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Retardamento das chuvas: impactos e futuro

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Retardamento do início das chuvas – consequências e perspectivas

Agricultura em risco: a demora na estabilização das chuvas no Distrito Federal

Recentemente, foi observada uma situação incomum no Distrito Federal: a demora na estabilização das chuvas. Esse fenômeno está retardando a instalação das principais culturas na região, como a soja, que normalmente é plantada no início de novembro, mas está enfrentando atrasos devido à instabilidade climática.

Impacto na produção agrícola

Os agricultores da região, que normalmente já teriam suas culturas preparadas para a colheita no início de fevereiro, estão enfrentando angústia diante dessa situação, que pode prejudicar significativamente suas safras.

Previsão de umidade do solo e suas consequências

Simulações baseadas em dados meteorológicos e balanço hídrico climatológico apontam para a necessidade de esperar até o início de dezembro para que o solo tenha umidade suficiente para o plantio na região de Planaltina (DF). Isso trará consequências importantes para a segunda safra, inviabilizando o plantio de milho no tempo correto e impactando significativamente a produção agrícola na região.

Tendências de estabilização das chuvas ao longo dos anos

Analisando 50 anos de dados disponíveis, observa-se que a situação de 2023 é uma das mais extremas, com uma das estabilizações mais tardias registradas. Isso levanta preocupações sobre a possível tendência de prolongamento da estação seca, o que pode afetar de forma significativa a cadeira produtiva e exige adaptações no sistema de cultivo.

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Impacto das Chuvas Tardias na Agricultura do Distrito Federal

Neste ano, foi constatada a demora na estabilização das chuvas no Distrito Federal. Esse fato está retardando a instalação das principais culturas na região, entre elas, a soja, que normalmente é plantada no início de novembro ou mesmo no final de outubro, quando as chuvas estabilizam nesse mês.

Essa situação tem causado angústia nos agricultores que já haviam preparado sua estrutura de plantio no final de outubro, visando a colheita no início de fevereiro e plantio de outra cultura logo em seguida (na maioria dos casos, milho de segunda safra), aproveitando o final do período chuvoso.

Em uma simulação da umidade do solo, a partir dos dados meteorológicos, coletados diariamente em 2023 na estação agroclimática da Embrapa Cerrados, submetidos ao balanço hídrico climatológico, foi estimado o dia 1º de dezembro como a data a partir da qual existem condições de umidade suficiente para o plantio na região de Planaltina (DF). Para essa simulação foi considerado o solo como apto ao plantio tendo acima de 60 mm de água disponível.

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Contudo com a semeadura da soja no início de dezembro, praticamente se inviabiliza a segunda safra na região. Mesmo utilizando cultivares de soja super precoce, a colheita deverá ocorrer próximo ao dia dez de março. No entanto, a recomendação para o plantio de milho de segunda safra, segundo o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) é até o final de fevereiro, mesmo quando considerado o maior nível de risco de perdas aceito (40%).

Essa situação requer que o agricultor que produz em sequeiro (sem irrigação) opte por uma cultura mais rústica, que pode ser o sorgo ou o milheto, e com baixo nível de insumos para evitar maiores perdas financeiras com culturas de alto custo variável. Contudo, essa situação diminui a renda da propriedade, pois, além de perder uma segunda entrada de recursos com a comercialização da segunda safra, o produtor terá que arcar com os custos fixos da propriedade, como as depreciações de máquinas e equipamentos, que incidirá mesmo sobre a cultura menos rentável.

Separando os 25 anos com data em que o solo teve umidade para plantio mais precoce, observa-se que a concentração de anos com umidade mais tardia vem aumentando nas últimas décadas em relação às duas primeiras décadas, chegando a ter oito datas com umidade tardia nesta última década, questão que traz uma preocupação para a cadeia produtiva e coloca em cheque o atual sistema de duas safras em sequeiro. A pesquisa deverá aprofundar esse assunto e criar mecanismos de adaptação do sistema se essa tendência de prolongamento da estação seca realmente se mantiver.

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Impacto das Mudanças Climáticas na Agricultura: Desafios e Adaptação

A situação climática em 2023 é uma das mais extremas dos últimos 50 anos, com a estabilização das chuvas ocorrendo tardiamente, prejudicando o plantio da soja e comprometendo a segunda safra na região do Distrito Federal. Isso levanta preocupações sobre a tendência de prolongamento da estação seca e a necessidade de adaptação do sistema agrícola. A pesquisa futura deve abordar mecanismos para lidar com essas mudanças climáticas e suas consequências na produção agrícola.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo





Impacto da Demora nas Chuvas no Distrito Federal

Impacto da Demora nas Chuvas no Distrito Federal

Introdução

O atraso nas chuvas no Distrito Federal em 2023 tem afetado diretamente a plantação de culturas importantes, como a soja, e tem preocupado os agricultores da região. A espera pela estabilização das chuvas tem gerado impactos significativos, e a busca por soluções para garantir a sustentabilidade das produções agrícolas é urgente.

Consequências da Demora nas Chuvas

A demora nas chuvas tem prejudicado os planos de plantio e colheita, causando preocupação entre os agricultores. A simulação da umidade do solo revelou que o plantio da soja em dezembro inviabiliza a segunda safra na região, impactando negativamente a sequência de cultivos planejada pelos produtores.

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FAQs

1. Por que a demora nas chuvas está afetando a agricultura no Distrito Federal?

A demora nas chuvas está impactando o plantio e a colheita das culturas, comprometendo o cronograma planejado pelos agricultores e inviabilizando a segunda safra em muitos casos.

2. Como a simulação da umidade do solo contribui para a análise da situação?

A simulação da umidade do solo permite estimar a viabilidade do plantio das culturas, fornecendo dados importantes para compreender e avaliar os impactos da demora nas chuvas na região.

3. Quais são as alternativas para os agricultores diante da demora nas chuvas?

Diante da situação, os agricultores podem considerar o cultivo de culturas mais rústicas, como o sorgo ou o milheto, além de avaliar estratégias para minimizar as perdas financeiras causadas pela inviabilidade da segunda safra.

4. Como a análise histórica dos dados climáticos contribui para compreender a situação atual?

A análise histórica dos dados climáticos oferece insights sobre a evolução das condições climáticas na região, permitindo identificar padrões e tendências que podem influenciar a tomada de decisões futuras.

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5. Qual é a relevância da pesquisa em meio a essa situação?

A pesquisa tem o papel de aprofundar o entendimento sobre a situação atual e desenvolver mecanismos de adaptação que possam garantir a sustentabilidade da produção agrícola diante de possíveis tendências de prolongamento da estação seca na região.


Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Texto de Artur Müller, pesquisador da Embrapa Cerrados

Neste ano, foi constatada a demora na estabilização das chuvas no Distrito Federal. Esse fato está retardando a instalação das principais culturas na região, entre elas, a soja, que normalmente é plantada no início de novembro ou mesmo no final de outubro, quando as chuvas estabilizam nesse mês.

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Essa situação tem causado angústia nos agricultores que já haviam preparado sua estrutura de plantio no final de outubro, visando a colheita no início de fevereiro e plantio de outra cultura logo em seguida (na maioria dos casos, milho de segunda safra), aproveitando o final do período chuvoso.

Em uma simulação da umidade do solo, a partir dos dados meteorológicos, coletados diariamente em 2023 na estação agroclimática da Embrapa Cerrados, submetidos ao balanço hídrico climatológico, foi estimado o dia 1º de dezembro como a data a partir da qual existem condições de umidade suficiente para o plantio na região de Planaltina (DF). Para essa simulação foi considerado o solo como apto ao plantio tendo acima de 60 mm de água disponível.

Consequências prejudiciais

Contudo com a semeadura da soja no início de dezembro, praticamente se inviabiliza a segunda safra na região. Mesmo utilizando cultivares de soja super precoce, a colheita deverá ocorrer próximo ao dia dez de março. No entanto, a recomendação para o plantio de milho de segunda safra, segundo o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) é até o final de fevereiro, mesmo quando considerado o maior nível de risco de perdas aceito (40%).

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Essa situação requer que o agricultor que produz em sequeiro (sem irrigação) opte por uma cultura mais rústica, que pode ser o sorgo ou o milheto, e com baixo nível de insumos para evitar maiores perdas financeiras com culturas de alto custo variável. Contudo, essa situação diminui a renda da propriedade, pois, além de perder uma segunda entrada de recursos com a comercialização da segunda safra, o produtor terá que arcar com os custos fixos da propriedade, como as depreciações de máquinas e equipamentos, que incidirá mesmo sobre a cultura menos rentável.

Para entendermos melhor a situação climática ao longo do tempo, a mesma simulação da umidade do solo foi realizada para os 50 anos de dados disponíveis na estação agroclimática da Embrapa Cerrados, com a data a partir da qual o solo tinha umidade suficiente para o plantio da soja. Com a comparação desses anos, observamos que a situação de 2023 é uma das mais extremas, pois somente em 2007 ocorreu condição de plantio mais tardia.

Apesar de esse dado parecer alentador, por ser um evento raro, que ocorreu apenas duas vezes com essa intensidade nos últimos 50 anos, a análise de essa se tornar uma tendência é mais preocupante.

Separando os 25 anos com data em que o solo teve umidade para plantio mais precoce, observa-se que a concentração de anos com umidade mais tardia vem aumentando nas últimas décadas em relação às duas primeiras décadas, chegando a ter oito datas com umidade tardia nesta última década, questão que traz uma preocupação para a cadeia produtiva e coloca em cheque o atual sistema de duas safras em sequeiro. A pesquisa deverá aprofundar esse assunto e criar mecanismos de adaptação do sistema se essa tendência de prolongamento da estação seca realmente se mantiver.

Verifique a Fonte Aqui

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