Impacto da Estiagem na Economia Baiana
Consequências da Seca na Produção Agropecuária
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) emitiu um alerta sobre a previsão de queda na economia do estado em decorrência da estiagem, especialmente na região semiárida, acentuada pelo calor excessivo e pela falta de chuvas ao longo do ano. Segundo o presidente da Faeb, Humberto Miranda, os impactos da seca são notáveis na produção agropecuária, que por sua vez afetam diretamente o Produto Interno Bruto (PIB) do estado. A normalização climática no verão terá grande influência sobre a magnitude da redução econômica que, neste momento, é inevitável.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!El Ninõ e Suas Implicações Climáticas
O Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet, alertou para os reflexos do El Ninõ nas temperaturas e previsões climáticas no Brasil em 2023. As alterações das temperaturas no Oceano Pacífico geram impactos significativos no clima sul-americano. No Brasil, o El Ninõ pode resultar em grandes tempestades na região Sul e na intensificação da seca, particularmente nas regiões Norte e Nordeste. Tais eventos climáticos têm causado reduções nas atividades agropecuárias que já estão se refletindo na economia local.
Impacto da Seca nas Atividades Agropecuárias e na Economia
A expectativa é de que as chuvas voltem a ocorrer. Entretanto, diante das consequências do El Ninõ, os impactos negativos persistirão no final de 2023 e no início de 2024. A produção dos itens básicos, como leite, café e carne, será severamente afetada, o que inevitavelmente terá um impacto direto na economia do estado. Os efeitos dessa redução na produção agropecuária devem se tornar mais evidentes a partir do primeiro trimestre de 2024, e a projeção é de um aumento no preço da cesta básica.
Preocupações com os Pequenos Produtores
O presidente da Faeb observa que, devido à seca, os pequenos produtores são os mais afetados. Muitos dependem da agricultura de subsistência para sustentar suas famílias, e a redução da produção agropecuária resulta em diminuição da renda. Além disso, a contração do mercado de trabalho proveniente das grandes empresas pode aumentar as taxas de desemprego no estado, intensificando a migração para as periferias das grandes cidades.
Medidas Paliativas e Impactos Futuros
A Faeb está tomando medidas paliativas, buscando apoio do governo e da iniciativa privada para minimizar as implicações sociais da seca. No entanto, reforça que a melhoria no panorama de produção depende do equilíbrio climático nos próximos meses. A Federação já preconiza que o agravamento da estiagem por mais um trimestre pode comprometer o desempenho econômico agrícola do primeiro semestre de 2024.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) anunciou, nesta segunda-feira (4), um alerta para a previsão de queda na economia em detrimento da estiagem que atinge todo estado, em especial, a região semiárida. Ao Bahia Notícias, o presidente da Faeb, Humberto Miranda, explica que o problema da seca já é característico de algumas regiões baianas e foi agravado pelo calor excessivo e falta de chuvas durante o ano.
Miranda afirma que os impactos são assegurados, no entanto, a dimensão das reduções dependem de uma possível normalização climática no verão. “Eu não tenho dúvida de que, quando cai a produção, cai o PIB do Estado, as coisas estão diretamente ligadas uma com a outra. Ainda depende da continuidade do sol ou da chuva. Lá pra março nós poderíamos dar um número mais responsável para atribuir à queda do PIB, mas com certeza absoluta vai ter queda no PIB em relação ao ano anterior”, reitera.
Em 2023, o Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet, alertou para os impactos do El Ninõ nas temperaturas e previsões climáticas no Brasil. O El Ninõ se dá pela alteração das temperaturas marítimas do Oceano Pacífico que gera impactos significativos no clima sul-americano, e, no Brasil, pode se refletir em grandes tempestades na região Sul e o agravamento da seca nas regiões Norte e Nordeste. Justamente o aumento das temperaturas e a seca foram responsáveis por reduções nas atividades agropecuárias, que já se refletem na economia.
Apesar das expectativas para o retorno das chuvas, as expectativas não são boas: os impactos do El Ninõ ainda perduram durante esse final ano e no início de 2024. Sobre o impacto das reduções produtivas, em especial, a produção dos itens básicos como leite, café e carne na economia do estado, o presidente da Faeb ressalta que os efeitos do desequilíbrio na produção agropecuária devem ser sentidos, principalmente a partir do primeiro trimestre de 2024.
“É uma coisa diretamente correlacionada. Se tem seca, os produtos vão ficar escassos e a demanda continua, então os produtos como feijão, a cebola, que já chegou a 30% de perda em Irecê por conta das altas temperaturas, e o leite e outros produtos da cesta básica que acabam subindo pela diminuição da produção. É quase um efeito imediato do pós-seca, o aumento da cesta básica”, afirma.
No entanto, o número de produtores afetados pela queda de produtividade também gera preocupação na Federação. “Os pequenos produtores, sem dúvida são os mais afetados. A imensa maioria das pessoas afetadas de forma mais dramática são os pequenos produtores, às vezes é até agricultura de subsistência. Ele faz a feira com o que ele produz, com o leite que ele tira, a banana que ele colhe, e vai para os centros urbanos vender e desse dinheiro ele tira o aporte para sustentar a sua família”, detalha.
Humberto também projeta os impactos da contração do mercado de trabalho proveniente das grandes empresas: “O desemprego também porque o que movimenta a economia do interior é o campo, e isso pode aumentar as taxas de desemprego no Estado que já não são boas, inclusive levando a migração para as periferias das grandes cidades.”
A Faeb afirma ainda que está buscando o apoio das iniciativas públicas e privadas na região, na tentativa de minimizar as implicações sociais da seca. “Do governo, nós temos cobrado justamente o fornecimento de cestas básicas e o fornecimento de água e criação de poços; já o governo federal, estamos buscando os bancos oficiais, para a criação de um crédito de emergência, como já aconteceu em outras secas no passado; cobramos também prorrogação das dívidas e comercialização de milho pela Conab [Companhia Nacional de Abastecimento], com um preço mais barato que o de mercado; enquanto da iniciativa privada incentivamos a doação de produtos como ração para o gado e instrução para os pequenos produtores, com treinamentos.”
O órgão alega que essas ações são paliativas para manter o funcionamento do trabalho agrícola, já que a melhora no panorama de produção, no momento, depende do equilíbrio climático durante os próximos meses. A Faeb prevê ainda que o agravamento da estiagem por mais um trimestre pode comprometer toda economia agrícola do primeiro semestre de 2024.
FAQ sobre a estiagem na Bahia
Por que a estiagem na Bahia preocupa a economia do estado?
A estiagem preocupa a economia do estado, especialmente a agricultura e pecuária, devido à redução na produção e impactos negativos no PIB.
Quais os possíveis impactos da estiagem na economia da Bahia?
Os possíveis impactos incluem queda no PIB, redução na produção de itens básicos como leite, café e carne, aumento da cesta básica e taxas de desemprego no estado.
Como as iniciativas públicas e privadas estão lidando com a estiagem na Bahia?
As iniciativas estão buscando apoio público e privado para fornecer cestas básicas, água, crédito de emergência, prorrogação de dívidas, comercialização de milho e doação de produtos para apoiar os pequenos produtores.
Qual a previsão para a economia agrícola diante do agravamento da estiagem?
A previsão é que o agravamento da estiagem pode comprometer toda a economia agrícola do primeiro semestre de 2024.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) anunciou, nesta segunda-feira (4), um alerta para a previsão de queda na economia em detrimento da estiagem que atinge todo estado, em especial, a região semiárida. Ao Bahia Notícias, o presidente da Faeb, Humberto Miranda, explica que o problema da seca já é característico de algumas regiões baianas e foi agravado pelo calor excessivo e falta de chuvas durante o ano.
Miranda afirma que os impactos são assegurados, no entanto, a dimensão das reduções dependem de uma possível normalização climática no verão. “Eu não tenho dúvida de que, quando cai a produção, cai o PIB do Estado, as coisas estão diretamente ligadas uma com a outra. Ainda depende da continuidade do sol ou da chuva. Lá pra março nós poderíamos dar um número mais responsável para atribuir à queda do PIB, mas com certeza absoluta vai ter queda no PIB em relação ao ano anterior”, reitera.
Em 2023, o Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet, alertou para os impactos do El Ninõ nas temperaturas e previsões climáticas no Brasil. O El Ninõ se dá pela alteração das temperaturas marítimas do Oceano Pacífico que gera impactos significativos no clima sul-americano, e, no Brasil, pode se refletir em grandes tempestades na região Sul e o agravamento da seca nas regiões Norte e Nordeste. Justamente o aumento das temperaturas e a seca foram responsáveis por reduções nas atividades agropecuárias, que já se refletem na economia.
Apesar das expectativas para o retorno das chuvas, as expectativas não são boas: os impactos do El Ninõ ainda perduram durante esse final ano e no início de 2024. Sobre o impacto das reduções produtivas, em especial, a produção dos itens básicos como leite, café e carne na economia do estado, o presidente da Faeb ressalta que os efeitos do desequilíbrio na produção agropecuária devem ser sentidos, principalmente a partir do primeiro trimestre de 2024.
“É uma coisa diretamente correlacionada. Se tem seca, os produtos vão ficar escassos e a demanda continua, então os produtos como feijão, a cebola, que já chegou a 30% de perda em Irecê por conta das altas temperaturas, e o leite e outros produtos da cesta básica que acabam subindo pela diminuição da produção. É quase um efeito imediato do pós-seca, o aumento da cesta básica”, afirma.
No entanto, o número de produtores afetados pela queda de produtividade também gera preocupação na Federação. “Os pequenos produtores, sem dúvida são os mais afetados. A imensa maioria das pessoas afetadas de forma mais dramática são os pequenos produtores, às vezes é até agricultura de subsistência. Ele faz a feira com o que ele produz, com o leite que ele tira, a banana que ele colhe, e vai para os centros urbanos vender e desse dinheiro ele tira o aporte para sustentar a sua família”, detalha.
Humberto também projeta os impactos da contração do mercado de trabalho proveniente das grandes empresas: “O desemprego também porque o que movimenta a economia do interior é o campo, e isso pode aumentar as taxas de desemprego no Estado que já não são boas, inclusive levando a migração para as periferias das grandes cidades.”
A Faeb afirma ainda que está buscando o apoio das iniciativas públicas e privadas na região, na tentativa de minimizar as implicações sociais da seca. “Do governo, nós temos cobrado justamente o fornecimento de cestas básicas e o fornecimento de água e criação de poços; já o governo federal, estamos buscando os bancos oficiais, para a criação de um crédito de emergência, como já aconteceu em outras secas no passado; cobramos também prorrogação das dívidas e comercialização de milho pela Conab [Companhia Nacional de Abastecimento], com um preço mais barato que o de mercado; enquanto da iniciativa privada incentivamos a doação de produtos como ração para o gado e instrução para os pequenos produtores, com treinamentos.”
O órgão alega que essas ações são paliativas para manter o funcionamento do trabalho agrícola, já que a melhora no panorama de produção, no momento, depende do equilíbrio climático durante os próximos meses. A Faeb prevê ainda que o agravamento da estiagem por mais um trimestre pode comprometer toda economia agrícola do primeiro semestre de 2024.