Relação de Troca do Milho: Impactos no Lucro do Boi Confinado Atual

Relação de Troca do Milho: Impactos no Lucro do Boi Confinado Atual

Relação de troca do milho: o que mudou e como impacta o custo diário-boi

A relação de troca do milho mudou nos últimos meses, e isso impacta diretamente o custo diário do boi confinado.

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Essa relação mostra quanto milho é necessário para suprir a energia da dieta por animal em um dia, versus o preço pago pelo milho. Quando o preço sobe ou a quantidade de milho necessária aumenta, o custo diário por boi sobe, reduzindo a margem de lucro. O efeito é sentido mesmo se o restante da alimentação não mudar, porque o milho costuma representar boa parte do gasto com ração na fase de engorda.

Como a mudança na relação de troca afeta o custo diário do boi

Para entender o impacto, combine duas informações simples: o consumo diário de milho por animal e o preço do milho na sua região. Por exemplo, se um boi consome 6 kg de milho por dia e o milho passa de R$ 0,50 para R$ 0,60 o kg, o custo do milho por boi aumenta de R$ 3,00 para R$ 3,60 por dia. Esse aumento se reflete na diária, que é a soma de todos os itens da ração.

Faça este cálculo mensalmente para cada lote que está em engorda. Se o preço subir, veja se é possível ajustar a dieta com fontes alternativas de energia ou com menos milho, sem comprometer o ganho de peso. Pequenos ajustes na silagem de milho, na qualidade da ração e na adição de farelos podem manter a dieta balanceada sem elevar demais o custo.

Estrategias práticas para mitigar impactos

  • Planeje a dieta com base na energia disponível por kg de milho e por kg de MS (matéria seca).
  • Otimiza a mistura entre milho, silagem de milho, farelos e volumosos para manter o ganho de peso com menor custo por boi.
  • Monitore preços e disponibilidades; negocie com fornecedores para comprar quando o preço está mais estável.
  • Considere rotacionar fornecedores ou usar contratos sazonais para reduzir a volatilidade.
  • Verifique se a qualidade da silagem está adequada; milho com boa digestibilidade economiza ração.

Custos por sistema: CSPm, CSPg e CGO – onde o lucro escorrega

Os CSPm, CSPg e CGO definem o custo diário por boi conforme o sistema de alimentação. Quando esses números sobem, o lucro fica curto e a margem encolhe.

CSPm é o custo do milho e de seus derivados na ração. CSPg é o custo com pastagens e volumosos. CGO é o custo geral de operação, que inclui mão de obra, energia, transporte e logística.

Como esses custos influenciam o lucro

Imagine um boi que consome milho e silagem. Se o milho sobe de 0,60 para 0,70 o kg, o CSPm por boi aumenta, e a diária sobe. O efeito reduz a margem, mesmo que o peso ganho permaneça estável. Custos de CGO altos reduzem o saldo final na venda.

O segredo é entender cada componente e calcular por lote, mês e temporada. Assim fica mais fácil ver onde dá pra cortar sem comprometer o ganho de peso.

Estratégias para reduzir e gerenciar custos

  • Atualize a dieta para manter energia com menor custo por unidade de ganho.
  • Use fontes alternativas com boa digestibilidade, como farelos ou palha tratada, quando for viável.
  • Negocie com fornecedores para preços estáveis ou sazonais.
  • Planeje pedidos por lote e evite desperdícios na ração e na silagem.
  • Avalie a qualidade dos ingredientes; milho de baixa qualidade eleva o custo por kg de ganho.

Com esses passos, você controla CSPm, CSPg e CGO e mantém a lucratividade da engorda mesmo com variações de preço.

Composição da dieta: por que a alimentação domina o CDB e como ajustar

A composição da dieta dita o custo diário do boi (CDB) na engorda. Ela mistura energia, proteína, fibra e minerais para atender o animal sem desperdício.

Energia suficiente garante ganho estável; energia demais eleva o consumo e o custo. Digestibilidade e palatabilidade influenciam quanto o boi come e quanto ele aproveita. Matéria seca (MS) é o que de fato chega ao animal.

Componentes-chave da dieta

Energia vem de milho, sorgo e silagem. Proteína vem de farelo de soja e derivados. Fibra boa ajuda a ruminação, mantendo a saúde do rumen. MS, ou matéria seca, indica a porção realmente consumida pelo animal.

Como a dieta impacta o CDB

Se a dieta usa milho caro com baixa digestibilidade, o custo diário sobe. Substituir parte do milho por fontes com boa digestibilidade pode reduzir o CDB sem prejudicar o ganho.

Ajustes práticos para dominar o CDB

  1. Calcule a energia efetiva por kg de alimento e o ganho diário.
  2. Substitua parte do milho por fontes com boa digestibilidade.
  3. Priorize forragos fibros de qualidade para reduzir custo energético.
  4. Monitore digestibilidade e palatabilidade semanalmente.
  5. Ajuste gradualmente e registre resultados por lote.

Gestão de custos e planejamento: ferramentas gratuitas para produtores

Gestão de custos e planejamento é essencial pra qualquer produção. Com ferramentas gratuitas, você monta um controle simples e eficiente, sem precisar investir em software caro.

Comece registrando tudo que gera custo, desde alimentação até energia, transporte e mão de obra. Com dados organizados, fica fácil tomar decisões rápidas para manter a lucratividade.

Ferramentas gratuitas para gestão de custos

Use Planilhas Google com templates de orçamento mensal. Elas calculam totais, médias e variações automaticamente. Combine com Looker Studio (gratuito) para transformar números em gráficos claros para você e a equipe.

Algumas opções úteis na prática incluem planilhas para:

  • Custo diário por animal e por lote;
  • Custos por fase (recebimento, engorda, manejo);
  • Custos fixos versus variáveis ao longo do tempo.

Como montar seu modelo de custos

Liste itens fixos (aluguéis, salários, depreciação) e variáveis (ração, energia, insumos). Em cada item, registre unidade, quantidade e custo unitário. Calcule o custo total e o custo por unidade de produção (por boi, por hectare, etc.).

Crie um planejamento mensal mostrando receitas esperadas e custos prováveis. Atualize dados toda semana para acompanhar variações de preço e disponibilidade.

Passos práticos para planejar

  1. Defina períodos de análise (semana, mês, temporada).
  2. Liste todos os itens de custo com unidades claras.
  3. Atualize preços e quantidades com frequência.
  4. Calcule margens por lote e por sistema de produção.
  5. Compare cenários ( preço alto, preço baixo, boa qualidade de ração) para decidir o melhor caminho.

Com esse método, você identifica onde corta desperdícios, planeja compras com antecedência e evita surpresas no fechamento de mês. A prática constante gera dados que fortalecem cada decisão, desde a compra de silagem até a definição do cronograma de manejo.

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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.

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