Com o pagamento de 3,19 por litro de leite no “Média Brasil”, um valor real recorde da série histórica do Cepea.
Previsto entre junho e setembro, nosso inverno é marcado por poucas chuvas, baixas temperaturas e, consequentemente, menor oferta de forragem para alimentar as vacas no campo.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!O produto que mais refletiu os efeitos desse período foi o leite, que teve um salto de preço nos últimos dois meses para o consumidor, em alguns supermercados o produto está sendo vendido por quase R$ 10,00/litro.
Por outro lado, o produtor mais preparado, que conseguiu manter sua produção nesse período, nunca foi tão bem pago como agora, embora os custos de produção também tenham sido reajustados.
O preço do litro pago a eles em julho aumentou 19,1% em relação ao mês anterior, chegando a R$ 3,19/L no “Brasil Médio” líquido do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
Esse valor é um verdadeiro recorde na série histórica da instituição, iniciada em 2004, e está 24,7% acima da média registrada no mesmo período do ano passado.
Esse aumento expressivo é explicado pela menor oferta de leite no campo em junho e pela maior disputa das indústrias de laticínios pela compra de matéria-prima para a produção de laticínios.
A queda na produção de leite no campo e, consequentemente, a redução dos estoques de lácteos no último mês está relacionada ao avanço da entressafra em um contexto de redução de investimentos na atividade.
De acordo com o Eng. A agrônoma Thais Cavaleti, técnica de sementes da Soesp – Sementes Oeste Paulista, esse cenário mostra que o produtor de leite precisa se preparar para esse período, seja com pastagem cercada, silagem, feno, sistemas integrados ou outros.
“Sabe-se que a cada ano teremos um período de sazonalidade da pastagem e com isso a baixa produção de forragem, esse é o desafio.
A oportunidade é que como a oferta de leite neste período do ano é baixa, consequentemente temos um aumento no valor pago pelo litro de leite ao produtor.
Quem estiver mais preparado para esse período tem a possibilidade de produzir mais com menor custo em um momento de maior valorização do produto”, destaca o profissional.
Preste atenção no pasto
Quando falamos em produção a pasto, o produtor que deseja ter melhores margens com leite e não ficar refém de suplementos com outros insumos, precisa se preparar com antecedência para a chegada do período de estiagem.
Ou seja, garantir o fornecimento de alimentos de qualidade para que os animais possam, na medida do possível, ter suas necessidades alimentares atendidas neste período de baixa oferta de forragem.
Nesse sentido, a primeira dica é que ele faça um planejamento forrageiro, faça o manejo correto do pasto e que haja produção de forragem (oferta) para atender a demanda do animal ao longo do ano, diminuindo os impactos na produção de leite.
Esse planejamento começa com a escolha correta da forragem. Segundo Thais Cavaleti, algumas forrageiras se destacam na estação seca, como a Brachiaria MG-4.
Este brachiaria brizantha é uma excelente opção para diversificação de pastagens em solos de média fertilidade.
A grande vantagem da MG-4 é seu enraizamento agressivo, que permite que a planta busque umidade em grandes profundidades do solo, conferindo a essa cultivar maior resistência ao período seco.
Dessa forma, a MG-4 consegue permanecer verde por mais tempo, com maior acúmulo de forragem e melhor valor nutricional, em comparação com outras cultivares.
Além disso, as pastagens de Brachiaria MG-4 apresentam bom controle de plantas daninhas sob pastejo mais intensivo.
Na Integração Lavoura-Pecuária (ILP) é de fácil utilização com milho safrinha, para produção de forragem outono-inverno e/ou palha para plantio direto. Sua dessecação requer baixas doses de glifosato.
Outra opção interessante para o produtor, segundo o especialista, é a _Brachiaria ruziziensis_, cujo uso principal é para áreas de integração lavoura-pecuária.
Nesse sistema, o produtor integra a Brachiaria ao milho e, após a colheita da lavoura, ele terá uma pastagem recém-formada de alta qualidade para abastecer os animais neste período de outono/inverno.
Ruziziensis foi pouco utilizada por muitos anos, porém, desde o advento dos sistemas de produção agropecuária, essa cultivar vem sendo utilizada em escala crescente a cada safra.
Devido a sua alta produção de forragem de excelente qualidade e fácil dessecação, esta forrageira tornou-se uma excelente opção para pastejo no inverno, e logo após a formação da palhada.
“É importante lembrar que a _Brachiaria ruziziensis_ tem baixa tolerância ao pisoteio, por isso sua recomendação é para pastagem de inverno e/ou formação de palha, porém, se você deseja integrar o milho com uma pastagem para a formação de áreas de pastagem definitivas.
E uma excelente opção é a própria Brachiaria MG-4, que tem todas as qualidades que mencionei anteriormente”, completa Thais.
qualidade da semente
Um item importante no planejamento forrageiro é a atenção na escolha da semente a ser utilizada. A recomendação é sempre buscar sementes com alta pureza e procedência.
A Soesp, por exemplo, disponibiliza sementes blindadas com tecnologia avançada. Os produtos também recebem tratamento industrial na fábrica para garantir sua blindagem.
A empresa aplica dois fungicidas e um inseticida na superfície das sementes, todo esse processo tecnológico garante um valor cultural de 80% em _Panicuns spp_. e _Brachiarias_ _spp., _além de alta pureza que chega a 98% e alta viabilidade.
“Esse excelente resultado ajuda a garantir a formação de uma pastagem homogênea, contribuindo para o aumento da produtividade do rebanho e otimizando a produção da fazenda como um todo”, conclui o especialista da Soesp.
Soesp
A Sementes Oeste Paulista está sediada em Presidente Prudente (SP) e atua no mercado há 36 anos oferecendo sementes para pastagens.
Sua matriz possui infraestrutura voltada para a produção, beneficiamento, comercialização e desenvolvimento de novas tecnologias, tanto para a pecuária quanto para a agricultura de baixo carbono.
A empresa desenvolveu a tecnologia Soesp Advanced, uma semente diferenciada no mercado, que traz diversos benefícios no plantio e estabelecimento de pastagens, além de se adequar perfeitamente ao sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).