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A semana de intensa espera pelo novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) foi uma semana de redefinição de preços e ritmo de negócios com a soja no Brasil. Afinal, no acumulado da semana, eles foram bastante intensos. O contrato de setembro saiu de US$ 13,87 – última sexta-feira (4) – para US$ 13,37 por bushel; novembro de US$ 13,33 para US$ 13,07, com queda de 1,95% e janeiro de US$ 13,42 para US$ 13,17, com perda de 1,86%.

Enquanto em Chicago a pressão foi intensa nesta semana, no mercado brasileiro os destaques ficaram por conta, mais uma vez, do dólar e dos prêmios, conforme explicam analistas e consultores de mercado. A moeda americana caminha para fechar a R$ 4,90, enquanto os prêmios também registram melhores momentos.

USDA Agosto - Soja

O Notícias Agrícolas ouviu alguns especialistas que trouxeram opiniões divergentes sobre esta semana, porém, convergiram sobre a possibilidade de novas mínimas no início da próxima semana na CBOT, já que o boletim do USDA chegou sem grandes novidades e o clima nos EUA ainda é incerto para mais revisões – desta vez positivas – para vir no relatório do próximo mês.

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Matheus Pereira, Pátria Agronegócio

“O relatório como um todo foi um relatório neutro. Do lado da oferta até agradou, os cortes vieram acima da média do mercado, mas do lado da demanda veio um relatório frio. O que o mercado espera agora é o desenvolvimento da safra americana . No momento, os EUA vêm recebendo boas chuvas, os indicadores de NDVI estão saudáveis, porém, alerto para o calor. O calor nos próximos 30 dias pode levar a novos cortes de produtividade tanto na soja quanto no milho, em território americano no relatório de setembro”, diz Matheus Pereira, diretor do Pátria Agronegócios.

Em relação ao mercado nacional, Pereira informou que bons volumes de soja, tanto da safra antiga quanto da nova safra “O final de agosto é tradicionalmente um período que exige muita captação de caixa. Tivemos muitas confirmações e esta quinta-feira (10) foi a melhor dia útil, tendo sido oferecido o melhor preço da semana – em média.

Vlamir Brandalizze, Consultoria Brandalizze

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“O relatório saiu conservador, não pegou o que deveria – cerca de cinco milhões de toneladas (da safra de soja dos EUA) – mas a boa notícia é que está no caminho certo. Os estoques finais foram reduzidos e estão já estão abaixo do que neste ano – que já estão com estoques apertados – e isso é um fator que sustenta os preços, não ajuda a puxar para cima, mas protege contra mais quedas”, explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

O consultor também destacou o cenário de oferta e demanda da China, que permaneceu inalterado, porém com espaço para revisões devido ao clima adverso causado pelo El Niño. No entanto, o especialista ainda acredita que as importações chinesas de soja estimadas em 99 milhões de toneladas devem ser bem maiores, podendo chegar a algo entre 118 e 120 milhões.

Na análise de Brandalizze, na segunda-feira o mercado já terá virado a página do boletim desta sexta-feira e estará se ajustando antes da chegada do relatório semanal de monitoramento da safra. E assim, sem nada de novo no relatório de agosto, pouco espaço para mais efeitos dos números atualizados do USDA.

Ginaldo Sousa, Grupo Labhoro

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Na perspetiva de Ginaldo Sousa, diretor-geral do Grupo Labhoro, a semana foi fraca em termos de negócios, com baixos volumes, com o mercado à espera do balanço desta sexta-feira. “E o relatório foi um pouco otimista, mas os ganhos não se sustentaram, durante boa parte do dia o mercado testou os dois lados da mesa”, diz.

Além disso, “está chovendo bem nos EUA agora e isso ajuda a pressionar. O mercado agora aguarda o novo Crop Progress (relatório semanal de monitoramento da safra) para segunda-feira e, com essas chuvas, pode indicar uma melhora no safra. Portanto, Chicago pode continuar a cair no início da próxima semana. Se agosto tivesse sido um tempo ruim, seria diferente. Agora esperamos o boletim de setembro.”

A semana de intensa espera pelo novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) foi uma semana de redefinição de preços e ritmo de negócios com a soja no Brasil. Enquanto em Chicago a pressão foi intensa nesta semana, no mercado brasileiro os destaques ficaram por conta, mais uma vez, do dólar e dos prêmios, conforme explicam analistas e consultores de mercado. O relatório do USDA foi considerado neutro, sem grandes novidades, e o clima nos EUA ainda é incerto para mais revisões positivas no próximo mês.

Matheus Pereira, diretor do Pátria Agronegócios, destacou que os cortes na oferta foram acima da média do mercado, porém, a demanda ficou abaixo das expectativas. O mercado agora aguarda o desenvolvimento da safra americana, pois as boas chuvas e os indicadores de NDVI saudáveis podem ser impactados pelo calor nos próximos 30 dias, resultando em novos cortes de produtividade tanto na soja quanto no milho no relatório de setembro.

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Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, afirmou que o relatório foi conservador, mas mostrou uma redução nos estoques finais, o que protege os preços contra mais quedas. Ele também apontou a possibilidade de revisões nas importações chinesas de soja, devido ao clima adverso causado pelo El Niño.

Na perspectiva de Ginaldo Sousa, diretor-geral do Grupo Labhoro, a semana foi fraca em termos de negócios, com baixos volumes. Ele ressaltou a importância do novo Crop Progress (relatório semanal de monitoramento da safra) que será divulgado na próxima semana, indicando uma possível melhora na safra devido às chuvas nos EUA.

Em conclusão, a expectativa gerada pelo boletim do USDA resultou em redefinições de preços e ritmo de negócios com a soja no Brasil. Mesmo com um relatório considerado neutro e com um clima incerto nos EUA, é possível que novas revisões ocorram no próximo mês. Os estoques finais reduzidos e as importações chinesas de soja podem influenciar os preços, enquanto as chuvas nos EUA e o relatório de monitoramento da safra serão fatores importantes a serem observados.

Perguntas com respostas:

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1. O que influenciou os preços da soja no Brasil durante a semana?
– Os destaques ficaram por conta do dólar e dos prêmios.

2. O que os analistas esperam em relação à safra americana de soja?
– Espera-se que o clima incerto nos EUA nos próximos 30 dias possa resultar em novos cortes de produtividade.

3. Quais foram as principais conclusões do relatório do USDA?
– O relatório foi considerado neutro, com cortes na oferta acima da média, mas com uma demanda abaixo das expectativas.

4. Quais fatores podem impactar os preços da soja?
– Os estoques finais reduzidos e as importações chinesas de soja, que podem ser revisadas devido ao clima adverso causado pelo El Niño.

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5. Qual será o próximo evento importante a ser observado no mercado agrícola?
– O novo Crop Progress (relatório semanal de monitoramento da safra) que será divulgado na próxima semana para acompanhar a evolução da safra nos EUA.
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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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