ainda, uma possível recessão global como resultado”, disse.

Em sua opinião, a forma como a situação na Ucrânia está evoluindo é um grande ponto de preocupação. “A expansão da guerra, as exportações de grãos e a produção na área da Ucrânia são motivo de preocupação. A Rússia continuará tendo problemas para encontrar acordos de exportação para seu trigo. No final de setembro, as exportações de trigo estão estimadas em menos de 8 milhões de toneladas, cerca de 3 milhões a menos do que há um ano.”

A programação do 29º Congresso Internacional da Indústria do Trigo prossegue na tarde desta segunda-feira, com a realização de um painel que pretende dar espaço à visão das mulheres na gestão do negócio do trigo, além de dois workshops. Os debates continuam na manhã desta terça-feira, 27/09, com dois painéis: “Tendências do Mercado de Consumo” e “Inovações e Tecnologias no Brasil e no Mundo”.

O encerramento do evento, no final da manhã desta terça-feira, contará com a presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes.



Source link

Qual cidade ganhou o primeiro pátio privado de classificação de fertilizantes no Brasil?

Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
Se você está interessado em estar sempre atualizado sobre o agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor, você veio ao lugar certo. Neste artigo, abordaremos um tema relevante para a agricultura brasileira e discutiremos a importância da classificação de fertilizantes no Brasil.

Título 1: A importância da classificação de fertilizantes para a agricultura brasileira

Agricultura de precisão: Os fertilizantes devidamente classificados permitem aos agricultores praticar a agricultura de precisão, adaptando as aplicações de fertilizantes a diferentes culturas, solos e condições ambientais. Isso leva ao aumento da produtividade das culturas e à redução de desperdícios e perdas.

Título 2: Sustentabilidade ambiental na importação de fertilizantes

Sustentabilidade ambiental: Ao classificar corretamente os fertilizantes, fica mais fácil controlar sua distribuição e minimizar o risco de poluição ambiental. Isso está alinhado com o compromisso do Brasil com a agricultura sustentável e a conservação ambiental.

Título 3: Eficiência econômica na classificação de fertilizantes

Eficiência econômica: A classificação eficiente de fertilizantes reduz as complexidades logísticas, garantindo que os fertilizantes certos cheguem rapidamente aos destinos certos. Isso pode levar a poupanças de custos tanto para os agricultores como para os importadores.

Título 4: A influência da classificação de fertilizantes na qualidade das culturas

Qualidade das culturas: Os fertilizantes devidamente classificados contribuem para melhorar a qualidade das culturas, aumentando a competitividade do Brasil nos mercados globais.

Conclusão:

Em suma, a classificação de fertilizantes desempenha um papel fundamental na garantia da qualidade e na eficiência da importação de fertilizantes no Brasil. Além disso, promove a sustentabilidade ambiental e contribui para o crescimento econômico do setor agrícola. Portanto, é essencial que as empresas invistam nesse processo para obter resultados melhores e fortalecer a posição do Brasil como um dos principais exportadores agrícolas do mundo.

Perguntas com respostas que geram alta demanda de visualizações:

1. Quais são os benefícios da classificação de fertilizantes para os agricultores brasileiros?
– A classificação de fertilizantes permite a prática da agricultura de precisão, aumentando a produtividade das culturas, reduzindo desperdícios e perdas.

2. Como a classificação de fertilizantes contribui para a sustentabilidade ambiental?
– A classificação adequada dos fertilizantes ajuda a controlar sua distribuição e minimizar o risco de poluição ambiental, apoiando a agricultura sustentável e a conservação do meio ambiente.

3. Quais são os aspectos econômicos da classificação de fertilizantes?
– A classificação eficiente de fertilizantes reduz a complexidade logística e permite que os fertilizantes cheguem mais rapidamente aos locais de destino, gerando economia tanto para os agricultores quanto para os importadores.

4. Como a classificação de fertilizantes afeta a qualidade das culturas?
– Fertilizantes devidamente classificados contribuem para melhorar a qualidade das culturas, tornando o Brasil mais competitivo nos mercados globais.

5. Por que a classificação de fertilizantes é importante para o Brasil como um dos principais exportadores agrícolas?
– A classificação de fertilizantes garante a qualidade dos produtos agrícolas exportados pelo Brasil, fortalecendo sua posição como um dos principais exportadores do setor.

Com essas informações, esperamos que você esteja melhor informado sobre a importância da classificação de fertilizantes no Brasil e como ela pode beneficiar tanto os agricultores como o setor agrícola como um todo.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
Escreva para nós nos comentários!

Verifique a Fonte Aqui

A classificação aumenta a garantia da qualidade do produto que chega ao Brasil e contribuirá para o processo de importação de fertilizantes pelo porto.

“Nos últimos anos, a procura por vários tipos de fertilizantes tem crescido à medida que os agricultores procuram optimizar o rendimento e a qualidade das colheitas. O Brasil, sendo um gigante agrícola global, depende fortemente de fertilizantes para manter sua posição como um dos principais exportadores de produtos agrícolas”, explicou Valdecio Bombonatto, CEO da FTSpar.

A descarga de fertilizantes nos portos paranaenses aumentou 10,32% no primeiro semestre deste ano. Nos cinco primeiros meses do ano, o volume atingiu 3.924.395 toneladas, vindo principalmente da Rússia (20,4%), China (19,7%), Canadá (18,6%) e Estados Unidos (8,8%). %).

A previsão do Sindicato da Indústria de Fertilizantes Agropecuários e Corretivos do Estado do Paraná (Sindiadubos) é que o volume desembarcado até o final do ano ultrapasse 9 milhões de toneladas em Paranaguá. Entre os principais fertilizantes importados pelo porto de Paranaguá estão cloreto de potássio, ureia, MAP e produtos do complexo NPK.

Classificação de fertilizantes

O pátio de classificação de fertilizantes da FastFrete já recebe em média duas mil toneladas de fertilizantes por dia. A classificação de fertilizantes é o processo de categorização e separação de fertilizantes importados com base em sua composição química, propriedades físicas e uso pretendido.

Para o diretor da empresa FastFrete, João Bombonatto, o pátio de classificação de fertilizantes de Paranaguá representa um momento significativo para a cidade, para o estado do Paraná e para todo o país. “Essa iniciativa não só simplificará o processo de importação de fertilizantes, mas também contribuirá para o crescimento e a sustentabilidade do agronegócio. Somos a primeira e única empresa privada do Brasil que oferece o serviço de classificação de fertilizantes”, informa.

A classificação de fertilizantes é um procedimento meticuloso, pois garante que cada lote esteja alinhado às necessidades específicas dos agricultores brasileiros e suas diversas culturas, incluindo:

Agricultura de precisão: Os fertilizantes devidamente classificados permitem aos agricultores praticar a agricultura de precisão, adaptando as aplicações de fertilizantes a diferentes culturas, solos e condições ambientais. Isso leva ao aumento da produtividade das culturas e à redução de desperdícios e perdas.

Sustentabilidade ambiental: Ao classificar corretamente os fertilizantes, fica mais fácil controlar sua distribuição e minimizar o risco de poluição ambiental. Isso está alinhado com o compromisso do Brasil com a agricultura sustentável e a conservação ambiental.

Eficiência econômica: A classificação eficiente de fertilizantes reduz as complexidades logísticas, garantindo que os fertilizantes certos cheguem rapidamente aos destinos certos. Isto pode levar a poupanças de custos tanto para os agricultores como para os importadores.

Qualidade das culturas: Os fertilizantes devidamente classificados contribuem para melhorar a qualidade das culturas, aumentando a competitividade do Brasil nos mercados globais.

Sair da versão mobile