prejuizo milionario se exportacao a china nao retornar

Prejuízo milionário se exportação à China não retornar

 

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exportação à China : O mercado permanece volátil por conta da suspensão da exportação à China carne bovina à China,

em decorrer da confirmação de um caso do mal da “vaca louca”, a encefalopatia espongiforme bovina (EEB). “Qualquer zoonose é preocupante, por esse motivo, o sistema sanitário mundial tem grande preocupação com doenças transmissíveis por animais”, explica o engenheiro agrônomo e sócio-diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres.

O Brasil é um grande exportador de carne bovina e o mercado chinês representa 60% do volume total exportado. “O mercado penaliza e devemos sempre esperar o pior cenário possível. Qualquer problema causa um ajuste de rotas para as empresas e a perda de receita, a curto prazo. Como foi confirmado um caso atípico, o que se espera é que haja uma conversa entre governos.

O prejuízo estimado, caso a exportação à China esteja cancelada até abril, é de R$ 500 milhões.

Porém, acredita-se que as empresas consigam se recuperar já que o esperado é que ela volte em breve. O mercado penaliza antes, para depois precificar”, analisa o chefe da mesa de operações da Ação Brasil, Idean Alves.

Diante desse cenário, o custo de produção subiu com a queda do preço da arroba para o pecuarista, “chegando a R$250/cabeça no auge da baixa do ciclo pecuário, então a margem do pecuarista está reduzida. Agora é a hora do invernista e recriador”, ressalta Torres.

“Vaca Louca”

De acordo com Torres, a doença é grave e degenerativa, causada pela presença da proteína príon, tanto para bovinos quanto para seres humanos, se for transmitida através do consumo de alimentos de origem animal contaminados. “No Brasil é proibido alimentar bovinos com rações que tenham ingredientes de origem animal como a farinha de carne e ossos, farinha de sangue, cama de aviário etc. Tanto que a classificação do Brasil, com relação ao risco pra EEB, é insignificante. Qualquer pecuarista utilizando resíduos animais na alimentação de bovinos é fortemente penalizado”, informa.

O Brasil é um dos maiores exportadores de produtos agropecuários do mundo, e a China é o seu principal parceiro comercial. Em 2022, as vendas externas do setor somaram US$ 109 bilhões, sendo que US$ 35 bilhões foram destinados ao mercado chinês. Entre os principais produtos exportados estão a soja, o milho, a carne bovina e o café.

No entanto, essa relação comercial está ameaçada por um fator sanitário: a suspeita de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como mal da vaca louca, em uma fazenda no Pará. O caso foi notificado pelo Ministério da Agricultura em setembro de 2022 e levou à suspensão temporária das exportações de carne bovina para a China, conforme previsto em um acordo bilateral firmado em 2015.

Segundo o analista de mercado Thiago Bernardino, da consultoria Agroconsult, esse embargo pode causar um prejuízo milionário para os produtores brasileiros caso não seja revertido até abril de 2023. Ele explica que esse é o período em que ocorre o pico das compras chinesas de carne bovina para abastecer o mercado interno durante o Ano Novo Lunar, uma das principais festividades do país asiático.

“Se o Brasil ficar fora desse momento de demanda aquecida, vai perder espaço para outros fornecedores como Argentina, Uruguai e Austrália. Além disso, vai ter que vender sua produção excedente para outros mercados com preços mais baixos”, afirma Bernardino.

Ele estima que o Brasil deixe de exportar cerca de 200 mil toneladas de carne bovina para a China entre setembro de 2022 e abril de 2023, o que representa uma perda de receita de aproximadamente US$ 1 bilhão. Ele acrescenta que esse valor pode ser ainda maior se considerar os impactos indiretos sobre os preços internos e a rentabilidade dos pecuaristas.

“O Brasil tem uma capacidade limitada de armazenamento de carne bovina congelada. Se não conseguir escoar sua produção para o exterior, vai ter que reduzir os abates e aumentar a oferta de animais vivos no mercado doméstico. Isso pode provocar uma queda nos preços da arroba do boi gordo e comprometer a margem dos produtores”, explica Bernardino.

Ele ressalta que o caso suspeito de EEB no Pará é atípico e não representa risco à saúde humana ou animal. Ele diz que esse tipo de ocorrência é esporádica e pode acontecer em qualquer país do mundo. Ele lembra que o Brasil já teve dois casos atípicos registrados em 2019 e 2014 e conseguiu reabrir seus mercados rapidamente após comprovar sua inocuidade.

“O Brasil tem um sistema sanitário reconhecido internacionalmente e segue todas as normas da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). O Ministério da Agricultura está fazendo todos os esforços diplomáticos para restabelecer as exportações para a China o quanto antes. Esperamos que esse impasse seja resolvido em breve e que o Brasil possa retomar sua posição de liderança no mercado mundial de carne bovina”, conclui Bernardino.

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