Qual é o valor total das exportações do setor agropecuário em Minas Gerais de janeiro a julho, de acordo com o Portal DBO?

Noticias do Jornal do campo

Boa leitura!

As exportações do agronegócio mineiro somaram US$ 8,2 bilhões de janeiro a julho deste ano, com destaque para o crescimento de 45% no setor de produtos florestais, em relação ao mesmo período de 2022, atingindo a marca de US$ 677,4 milhões.

O complexo sucroalcooleiro também teve um aumento significativo de 36,2%, atingindo uma receita de US$ 826,4 milhões.

Patrocinadores

Mais de 1 milhão de toneladas de produtos florestais (celulose, madeira, papel, borracha natural e gomas naturais) foram embarcadas para o exterior, volume 22,6% superior aos embarques nos primeiros sete meses de 2022. Enquanto o complexo sucroalcooleiro exportou 1,8 milhões de toneladas, com reforço de 10,8%.

No segmento de produtos florestais, a celulose foi responsável pela maior parte das vendas no mercado internacional, 98% dos embarques, e vive um cenário de alta demanda, impulsionada principalmente pelas compras chinesas.

“A demanda da China por celulose está ligada ao seu uso na produção de artigos de higiene para a população. No contexto das exportações desse produto, Minas Gerais assume a posição de quarto maior estado fornecedor do Brasil, gerando uma receita de US$ 664 milhões e um volume de 982 mil toneladas. Este é o melhor desempenho desde que o recorde histórico começou em 1997.”comenta a assessora técnica da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Manoela Teixeira.

Dentro do complexo sucroalcooleiro, o produto com melhor resultado foi o açúcar, com US$ 749,4 milhões, seguido do álcool, com US$ 74 milhões.

Patrocinadores

VEJA TAMBÉM | Receita em SP com exportações de janeiro a julho cresce 5% em relação a 2022, diz IEA

Retração – O faturamento de US$ 8,2 bilhões do agromineiro com exportações, entre janeiro e julho, sofreu queda de 9,7% em relação ao mesmo período de 2022.

A queda é explicada pela queda de 17,4% no preço médio total da tonelada da commodity no mercado mundial. Os produtos que registraram maior queda no valor foram café, complexo soja e carnes.

“A queda no volume de transações por tonelada está, em grande parte, ligada às reorganizações no mercado internacional de commodities. Especificamente em Minas Gerais, o desempenho das vendas externas do setor cafeeiro impacta todo o conjunto de itens comercializados, devido à sua considerável importância. Neste momento, dada a retração nas vendas de café, essa influência é ainda mais marcante”explica Manuela.

O café, carro-chefe da agricultura mineira, foi responsável por US$ 2,9 bilhões em receita e 12,8 milhões de sacas destinadas a 87 países, principalmente Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão.

Nos primeiros sete meses deste ano, o segmento foi responsável por 36% das vendas externas do agronegócio no estado. Em relação ao mesmo período de 2022, as quedas foram de 25,4% na receita e de 21,4% no volume.

A expectativa é de recuperação no segundo semestre, momento em que as vendas de café ganham expressão com o fim da safra. A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que sejam produzidas 27,8 milhões de sacas na safra de 2023. O número é cerca de 27% superior ao obtido no ano passado.

Complexo de Soja – O volume embarcado da oleaginosa foi recorde entre janeiro e julho, com embarques de 4,7 milhões de toneladas, gerando receita de US$ 2,6 bilhões.

Mesmo em um cenário positivo, houve pequena queda de 2,5% no preço dos produtos, com 2,2% da soja em grão e 13,3% do farelo. Por outro lado, o petróleo subiu 21,4% em valor. A China respondeu por metade das importações do produto mineral.

O segmento de carnes segue em ritmo de retração nas exportações, principalmente pelo arrefecimento das compras chinesas, principal porta de entrada da proteína. A queda na faixa foi registrada em 33%.

No caso da carne de frango, o cenário foi de estabilidade, com alta de 1% nas vendas, que chegaram a US$ 206 milhões. O destaque em termos de crescimento foi a carne suína, com US$ 25,9 milhões e cerca de 12 mil toneladas, altas de 16% e 5%, respectivamente.

SAIBA MAIS | Balança comercial tem superávit de US$ 2,410 bilhões na 3ª semana de agosto

Dados gerais – O agro respondeu por quase 36% do total exportado por Minas Gerais nos primeiros sete meses de 2023. Em volume, foram embarcadas 9,1 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 9,4%.

Os principais destinos dos produtos agrícolas do estado no intervalo foram: China (US$ 2,9 bilhões), Estados Unidos (US$ 677,3 milhões), Alemanha (US$ 481,5 milhões), Itália (US$ 330,4 milhões) e Japão (US$ 318,5 milhões milhão).

Isoladamente, o último mês de julho faturou US$ 1 bilhão com comércio internacional e 1,2 milhão de toneladas embarcadas para o exterior. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Fonte: Ascom Seapa/Governo de MG

:

Sempre é importante lembrar que as exportações do agronegócio são fundamentais para impulsionar a economia de um país. No caso de Minas Gerais, não é diferente. No período de janeiro a julho deste ano, as exportações do agronegócio mineiro alcançaram um total de US$ 8,2 bilhões. Um crescimento notável, mesmo diante de um cenário mundial desafiador.

Um dos setores que obteve um destaque considerável foi o de produtos florestais, que registrou um crescimento de 45% em relação ao mesmo período de 2022, atingindo a marca de US$ 677,4 milhões em receita. Isso se deve, em grande parte, ao aumento das exportações de celulose, madeira, papel, borracha natural e gomas naturais. Mais de 1 milhão de toneladas desses produtos foram embarcadas para o exterior, representando um aumento de 22,6% em relação ao ano anterior.

Outro setor que apresentou um crescimento significativo foi o complexo sucroalcooleiro, com um aumento de 36,2% em relação ao mesmo período de 2022, alcançando uma receita de US$ 826,4 milhões. Dentro desse setor, o açúcar foi o destaque, com uma receita de US$ 749,4 milhões, seguido pelo álcool, que alcançou a marca de US$ 74 milhões.

No entanto, apesar desses números promissores, é importante destacar que as exportações do agronegócio mineiro sofreram uma queda de 9,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa queda pode ser atribuída, principalmente, ao recuo no preço médio total da tonelada da commodity no mercado mundial, que registrou uma queda de 17,4%. Produtos como café, complexo soja e carnes foram os mais afetados.

No caso do café, que é um dos principais produtos agrícolas de Minas Gerais, a queda na receita foi de 25,4% e a queda no volume foi de 21,4% em relação ao mesmo período de 2022. No entanto, a expectativa é de uma recuperação no segundo semestre, com o fim da safra. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra de 2023 produza 27,8 milhões de sacas de café, um aumento de cerca de 27% em relação ao ano passado.

No segmento de soja, apesar do crescimento no volume de exportações (4,7 milhões de toneladas), houve uma queda de 2,5% no preço dos produtos. Já o segmento de carnes registrou uma queda de 33% nas exportações, principalmente devido ao arrefecimento das compras chinesas.

No total, as exportações do agronegócio representaram quase 36% do total exportado por Minas Gerais nos primeiros sete meses de 2023. Os principais destinos dos produtos agrícolas do estado foram a China, Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão.

As perspectivas para o futuro são positivas, especialmente com a expectativa de recuperação no segundo semestre. No entanto, é importante que o setor continue buscando alternativas e estratégias para superar os desafios do mercado internacional.

Confira abaixo alguns questionamentos importantes sobre o tema:

1. Quais são os setores que apresentaram maior crescimento nas exportações do agronegócio mineiro?
2. Qual produto foi responsável pela maior parte das vendas no mercado internacional no setor de produtos florestais?
3. Por que houve uma queda nas exportações do agronegócio mineiro em relação ao mesmo período de 2022?
4. Qual é a expectativa de recuperação para o setor de café no segundo semestre?
5. Quais foram os principais destinos dos produtos agrícolas de Minas Gerais nos primeiros sete meses de 2023?

Esperamos que este artigo tenha sido informativo e útil para você. Se tiver alguma dúvida ou quiser saber mais sobre o assunto, não hesite em entrar em contato conosco ou deixar um comentário abaixo.
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão?

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
Escreva para nós nos comentários!

Verifique a Fonte Aqui

Quanto somam as exportações do setor agropecuário em Minas Gerais de janeiro a julho, em bilhões de dólares?

Noticias do Jornal do campo

Boa leitura!

As exportações do agronegócio mineiro somaram US$ 8,2 bilhões de janeiro a julho deste ano, com destaque para o crescimento de 45% no setor de produtos florestais, em relação ao mesmo período de 2022, atingindo a marca de US$ 677,4 milhões. O complexo sucroalcooleiro também teve um aumento significativo de 36,2%, atingindo uma receita de US$ 826,4 milhões.

Mais de 1 milhão de toneladas de produtos florestais (celulose, madeira, papel, borracha natural e gomas naturais) foram embarcadas para o exterior, volume 22,6% superior aos embarques nos primeiros sete meses de 2022. Enquanto o complexo sucroalcooleiro exportou 1,8 milhões de toneladas, com reforço de 10,8%.

No segmento de produtos florestais, a celulose foi responsável pela maior parte das vendas no mercado internacional, 98% dos embarques, e vive um cenário de alta demanda, impulsionada principalmente pelas compras chinesas.

“A demanda da China por celulose está ligada ao seu uso na produção de artigos de higiene para a população. No contexto das exportações desse produto, Minas Gerais assume a posição de quarto maior estado fornecedor do Brasil, gerando uma receita de US$ 664 milhões e um volume de 982 mil toneladas. Este é o melhor desempenho desde o início do recorde histórico em 1997”, comenta a assessora técnica da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Manoela Teixeira.

Dentro do complexo sucroalcooleiro, o produto com melhor resultado foi o açúcar, com US$ 749,4 milhões, seguido do álcool, com US$ 74 milhões.

retratação

Receita de US$ 8,2 bilhões com exportações agromineiras, entre janeiro e julho, caiu 9,7% em relação ao mesmo período de 2022. A retração é explicada pela queda de 17,4% no preço médio da tonelada total de commodities no mercado mundial . Os produtos que registraram maior queda no valor foram café, complexo soja e carnes.

“A queda no volume de transações por tonelada está, em grande parte, ligada às reorganizações no mercado internacional de commodities. Especificamente em Minas Gerais, o desempenho das vendas externas do setor cafeeiro impacta todo o conjunto de itens comercializados, devido à sua considerável importância. Neste momento, dada a queda nas vendas de café, essa influência é ainda mais acentuada”, explica Manoela.

Cafeteria

O café, carro-chefe da agricultura mineira, foi responsável por US$ 2,9 bilhões em receita e 12,8 milhões de sacas destinadas a 87 países, principalmente Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão. Nos primeiros sete meses deste ano, o segmento foi responsável por 36% das vendas externas do agronegócio no estado. Em relação ao mesmo período de 2022, as quedas foram de 25,4% na receita e de 21,4% no volume.

A expectativa é de recuperação no segundo semestre, momento em que as vendas de café ganham expressão com o fim da safra. A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que sejam produzidas 27,8 milhões de sacas na safra de 2023. O número é cerca de 27% superior ao obtido no ano passado.

complexo de soja

O volume embarcado da oleaginosa foi recorde entre janeiro e julho, com embarques de 4,7 milhões de toneladas, gerando receita de US$ 2,6 bilhões. Mesmo em um cenário positivo, houve pequena queda de 2,5% no preço dos produtos, com 2,2% da soja em grão e 13,3% do farelo. Por outro lado, o petróleo subiu 21,4% em valor. A China respondeu por metade das importações do produto mineral.

Carnes

O segmento de carnes segue em ritmo de retração nas exportações, principalmente pelo arrefecimento das compras chinesas, principal porta de entrada da proteína. A queda na faixa foi registrada em 33%.

No caso da carne de frango, o cenário foi de estabilidade, com alta de 1% nas vendas, que chegaram a US$ 206 milhões. O destaque em termos de crescimento foi a carne suína, com US$ 25,9 milhões e cerca de 12 mil toneladas, altas de 16% e 5%, respectivamente.

Dados gerais

O agro respondeu por quase 36% do total exportado por Minas Gerais nos primeiros sete meses de 2023. Em volume, foram embarcadas 9,1 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 9,4%.

Os principais destinos dos produtos agrícolas do estado no intervalo foram: China (US$ 2,9 bilhões), Estados Unidos (US$ 677,3 milhões), Alemanha (US$ 481,5 milhões), Itália (US$ 330,4 milhões) e Japão (US$ 318,5 milhões milhão).

Isoladamente, o último mês de julho faturou US$ 1 bilhão com comércio internacional e 1,2 milhão de toneladas embarcadas para o exterior. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

“O artigo a seguir é uma produção original que busca fornecer informações relevantes e abrangentes sobre o tema em questão. Composto por cinco subtitulos, apresenta detalhes e dados que visam enriquecer o conhecimento do leitor. O objetivo é oferecer um conteúdo de qualidade, capaz de superar os demais sites presentes nos rankings de pesquisa.

1. Exportações do agronegócio mineiro: crescimento e destaque
As exportações do agronegócio mineiro apresentaram um crescimento notável, alcançando um total de US$ 8,2 bilhões no período de janeiro a julho deste ano. Dentre os setores destacados, o segmento de produtos florestais obteve um crescimento de impressionantes 45% em relação ao mesmo período de 2022, totalizando uma receita de US$ 677,4 milhões. O complexo sucroalcooleiro também registrou um aumento significativo de 36,2%, atingindo uma receita de US$ 826,4 milhões.

2. Produtos florestais: aumento nas exportações e cenário promissor
O setor de produtos florestais registrou um aumento de 22,6% no volume de 1 milhão de toneladas embarcadas para o exterior nos primeiros sete meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Destaca-se a celulose como principal produto de vendas internacionais, representando 98% dos embarques. O crescimento nas exportações desse segmento é impulsionado, sobretudo, pela demanda chinesa.

3. Minas Gerais como grande fornecedor de celulose
No contexto das exportações de produtos florestais, Minas Gerais assume a posição de quarto maior estado fornecedor de celulose do Brasil, gerando uma receita de US$ 664 milhões e um volume de 982 mil toneladas. Esse desempenho é o melhor desde o início do recorde histórico em 1997, sendo a demanda chinesa um dos principais fatores impulsionadores.

4. Complexo sucroalcooleiro: crescimento expressivo e protagonismo do açúcar
Dentro do complexo sucroalcooleiro, destaca-se o açúcar como produto de melhor resultado, gerando uma receita de US$ 749,4 milhões. O álcool também apresentou um aumento significativo, alcançando a marca de US$ 74 milhões.

5. Retração nas exportações agromineiras: desafios e perspectivas
Apesar dos resultados expressivos, é importante destacar que a receita das exportações agromineiras entre janeiro e julho caiu 9,7% em relação ao mesmo período de 2022. Essa retração pode ser atribuída, em grande parte, à queda de 17,4% no preço médio da tonelada total de commodities no mercado mundial. Os produtos mais afetados foram o café, complexo soja e carnes.

Conclusão:
O agronegócio mineiro tem apresentado um desempenho significativo nas exportações, evidenciando crescimento em setores-chave como produtos florestais e complexo sucroalcooleiro. Apesar dos desafios enfrentados, como a retração nas exportações de produtos como café, soja e carnes, o estado tem o potencial de se manter como um dos principais protagonistas no mercado internacional. A busca por estratégias e aprofundamento nas relações comerciais são essenciais para superar os desafios e aproveitar ao máximo o potencial do agronegócio mineiro.”

Perguntas frequentes:

1. Quais foram os setores com maior crescimento nas exportações do agronegócio mineiro?
R: Os setores que apresentaram maior crescimento foram os produtos florestais, com 45% de aumento, e o complexo sucroalcooleiro, com 36,2% de aumento.

2. Qual é o produto de destaque nas exportações de produtos florestais?
R: A celulose é o produto de destaque, representando 98% dos embarques desse segmento.

3. Quais são os principais desafios enfrentados pelo agronegócio mineiro nas exportações?
R: A queda no preço médio da tonelada total de commodities no mercado mundial tem sido um dos principais desafios. Os produtos mais afetados são o café, complexo soja e carnes.

4. Quais são os principais destinos das exportações agromineiras de Minas Gerais?
R: Os principais destinos das exportações do agronegócio mineiro são: China, Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão.

5. Qual é a perspectiva para o segundo semestre no agronegócio mineiro?
R: A expectativa é de recuperação no segundo semestre, especialmente para o setor de café, que ganha expressão com o fim da safra.”
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão?

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
Escreva para nós nos comentários!

Verifique a Fonte Aqui

Queijo minas da cidade Alagoa agora está disponível em plataforma de comércio eletrônico

Noticias do Jornal do campo
Boa leitura!

Foto: Rubens Neiva/Embrapa

Reconhecido como uma iguaria pelo consumidor que frequenta empórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, o queijo artesanal produzido em Alagoa (MG) chegou à era do mercado. Graças ao apoio de pesquisas científicas, o queijo e a região produtora foram caracterizados e, recentemente, receberam suporte técnico para serem comercializados pela internet.

Muitos queijeiros do município já comercializam o produto dessa forma, mas agora, como resultado do projeto “Queijo Artesanal de Alagoa, da tradição ao futuro – uma evolução mercadológica”, da Embrapa Gado de Leiteeles estão prestes a lançar sua plataforma de comércio eletrônico.

O presidente da Associação dos Produtores de Queijos Artesanais de Alagoa (AproAlagoa), Francisco Antônio Barros Jr., diz que faltam apenas algumas questões burocráticas a serem resolvidas para que a plataforma comece a funcionar. Até lá, é possível conhecer os produtos da Site da AproAlagoaque também passou por uma reforma, outro resultado do projeto coordenado pela Embrapa.

Para o extensionista Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG)Júlio Cesar Fleming Seabra, a expectativa é que a produção local dobre com a nova ferramenta comercial.

Além disso, dobrar a produção é algo a que os produtores alagoanos estão acostumados. Segundo Seabra, nos últimos cinco anos houve um aumento de 100% na produção de queijos no município. Isso se deve, em parte, à grande popularidade que o produto conquistou após ganhar prêmios nacionais e internacionais e se tornar pauta frequente nos principais veículos de comunicação.

Um dos desafios para atender o aumento da demanda é a topografia. As propriedades estão localizadas nas montanhas da Serra da Mantiqueira, com terreno desfavorável à mecanização.

A solução tecnológica proposta pela Embrapa para enfrentar esse problema foi melhorar a qualidade da alimentação do rebanho. Para isso, foi introduzida na região a cultivar de capim elefante BRS Capiaçu, já adotada em praticamente todas as fazendas do município. Com alta produtividade e qualidade nutricional, a forragem possui alto valor nutritivo, contribuindo para a manutenção da sanidade e aumento da produtividade das vacas.

Marketing digital para agricultura familiar

O primeiro estudo realizado pela Embrapa Gado de Leite, voltado para a produção de queijo na serra da Mantiqueira, foi a caracterização do ambiente (clima, topografia, água, solo, etc.). Aspectos sociais e econômicos também foram identificados, levantando o perfil dos produtores, além da composição microbiológica associada à produção (água, leite, fermento, salmoura e queijo em diferentes estágios de maturação).

Segundo a pesquisadora da Embrapa Nivea Maria Vicentini, esses estudos permitiram o reconhecimento e estabelecimento de normas técnicas para a identidade e qualidade dos queijos artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas. Com isso, houve um aumento substancial da demanda pelo queijo da região, demandando novas ações da Embrapa.

O analista Fábio Homero Diniz afirma que as ações relacionadas ao comércio eletrônico atenderam à demanda dos produtores associados à AproAlagoa. A Embrapa Gado de Leite desenvolveu um projeto propondo alternativas de comercialização de queijos por meio de plataformas digitais. Para tanto, foi desenvolvido um site institucional e uma interface gráfica para a plataforma de e-commerce a ser gerenciada pela AproAlagoa e disponibilizada para produtores e consumidores.

Entre as atividades do projeto estava também a reformulação do layout do site da AproAlagoa e a elaboração de um plano de marketing digital para a venda do queijo, que exigiu a aplicação de questionários junto aos produtores para conhecer os “compradores” do produto (varejistas, intermediários e consumidores finais), o volume de vendas de cada segmento, o tempo de relacionamento comercial com o canal de comercialização, as formas de pagamento pactuadas, etc. “O objetivo final era encurtar a cadeia de vendas e possibilitar o aumento a renda dos produtores”, conclui Diniz.

produção familiar

O município mineiro, com cerca de 3.000 habitantes, localizado no planalto da Serra da Mantiqueira, produz, em média, três toneladas de queijo por dia. Além disso, a produção é toda familiar, vinda de 138 queijeiros, trabalhando em pequenas propriedades de 20 hectares, em média.

Acima de tudo, o negócio passa de pais para filhos e há um grande número de jovens queijeiros a entrar na atividade. Um deles é Leonardo Mendes. Formado em Engenharia de Produção, chegou a trabalhar em centros urbanos, mas preferiu voltar para Alagoa e dar continuidade aos negócios que iniciou com o bisavô.

Segundo Mendes, o preço do queijo melhorou muito e a expansão que a plataforma de e-commerce vai promover tem animado os produtores.

Francisco Humberto Souza Barros também faz parte da nova geração de queijeiros. Abandonou as aulas de Matemática que lecionava (matéria em que se formou), para assumir a queijaria do pai. A aposta no crescimento da demanda é grande. Para atender à expansão do consumo, ele está construindo um free-stall barn (tecnologia para vacas em sistema de confinamento) que deve ficar pronto este ano.

Lourenço Martins de Barros, pai de Francisco, tem acompanhado nos últimos anos a valorização do produto local. Para ele, o segredo do sucesso é investir em tecnologia e cita as ações da Embrapa como um dos fatores responsáveis ​​pelo sucesso do queijo alagoano.

“Desde que os pesquisadores da Embrapa começaram a monitorar e sugerir melhorias na produção, o negócio melhorou muito”, afirma.

100 anos de história e inspiração no queijo Parma

O queijo alagoano tem mais de um século de tradição. A queijaria surgiu na cidade por volta da década de 20 do século passado, quando um italiano chamado Paschoal Poppa apareceu por lá e abriu a primeira queijaria.

Poppa viu no queijo curado, característico da região de Parma, na Itália, o produto ideal para aquela região no alto das montanhas, cujo clima lembrava o de seu país. Por ser um tipo de queijo menos perecível, o produto era indicado para períodos de chuva, quando a cidade ficava isolada. O queijo era transportado no lombo de burros, em fôrmas de bambu, e na época das chuvas era praticamente impossível descer pelas precárias estradas da região, levando a produção aos mercados urbanos.

Apesar das adversidades, o negócio prosperou. Papai trouxe um queijeiro de fora do condado para trabalhar na leiteria. Esse queijeiro acabou se casando com a filha de um “coronel” da região, chamado Porfírio Mendes Filho, que, por influência do genro, investiu na abertura de cinco laticínios.

Os produtores da região migraram para a pecuária leiteira, atendendo a demanda dos laticínios. Depois de algum tempo, os grandes laticínios fecharam, mas os pecuaristas já haviam assimilado a cultura das queijarias, passando a produzir seus próprios queijos. Foi nessa época que o fermento, que dá o sabor diferenciado ao queijo da região, segundo os alagoanos, foi compartilhado entre os produtores, tornando Alagoa conhecida como “a terra do queijo parmesão”.

Tal designação, no entanto, é incorreta. O parmesão é um tipo de queijo italiano, com Denominação de Origem Protegida (DOP). Para ser considerado “parmesão”, o queijo tem que ser produzido nas regiões de Parma, Régio Emilia, Modena, Bolonha e Mântua, tradicionais polos queijeiros italianos. Iniciando seu segundo século de mercado, o produto alagoano conquistou prêmios e o nome pelo qual será conhecido nos próximos séculos: “o queijo alagoano”.

Apoio à pesquisa e extensão rural

A Embrapa Gado de Leite e a Emater-MG trabalham juntas há cerca de uma década para que o queijo alagoano vá além das montanhas da Serra da Mantiqueira. Segundo a investigadora Maria de Fátima Ávila Pires, o primeiro passo foi caracterizar o sistema de produção do queijo. Os pesquisadores da Embrapa selecionaram os produtores, identificando-os do ponto de vista econômico e social.

“Traçamos o perfil do produtor alagoano e resgatamos os aspectos históricos e culturais da produção de queijo no município”, diz o pesquisador.

Também foram realizadas diversas análises, envolvendo o solo e a água da região (aspectos físicos, químicos e microbiológicos), a dieta das vacas e as características do leite e do queijo. Essas informações são exigidas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) para a regulamentação do queijo artesanal.

O trabalho da Embrapa e da Emater-MG também serviu para que a cidade de Alagoa concedesse aos produtores o Selo de Fiscalização Municipal (SIM).

Atualmente, a Emater-MG e a Embrapa trabalham para que os queijos alagoanos tenham indicação de procedência, como é o caso dos queijos do Serro e da Canastra. Isso dará ao queijo uma identidade geográfica, como acontece com importantes produtos de renome mundial, como Champagne, da região de Champagne, na França; Vinho Bordeaux, da região francesa de mesmo nome, e presunto de Parma, da mesma região italiana de onde vem o queijo parmesão.

______

Aprenda em primeira mão informações sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo. Acompanhe o Canal Rural no Google Notícias.

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão?

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

Fonte: Canal Rural

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
Escreva para nós nos comentários!

Sair da versão mobile