Ultrassonografia de carcaça como chave de desempenho: AOL, EGS e MAR
Na prática da pecuária de corte, a ultrassonografia de carcaça permite prever o desempenho da carcaça antes do abate. Ela mostra o tamanho do músculo, a camada de gordura e a probabilidade de marmoreio. Assim, você toma decisões de manejo mais rápidas e lucrativas.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Como funciona a ultrassonografia de carcaça
O equipamento envia ondas sonoras e registra as imagens dos músculos e das gorduras. A partir dessas imagens, surgem índices como a área muscular, a espessura de gordura e a distribuição do marmoreio. Os dados viram estimativas de carcaça usadas para planejar o manejo.
O que são AOL, EGS e MAR
AOL é a área do músculo estimado na carcaça, um indicativo de quanta carne existe. EGS representa a espessura da gordura subcutânea, relacionada ao acabamento. MAR reflete a qualidade interna da carne, ligada ao sabor e à maciez.
Como usar esses índices na prática
- Realize a leitura com o animal em posição estável, seguindo protocolo.
- Compare os valores com referências da sua fazenda ou de pesquisas confiáveis.
- Decida: engorde mais, mantenha o ganho ou destine para corte, com base nesses números.
- Registre leituras e acompanhe o progresso entre lotes.
Boas práticas de implementação
- Treine a equipe para operar o aparelho e interpretar as imagens.
- Faça a calibração regular do equipamento e atualize o software.
- Integre os dados ao seu sistema de manejo para facilitar a tomada de decisão.
- Use referências locais para melhorar a precisão das leituras.
Mangabeira e Justus: genética nacional em cruzamentos tropicais
A parceria entre Mangabeira e Justus impulsiona a genética nacional em cruzamentos tropicais, buscando desempenho estável e adaptação ao nosso clima. Essa aproximação valoriza traços que combinam ganho de peso com rusticidade, mantendo a viabilidade econômica da fazenda.
Contexto e objetivo
O objetivo é manter traços que elevem ganho de peso, qualidade de carcaça e fertilidade, sem abrir mão da resistência ao calor e às doenças típicas das regiões tropicais.
Como funciona o programa
Dados de várias fazendas são usados para comparar touros e vacas. Cada ciclo seleciona animais com a melhor combinação de peso, acabamento da carcaça e tolerância ao calor. Os reprodutores escolhidos participam de aparaçamentos controlados para enriquecer a próxima geração.
Benefícios práticos para o produtor
- Ganho de peso mais rápido com alimentação disponível localmente.
- Melhor conversão alimentar, reduzindo o custo por quilo ganho.
- Carcaças com marmoreio adequado sem perder rusticidade.
- Adaptação climática que reduz perdas em períodos de calor intenso.
Boas práticas de implementação
- Mantenha registro detalhado de desempenho por lote e animal.
- Use rastreabilidade para selecionar reprodutores com traços desejados.
- Integre manejo nutricional com os cruzamentos para manter o ganho esperado.
- Monitore saúde e parasitas para não comprometer o desempenho.
Para a propriedade, a chave é manter o ciclo de avaliação e ajustar as escolhas de acasalamento conforme os resultados obtidos.
Rusticidade, calor e lucro: Santa Gertrudis se destaca no Nordeste
A raça Santa Gertrudis brilha no Nordeste por sua rusticidade e pela tolerância ao calor, aliadas a um bom ganho de peso. Na prática, isso reduz perdas em dias quentes e aumenta a disponibilidade de carne de qualidade para o mercado.
Por que funciona bem no Nordeste
Ela nasceu para suportar altas temperaturas e força de pasto irregular. Isso significa menos estresse térmico, menos quedas de produção e mais estabilidade no rebanho durante o ano todo. Com adaptação natural, a raça se mostra resistente a doenças comuns da região quando cuidada corretamente.
Desempenho sob calor e disponibilidade de carcaça
Em condições tropicais, o ganho de peso costuma persistir, desde que a alimentação seja adequada. A qualidade da carcaça se mantém boa graças à genética que equilibra carne magra e acabamento. O resultado é retorno mais previsível, com menor volatilidade entre secas e chuvas.
Manejo de pastagens e nutrição
- Rotacione pastagens para evitar sobrepastejo e manter forragem disponível durante o ano inteiro.
- Inclua uma fonte proteica leve na fase de ganho, sem exigir هزینه excessivo.
- Utilize fontes de energia compatíveis com o clima e a disponibilidade local.
Água, sombra e bem-estar térmico
- Garanta água limpa e fresca próxima do pasto, com acesso fácil em qualquer horário.
- Proporcione sombra com árvores ou galpões simples para reduzir o estresse térmico.
- Ventilação adequada em áreas de manejo, para melhorar o conforto da boiada.
Planejamento e retorno financeiro
Investir em Santa Gertrudis no Nordeste pode trazer retorno estável quando alinhado a um planejamento de fazenda. Pense em fases de implantação, com monitoramento de peso, carcaça e consumo de ração. A soma desses dados ajuda a projetar lucro, custo por quilo ganho e margens ao longo do ano.
Boas práticas para começar
- Faça um diagnóstico da sua pastagem atual e do seu manejo de água.
- Escolha animais com histórico de boa adaptação ao calor e boa vitalidade reprodutiva.
- Treine a equipe para registrar pesos, carcaça e consumo com regularidade.
- Implemente um cronograma de manejo nutricional simples, ajustando conforme as estações.
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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.



