A produção nacional de carne bovina
A produção nacional de carne bovina bateu recorde no ano passado ao alcançar 8,91 milhões de toneladas, 11,2% a mais que em 2022 e 8,6% acima do recorde anterior, obtido em 2019. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (23/02) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) com base em dados preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre os abates.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!“Os abates em 2023 confirmam a percepção de oferta acima da demanda ao longo do ano, fator que determinou o comportamento predominantemente em queda dos preços do boi e da carne no atacado ao longo do ano passado”, disseram os pesquisadores do Cepea em análise.
A exportação foi ampliada em 22,8 mil toneladas, para 2,29 milhões de toneladas, correspondendo a 25,7% da produção brasileira.
O “excedente” ficou no mercado interno, exigindo redução dos preços para que fosse atingido o ponto de equilíbrio com a demanda. Ao longo de 2023, o indicador do boi gordo Cepea/B3 recuou 12%, e a carcaça casada de boi no atacado da grande São Paulo se desvalorizou 9%.
———————————————————————————————-
Produção de carne bovina bate recorde em 2023
Os dados preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a produção nacional de carne bovina atingiu um recorde em 2023, alcançando 8,91 milhões de toneladas. Esse número representa um aumento de 11,2% em relação a 2022 e 8,6% acima do recorde anterior, obtido em 2019.
Abates e Exportação
No ano passado, foram abatidos 33,9 milhões de cabeças de bovinos, o que representa um aumento de 13,2% em comparação com 2022. Além disso, a exportação de carne bovina também teve um aumento significativo, atingindo 2,29 milhões de toneladas, correspondendo a 25,7% da produção brasileira. Esse aumento na exportação acabou gerando um “excedente” no mercado interno, o que levou a uma redução nos preços para equilibrar a demanda.
Produtividade e Abates de Fêmeas
Apesar do volume histórico de carne produzida, a produtividade média do rebanho nacional teve uma ligeira queda em relação aos anos anteriores. Isso se deve, em parte, à estiagem em algumas regiões produtoras e à desaceleração dos confinamentos devido aos preços elevados dos grãos. Além disso, o aumento no abate de vacas e novilhas, que representaram mais de 40% do total de abates em diversos meses, também chamou atenção dos pesquisadores. Muitos criadores têm optado por descartar fêmeas devido à desvalorização dos bezerros, resultando em um cenário onde as novilhas são abatidas para atender a demanda chinesa por animais jovens, independentemente do sexo.
————————————————————————————————–
Conclusão
A produção recorde de carne bovina no Brasil em 2023 reflete a busca por equilíbrio entre oferta e demanda no mercado interno e externo. A queda na produtividade média do rebanho, causada por fatores climáticos e econômicos, evidencia a necessidade de estratégias sustentáveis para garantir a competitividade do setor no futuro. Os desafios enfrentados pelos produtores e a busca por alternativas para otimizar a produção exigem um olhar atento e inovações constantes para garantir a viabilidade do agronegócio brasileiro.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Produção nacional de carne bate recorde em 2023
A produção nacional de carne bovina atingiu um recorde em 2023, alcançando 8,91 milhões de toneladas, de acordo com dados do Cepea. Esse número representa um aumento de 11,2% em relação ao ano anterior e 8,6% acima do recorde anterior, que foi em 2019.
Exportação e mercado interno
A exportação de carne bovina também teve um aumento significativo, chegando a 2,29 milhões de toneladas, o que corresponde a 25,7% da produção brasileira. Com isso, o mercado interno foi impactado, exigindo uma redução nos preços para equilibrar a oferta e a demanda.
Produtividade do rebanho nacional
Apesar do volume recorde de carne produzida, a produtividade média do rebanho nacional teve um leve recuo em 2023, ficando em 262,97 quilos por animal. Esse resultado foi influenciado por questões climáticas e pelos altos preços dos grãos.
FAQs
1. Qual foi o aumento na produção de carne bovina em 2023?
O aumento na produção de carne bovina em 2023 foi de 11,2% em relação ao ano anterior.
2. Qual a porcentagem da produção brasileira de carne bovina foi exportada?
A exportação de carne bovina correspondeu a 25,7% da produção brasileira em 2023.
3. Por que houve uma redução nos preços da carne bovina no mercado interno?
A redução nos preços da carne bovina no mercado interno foi necessária para equilibrar a oferta e a demanda, devido ao aumento na produção e nas exportações.
4. Por que a produtividade do rebanho nacional teve um recuo em 2023?
O recuo na produtividade do rebanho nacional em 2023 foi influenciado por questões climáticas, como estiagem, e pelos altos preços dos grãos.
5. Qual o impacto da demanda chinesa no abate de novilhas no Brasil?
A demanda chinesa por animais jovens, tanto machos quanto fêmeas, tem impactado o abate de novilhas no Brasil, influenciando a decisão de criadores em relação aos descartes de fêmeas.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
A produção nacional de carne bovina bateu recorde no ano passado ao alcançar 8,91 milhões de toneladas, 11,2% a mais que em 2022 e 8,6% acima do recorde anterior, obtido em 2019. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (23/02) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) com base em dados preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre os abates.
“Os abates em 2023 confirmam a percepção de oferta acima da demanda ao longo do ano, fator que determinou o comportamento predominantemente em queda dos preços do boi e da carne no atacado ao longo do ano passado”, disseram os pesquisadores do Cepea em análise.
A exportação foi ampliada em 22,8 mil toneladas, para 2,29 milhões de toneladas, correspondendo a 25,7% da produção brasileira.
O “excedente” ficou no mercado interno, exigindo redução dos preços para que fosse atingido o ponto de equilíbrio com a demanda. Ao longo de 2023, o indicador do boi gordo Cepea/B3 recuou 12%, e a carcaça casada de boi no atacado da grande São Paulo se desvalorizou 9%.
Leia Mais
- Quanto custa um boi? Entenda o que determina o preço da arroba
Apesar de volume de carne histórico, o Cepea ressaltou que a produtividade média do rebanho nacional (que considera boi, vaca, novilho e novilha), ficou na marca de 262,97 quilos por animal, ou de 17,5 arrobas, ligeiramente abaixo da obtida nos últimos dois anos. O recuo foi de 1,7% frente a 2022 e 2,7% contra 2021.
Para os pesquisadores do instituto, a queda foi decorrente à conjuntura. “Refletem a combinação de estiagem em muitas regiões produtoras com certa desaceleração dos confinamentos diante dos preços altos dos grãos”.
De acordo com o IBGE, o número de cabeças abatidas no ano em que se obteve a máxima produtividade, em 2021, foi o menor desde 2004, mas o peso médio dos animais chegou a 270,2 kg/animal (18 arrobas).
Abates
Os dados ainda preliminares do IBGE mostram que foram abatidos no ano passado 33,9 milhões de cabeças de bovinos, volume que se aproximou do recorde obtido em 2013, quando 34,4 milhões de animais foram para abate. No comparativo com 2022, o aumento é de 13,2%.
Para o Cepea, chama atenção a participação das fêmeas. Ao longo de 2023, vacas e novilhas representam mais de 40% do total de abates em vários meses, chegando a 49% em março, período em que sazonalmente ocorre o maior descarte de fêmeas.
“Muitos criadores têm optado por descartar fêmeas por estarem desanimados com os preços dos bezerros”, ressaltaram os pesquisadores, citando que esses animais estão em tendência de desvalorização há cerca de três anos. De fevereiro de 2021 até agora, o indicador do bezerro Esalq/BM&FBovespa caiu quase 30%.
O abate de novilhas especificamente está relacionado à demanda chinesa por animais jovens – independentemente de macho ou fêmea.