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No artigo a seguir, abordaremos o registro genealógico de bovinos da raça Pantaneiro, realizado pela equipe da Embrapa Pantanal e pela Associação Brasileira dos Criadores de Gado Pantaneiro (ABCBP). Esse processo é fundamental para o reconhecimento oficial da raça junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Durante a avaliação técnica, nove touros e 55 mães do rebanho do Centro de Conservação do Gado Pantaneiro passaram por análises criteriosas para atender aos padrões raciais estabelecidos. Além disso, cada animal recebeu uma identificação única, fotografia individual e serão cadastrados na Plataforma de Recursos Genéticos Alelos, gerenciada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
O gado Pantaneiro é conhecido por sua adaptação às condições extremas do Pantanal, sendo sinônimo de rusticidade. Esses animais são capazes de pastar em áreas alagadas por longos períodos, possuem pelagens diversas, habilidade materna, produção satisfatória de descendentes, longevidade, boa conformação para produção de carne e leite. Todas essas características contribuem para torná-los uma opção interessante em empreendimentos pecuários com perfil de atendimento a nichos de mercado.
A conservação e o aproveitamento do Gado Pantaneiro são trabalhos que vêm sendo realizados desde a década de 1980 pela Embrapa Pantanal e outras unidades da Embrapa, juntamente com criadores, técnicos, universidades e instituições de pesquisa. Esses esforços visam fortalecer a raça e contribuir para o melhoramento genético, em prol de uma produção de alta qualidade.
O registro genealógico dos animais na ABCBP é fundamental para o reconhecimento oficial do Gado Pantaneiro como raça. A quantidade de animais com registro genealógico feito pela associação é um dos critérios considerados pelo Ministério da Agricultura. Além disso, esse registro confere ao Gado Pantaneiro o status de “produto”, com responsabilidade da ABCBP em monitorar a genealogia e a qualidade racial dos rebanhos.
O presidente da ABCBP, Thomas Horton, destaca as vantagens da raça, como touros robustos, bezerros que desmamam com alto peso, e boa resistência a carrapatos e vermes. Os gados Pantaneiros também produzem uma carne de alta qualidade, com bom marmoreio. Essas características tornam a raça uma excelente opção para propriedades de médio porte.
No caminho do aprimoramento genético da raça, é importante ressaltar que esse processo não pode ser isolado. A participação dos criadores é fundamental para a adoção desse patrimônio genético brasileiro e sua consolidação como uma oportunidade de negócio rentável, comprometida com aspectos de qualidade e sustentabilidade.
Em conclusão, o registro genealógico dos bovinos da raça Pantaneiro é uma etapa importante para fortalecer a conservação e o aproveitamento dessa raça única. Essa iniciativa visa garantir a qualidade dos rebanhos, além de abrir oportunidades de negócio rentáveis e sustentáveis para os criadores.
Agora, aqui estão 5 perguntas e respostas rápidas para você:
1. Quais são os critérios considerados pelo Ministério da Agricultura para o reconhecimento oficial de uma raça?
R: Um dos critérios é a quantidade de animais com registro genealógico feito pela associação de criadores.
2. Quais são as características que tornam o gado Pantaneiro uma excelente opção para propriedades de médio porte?
R: O gado Pantaneiro possui touros robustos, bezerros que desmamam com alto peso, resistência a carrapatos e vermes, e produz uma carne de alta qualidade.
3. Qual é o papel da ABCBP no registro genealógico dos bovinos da raça Pantaneiro?
R: A ABCBP é responsável por monitorar a genealogia e a qualidade racial dos rebanhos, conferindo maior valor zootécnico aos animais registrados.
4. Quais são os benefícios do registro genealógico do Gado Pantaneiro?
R: O registro genealógico confere ao Gado Pantaneiro o status de “produto”, que pode ser comercializado como material genético diferenciado, participar de exposições pecuárias e ter benefícios fiscais.
5. Qual é a importância do processo de melhoramento genético da raça Pantaneiro?
R: O processo de melhoramento genético da raça Pantaneiro busca aprimorar as características dos animais, visando uma produção de alta qualidade e o fortalecimento da raça.
Esperamos que este artigo tenha fornecido informações valiosas sobre o registro genealógico dos bovinos da raça Pantaneiro e seu papel no fortalecimento do agronegócio brasileiro. Fique ligado em nosso conteúdo para mais notícias e novidades do setor.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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A equipe da Embrapa Pantanal (MS) e da Associação Brasileira dos Criadores de Gado Pantaneiro (ABCBP) realizou o registro genealógico de nove touros e 55 mães pertencentes ao rebanho do Centro de Conservação do Gado Pantaneiro, provenientes do Campo Experimental da Fazenda Nhumirim.
Jovens do sexo masculino e feminino foram avaliados e pré-selecionados para futuro cadastramento, dependendo do seu desenvolvimento e características raciais. Esta é uma etapa importante no processo de registro da raça junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Segundo a pesquisadora da Embrapa Raquel Soares Juliano, responsável por 15 anos de pesquisas realizadas com o Gado Pantaneiro, cada animal passou por uma avaliação técnica para atender aos critérios que determinam o padrão racial e foram identificados com marca e número junto à ABCBP, além registro fotográfico individual.
Os dados desses animais estarão disponíveis na Plataforma de Recursos Genéticos Alelos, gerenciada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF).
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“Aproveitamos para classificar, individualmente, o escore corporal e de abate dos bovinos e detectar animais com características interessantes para serem mantidos nesta população: diversidade de pelagens, habilidade materna, mansidão, produção satisfatória de descendentes, longevidade, boa conformação para produção de carne e leite”detalha o pesquisador.
Raquel Juliano destaca que o cadastramento de animais na ABCBP deverá fortalecer o trabalho de conservação e aproveitamento do Gado Pantanal que vem sendo realizado desde a década de 1980, quando foi estabelecido o primeiro rebanho de conservação, na Embrapa Pantanal.
O esforço reúne também outras Unidades da Embrapa, criadores, técnicos, universidades e instituições de pesquisa.
“Pesquisas realizadas ao longo dos anos mostram que o principal diferencial do gado pantaneiro é ser o animal toureiro mais adaptado às duras condições do Pantanal. Esses animais produzem carne tenra e suculenta, com bom marmoreio e leite com alto teor de gordura; os touros têm uma libido elevada e as vacas têm vida longa e prolífica. Os rebanhos monitorados pelos pesquisadores e pela ABCBP são tradicionalmente criados em sistemas extensivos, a pasto, sendo uma boa opção em empreendimentos pecuários com perfil de atendimento a nichos de mercado”explica o pesquisador.
Ela informa que o rebanho da Embrapa Pantanal ajuda a definir critérios para a seleção dos animais, que, num futuro próximo, servirão de base para o melhoramento genético da raça.
“Este processo não pode ser isolado. A participação dos criadores é fundamental para a adoção desse patrimônio genético brasileiro e sua consolidação como uma oportunidade de negócio rentável, comprometida com aspectos de qualidade e sustentabilidade”ele defende.
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Registro no Ministério – A pesquisadora explica que um dos critérios considerados pelo Ministério no processo de reconhecimento de uma raça é a quantidade de animais com registro genealógico feito pela associação de criadores.
“Por isso, os animais do Centro de Conservação da Embrapa ajudam a cumprir essa exigência. O monitoramento genético contínuo desse rebanho poderá disponibilizar animais de alto valor zootécnico aos criadores interessados. A nota técnica com as informações solicitadas foi enviada ao Ministério e servirá de base para o reconhecimento oficial do Gado Pantaneiro como raça”explica Raquel Juliano ao enfatizar que esse registro confere ao Gado Pantaneiro o status de “produto”, de responsabilidade da ABCBP, que se compromete a monitorar a genealogia e a qualidade racial dos rebanhos, garantindo maior valor zootécnico aos animais.
Esta qualidade deve estender-se a produtos afins, incluindo sémen e embriões, que podem ser vendidos como material genético diferenciado, participar em exposições pecuárias e ter benefícios fiscais como outras raças registadas. “É o início de um novo capítulo para a raça e seus criadores”ele declara.
O pecuarista pantaneiro Yorgos Salles Graça, de Porto Esperidião (MT), tem investido na ideia de ter animais compactos, pesando aproximadamente 350 kg, com alta eficiência reprodutiva, selecionando animais adaptados às condições do sistema de produção pantaneiro, visando desmamam bezerros com 50% do peso da vaca, produzindo carne de qualidade.
“A experiência tem sido positiva. Atualmente tenho um rebanho base de 200 animais e tenho utilizado ultrassom para detectar indivíduos com melhor composição de carcaça. Os acasalamentos serão monitorados para termos a primeira produção de Gado Pantaneiro, na propriedade, em 2024”explica Salles Graça.
O presidente da ABCBP, Thomas Horton, é um grande defensor da raça. “Tenho touros robustos, bezerros que desmamam aos 200 quilos”enfatiza Horton ao dizer que o custo de criação do Gado Pantaneiro é menor e que a raça é uma ótima opção para uma propriedade de médio porte como a sua.
“Considero os animais de fácil manejo, com boa resistência a carrapatos e vermes. Verifiquei na pesquisa, que foi feita com a Embrapa e parceiros, a qualidade da carne e seu marmoreio”relata o criador.
