Nesta sexta-feira, 24 de março, os negócios em algumas praças pecuárias do país abriram, resultando em valorização dos preços do boi gordo, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor.
“Os aumentos da arroba foram motivados pela maior demanda dos frigoríficos com foco na exportação da produção para o exterior”diz a S&P Global, que acrescenta: “Com o fim do embargo chinês, essas indústrias passaram a comprar gado com maior apetite”.
Nos mercados paulistas, após o anúncio da retomada das exportações para o mercado chinês, os preços do boi gordo e novilha subiram R$ 2/@, fechando na sexta-feira a R$ 282/@ e R$ 269/@ ( bruto e a prazo), conforme dados levantados pela Scot Consultoria.
Para a vaca abatida em São Paulo, os preços ficaram estáveis na comparação diária, em R$ 257/@, acrescenta Scot.
Segundo analistas, o prêmio pago ao “gado chinês” (mais jovem abatido, com até 30 meses de idade) voltou após o fim do bloqueio comercial.
“A volta (dos negócios envolvendo animais com padrão China) está sendo gradual, ainda com negócios pontuais a R$ 290/@”informa Scot, referindo-se aos animais abatidos no Estado de São Paulo.
Segundo a S&P Global, durante o período do embargo chinês, parte dos frigoríficos brasileiros operava com alta ociosidade.
Agora, diante da nova realidade do mercado, os preços da arroba bovina dispararam em algumas regiões, em função da grande necessidade de cumprir compromissos com importadores, justificam analistas da S&P Global.
Na avaliação da S&P Global, além do retorno dos compradores, a oferta restrita de animais terminados, principalmente para lotes que atendem ao padrão de exportação, possibilitou novos acordos a R$ 300/@ para o “boi-China” (valor bruto, no interior de SP).
“A estratégia do setor era trazer o pecuarista de volta aos negócios”enfatizam os analistas.
No Mato Grosso, por exemplo, frigoríficos que exportam para o mercado chinês já operam com preços do boi gordo em torno de R$ 265/@ (valor bruto), informa a S&P Global. No Mato Grosso do Sul, o dia também foi de preços firmes, acrescenta a consultoria.
No Norte do país, o efeito do fim do embargo chinês ainda foi modesto nesta sexta-feira, mas o mercado local também começa a ensaiar uma recuperação nos preços da arroba.
Além do anúncio do levantamento do bloqueio da China, as autoridades sanitárias do leste do país qualificaram mais quatro frigoríficos na lista de unidades fornecedoras de carne bovina brasileira.
Nesta semana, a Indonésia também aumentou sua participação nas importações de proteína bovina do Brasil (100.000 toneladas), informa a S&P Global. “A recuperação das vendas externas mostra-se um importante agente para destravar o mercado de boi gordo”, enfatizam os analistas.
No entanto, diz a S&P Global, o enfraquecimento do consumo interno de carne bovina continua preocupando todos os agentes envolvidos na cadeia da carne brasileira.
Remessas – Apesar de ter durado um mês, o efeito do embargo no fluxo de exportação só foi sentido na terceira semana de março, informa a agrônoma Jéssica Olivier, analista de mercado da Scot Consultoria.
Na primeira quinzena, as exportações de carne bovina in natura chegou a 8,4 mil toneladas por dia. Com dados parciais da terceira semana, a quantidade caiu para 6,9 mil toneladas/dia.
“Estima-se que, em março/23, devemos exportar entre 150 e 160 mil toneladas, uma queda em relação ao exportado em março/22 (170 mil toneladas)”compara o analista escocês.
Cotações máximas para homens e mulheres nesta sexta-feira, 24/3
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
carne bovina a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
MS-Gold:
carne bovina a R$ 274/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (dinheiro)
MS-C.Grande:
carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
MT-Cáceres:
carne bovina a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
carne bovina a R$ 259/@ (à vista)
vaca a R$ 229/@ (dinheiro)
MT-Collider:
carne bovina a R$ 246/@ (dinheiro)
vaca a R$ 221/@ (dinheiro)
GO-Goiânia:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca R$ 236/@ (prazo)
Vá para o sul:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
PR-Maringá:
carne bovina a R$ 281/@ (dinheiro)
vaca a R$ 246/@ (dinheiro)
MG-Triângulo:
carne bovina a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
MG-BH:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
BA-F. Santana:
carne bovina a R$ 244/@ (dinheiro)
vaca a R$ 234/@ (dinheiro)
RS-Fronteira:
carne bovina a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)
PA-Marabá:
carne bovina a R$ 240/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
PA-Resgate:
carne bovina a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)
PA-Paragominas:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
TO-Araguaína:
carne bovina a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 214/@ (prazo)
RO-Cacoal:
carne bovina a R$ 227/@ (dinheiro)
vaca a R$ 207/@ (dinheiro)
MA-Açailândia:
carne bovina a R$ 241/@ (dinheiro)
vaca a R$ 212/@ (dinheiro)