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“Portanto, o governo brasileiro está empenhado em impulsionar o transporte ferroviário de cargas como uma forma de ampliar as exportações do país. Com investimentos públicos e privados, o objetivo é aumentar a participação das ferrovias no transporte de cargas de 17% para 40% até 2035. Essa expansão é vista como fundamental para um país de dimensões continentais como o Brasil.

No novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estão previstos investimentos de 94,2 bilhões de reais no setor ferroviário. Além disso, serão realizadas ligações complementares à ferrovia Norte-Sul, que foi concluída após 36 anos de obras, e a construção de seis novas linhas ferroviárias de transporte de passageiros. O objetivo dessas estratégias é garantir a competitividade internacional do país.

Um dos projetos de destaque é a Ferrovia Transnordestina, que está em construção há 15 anos. Com um projeto de extensão de 1.753 km, essa ferrovia será fundamental para atingir a meta estabelecida pelo governo de 40% do transporte de cargas para exportação por via férrea. A previsão é de que a primeira parte do projeto seja concluída até o final de 2026.

Além disso, o governo está trabalhando na ampliação das opções de transporte de passageiros por meio das ferrovias. Atualmente, apenas duas ferrovias interestaduais estão em operação no Brasil, mas há projetos em estudo para ligações entre diferentes regiões do país, como Luziânia (GO) e Brasília, a região de Feira de Santana (BA) e São Paulo e Paraná.

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No entanto, é importante ressaltar que o investimento no transporte ferroviário de cargas e passageiros apresenta desafios, especialmente devido ao tamanho do país e à distância entre as cidades. Por exemplo, a implementação de um trem rápido de São Paulo para o Rio de Janeiro no passado exigiria um alto investimento, tornando-se inviável em relação ao transporte aéreo.

A preocupação com os impactos ambientais também é um ponto importante. O transporte focado em rodovias, como o uso de caminhões, causa grandes emissões de poluentes. Por isso, a expansão do transporte de cargas por trem é uma estratégia para reduzir essas emissões.

Para financiar esses investimentos, o governo espera atrair até 260 bilhões de reais nos próximos três anos, dos quais cerca de 180 bilhões virão de investidores estrangeiros. Com isso, o país pretende apresentar as oportunidades de investimento em estradas e hidrovias em diversos eventos internacionais, como “roadshows” em Lisboa, Dubai, China, Índia e Alemanha.

Em conclusão, o governo brasileiro está comprometido com a expansão do transporte ferroviário de cargas e passageiros como uma forma de impulsionar as exportações e reduzir os impactos ambientais do transporte rodoviário. Os investimentos previstos visam aumentar a participação das ferrovias nesse contexto, tornando o Brasil mais competitivo internacionalmente.

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Perguntas e Respostas:

1. Quais são as metas do governo brasileiro em relação ao transporte ferroviário de cargas?
– O governo brasileiro tem como meta aumentar a participação do transporte ferroviário de cargas de 17% para 40% até 2035.

2. Qual é o investimento previsto para o setor ferroviário no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)?
– Estão previstos investimentos de 94,2 bilhões de reais no setor ferroviário do Brasil.

3. Qual é o projeto de destaque em construção no país?
– O projeto de destaque é a Ferrovia Transnordestina, que está em construção há 15 anos e tem como objetivo ligar o município de Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (MA) e Suape (PE).

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4. Quantas linhas ferroviárias interestaduais estão em operação no Brasil?
– Atualmente, apenas duas linhas ferroviárias interestaduais estão em operação no Brasil.

5. Qual é a estratégia do governo para reduzir os impactos ambientais do transporte de cargas?
– Uma das estratégias é ampliar o transporte de cargas por trem, pois os caminhões são responsáveis por grandes emissões de poluentes.”

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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tag:reutersPor Catarina Demony e Lisandra Paraguassu

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LISBOA/BRASÍLIA (Reuters) – O governo brasileiro quer aumentar o transporte ferroviário de cargas para exportação em 40% até 2035, em um esforço que envolve investimentos públicos e privados para afastar o país da concentração no modelo rodoviário, disse ele em Quinta-feira, o ministro dos Transportes, Renan Filho, disse à Reuters.

Em Lisboa, onde realiza um “roadshow” para apresentar aos investidores europeus oportunidades na área ferroviária, rodoviária e hidroviária no âmbito do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro afirmou em entrevista que a expansão do modal ferroviário é fundamental para um país do tamanho do Brasil.

“Nossa meta é: hoje o Brasil exporta por ferrovia apenas 17% do que produz. Com o novo plano logístico nacional, o país quer levar esses 17% a 40% até o ano de 2035. Isso precisa combinar esforços de investimento privado com esforços públicos para garantir a concretização deste objectivo”, afirmou.

No pacote de obras de infraestrutura que será oferecido aos investidores, o setor ferroviário representa investimentos de 94,2 bilhões de reais, enquanto a maior parte dos recursos – 185,8 bilhões – será direcionada para rodovias.

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Ainda assim, Renan Filho explicou que o pacote inclui ligações após a conclusão da ferrovia Norte-Sul, concluída este ano após 36 anos de obras, e também seis novas linhas ferroviárias de transporte de passageiros.

“Queremos fazer diversas ligações com ela (Norte-Sul). Temos o Leste-Oeste projetado. Temos a conclusão da Transnordestina. Todas elas mais voltadas ao transporte de cargas para garantir mais competitividade internacional”, explicou.

Em construção há 15 anos, a Ferrovia Transnordestina, planejada para ligar o município de Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (MA) e Suape (PE), tem extensão de projeto de 1.753 km, mas pouco mais da metade já foi concluída até aqui. . Segundo o ministro, a ligação é fundamental para atingir a meta de atingir 40% do transporte de cargas para exportação por via férrea.

“A primeira parte do projeto, que é a ligação de Eliseu Martins a Salgueiro e de Salgueiro a Fortaleza, ficará pronta até o final de 2026, início de 2027. Estamos estruturando o braço para Suape. Essa obra terá início ainda este ano. Esperamos estar prontos em cinco anos”, afirmou.

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O ministro admitiu as dificuldades de inclusão das ferrovias no modo de transporte de passageiros do país, mas disse que o pacote de obras proposto incluirá seis novas linhas – que, se confirmadas, multiplicarão por quatro o total existente no Brasil. Hoje, apenas duas ferrovias interestaduais estão em operação, uma ligando o Pará ao Maranhão e outra entre o Espírito Santo e Minas Gerais.

Estão sendo elaborados projetos para ligações entre Luziânia (GO) e Brasília; na região de Feira de Santana (BA); e linhas de ligação entre São Paulo e Paraná.

“Há algumas linhas que estão a finalizar estudos de viabilidade e procuram atrair investimento privado em parcerias público-privadas, porque as linhas ferroviárias também precisam de investimento público”, explicou.

“O problema do Brasil é que é um país de dimensão continental e as cidades estão distantes umas das outras. Por exemplo, um trem rápido de São Paulo para o Rio de Janeiro tentou ser estruturado no passado, mas o trabalho por si só já seria suficiente. custou 50 bilhões de reais. Para competir com o transporte aéreo, esse trem tem que ser de alta velocidade”, afirmou.

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Questionado sobre os impactos ambientais do transporte focado nas rodovias, o ministro respondeu que o maior impacto é justamente o dos caminhões, daí a preocupação do governo com o rápido crescimento do transporte de cargas por trem.

“O Brasil pretende ampliar o transporte de cargas porque os caminhões são os que mais emitem, e não só transportam pessoas. Os aviões emitem muito, mas ainda voamos muito pouco no Brasil”, disse.

O governo espera investimentos de até 260 bilhões de reais nos próximos três anos apenas em rodovias e hidrovias. Os investimentos públicos, segundo Renan Filho, deverão ser de 80 bilhões, enquanto são esperados recursos privados da ordem de 180 bilhões, boa parte dos quais virão de investidores estrangeiros.

Daí a razão dos “roadshows” que o governo está a fazer para mostrar oportunidades no exterior. Depois de Lisboa, a carteira de investimentos deve ser apresentada no Dubai, na China, na Índia e na Alemanha, principais parceiros nestas áreas.

O pacote de concessões, espera o ministro, deverá ficar entre 180 bilhões e 200 bilhões de reais, com 35 leilões até o fim do governo Lula.

(Reportagem de Catarina Demony, em Lisboa, e Lisandra Paraguassu, em Brasília)

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