cadeia leiteira preço e sanidade estão na pauta

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Sanidade, reforma tributária, redução de custos e previsibilidades nos preços estão na lista de prioridades da cadeia leiteira

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Os temas foram elencados nesta segunda-feira (20), durante uma reunião da Comissão Técnica (CT) de Bovinocultura de Leite da FAEP, realizada de forma híbrida, na sede do Sistema FAEP/SENAR-PR, em Curitiba. Na ocasião, os líderes rurais das maiores regiões produtoras de leite do Paraná puderam expor suas contribuições ao planejamento estratégico para fortalecer a produção de leite estadual.

O presidente da CT, Ronei Volpi, enfatizou que entre o fim de 2022 e os três primeiros meses de 2023, as economias do Brasil e internacional devem enfrentar um período de incertezas. “As conjunturas nacional e global sinalizam a necessidade de termos cautela. Ainda assim, os produtores de leite continuamos perseverantes, unidos no que é possível e tocando a atividade, sem dúvida, uma das mais complexas e sensíveis que existem no agronegócio”, disse Volpi.

Durante a reunião, os produtores apontaram a previsibilidade nos preços como um dos principais pontos de ação para a cadeia do leite, tendo os Conseleites dos Estados como a principal ferramenta. Além disso, preocupa a questão da ineficiência logística, em especial os altos custos no primeiro percurso, onde ocorre a coleta do leite nas propriedades. A reforma tributária e a possibilidade de aumento nos impostos são aspectos que deixam o setor produtivo em atenção, além de questões sanitárias, como o combate à brucelose e à tuberculose.

Para estas enfermidades, o Paraná é o Estado que mais faz diagnósticos como medida para caminhar rumo à erradicação da doença. Apesar de o país ter um Programa Nacional de Erradicação de Brucelose e Tuberculose, em outras partes do país a testagem e os procedimentos precisam avançar em relação à prevenção da brucelose e tuberculose.

“Censo” cadeia leiteira 

O governo do Paraná, por meio do IDR-Paraná, planeja realizar uma espécie de “censo” do leite no Estado. Chamado de “Diagnóstico da Cadeia Leiteira no Paraná”, a iniciativa foi apresentada na reunião da CT de Bovinocultura de Leite da FAEP pelo gerente de projetos e cadeiras produtivas do IDR-PR, Hernani Alves da Silva. “Esse trabalho terá qualidade que permita um diagnóstico robusto da cadeia leiteira”, disse Silva.

O formulário para a aplicação da pesquisa já está pronto e a próxima etapa deve ser o treinamento dos extensionistas rurais, responsáveis pela coleta de informações. Para essa qualificação dos profissionais que irão a campo, o SENAR-PR vai fazer o fornecimento desse treinamento. Outras entidades também devem dar suporte ao IDR-PR para que o levantamento saia do papel.

Ainda não há previsão de prazo para quando os formulários comecem a ser aplicados nem de divulgação dos resultados.

Preço e sanidade: os desafios da cadeia leiteira para 2023

O ano de 2022 foi marcado por altos e baixos para os produtores de leite do Paraná. Por um lado, o aumento da demanda interna e externa impulsionou os preços do produto no mercado. Por outro lado, a alta dos custos de produção, especialmente dos insumos e da energia elétrica, reduziu a margem de lucro dos pecuaristas. Além disso, questões sanitárias como a brucelose e a tuberculose continuam sendo um entrave para o desenvolvimento do setor.

Diante desse cenário, quais são as perspectivas e as prioridades da cadeia leiteira para 2023? Segundo os líderes rurais que participaram da reunião da Comissão Técnica (CT) de Bovinocultura de Leite da FAEP, realizada em 20 de março em Curitiba , alguns temas se destacam na agenda do setor:

– Previsibilidade nos preços: os produtores defendem que os Conseleites dos Estados sejam fortalecidos como ferramentas de transparência e negociação entre os elos da cadeia. Os Conseleites são entidades que divulgam mensalmente o valor de referência do litro de leite em cada Estado, baseado nos custos e nas receitas das indústrias e dos produtores. Esses valores servem como parâmetro para os contratos entre as partes e ajudam a evitar oscilações bruscas no mercado.

– Reforma tributária: os produtores estão atentos aos possíveis impactos da reforma tributária sobre o setor leiteiro. Uma das preocupações é com o aumento da carga tributária sobre o leite pasteurizado, que hoje é isento de ICMS no Paraná. Outra questão é com a manutenção do crédito presumido para as indústrias que compram leite de produtores enquadrados no Simples Nacional ou no MEI.

– Redução de custos: os produtores buscam alternativas para diminuir os gastos com a produção de leite, principalmente com a alimentação do rebanho, que representa cerca de 60% dos custos totais. Algumas estratégias são o uso racional dos recursos hídricos e energéticos, a melhoria genética e nutricional dos animais, o manejo adequado das pastagens e a adoção de sistemas integrados de produção.

– Sanidade animal: os produtores reforçam a importância do combate à brucelose e à tuberculose bovina, doenças que afetam a saúde dos animais e dos consumidores. O Paraná é o Estado que mais faz diagnósticos dessas enfermidades como medida para caminhar rumo à erradicação . No entanto, ainda há desafios como a conscientização dos produtores sobre a necessidade da vacinação contra a brucelose e o cumprimento das normas sanitárias.

Para enfrentar esses desafios, os produtores contam com o apoio das entidades representativas do setor, como a FAEP, o SENAR-PR e o IDR-PR. Uma das iniciativas previstas para 2023 é a realização de um diagnóstico da cadeia leiteira no Paraná , uma espécie de censo que vai coletar informações sobre as características produtivas, econômicas e sociais das propriedades leiteiras do Estado. Esse levantamento vai subsidiar políticas públicas e privadas voltadas ao desenvolvimento sustentável da atividade.

O setor leiteiro é um dos mais importantes do agronegócio paranaense. Segundo dados do IBGE, em 2020 o Estado produziu 5 bilhões de litros de leite, ficando em segundo lugar



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