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Boa leitura!
“Em conclusão, a onda de calor fora de época tem impactado significativamente a produção agrícola, a criação de animais e até mesmo a piscicultura. As altas temperaturas afetam a qualidade das plantas, a produção de carne bovina e a reprodução de diversas espécies aquáticas. Para mitigar esses efeitos climáticos, técnicas como o uso de bio-insumos e o Sistema de Plantio Direto de Hortaliças são adotadas na região. No entanto, é importante ressaltar que essas medidas podem não ser suficientes diante das consequências do aquecimento global.
Agora, confira abaixo cinco perguntas frequentes sobre o assunto:
1. Quais são as principais culturas afetadas pelo calor fora de época?
R: As culturas sensíveis ao calor, como frutas, flores e hortaliças, são as mais impactadas.
2. Como o estresse térmico afeta a produção de carne bovina?
R: O estresse térmico resulta na redução da qualidade da carne, afetando o bem-estar animal e a eficiência da produção.
3. Quais são os principais desafios enfrentados na piscicultura durante a onda de calor?
R: A solubilidade do oxigênio na água diminui, afetando a alimentação dos peixes e a reprodução de algumas espécies.
4. Quais são as técnicas utilizadas para mitigar os efeitos do calor na agricultura?
R: O uso de bio-insumos e o Sistema de Plantio Direto de Hortaliças são algumas das técnicas adotadas para proteger as plantas.
5. Como os produtores podem se preparar para as altas temperaturas?
R: É necessário um planejamento estratégico, incluindo a redução da oferta de alimentos para os animais e a adoção de medidas para manter a produtividade na piscicultura.
Esperamos que este artigo tenha sido útil e informativo. Caso tenha alguma outra dúvida sobre o tema, deixe nos comentários e teremos prazer em responder. Continue acompanhando para mais notícias e informações sobre o agronegócio brasileiro.”
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Desde que a primavera começou, em 23 de setembro, uma forte onda de calor tomou conta de todo o país. A estação, com predominância de clima mais ameno, sofre influência do fenômeno El Niño, que deixou o período com características de verão: muito calor e chuvas fortes.
Em setembro, segundo o Climatempo, durante quase duas semanas, as temperaturas atingiram níveis extremos, muito acima do normal. “O calor e a umidade são ingredientes para chuvas fortes e trovoadas. Só é difícil prever quando e onde vão acontecer”, alerta Willians Bini, meteorologista e chefe de comunicação da Climatempo.
Na agricultura, esta onda de calor fora de época afeta a produção agrícola em diversas cadeias. No sector da produção, por exemplo, muitos dos alimentos produzidos são extremamente sensíveis a altas temperaturas. Isto afecta tudo, desde as culturas no campo até aos alimentos que chegam à mesa do consumidor.
“Mogi das Cruzes, no Cinturão Verde da Região Metropolitana de São Paulo, destaca-se pela produção de frutas, flores e hortaliças, principalmente folhosas. Nesse sentido, o calor intenso dos últimos dias impacta significativamente a qualidade das plantas, dependendo da cultura e em todas as fases da planta, no plantio, condução, colheita e transporte”, destaca David Rodrigues, Extensionista Rural do CATI Regional Mogi das Cruzes.
TÉCNICAS CONTRA O CALOR
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), vem promovendo novas técnicas de produção na região, que buscam mitigar esses efeitos climáticos, incluindo o uso de bio- insumos e a introdução do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH). “O SPDH consiste em cobrir o solo, criando proteção para o crescimento da planta e conservando a umidade”, explica David Rodrigues.
Até os animais sofrem com temperaturas excessivas. O estresse térmico é um dos fatores limitantes para a produção de carne de alta qualidade. A produção de carne bovina precisa ser cada vez mais eficiente e baseada no desenvolvimento sustentável e no bem-estar animal. Ofegante, aumento da frequência cardíaca e necessidade de hidratação, além de sudorese. Outros sintomas também podem ser notados, como hipersalivação, vômitos e diarreia.
Segundo a pesquisadora do Instituto de Zootecnia (IZ – APTA) do SAA, Claudia Cristina Paro de Paz, os bovinos são animais homeotérmicos que modulam a temperatura corporal interna, ajustando a quantidade de calor produzida pelo metabolismo com o fluxo de calor do corpo. animal para o meio ambiente.
O calor afeta até a piscicultura. Isso porque a temperatura equilibrada da água é essencial para o cultivo de diversas espécies. Portanto, nos meses mais quentes, os produtores necessitam de planejamento estratégico para manter a produtividade e minimizar as perdas de produção.
“O que acontece é uma diminuição da solubilidade do oxigênio na água, devido ao aumento da temperatura. Com isso, o peixe não comerá normalmente, porque não terá oxigênio suficiente para digerir o alimento que ingeriu”, explica Andreas Karl Plosch, proprietário do Sítio Forelle Trutas, em Pindamonhangaba, interior de São Paulo.
Segundo o proprietário, uma alternativa neste momento é reduzir a oferta de alimentos ou até mesmo, por um tempo, não alimentar os peixes. Algumas espécies, como a truta, nidificam em águas mais frias, em torno de 10ºC e 20ºC. “Nesse período, setembro e outubro, a água atinge o pico de 24 graus e isso é suficiente para o manejo das trutas”, destaca Andreas Karl Plosch.
Para Leonardo Tachibana, diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Aquicultura do Instituto de Pesca (IP – APTA), o aumento do calor também influencia a reprodução de algumas espécies. “Além disso, os peixes criados em tanques-rede não conseguem se deslocar para áreas com conforto térmico, como áreas mais profundas, por isso sofrem com a alta temperatura da água”, destaca Leonardo Tachibana.
A tilápia pode suportar temperaturas acima de 35ºC e climas mais quentes podem ser benéficos para a reprodução. “Então alguns locais de tilápia podem antecipar a época de reprodução, após o período de inverno”, destacou Tachibana.
Com: Consultoria de comunicação
Foto: Reprodução/Governo de São Paulo
(Fernanda Toigo/Sou Agro)