Por que o preço futuro do boi gordo está em queda e o que esperar para outubro
O preço futuro do boi gordo está em queda e afeta o bolso do produtor. Diversos fatores puxam essa tendência, alguns sazonais, outros ligados à oferta. A oferta de animais prontos para abate está maior. A demanda interna não cresce como no passado, limitando o giro. As exportações seguem estáveis, sem grande impulso para sustentar preços. Pastagens boas e clima ameno ajudam a manter gado no campo.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!O que esperar para outubro
Para outubro, a queda pode manter-se ou estabilizar perto de patamar baixo. Se a demanda internacional ganhar fôlego, os preços podem recuar menos. Se o frigorífico reduzir compras, a pressão de oferta alivia.
Como se proteger e aproveitar
- Considere proteção com contratos futuros para reduzir risco.
- Venda parte do lote em etapas para não travar todo o valor.
- Melhore o manejo para reduzir custos: alimentação mais eficiente, pastagem rotacionada.
- Faça a gestão de estoque de gado para escolher momentos de venda.
Demanda externa e oferta de animais para abate moldam a arroba neste fim de setembro
Neste fim de setembro, a arroba do boi gordo é moldada por dois ventos. Demanda externa e oferta de animais para abate caminham juntas ou em direções opostas, gerando volatilidade no mercado. A demanda internacional depende de câmbio, logística e acordos comerciais, enquanto a oferta depende de pastagens, ritmo de abate e número de animais prontos.
A demanda externa reage a variações de preço no mercado global, frete e estoques de carne. Compradores de fora ajustam seus pedidos mês a mês conforme necessidade e preço. Quando o dólar está firme, as negociações tendem a se manter estáveis ou crescer, ajudando a manter o fluxo de exportação.
Já a oferta de animais para abate aumenta com pastagens em bom estado e com o planejamento dos abatedouros. Se mais gado fica pronto para o corte, a pressão de preço pode cair. O ritmo de abate dos frigoríficos também influencia o valor da arroba, pois afeta a velocidade com que o gado entra no circuito comercial.
Demanda externa
A demanda externa por carne brasileira depende de câmbio, logística e acordos comerciais. China, EUA e outros compradores influenciam o ritmo de exportação. Quando a demanda cresce, a arroba tende a subir, especialmente se a oferta não acompanha o aumento de compras.
Oferta de animais para abate
Um maior volume de animais prontos para abate aumenta a pressão de queda no preço. Pastagem ruim ou seca, por exemplo, reduz o peso dos animais e eleva custos de alimentação, o que pode frear o abate.
Estratégias para o produtor
- Venda em etapas para evitar queda brusca de preço.
- Considere contratos futuros para reduzir volatilidade.
- Otimize o manejo da pastagem para manter custo por arroba baixo.
- Planeje a reposição de stock com base na demanda prevista.
Com esse acompanhamento, você fica mais preparado para aproveitar oportunidades e reduzir riscos na janela de setembro.
Rompimento de tendências: abate de fêmeas e reposição afetam o ritmo do mercado
Rompimento de tendências: abate de fêmeas e reposição afetam o ritmo do mercado. Quando mais fêmeas são abatidas, a reprodução fica mais lenta e a oferta futura de bezerros diminui. Isso tende a puxar o preço para cima no médio prazo, principalmente se a demanda não crescer.
Impacto na oferta ao longo do tempo
A redução de fêmeas reprodutoras diminui o número de crias no futuro. A reposição, se bem gerida, pode manter a boiada estável ou até aumentar a disponibilidade de animais para abate no médio e longo prazo. Tudo depende do equilíbrio entre parto, peso ganho e custos de alimentação.
Como a reposição afeta o ritmo do mercado
Repor mais fêmeas aumenta a demanda por bezerros e vacas-testas, elevando o custo de reposição. Já uma reposição menor pode reduzir a pressão sobre o preço das arrobas, já que há menos competição por animais para abate. O ritmo de abate também influencia, pois abates acelerados consomem gado disponível rapidamente.
Estratégias práticas para o produtor
- Defina metas de reposição com base na pastagem, custo de ração e lucro esperado.
- Preserve fêmeas férteis para manter a capacidade de reprodução da fazenda.
- Use contratos de venda ou futuros para reduzir a volatilidade de preço em janelas de alta oscilação.
- Otimize o manejo de pastagens para baixar o custo por arroba e manter peso adequado.
- Planeje a reposição com foco na qualidade de terneiros e na idade de abate para melhorar a lucratividade.
Com esse enfoque, você reduz riscos, aproveita oportunidades e mantém o ritmo estável do seu negócio.
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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.
