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As exportações brasileiras de café tiveram um desempenho positivo em agosto deste ano, impulsionadas pela melhora nos cafés Arábica e pelo aumento significativo nos embarques de Conilon e Robusta. De acordo com o relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), foram exportadas 3,673 milhões de sacas de 60 kg de café em agosto, um aumento de 29,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos de receita cambial, houve um aumento de 7,5% em relação ao ano anterior, com uma receita total de 723,8 milhões de dólares.

Esse bom desempenho é resultado do crescimento expressivo nos embarques dos cafés Conilon e Robusta, que registraram um aumento de 443% em agosto, atingindo um recorde para um único mês. Os cafés Arábica também apresentaram crescimento, com um aumento de 11,2% nos embarques, totalizando 2,65 milhões de sacas. Esses números refletem a retomada da produção com a chegada da nova safra e a demanda crescente por cafés brasileiros.

O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, destaca que os cafés Conilon e Robusta brasileiros têm se mostrado cada vez mais competitivos no mercado internacional, principalmente devido às condições climáticas adversas e à queda na produção de importantes origens produtoras, como Vietnã e Indonésia. Além disso, os preços desses cafés têm se mantido estáveis nos últimos meses, contribuindo para o recorde nas exportações.

No caso dos cafés Arábica, Ferreira afirma que a safra brasileira de 2023 apresentou uma recuperação significativa, o que tem gerado um aumento na disponibilidade dessa variedade para o mercado internacional. Isso tem proporcionado uma redução no percentual de cafés Conilon e Robusta nos blends para consumo interno, aumentando ainda mais a competitividade dos cafés brasileiros no cenário global.

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O presidente do Cecafé também ressalta que as perspectivas para os cafés Conilon e Robusta continuam positivas, devido ao advento do fenômeno El Niño, que cria um ambiente favorável à estabilidade desse mercado no curto e médio prazo. Quanto aos cafés Arábica, ele projeta que o Brasil tem condições de retomar volumes próximos aos verificados em 2020 a partir da safra 2024/25, desde que haja condições climáticas adequadas e uma estrutura de preços que remunere o produtor.

Em relação aos destinos das exportações brasileiras de café, os Estados Unidos continuam sendo o principal importador, seguidos pela Alemanha, Itália, Japão e Bélgica. Vale destacar o crescimento nas exportações para a China, que saltou para a nona posição no ranking dos principais parceiros do Brasil, expandindo em 146,5% as compras de café nacional. Esse aumento se deve às iniciativas do Cecafé para promover os cafés brasileiros no mercado chinês, o que tem resultado em uma maior aceitação do produto e um aumento no consumo local.

No período de janeiro a agosto deste ano, o café Arábica foi o mais exportado, representando 80,3% do total. Os cafés solúveis, cafés Conilon e Robusta, e cafés torrados e moídos também foram exportados, mas em proporções menores. Além disso, os cafés diferenciados, que possuem qualidade superior ou certificações de práticas sustentáveis, representaram 16,5% do total das exportações brasileiras de café em 2023. Apesar disso, houve uma queda de 16,9% nesse segmento em comparação com o ano anterior.

No geral, mesmo enfrentando desafios como demandas de rastreabilidade e sustentabilidade, a cafeicultura brasileira tem se mostrado resiliente e com perspectivas positivas de crescimento nas exportações. Com um produto de qualidade e iniciativas para promover os cafés brasileiros nos principais mercados, espera-se que o Brasil continue avançando no setor cafeeiro e conquistando cada vez mais consumidores internacionais.

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O desempenho foi impulsionado pela melhora nos Arábicas e pela explosão de 443% nos embarques de Conilon e Robusta, que atingiram recorde para um único mês em agosto;

As exportações brasileiras de café totalizaram 3,673 milhões de sacas de 60 kg em agosto deste ano, volume que implica crescimento de 29,4% em relação ao registrado no mesmo mês de 2022. Na receita cambial, o aumento foi de 7,5% no mesmo intervalo comparativo, com as receitas obtidas com as remessas a atingirem 723,8 milhões de dólares. Os dados fazem parte do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

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O bom desempenho do mês passado reflete o aumento substancial registrado nos embarques dos cafés conilon e Robusta e certa recuperação nos embarques da variedade Arábica.

“Os embarques de cafés canéfora ao exterior explodiram 443%, para 699 mil sacas em agosto, o que resulta no melhor desempenho das exportações dessa variedade em um único mês. Os Arábicas aumentaram 11,2%, para 2,65 milhões de sacas, consolidando o crescimento mensal e o retomada dos embarques com a chegada da nova safra”, destaca o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira.

Segundo ele, os cafés canéfora brasileiros continuam mais competitivos e extremamente procurados, já que outras importantes origens produtoras da variedade, principalmente Vietnã e Indonésia, enfrentaram condições climáticas adversas e queda na produção.

“Esse cenário tem sido muito favorável ao produtor brasileiro, pois o preço tem se mantido estável nos últimos meses, como a alta substancial na Bolsa de Londres, que passou de US$ 1.735 por tonelada no contrato de nov/23, no dia 30 último dezembro, para os atuais US$ 2.430/t – alta de 40%, apesar da queda do dólar de R$ 5,21 para R$ 4,92 no mesmo período –, contribui muito para esses recordes nas exportações de conilon e Robusta”, analisa.

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Com uma recuperação significativa na safra 2023 de Arábica no Brasil, ele acrescenta que há uma redução no percentual de canéforas nos blends para consumo interno, o que aumenta a disponibilidade dessa variedade para o mercado internacional, favorecendo também uma maior competitividade.

“As perspectivas para o nosso conilon e Robusta continuam positivas, pois o advento do El Niño, embora não tão intenso, cria um ambiente favorável à estabilidade deste mercado no curto e médio prazo”, revela.

Em relação ao arábica, Ferreira afirma que, com o fim da colheita, confirma-se um aumento nos volumes recebidos nos armazéns, o que já era previsto devido à boa carga observada nas lavouras no período pré-colheita, principalmente em áreas que estavam fortemente impactado, nos últimos dois anos, pela seca e pelas geadas.

“Com maior disponibilidade do que em 2021 e 2022, o fluxo de cafés vendidos aumentou significativamente, tanto para entrega futura quanto para novos negócios, o que pressionou a Bolsa de NY nos últimos meses. embora o comércio venha experimentando, em geral, diferenciais mais apertados em relação à plataforma de Nova York, o Brasil está recuperando sua participação nas exportações de arábica, registrando volumes superiores aos observados nos últimos meses do primeiro semestre, ou seja, no final do Safra 2022/23”, explica.

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O presidente do Cecafé reitera que as perspectivas são positivas para que os embarques do país continuem avançando, já que foram observados importantes florescimentos no setor cafeeiro, mais recentemente no Arábica e, anteriormente, no Canephoras.

“Se tivermos condições climáticas adequadas daqui até a próxima safra, o Brasil tem plenas condições de retomar, a partir da safra 2024/25, volumes próximos aos verificados em 2020”, projeta. Ferreira acrescenta que, “para isso será obviamente necessária uma estrutura de preços que remunere o produtor, possibilitando o tratamento adequado das culturas, com foco na qualidade, produtividade e sustentabilidade”.

Ele observa também que são muitos os desafios que a cafeicultura brasileira e mundial enfrenta em termos de demandas de rastreabilidade e sustentabilidade e, para honrar esse compromisso, certamente haverá um aumento de custos.

“Diante disso, o mercado precisará e irá naturalmente se ajustar a esse novo modelo de comercialização, que prioriza cada vez mais a originação, a rastreabilidade e, principalmente, a preservação da natureza e o posicionamento total contra o desmatamento”, finaliza. .

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Com o desempenho das exportações brasileiras de café em agosto, os embarques nos dois primeiros meses da safra 2023/24 aumentaram para 6,672 milhões de sacas, gerando receita cambial de US$ 1,354 bilhão. Este desempenho implica aumentos de 24,5% em volume e de 6,6% em valores.

ANO CIVIL

De janeiro até o final de agosto deste ano, o Brasil enviou 22,904 milhões de sacas ao exterior, valor ainda 9,7% inferior ao registrado nos primeiros oito meses de 2022. Na receita cambial, a queda é de 17,3%, com entradas caindo dos EUA de US$ 5,926 bilhões no ano passado para os atuais US$ 4,903 bilhões, o que reflete a redução dos preços de mercado, já que o preço médio da saca exportada caiu 8,3%, passando de US$ 233,55 para US$ 214,08.

PRINCIPAIS DESTINOS

Nos primeiros oito meses de 2023, os Estados Unidos continuam sendo o principal importador de café do Brasil, com a aquisição de 3,885 milhões de sacas, volume 26,6% inferior ao registrado no mesmo ciclo de 2022. Esse valor equivale a 17%. dos embarques totais brasileiros no intervalo recente.

A Alemanha, com representatividade de 11,8%, comprou 2,699 milhões de sacas (-40,5%) e ocupou o segundo lugar no ranking. Em seguida vem a Itália, com importações de 1,715 milhão de sacas (-15,3%); Japão, com 1,509 milhão de sacas (+33,4%); e Bélgica, com 1,309 milhão de sacas (-38%).

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Vale destacar, porém, o aumento substancial registrado nos embarques para a China, nação que, com a compra de 602 mil sacas nos primeiros oito meses de 2023, saltou para a nona colocação no ranking dos principais parceiros cafeeiros do Brasil e expandiu em 146,5% compras de produtos nacionais.

Há alguns anos, havia dúvidas se o sinal dado pelo mercado chinês era uma tendência ou um capítulo à parte que iria esfriar. O Cecafé investiu na tendência e realizou uma série de iniciativas para divulgar os cafés brasileiros no gigante asiático, o que resultou em maior aceitação do produto, com consumidores jovens dispostos a experimentar a bebida, aumentando o consumo local.

“O mercado chinês vem crescendo ao longo dos anos e o Brasil, através das ações que temos realizado, vem ocupando espaço. Continuamos a realizar diversas iniciativas promocionais dos nossos cafés em parceria com redes de cafeterias e agentes locais, o que favorece o avanço que estamos vendo no mercado chinês”, afirma Ferreira.

Por continentes e blocos económicos, destaca-se o crescimento de 101,7% e 48,1% registado, respetivamente, nos Países Árabes e no Médio Oriente. “Nas nações dessas regiões há uma característica muito intensa de consumo do café carioca e o Brasil é praticamente o único país que produz Arábica com esse perfil de bebida, sendo um fornecedor fiel em quantidade para esses destinos”, finaliza o presidente café doce.

TIPOS DE CAFÉ

De janeiro até o final de agosto deste ano, o café arábica continua sendo o mais exportado, com volume equivalente a 18,391 milhões de sacas, o que corresponde a 80,3% do total. O segmento solúvel teve as correspondentes 2,529 milhões de sacas expedidas no intervalo, representando 11%, seguido pela variedade canéfora, com 1,951 milhão de sacas (8,5%) e pelo produto torrado e torrado e moído, com 34.047 sacas (0,2%).

CAFÉS DIFERENCIADOS

Os cafés que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis ​​representaram 16,5% do total das exportações brasileiras do produto em 2023, com 3,770 milhões de sacas enviadas ao exterior. Esse volume representa uma queda de 16,9% em relação ao registrado entre janeiro e agosto do ano anterior.

O preço médio desse produto foi de US$ 241,31 por saca, proporcionando uma receita cambial de US$ 909,8 milhões nos primeiros oito meses deste ano, o que corresponde a 18,6% daquela obtida com o total dos embarques de café. Na comparação anual, o valor é 29,6% inferior ao medido no mesmo intervalo em 2022.

No ranking dos principais destinos dos cafés diferenciados deste ano, os EUA ocupam o primeiro lugar, com a aquisição de 902.087 sacas, o equivalente a 23,9% do total exportado desse tipo de produto. Fechando o top 5 vem a Alemanha, com 489.382 sacas e uma representatividade de 13%; Bélgica, com 421.505 sacas (11,2%); Países Baixos (Holanda), com 227.227 sacas (6%); e Reino Unido, com 175.081 sacas (4,6%).

PORTOS

O complexo marítimo de Santos (SP) continua sendo o principal exportador de café do Brasil no atual ano-calendário, com embarques de 16,968 milhões de sacas ao exterior, o que equivale a 74,1% do total. Em seguida vêm os portos do Rio de Janeiro, que respondem por 21,3% dos embarques, com envio de 4,871 milhões de sacas, e Paranaguá (PR), com embarque de 324.122 sacas ao exterior e representando 1,4%.

O relatório completo das exportações de café do Brasil, até agosto de 2023, está disponível no site do Cecafé: https://www.cecafe.com.br/.

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