Estratégia de resiliência climática: setor leiteiro deve se preparar para enfrentar riscos climáticos
Desafios do setor leiteiro
Os produtores de leite estão sujeitos a diversos desafios em função das mudanças climáticas. O impacto desses riscos deve ser avaliado para garantir a resiliência dos negócios. Neste sentido, é essencial que as fazendas leiteiras considerem estratégias de mitigação para lidar com eventuais mudanças nos suprimentos de laticínios.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Mudanças na cadeia de suprimentos
A falta de ferramentas para avaliar os riscos climáticos em nível de fazenda é um problema crítico. Isso dificulta o cálculo da resiliência dos negócios, o que torna ainda mais crucial a aplicação da Força-Tarefa do Conselho de Estabilidade Financeira sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD). Essa é a estrutura mais eficaz para analisar, entender e divulgar informações financeiras relacionadas ao clima.
Avaliação de riscos
A agricultura é sensível às mudanças climáticas e, portanto, sujeita a riscos significativos. Diante desse cenário, é fundamental que o setor leiteiro avalie os riscos atuais e futuros, identifique os possíveis impactos e busque soluções para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Todos esses aspectos são cruciais para garantir a sustentabilidade e a competitividade do negócio.
Planejamento para o futuro
Não se trata apenas de calcular pegadas de carbono ou reduzir as emissões. O foco está em compreender as vulnerabilidades das fazendas e se preparar para lidar com a realidade de extremos climáticos. A aplicação do TCFD no nível da fazenda leiteira pode proporcionar uma visão mais clara dos desafios econômicos decorrentes de eventos climáticos e métricas para avaliar os riscos. Os produtores orgânicos, em particular, estão expostos a impactos relacionados à terra, afetando diretamente a produção e a disponibilidade de forragem.
A agricultura enfrentará impactos significativos na produtividade e na viabilidade econômica em resposta às mudanças climáticas. Portanto, abordar os riscos climáticos não deve ser considerado apenas uma estratégia para grandes empresas, mas sim uma necessidade fundamental para as fazendas leiteiras se prepararem para o futuro.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
As fazendas leiteiras devem planejar sua estratégia de resiliência climática da mesma forma que as “grandes empresas”, a fim de enfrentar o impacto dos riscos climáticos, afirma um novo relatório publicado pela consultoria de sustentabilidade britânica Kite Consulting.
Preparado pelo chefe de sustentabilidade Hayley Campbell-Gibbons para a Asda, uma das quatro principais cadeias de supermercados do Reino Unido, o relatório investiga como o uso da Força-Tarefa do Conselho de Estabilidade Financeira sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD) poderia ajudar produtores individuais, processadores, varejistas, reguladores e credores na tomada de decisões.
A TCFD, que foi amplamente adotada pelo governo do Reino Unido como base para a implementação de divulgações financeiras obrigatórias relacionadas ao clima, é considerada a estrutura mais eficaz para as empresas analisarem, entenderem e divulgarem informações financeiras relacionadas ao clima.
Campbell-Gibbons adverte que, apesar do impacto da mudança climática na agricultura do Reino Unido, não há ferramentas que os produtores possam usar para avaliar os riscos climáticos em nível de fazenda e calcular a resiliência dos negócios. “Atualmente, o único meio identificado para rastrear e compreender os riscos ambientais emergentes que afetam a cadeia de suprimento de alimentos é o serviço climático do Met Office financiado pelo Defra sobre Alimentos, Agricultura e Meio Ambiente Natural”, afirmou o autor. “Esse serviço se concentra nos impactos das mudanças climáticas na agricultura, com o objetivo de informar os formuladores de políticas sobre a futura adaptação necessária no setor agrícola.”
Os processadores de leite, por exemplo, precisam considerar estratégias de mitigação em caso de choques ou mudanças significativas no fornecimento das principais commodities de laticínios.
e qualquer forma, três questões fundamentais devem ser consideradas por qualquer empresa agrícola que pretenda melhorar sua resiliência climática:
- Quais são os riscos que a mudança climática representa para o meu negócio agrícola agora e nos próximos 5 anos?
- Qual seria o impacto desse risco na área, nos animais e nos negócios da minha fazenda?
- Que adaptações e soluções poderiam mitigar os impactos ou reduzir o risco?
“Para deixar claro, não se trata de medir as pegadas de carbono ou reduzir as emissões na fazenda”, escreveu Campbell-Gibbons. “Trata-se de compreender as vulnerabilidades de uma fazenda, as ameaças que as mudanças climáticas podem apresentar e, em última análise, preparar um negócio agrícola para a realidade de mais extremos climáticos.”
O relatório continua aplicando o TCFD no nível da fazenda leiteira, desde os desafios para quantificar o impacto econômico de eventos relacionados ao clima até as principais métricas que poderiam ser usadas para avaliar os riscos. Vários “riscos prioritários” são destacados, incluindo doenças animais, estresse por calor e frio, a perda de recursos do solo e o impacto de pragas. Uma amostra de um teste de estresse em uma fazenda leiteira também está incluída no relatório.
A pesquisa destaca que os produtores orgânicos podem estar mais expostos aos impactos climáticos relacionados à terra, pois eles podem afetar os períodos de pastagem e a disponibilidade de forragem. “Existe um caso para aplicar os princípios de divulgação financeira relacionada ao clima em nível de fazenda? Simplesmente, sim”, concluiu Campbell-Gibbons. “Conforme demonstrado neste relatório, existem riscos físicos e transitórios múltiplos e bem comprovados que os impactos das mudanças climáticas representam para uma fazenda leiteira típica.
“A agricultura é particularmente sensível às condições climáticas e sofrerá impactos profundos na produtividade e na viabilidade econômica em resposta às mudanças relacionadas ao clima. Há vantagens comerciais e competitivas potencialmente significativas a serem obtidas pelas empresas que estão enfrentando os desafios. A abordagem dos riscos relacionados ao clima e à produtividade não deve ser deixada de lado ou considerada um exercício estratégico apenas para grandes empresas. É uma falsa economia para uma empresa de qualquer tamanho não entender e lidar com eles.”
As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.
As fazendas leiteiras devem planejar sua estratégia de resiliência climática, afirma relatório
A sustentabilidade é um assunto cada vez mais importante, até mesmo para as fazendas leiteiras. É o que afirma um novo relatório da consultoria de sustentabilidade britânica Kite Consulting, que destaca a importância de um planejamento eficaz para enfrentar os impactos dos riscos climáticos. Neste artigo, discutiremos os principais pontos abordados no relatório, bem como as recomendações feitas para as fazendas leiteiras aprimorarem sua resiliência climática.
Força-Tarefa do Conselho de Estabilidade Financeira: uma ferramenta crucial
O relatório investigou como o uso da Força-Tarefa do Conselho de Estabilidade Financeira sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD) poderia ajudar produtores individuais, processadores, varejistas, reguladores e credores na tomada de decisões. A TCFD é considerada a estrutura mais eficaz para as empresas analisarem, entenderem e divulgarem informações financeiras relacionadas ao clima. Este destaque reforça a importância de sua implementação no setor de produção de leite no Reino Unido.
Análise dos riscos climáticos em nível de fazenda
Um ponto crítico mencionado no relatório é a falta de ferramentas disponíveis para que os produtores possam avaliar os riscos climáticos em nível de fazenda. Este se torna um desafio significativo diante do impacto da mudança climática na agricultura do Reino Unido. A autora do relatório destacou a importância de compreender essas vulnerabilidades e ameaças para a preparação dos negócios agrícolas.
Estratégias de mitigação e adaptação para processadores de leite
Os processadores de leite foram mencionados como atores-chave na abordagem aos desafios climáticos. O relatório enfatizou a importância de considerarem estratégias de mitigação para possíveis choques ou mudanças significativas no fornecimento das principais commodities de laticínios. Esse destaque aponta para a necessidade de ação imediata por parte dos processadores para garantir a continuidade e segurança de sua produção.
Três questões fundamentais para empresas agrícolas
- Quais são os riscos que a mudança climática representa para o meu negócio agrícola agora e nos próximos 5 anos?
- Qual seria o impacto desse risco na área, nos animais e nos negócios da minha fazenda?
- Que adaptações e soluções poderiam mitigar os impactos ou reduzir o risco?
Essas questões críticas devem ser levadas em consideração por qualquer empresa agrícola que pretenda melhorar sua resiliência climática. É necessário um planejamento cuidadoso e estratégico para dar resposta a esses desafios.
Riscos prioritários e teste de estresse em fazendas leiteiras
O relatório continua aplicando o TCFD no nível da fazenda leiteira, destacando riscos prioritários e incluindo a importância de testes de estresse para avaliar a resiliência dos negócios diante de eventos climáticos extremos. Essa abordagem traz um novo entendimento sobre as ações que podem ser tomadas para proteger a produção de leite e fortalecer a cadeia de suprimentos.
Exposição dos produtores orgânicos aos impactos climáticos relacionados à terra
Um ponto interessante abordado no relatório é a exposição dos produtores orgânicos aos impactos climáticos relacionados à terra, o que pode afetar diretamente a produção. A análise dessa vulnerabilidade reforça a necessidade de um planejamento estratégico específico para esse tipo de produtor, a fim de garantir a resiliência de sua produção diante das mudanças climáticas.
Conclusão: a importância de enfrentar os desafios
Em um panorama mais amplo, o relatório ressalta a importância vital de as fazendas leiteiras prepararem-se para os impactos das mudanças climáticas. Este não é apenas um desafio, mas também uma oportunidade para as empresas do setor ganharem vantagens competitivas ao enfrentarem de frente esses desafios. A compreensão e a gestão eficaz dos riscos climáticos devem ser abraçadas por todos, independentemente do tamanho da empresa. É essa abordagem que garantirá a continuidade e a prosperidade do setor da produção de leite.
1. Qual a importância da resiliência climática para as fazendas leiteiras e como ela pode ser comparada às estratégias de grandes empresas?
Resposta: A resiliência climática é fundamental para as fazendas leiteiras, pois enfrentam impactos significativos dos riscos climáticos, e precisam se preparar da mesma forma que grandes empresas para lidar com esses desafios.
2. O que é a estrutura TCFD e como ela pode auxiliar produtores, processadores, varejistas, reguladores e credores na tomada de decisões relacionadas ao clima?
Resposta: A TCFD é uma estrutura eficaz para que as empresas analisem, compreendam e divulguem informações financeiras relacionadas ao clima, ajudando assim no desenvolvimento de estratégias e decisões informadas.
3. Por que é tão importante que produtores individuais e processadores de leite considerem estratégias de mitigação em caso de choques ou mudanças no fornecimento de commodities de laticínios?
Resposta: A consideração de estratégias de mitigação é crucial para garantir a estabilidade e sustentabilidade das operações, especialmente diante de mudanças significativas no fornecimento de commodities de laticínios.
4. Quais são os principais riscos que a mudança climática representa para os negócios agrícolas e como esses riscos podem ser avaliados e mitigados?
Resposta: Os principais riscos incluem impactos na área, nos animais e nos negócios das fazendas, e podem ser avaliados e mitigados por meio de adaptações e soluções estratégicas.
5. Qual é a importância de aplicar os princípios de divulgação financeira relacionada ao clima em nível de fazenda e como isso pode beneficiar as operações agrícolas?
Resposta: A aplicação desses princípios é crucial, pois os riscos relacionados ao clima têm impactos significativos na produtividade e na viabilidade econômica das fazendas, e lidar com eles pode resultar em vantagens comerciais e competitivas significativas.
Perguntas Frequentes sobre Resiliência Climática para Fazendas Leiteiras
O que é resiliência climática?
Resiliência climática refere-se à capacidade de um negócio agrícola, como fazendas leiteiras, de se adaptar e se recuperar dos impactos das mudanças climáticas, como alterações extremas no clima, eventos climáticos adversos, entre outros.
Por que as fazendas leiteiras devem se preocupar com a resiliência climática?
As fazendas leiteiras são altamente dependentes das condições climáticas para sua produção, incluindo pastagens para o gado e recursos hídricos. Alterações climáticas podem impactar diretamente esses aspectos, tornando essencial a consideração da resiliência climática para garantir a sustentabilidade do negócio.
Qual é a importância da estratégia de resiliência climática?
A estratégia de resiliência climática permite que as fazendas leiteiras identifiquem os riscos associados às mudanças climáticas, avaliem seu impacto e desenvolvam planos de adaptação e mitigação para enfrentar esses desafios. Isso é essencial para a continuidade e o sucesso do negócio no longo prazo.
O que é a Força-Tarefa do Conselho de Estabilidade Financeira sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD)?
A TCFD é uma estrutura que ajuda empresas, incluindo fazendas leiteiras, a analisar, compreender e divulgar informações financeiras relacionadas ao clima. Ela oferece diretrizes para que as empresas avaliem e divulguem seus riscos climáticos, sendo uma referência amplamente adotada para a implementação de divulgações financeiras obrigatórias relacionadas ao clima.
As fazendas leiteiras devem planejar sua estratégia de resiliência climática da mesma forma que as “grandes empresas”, a fim de enfrentar o impacto dos riscos climáticos, afirma um novo relatório publicado pela consultoria de sustentabilidade britânica Kite Consulting.
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