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Boa leitura!
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), disponibilizados pelo LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve bater novo recorde em 2023. Valor 16,1% superior ou 44,2 milhões de toneladas a mais do que foi registrado em 2022. Mesmo assim, segundo Fernando de Lima Caneppele, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP, essa indústria não tem participação efetiva na produção de energia limpa.
O agronegócio é essencial para a composição do Produto Interno Bruto e, em 2021, atingiu uma participação de 27,4% no PIB. Esta atividade econômica produz uma quantidade significativa de material rejeitado, que muitas vezes é tratado como resíduo. Uma alternativa viável para a reciclagem desses resíduos é a produção de biocombustíveis. O professor explica que esse tipo de combustível “são fontes não fósseis produzidas por meio da biomassa que, por sua vez, é todo o material obtido da decomposição de resíduos de diversos processos e componentes, como cana-de-açúcar, milho, resíduos ou quaisquer outros de origem biológica”.
Decomposição e energia
Trata-se de uma fonte renovável de energia que se divide em dois campos, o biogás e o biometano. O biogás é gerado através da decomposição de resíduos agrícolas e é composto principalmente de metano e carbono. Com ele é possível produzir biometano, que nada mais é do que a purificação do biogás. Nesse processo, grande parte do carbono é removida para que o combustível seja basicamente metano isolado. Segundo Caneppele, com seu alto grau de pureza, é capaz de praticamente substituir o gás natural, sendo uma alternativa renovável para os processos de geração de energia.
O professor acrescenta que, “para se ter uma ideia do potencial, a Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás) estima que os dejetos suínos podem gerar 2,7 bilhões de metros cúbicos de biometano anualmente, o suficiente para substituir quase 2,5 bilhões de litros de diesel. Esse material também pode gerar eletricidade suficiente para abastecer aproximadamente 5 milhões de residências por mês”. Atualmente, com 675 usinas de biogás instaladas, o país utiliza apenas 2% desse potencial.
A exploração desse modal energético pode trazer alternativas de consumo e redução no custo da energia. E também para dar aos pequenos produtores a chance de se tornarem autossuficientes em energia elétrica, produzindo-a a partir de resíduos e resíduos gerados no local. Assim, nas palavras de Caneppele, não mais depender de distribuidores e variações de preços.
O uso de biocombustíveis no Brasil ainda é pouco explorado, apesar do país possuir um grande potencial para sua produção. Segundo dados do IBGE, a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve bater recorde em 2023, porém, a produção de energia limpa a partir desses resíduos ainda é pouco representativa. O agronegócio, que é responsável por uma grande quantidade de material rejeitado, poderia utilizar essa biomassa na produção de biocombustíveis, uma alternativa viável e sustentável.
A produção de biocombustíveis a partir de biomassa é uma fonte renovável de energia e pode ser dividida em dois campos: o biogás e o biometano. O biogás é gerado pela decomposição de resíduos agrícolas, sendo composto principalmente por metano e carbono. A partir dele, é possível produzir o biometano, que é a purificação do biogás, removendo grande parte do carbono e deixando o combustível basicamente isolado em metano. Esse biometano tem um alto grau de pureza e pode substituir o gás natural, sendo uma alternativa renovável para a geração de energia.
O potencial do biometano no Brasil é imenso. Um exemplo disso é a estimativa da Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás), que afirma que os dejetos suínos podem gerar 2,7 bilhões de metros cúbicos de biometano anualmente, o suficiente para substituir quase 2,5 bilhões de litros de diesel e abastecer aproximadamente 5 milhões de residências por mês. No entanto, atualmente o país utiliza apenas 2% desse potencial, com 675 usinas de biogás instaladas.
A exploração do uso de biocombustíveis traria diversas vantagens, como alternativas de consumo e redução de custos com energia. Além disso, daria a oportunidade aos pequenos produtores de se tornarem autossuficientes em energia elétrica, produzindo-a a partir dos resíduos gerados em suas propriedades. Isso significaria menos dependência das distribuidoras e das variações de preços.
Conclusão:
Em suma, o Brasil ainda possui um vasto potencial a ser explorado na produção de biocombustíveis, principalmente a partir da biomassa gerada pelo agronegócio. O uso de biogás e biometano como fontes de energia renovável pode trazer diversas vantagens, tanto para o meio ambiente quanto para a economia do país. No entanto, é necessário investimento e incentivo para que esse potencial seja aproveitado de forma mais efetiva.
Perguntas e respostas:
1. Como a produção de biocombustíveis pode contribuir para a produção de energia limpa?
– A produção de biocombustíveis a partir da biomassa gerada pelo agronegócio é uma forma de aproveitar resíduos e transformá-los em fontes de energia renovável, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.
2. Quais são os principais tipos de biocombustíveis produzidos a partir da biomassa?
– Os principais tipos são o biogás e o biometano, que são produzidos pela decomposição de resíduos agrícolas e são compostos principalmente por metano e carbono.
3. Qual é o potencial do biometano no Brasil?
– Segundo estimativas da Abiogás, apenas os dejetos suínos podem gerar 2,7 bilhões de metros cúbicos de biometano por ano, o suficiente para substituir quase 2,5 bilhões de litros de diesel.
4. Como a exploração do uso de biocombustíveis pode beneficiar os pequenos produtores?
– A produção de biocombustíveis a partir dos resíduos gerados em suas propriedades permite que os pequenos produtores se tornem autossuficientes em energia elétrica, reduzindo custos e dependência das distribuidoras.
5. Por que o Brasil utiliza apenas 2% do potencial de biocombustíveis?
– A falta de investimento e incentivos por parte do governo e do setor privado são os principais fatores que limitam a utilização mais efetiva do potencial de biocombustíveis no país.
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Fonte: Portal do Agronegócio