Programa Monitora Milho SC
O Programa de Monitoramento da cigarrinha-do-milho, conhecido como “Monitora Milho SC” identificou uma incidência baixa de cigarrinhas-do-milho capturadas na semana de 26 de fevereiro a 4 de março. Isso significa que o produtor adotou medidas de controle, pondera Maria Cristina Canale Rappussi da Silva, pesquisadora da Epagri/Cepaf responsável pelas análises da infectividade dos insetos capturados. Contudo, os insetos analisados apresentaram potencial para infectar as plantas com as doenças do enfezamento vermelho e vírus-da-risca.
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A pesquisa sobre a cigarrinha-do-milho tem se mostrado cada vez mais relevante, principalmente para evitar perdas significativas nas safras agrícolas. A identificação precoce da presença desses insetos e a avaliação da infectividade são fundamentais para o adequado controle das pragas. O Programa Monitora Milho SC tem se mostrado eficaz nesse sentido, fornecendo dados importantes para a tomada de decisões e adoção de medidas preventivas ou corretivas.
Efeito das Medidas de Controle
O acompanhamento das populações de cigarrinhas-do-milho e a análise da infectividade dos insetos são essenciais para compreender a eficácia das práticas adotadas pelos produtores no controle dessas pragas. A baixa incidência de cigarrinhas capturadas indica que as medidas implementadas têm surtido efeito, mas é importante manter a vigilância e o monitoramento contínuo para evitar possíveis surtos e prejuízos nas safras.
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Desenvolvimento
O monitoramento realizado pelo Programa avalia a infectividade da cigarrinha-do-milho por três fitopatógenos: fitoplasma do enfezamento vermelho, espiroplasma do enfezamento pálido e o vírus-da-risca. Essas doenças são capazes de comprometer substancialmente as safras do grão. Na semana avaliada, o Programa identificou mais de 50% das amostras com o fitoplasma e de 80% a 90% com o vírus, enquanto que o espiroplasma não foi tão presente.
“A infectividade do espiroplasma do enfezamento pálido não estava muito alta na semana de análise, o que é surpreendente, porque nos monitoramentos passados tivemos infectividade muito mais elevada do que nesta safra”, relata a pesquisadora.
Por outro lado, o fitoplasma do enfezamento vermelho, que sempre esteve presente, tem apresentando bastante prevalência de infectividade nos insetos avaliados. Maria Cristina alerta ainda que a infectividade de insetos com o vírus-da-risca tem aumentado substancialmente de seis ou sete semanas para cá.
A equipe do monitoramento espera, a partir de agora, um aumento da incidência de insetos nas armadilhas. Isso porque o milho já entrou na fase reprodutiva e está alto, o que dificulta ao agricultor entrar na lavoura para fazer aplicação de inseticida.
A isso, se soma outra preocupação. Como o milho já está adulto e enchendo os grãos, os produtores já estão planejando a colheita. Diante da alta a infectividade de campo decorrente dos patógenos do enfezamento vermelho e do vírus-da-risca, o risco é haver perda de grãos durante a colheita e transporte da safra, o que pode dar origem ao milho voluntário, também conhecido como tiguera ou guaxo.
Esse milho, que nasce espontaneamente a partir de sementes perdidas, pode se tornar o que os pesquisadores chamam de ponte verde, ou seja, um abrigo para cigarrinhas infectadas permanecerem vivas até a próxima safra. Isso aumentaria a possibilidade de a safra seguinte já começar com uma infectividade significativa, a ponto de já provocar uma epidemia. Para evitar essa situação, Maria Cristina reforça o alerta ao agricultores, para que evitem ao máximo perda de grãos na colheita e transporte.
O monitoramento da cigarrinha-de-milho em Santa Catarina segue até o final de abril em dez pontos: Águas de Chapecó, Água Doce, Campo Erê, Caxambu do Sul, Guatambu, Faxinal dos Guedes, Lages, Palmitos, Videira e Canoinhas.
Programa Monitora Milho SC
No início de 2021 foi criado o Comitê de Ação Contra a Cigarrinha-do-milho e Complexo de Enfezamentos, reunindo membros das seguintes instituições: Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária. Esse comitê implantou o Programa Monitora Milho SC, com o objetivo de acompanhar as populações e a infectividade da cigarrinha-do-milho no Estado, por meio de pontos de monitoramento instalados em lavouras catarinenses.
As informações geradas pelo Programa Monitora Milho SC ajudam agricultores e técnicos a tomar decisões sobre o manejo e verificar a eficiência das estratégias adotadas. Dentro das propriedades, a Epagri orienta sobre medidas de controle, como escolha de variedades de milho tolerantes aos enfezamentos, uso de sementes tratadas e redução da janela de semeadura. Outra ação importante é a campanha para a eliminação do milho voluntário.
Aplicativo
Na batalha contra a cigarrinha-do-milho a Epagri ainda disponibilizou o Aplicativo Monitora Milho SC, disponível para download gratuito em celulares que usam o sistema operacional Android. A ferramenta dá acesso a um mapa de Santa Catarina com os pontos onde são realizados os monitoramentos das lavouras. Nessa área, é possível observar o nível populacional da cigarrinha-do-milho em diferentes regiões catarinenses.
O aplicativo permite também acessar uma tabela com informações sobre os municípios, com recomendações de manejo baseadas nos valores apresentados em cada local. A ferramenta traz a evolução da infectividade das amostras, com informações atualizadas sobre as lavouras monitoradas em diferentes municípios catarinenses.
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Título: Monitoramento da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina: uma análise preocupante
A equipe do Programa Monitora Milho SC está alertando os agricultores para o aumento da infectividade da cigarrinha-do-milho, especialmente em relação aos fitopatógenos do enfezamento vermelho e vírus-da-risca. Com a fase reprodutiva do milho em andamento e a proximidade da colheita, os riscos de perda de grãos e surgimento de milho voluntário são eminente. É essencial que os produtores tomem medidas adicionais de controle para evitar uma possível epidemia na próxima safra.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Perguntas Frequentes sobre o Programa Monitora Milho SC
1. Qual a finalidade do Programa Monitora Milho SC?
O Programa Monitora Milho SC tem como objetivo acompanhar as populações e a infectividade da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina, por meio de pontos de monitoramento instalados em lavouras do estado.
2. Quais doenças são avaliadas pelo Programa?
O Programa avalia a infectividade da cigarrinha-do-milho por três fitopatógenos: fitoplasma do enfezamento vermelho, espiroplasma do enfezamento pálido e o vírus-da-risca.
3. O que os agricultores e técnicos podem fazer com as informações geradas pelo Programa?
As informações geradas pelo Programa ajudam os agricultores e técnicos a tomar decisões sobre o manejo da cigarrinha-do-milho e a verificar a eficiência das estratégias adotadas.
4. Qual a importância do aplicativo Monitora Milho SC?
O aplicativo Monitora Milho SC permite acessar um mapa com os pontos de monitoramento das lavouras, observar o nível populacional da cigarrinha-do-milho em diferentes regiões catarinenses e obter recomendações de manejo baseadas nos valores apresentados em cada local.
5. Até quando o monitoramento da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina seguirá?
O monitoramento da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina seguirá até o final de abril, abrangendo dez pontos de monitoramento em lavouras do estado.
Artigo: Programa de Monitoramento da cigarrinha-do-milho revela baixa incidência na última semana
O Programa de Monitoramento da cigarrinha-do-milho, conhecido como “Monitora Milho SC”, identificou uma incidência baixa de cigarrinhas-do-milho capturadas na semana de 26 de fevereiro a 4 de março. Isso indica que medidas de controle foram adotadas pelos produtores, como destacado pela pesquisadora Maria Cristina Canale Rappussi da Silva, responsável pelas análises da infectividade dos insetos capturados.
A média de insetos coletados ficou em torno de 43%, com Palmitos sendo o local com menos insetos capturados e Lages com a maior infestação. Espera-se um aumento da incidência de insetos nas armadilhas, devido ao início da fase reprodutiva do milho e à dificuldade de aplicação de inseticidas com a altura das plantas.
O Programa Monitora Milho SC avalia a infectividade da cigarrinha-do-milho por três fitopatógenos, identificando altos índices de infectividade do vírus-da-risca e do fitoplasma do enfezamento vermelho. A equipe do monitoramento alerta para a importância do controle eficaz das doenças para evitar perdas na colheita e transporte da safra.
O Comitê de Ação Contra a Cigarrinha-do-milho e Complexo de Enfezamentos, que implantou o Programa Monitora Milho SC, busca auxiliar agricultores e técnicos na tomada de decisões e no manejo adequado da cigarrinha-do-milho, disponibilizando inclusive um aplicativo para acesso fácil e rápido às informações de monitoramento.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
O Programade Monitoramento da cigarrinha-do-milho, conhecido como. “Monitora Milho SC” identificou uma incidência baixa de cigarrinhas-do-milho capturadas na semana de 26 de fevereiro a 4 de março. “Isso significa que o produtor adotou medidas de controle”, pondera Maria Cristina Canale Rappussi da Silva, pesquisadora da Epagri/Cepaf responsável pelas análises da infectividade dos insetos capturados. Contudo, os insetos analisados apresentaram potencial para infectar as plantas com as doenças do enfezamento vermelho e vírus-da-risca.
Segundo Maria Cristina, a média de insetos coletados está em torno de 43%. Palmitos foi o local com menos insetos capturados na semana, num total de 11. O local com mais infestação foi Lages, com 118 insetos na armadilha.
“Atualmente a média de incidência de insetos na armadilha eu considero bem baixa, porque já esteve mais alta”, avalia Maria Cristina.
Ela ressalta uma diminuição de insetos coletados nas últimas três ou quatro semanas de monitoramento. Para a pesquisadora, isso indica que o agricultor pode estar fazendo algum manejo até a fase de oito a dez folhas da planta.
Infectividade
O monitoramento realizado pelo Programa avalia a infectividade da cigarrinha-do-milho por três fitopatógenos: fitoplasma do enfezamento vermelho, espiroplasma do enfezamento pálido e o vírus-da-risca. Essas doenças são capazes de comprometer substancialmente as safras do grão. Na semana avaliada, o Programa identificou mais de 50% das amostras com o fitoplasma e de 80% a 90% com o vírus, enquanto que o espiroplasma não foi tão presente.
“A infectividade do espiroplasma do enfezamento pálido não estava muito alta na semana de análise, o que é surpreendente, porque nos monitoramentos passados tivemos infectividade muito mais elevada do que nesta safra”, relata a pesquisadora.
Por outro lado, o fitoplasma do enfezamento vermelho, que sempre esteve presente, tem apresentando bastante prevalência de infectividade nos insetos avaliados. Maria Cristina alerta ainda que a infectividade de insetos com o vírus-da-risca tem aumentado substancialmente de seis ou sete semanas para cá.
A equipe do monitoramento espera, a partir de agora, um aumento da incidência de insetos nas armadilhas. Isso porque o milho já entrou na fase reprodutiva e está alto, o que dificulta ao agricultor entrar na lavoura para fazer aplicação de inseticida.
A isso, se soma outra preocupação. Como o milho já está adulto e enchendo os grãos, os produtores já estão planejando a colheita. Diante da alta a infectividade de campo decorrente dos patógenos do enfezamento vermelho e do vírus-da-risca, o risco é haver perda de grãos durante a colheita e transporte da safra, o que pode dar origem ao milho voluntário, também conhecido como tiguera ou guaxo.
Esse milho, que nasce espontaneamente a partir de sementes perdidas, pode se tornar o que os pesquisadores chamam de ponte verde, ou seja, um abrigo para cigarrinhas infectadas permanecerem vivas até a próxima safra. Isso aumentaria a possibilidade de a safra seguinte já começar com uma infectividade significativa, a ponto de já provocar uma epidemia. Para evitar essa situação, Maria Cristina reforça o alerta ao agricultores, para que evitem ao máximo perda de grãos na colheita e transporte.
O monitoramento da cigarrinha-de-milho em Santa Catarina segue até o final de abril em dez pontos: Águas de Chapecó, Água Doce, Campo Erê, Caxambu do Sul, Guatambu, Faxinal dos Guedes, Lages, Palmitos, Videira e Canoinhas.
Programa Monitora Milho SC
No início de 2021 foi criado o Comitê de Ação Contra a Cigarrinha-do-milho e Complexo de Enfezamentos, reunindo membros das seguintes instituições: Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária. Esse comitê implantou o Programa Monitora Milho SC, com o objetivo de acompanhar as populações e a infectividade da cigarrinha-do-milho no Estado, por meio de pontos de monitoramento instalados em lavouras catarinenses.
As informações geradas pelo Programa Monitora Milho SC ajudam agricultores e técnicos a tomar decisões sobre o manejo e verificar a eficiência das estratégias adotadas. Dentro das propriedades, a Epagri orienta sobre medidas de controle, como escolha de variedades de milho tolerantes aos enfezamentos, uso de sementes tratadas e redução da janela de semeadura. Outra ação importante é a campanha para a eliminação do milho voluntário.
Aplicativo
Na batalha contra a cigarrinha-do-milho a Epagri ainda disponibilizou o Aplicativo Monitora Milho SC, disponível para download gratuito em celulares que usam o sistema operacional Android. A ferramenta dá acesso a um mapa de Santa Catarina com os pontos onde são realizados os monitoramentos das lavouras. Nessa área, é possível observar o nível populacional da cigarrinha-do-milho em diferentes regiões catarinenses.
O aplicativo permite também acessar uma tabela com informações sobre os municípios, com recomendações de manejo baseadas nos valores apresentados em cada local. A ferramenta traz a evolução da infectividade das amostras, com informações atualizadas sobre as lavouras monitoradas em diferentes municípios catarinenses.