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O controle de pragas na semeadura da soja é de extrema importância para garantir o desenvolvimento saudável das plantas e a máxima produtividade. Dentre as pragas mais comuns, destacam-se os percevejos, lagartas, corós e besouros, que podem causar danos significativos à cultura.
Os percevejos, como o percevejo marrom da raiz, são conhecidos por consumirem sementes, raízes e mudas, além de introduzirem patógenos. Esse consumo pode levar à redução do estande e do vigor das plantas, impactando diretamente na produtividade. Por isso, é fundamental estar atento à incidência desses insetos na semeadura.
Outra praga de destaque é a lagarta de elasmo, que também pode causar danos significativos às plantas de soja. Além disso, espécies desfolhantes, como a Diabrotica speciosa, Cerotoma arqueado, Megacelis sp e Maecolaspis esp, podem causar a desfolha das plantas, comprometendo a saúde e produtividade da cultura.
Para lidar com essas pragas, é importante adotar estratégias de controle eficazes. A doutora Lucia Vivan, entomóloga e pesquisadora da Fundação de Amparo à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), recomenda que os produtores tenham o histórico das áreas, pois algumas pragas podem permanecer nelas e aumentar sua abrangência ao longo dos anos.
Além disso, é importante realizar o tratamento de sementes, que pode ser eficaz no controle das pragas iniciais. O manejo invasivo também é uma medida importante para reduzir as populações e evitar problemas no período reprodutivo da soja.
O controle pré-plantio também é essencial para evitar infestações de pragas. No caso da lagarta de elasmo, o monitoramento das condições climáticas é fundamental, uma vez que anos com distribuição irregular e estiagens na época do plantio da soja podem favorecer o aumento dessa população. O tratamento de sementes é uma medida que pode minimizar os danos causados por essa praga, mas é importante ter em mente que em períodos de seca ainda podem ocorrer ataques e perdas de plantas.
O monitoramento pré-plantio também é necessário para a lagarta S. frugiperda, uma vez que lagartas maiores, a partir do segundo ínstar, não são controladas pelo tratamento de sementes. Nesse caso, o controle pré-plantio deve ser feito com manejo da palha, dessecação precoce ou utilização de produtos recomendados para esse momento.
Outro aspecto importante é o manejo de pragas específicas, como o percevejo de barriga verde, relacionado ao cultivo de milho e ervas daninhas. O tratamento de sementes pode ser eficaz nesse controle, mas o manejo integrado também é necessário para reduzir as populações iniciais que podem se tornar problemas no período reprodutivo da soja e do milho segunda safra.
Para as larvas de farinha e besouros desfolhadores, o tratamento de sementes é uma medida que minimiza os danos, mas é importante ficar atento aos fluxos emergenciais de adultos, que podem exigir aplicações foliares adicionais.
É fundamental destacar que as culturas hospedeiras podem fornecer fontes de alimento e sobrevivência para as pragas, resultando em um maior número de gerações por ano. Portanto, o tratamento das sementes, o acompanhamento das previsões de chuvas, o histórico da área e a presença de pragas na palha são fundamentais para minimizar problemas na colheita da soja.
O clima também exerce grande influência no desenvolvimento da cultura e na ocorrência de pragas. Períodos com poucas chuvas merecem maior atenção, uma vez que as plantas se desenvolvem menos e ficam mais suscetíveis ao ataque desses insetos. Além disso, a eficiência dos produtos de controle pode ser reduzida em períodos mais secos.
Por fim, o monitoramento constante das áreas é essencial para identificar aumentos populacionais de pragas e tomar decisões de controle. Existem diversas ferramentas disponíveis, como o uso de feromônios para interromper o acasalamento, produtos biológicos e químicos. No entanto, é importante ajustar a estratégia de controle de acordo com as características específicas de cada praga e da região em que a cultura está sendo cultivada.
Em resumo, o controle de pragas na semeadura da soja é um aspecto fundamental para garantir a produtividade da cultura. O monitoramento constante, o tratamento de sementes e o manejo integrado de pragas são medidas que devem ser adotadas pelos produtores para minimizar os danos e obter uma colheita de qualidade.
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Percevejos, lagartas, corós e besouros podem estar presentes na semeadura da soja e causar danos pelo consumo de sementes, raízes e mudas, sucção de seiva e introdução de patógenos. A redução do estande e do vigor das plantas são algumas das consequências e impactam na produtividade
Com o fim do vazio da soja, iniciou-se mais um ciclo de lavoura nos estados produtores. O período de semeadura e a fase de emergência das plantas são cruciais para o desenvolvimento da cultura e exigem muitos cuidados, incluindo o controle de pragas e doenças. Em Mato Grosso, é importante que os produtores rurais estejam atentos à incidência, principalmente, do corós, o percevejo marrom da raiz (Scaptocoris castanea e S. agorai), lagarta de elasmo (Elasmopalpus lignocellus), Spodoptera frugiperda e coleópteros como a barata (Armado miocro), além de espécies desfolhantes (Diabrotica speciosa / Cerotoma arqueado / Megacelis sp e Maecolaspis esp).
Lucia Vivan, doutora em Entomologia e pesquisadora da Fundação de Amparo à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), orienta que para os corós e os percevejos da calêndula é importante ter o histórico das áreas, pois esses insetos permanecem nelas e podem cobrir áreas maiores ao longo dos anos. O mesmo foi observado para a larva da farinha, espécie com população e área de ocorrência cada vez maiores.
Para S. frugiperda, o especialista explica que a população presente na área está relacionada ao cultivo na safrinha, e essa espécie possui grande número de plantas hospedeiras. No entanto, em geral, áreas com milho, milheto e gramíneas tigueras podem ter grandes populações e lagartas residentes. “Estas terão o hábito de enfiar lagartas, causando o corte das plantas na emergência”pontuações.
Existe ainda outra espécie que pode estar presente no início do desenvolvimento do cultura da sojao percevejo de barriga verde (Diceraeus melacanthus). A praga está relacionada com milho tigueras, culturas de cobertura e ervas daninhas. O pesquisador alerta que o tratamento de sementes pode ser eficaz no controle, mas o manejo invasivo ajuda a reduzir as populações iniciais que serão potenciais problemas para o período reprodutivo da soja e do milho segunda safra. “Nesse caso é gestão no sistema produtivo”ele adiciona.
Controle pré-plantio
Para a lagarta elasma é importante o monitoramento das condições climáticas, pois anos com distribuição irregular e estiagens na época do plantio da soja podem favorecer esta população. Áreas com plantio de sorgo na segunda safra também podem apresentar maiores infestações. Lúcia explica que o tratamento de sementes deve ser utilizado, mas mesmo assim, em períodos de seca, podem ocorrer ataques e perdas de plantas.
Segundo o entomologista, por S. frugiperda O monitoramento pré-plantio da soja é importante, pois lagartas maiores, a partir do segundo ínstar, não serão controladas pelo tratamento de sementes. “Neste caso, o controle pré-plantio deve ser feito com manejo da palha, com dessecação precoce ou utilização de produtos recomendados para aquele momento”esclarece.
Quanto às larvas de farinha, o tratamento de sementes minimiza os danos, porém esta população apresenta fluxos emergenciais de adultos, tornando necessário o monitoramento para decisão sobre aplicações foliares. “O mesmo pode ser dito dos besouros desfolhadores”acrescenta o pesquisador.
Importante
As culturas hospedeiras podem fornecer fontes de alimento e sobrevivência para pragas (ponte verde), resultando num maior número de gerações/ano. Por isso, segundo o especialista, o tratamento das sementes, o acompanhamento das previsões de chuvas e do histórico da área e das populações presentes na palha para decidir pela dessecação precoce são fundamentais para minimizar problemas na colheita da soja.
O clima tem grande influência e os períodos com poucas chuvas merecem maior atenção, pois as plantas se desenvolvem menos e ficam mais suscetíveis ao ataque de pragas. Além disso, quando o clima é mais seco, a eficiência dos produtos em geral diminui. Outro ponto importante, segundo o especialista, é que podem ocorrer surtos de lagartas, já que a precipitação é um regulador natural dessas populações.
É possível evitar danos ainda maiores?
Ao monitorar as áreas, o produtor saberá qual(is) praga(s) presente(s) e a escala do ataque, podendo assim escolher as ferramentas. Para pragas de solo como corós e percevejo marrom, o entomologista explica que a única ferramenta é o tratamento da semente ou a pulverização no sulco de plantio, “porque não há produtos aplicados na parte aérea que chega às raízes, que é onde os insetos se alimentam e causam danos”.
O mesmo se aplica à lagarta do elasmo, pois esta praga penetra na planta da soja na altura do caule, cavando uma galeria ascendente no interior do caule, alimentando-se dela, e a pulverização da parte aérea não é eficaz devido a esse hábito. “Por isso é tão importante conhecer a história da área, pois essas medidas devem ser tomadas na hora do plantio”acrescenta o médico.
Em relação à desfolha de coleópteros, devem ser combinadas ferramentas de tratamento de sementes e pulverização foliar. Isso porque há fluxos emergenciais de adultos dessa espécie ao longo do tempo e o tratamento de sementes tem curto período de ação, porém é muito importante para o estabelecimento do cultivo da soja.
Finalmente, para a lagarta S. frugiperda O monitoramento semanal é necessário para identificar aumentos populacionais e tomar decisões de controle em relação aos danos populacionais e às plantas. “As ferramentas para o seu manejo são o uso de feromônios para interromper o acasalamento, o uso de produtos biológicos e químicos”finaliza o pesquisador da Fundação MT.
Fundação MT: Criada em 1993, a instituição desempenha importante papel no desenvolvimento da agricultura, servindo de apoio ao setor agropecuário na sua missão de fornecer informações técnicas, imparciais e confiáveis que orientem a tomada de decisão do produtor. A sede está localizada em Rondonópolis-MT, contando com três laboratórios e estufas, seis Centros de Aprendizagem e Difusão (CAD) distribuídos por todo o Estado nos municípios de Sapezal, Sorriso, Nova Mutum, Itiquira, Primavera do Leste com ponto de apoio em Campo Verde e Serra da Petrovina, em Pedra Preta. Para mais informações acesse www.fundacaomt.com.br e baixe o aplicativo da instituição.
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