Qual e a nova alternativa para producao de paineis utilizados

Qual é a nova alternativa para produção de painéis utilizados na construção civil que envolve o uso de bambu e mamona?

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Você está interessado em conhecer as últimas novidades no campo do agronegócio brasileiro? Quer se manter informado sobre as principais notícias e tendências desse setor em rápido crescimento? Então, você veio ao lugar certo! Neste artigo, exploraremos uma parceria inovadora entre a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Universidade Federal do Ceará (UFC) que resultou em opções alternativas para a produção de painéis OSB no mercado da construção civil.

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Para aqueles que não estão familiarizados, os painéis OSB (Oriented Strand Board) são chapas largamente utilizadas na construção civil, sendo empregadas como paredes, divisórias, pisos e lajes. Atualmente, esses painéis são fabricados principalmente a partir de madeira de pinus e eucalipto, utilizando-se um adesivo sintético à base de formol. No entanto, esse adesivo pode apresentar riscos à saúde humana, como alergias e até mesmo o desenvolvimento de certos tipos de câncer.

Foi nesse contexto que a equipe de pesquisa, composta por cientistas da UFLA e da UFC, decidiu explorar novas alternativas para a produção de painéis OSB mais seguros e sustentáveis. Duas opções foram investigadas: a utilização do bambu como matéria-prima alternativa e a substituição parcial do adesivo formaldeído por nanofibrilas de celulose de torta de mamona.

O bambu se mostrou uma excelente opção, pois apresenta características semelhantes à madeira, além de possuir um rápido crescimento, alta produtividade e baixo custo. Além disso, a utilização do bambu como matéria-prima para os painéis contribui para a preservação das florestas nativas, uma vez que o bambu pode ser cultivado de forma sustentável.

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Por sua vez, as nanofibrilas de celulose de torta de mamona representam uma alternativa promissora para substituir parcialmente o adesivo formaldeído. Essas nanofibrilas, obtidas a partir da torta de mamona, são estruturas filamentosas ultrafinas que oferecem excelente desempenho mecânico e são biodegradáveis. Além disso, o resíduo pastoso resultante da produção das nanofibrilas pode ser utilizado como substituto parcial no processo de produção dos painéis OSB.

O estudo, premiado na 3ª edição do Programa 25 Mulheres na Ciência América Latina em 2023, demonstrou que a substituição parcial do adesivo formaldeído por nanofibrilas de celulose de torta de mamona não compromete a qualidade dos painéis. Ao contrário, esse novo processo permite a produção de painéis OSB com uma matéria-prima mais acessível e ambientalmente amigável.

Os pesquisadores estão atualmente conduzindo testes para avaliar as propriedades físicas e de resistência dos novos painéis OSB. Os resultados iniciais são promissores e a equipe pretende em breve verificar também a quantidade de formaldeído emitida pelos painéis.

A parceria entre a UFLA e a UFC tem sido fundamental para o sucesso desse projeto inovador. A pesquisadora Bárbara Maria Ribeiro Guimarães de Oliveira, que concluiu seu doutorado em Engenharia de Biomateriais pela UFLA e está atualmente realizando seu pós-doutorado na UFC, tem sido uma figura chave nesse trabalho. Além disso, os professores e pesquisadores das duas instituições têm contribuído com seus conhecimentos e expertise para o desenvolvimento do projeto.

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No geral, essa pesquisa destaca o potencial de utilizar a celulose microfibrilada da torta de mamona em substituição ao adesivo formaldeído na produção dos painéis OSB. Além de serem mais seguros e sustentáveis, os novos painéis apresentam uma alternativa viável e acessível para o mercado da construção civil.

Em conclusão, a parceria entre a UFLA e a UFC tem mostrado resultados promissores na busca por alternativas mais seguras e sustentáveis para a produção de painéis OSB. O uso do bambu como matéria-prima e a substituição parcial do adesivo formaldeído por nanofibrilas de celulose de torta de mamona representam avanços significativos nesse campo. Essa pesquisa inovadora foi reconhecida tanto nacional quanto internacionalmente, destacando a importância da ciência de qualidade realizada por mulheres como Bárbara Maria Ribeiro Guimarães de Oliveira.

Agora, vamos responder a algumas perguntas frequentes sobre esse assunto:

1. Quais são as vantagens do uso do bambu como matéria-prima para os painéis OSB?

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Apesar de possuir características semelhantes à madeira, o bambu apresenta um rápido crescimento, alta produtividade e baixo custo. Além disso, o cultivo sustentável de bambu contribui para a preservação das florestas nativas.

2. Por que o adesivo formaldeído utilizado na produção dos painéis OSB pode ser prejudicial à saúde?

O adesivo formaldeído é tóxico e pode causar alergias cutâneas e respiratórias, além de estar associado ao desenvolvimento de certos tipos de câncer, como leucemia e câncer de nasofaringe.

3. O que são nanofibrilas de celulose de torta de mamona?

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As nanofibrilas de celulose de torta de mamona são estruturas filamentosas ultrafinas obtidas a partir da torta de mamona. Elas apresentam excelente desempenho mecânico, são biodegradáveis e representam uma alternativa mais segura e sustentável ao adesivo formaldeído utilizado na produção de painéis OSB.

4. Como as nanofibrilas de celulose de torta de mamona são produzidas?

A torta de mamona passa por tratamentos químicos para remover componentes indesejados, como a lignina. Em seguida, as fibras são transformadas em nanofibrilas de celulose por meio de um processo mecânico.

5. Qual é o objetivo final desse estudo?

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O objetivo final desse estudo é desenvolver painéis OSB mais seguros e sustentáveis, utilizando o bambu como matéria-prima e as nanofibrilas de celulose de torta de mamona como substituto parcial do adesivo formaldeído. Essa pesquisa tem potencial para impactar positivamente o mercado da construção civil, oferecendo uma alternativa mais acessível e ambientalmente amigável.

Esperamos que este artigo tenha proporcionado uma visão fascinante sobre essa pesquisa inovadora e suas possíveis aplicações no campo do agronegócio brasileiro. Fique atento para mais atualizações e descobertas neste setor em rápido crescimento!

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Uma parceria entre a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Universidade Federal do Ceará (UFC) resultou em novas opções para a produção de painéis OSB (Oriented Strand Board), utilizados na construção civil: a primeira é a utilização do bambu como alternativa à indústria de painéis, que hoje se baseia principalmente na utilização de madeira de pinus e eucalipto. A segunda opção é a substituição parcial do adesivo utilizado na produção dos painéis por nanofibrilas de celulose de torta de mamona, resíduo obtido após a extração do óleo de mamona. O estudo, premiado na 3ª edição do Programa 25 Mulheres na Ciência América Latina, em 2023, uniu essas duas alternativas na produção dos novos painéis.

Painéis OSB são chapas utilizadas na construção civil, como paredes, divisórias, pisos e lajes, feitas com partículas de madeira unidas por um adesivo sintético, normalmente feito à base de formol (gás incolor, de forte odor, altamente inflamável e tóxico). ). . Tal adesivo pode ser prejudicial à saúde humana, causando alergias cutâneas e respiratórias, dores de cabeça e até o desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como leucemia e câncer de nasofaringe.

A proposta deste novo estudo, segundo a pesquisadora Bárbara Maria Ribeiro Guimarães de Oliveira, formada pela UFLA, é substituir parcialmente esse adesivo por nanofibrilas de celulose de torta de mamona, que são estruturas filamentosas ultrafinas. “Conseguimos uma opção excelente, menos tóxica, com material biodegradável e renovável”, destaca Bárbara.

A equipe de pesquisa ressalta que essa substituição não prejudica a qualidade dos painéis, permitindo a produção desse material já consolidado no mercado com uma matéria-prima mais barata e que oferece menos riscos ao meio ambiente e ao ser humano. O estudo mostra ainda que o uso do bambu se justifica pela semelhança com a madeira, além do fato dessa planta apresentar rápido crescimento, alta produtividade e baixo custo.

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A metodologia

O primeiro passo foi a produção de nanofibrilas de celulose a partir da torta de mamona. A torta de mamona foi enviada da UFC para a sede do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Biomateriais da UFLA, onde passou por tratamentos químicos para retirar componentes de sua estrutura, como a lignina, que dificulta a geração de nanofibrilas. Após esses tratamentos, as fibras passaram por um processo mecânico para serem transformadas em nanofibrilas de celulose. Em seguida, foram avaliados para verificar se os tratamentos químicos e o processo mecânico foram eficientes. Essa etapa resultou na produção de um resíduo pastoso que pode ser utilizado como substituto parcial no processo de produção de painéis.

Para obter uma nova matéria-prima para os painéis, a pesquisa contou mais uma vez com a UFLA na segunda etapa do estudo. A Universidade foi responsável pela produção e análise do material desenvolvido. “Para a produção dos painéis, obtivemos bambu fornecido pela UFLA. Esse material foi então reduzido em partes menores e mais finas e tratado para evitar o apodrecimento. Com isso, obtemos as partículas necessárias à produção. Para uni-las foi utilizado um pouco de resina de formaldeído, reduzido pela presença de nanofibrilas de celulose de torta de mamona, produzidas por nós. Em seguida, os painéis foram prensados ​​em alta temperatura e cortados em pedaços menores para análise”, explica Bárbara.

Atualmente, os novos painéis OSB estão sendo avaliados na UFLA, considerando suas propriedades físicas e de resistência. Já foi possível verificar que os resultados iniciais são promissores. A equipe pretende em breve verificar também a quantidade de formaldeído emitida pelos painéis do estudo.

Mais sobre a pesquisa e a equipe

O estudo está sendo realizado durante o pós-doutorado de Bárbara no Departamento de Engenharia Química da UFC. Na UFLA, a pesquisadora concluiu a graduação em Agronomia (2010), o mestrado em Ciência e Tecnologia da Madeira (2012) e o doutorado em Engenharia de Biomateriais (2017). A parceria estabelecida entre as duas instituições, incentivada por Bárbara, garante o acesso à tecnologia necessária à produção de novos materiais.

Na UFC, a pesquisa de Bárbara é orientada pelo professor Francisco Murilo Tavares de Luna. Desta instituição, também colabora no estudo com a pós-graduanda em Engenharia Química Solange Assunção Quintella. Da UFLA, participam os professores da Faculdade de Ciências Agrárias de Lavras (Esal/UFLA) Lourival Marin Mendes, José Benedito Guimarães Junior e Gustavo Henrique Denzin Tonoli.

O projeto “Potencial de utilização da celulose microfibrilada da torta de mamona em substituição ao adesivo na produção de painéis OSB (Oriented Strand Board)” está em andamento e a publicação está prevista para ser concluída até o final do ano.

Reconhecimento

A pesquisa inovadora rendeu a Bárbara um prêmio nacional e internacional na 3ª edição do Programa 25 Mulheres na Ciência América Latina, promovido pela 3M Ciência Aplicada à Vida. “Esse reconhecimento não só nos incentiva, mas também nos valoriza. Espero que, com este prémio, seja possível inspirar outras mulheres e raparigas, reforçando que somos, de facto, capazes de fazer ciência de qualidade.”

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