Sumário

1. Colheita das culturas de inverno no Rio Grande do Sul

1.1. Trigo

1.2. Aveia branca

1.3. Cevada

1.4. Canola

2. Culturas de verão

2.1. Soja

2.2. Milho

2.3. Feijão 1ª safra

2.4. Arroz

3. Olerícolas e Frutícolas

3.1. Hortaliças

3.2. Melancia

Introdução

A colheita das culturas de inverno no Rio Grande do Sul está em andamento, com destaque para o trigo, aveia branca, cevada e canola. O progresso da colheita varia de região para região e os resultados até o momento indicam uma redução na produtividade inicial. Além disso, o plantio da soja, principal cultura de verão, está atrasado devido ao excesso de chuvas. Neste relatório, vamos analisar essas questões e acompanhar o desenvolvimento das culturas.

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A colheita das culturas de inverno continua no Rio Grande do Sul, com especial atenção para o trigo, cuja colheita evoluiu para 19% da área cultivada, que é de 1.505.704 hectares nesta safra de 2023. 47% na maturação, 30% no enchimento dos grãos e 4% na floração. Segundo o Boletim Conjuntura, divulgado nesta quinta-feira (19/10) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (SDR). Os avanços foram mais notados na região oeste do estado, onde uma pequena parcela dos produtores já concluiu ou está prestes a concluir a colheita. Porém, na região Leste, a maior parte das culturas encontra-se em fase de maturação devido ao plantio tardio e a colheita ainda não começou. Os resultados obtidos nas áreas colhidas indicam uma redução na produtividade inicial, a ser estimada à medida que a operação evolui, pois há resultados diferentes, mesmo dentro de uma mesma região.

Na aveia branca houve evolução na colheita. Devido à qualidade do produto obtido, há aumento nas vendas diretas aos criadores e armazenamento nas propriedades, resultando em queda significativa no preço médio devido à menor qualidade do produto destinado à alimentação animal. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a colheita atingiu 60% da área. A produtividade está dentro do esperado, embora abaixo das projeções iniciais, e a média aproximada é de 2.100 kg/ha, variando de acordo com o investimento realizado nas lavouras. O preço médio na região é de R$ 45,00/sc. de 60kg.

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A colheita da cevada também está em andamento. Os efeitos da primavera chuvosa estão influenciando negativamente a produtividade e a qualidade do produto colhido. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, onde são cultivados 13.865 hectares, as perdas são estimadas em 30%. A redução da qualidade também causou redução no preço para a indústria do malte, o que levou à redução do preço para R$ 73,00/sc. de 60kg. Em Soledade, a situação das culturas de cevada é muito variável. Algumas áreas bem manejadas demonstram bom desempenho produtivo e qualidade de grãos. Porém, a maioria das áreas apresenta deficiências no manejo fitossanitário, aliadas ao excesso de chuvas, o que compromete a qualidade do grão, resultando em poder de germinação abaixo de 95%, que é o mínimo necessário para a produção de malte. Esta cevada será utilizada para formulação de rações. Atualmente, a maior parte das lavouras está em fase de maturação, e a colheita chega a apenas 2%.

A colheita de canola avança rapidamente, sendo a principal prioridade dos produtores. Mesmo com uma área relativamente pequena, a alta disponibilidade de máquinas de colheita contribui para o andamento eficiente da operação. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a colheita atingiu 37% da área projetada. A produtividade é considerada satisfatória, com médias entre 1.800 e 1.950 kg/ha. Em algumas das melhores culturas, a produção atinge picos de 2.400 kg/ha. Porém, esses números representam uma redução em relação às expectativas iniciais devido aos danos causados ​​pelas geadas nas partes baixas, que ficam evidentes durante a colheita e reduzem a produtividade média da área total.

CULTURAS DE VERÃO

O excesso de chuvas e a atenção voltada à colheita das culturas de inverno atrasaram o plantio de soja no Rio Grande do Sul. De acordo com o Zoneamento de Risco Climático Agrícola (Zarc), o período recomendado para a semeadura da soja no Estado começou em 01/10 e se estende até janeiro de 2024, podendo terminar em 28/01, dependendo das diferenças regionais. Em geral, as previsões meteorológicas indicam a ocorrência de chuvas acima da média ao longo de todo o ciclo da cultura, influenciadas pelos efeitos do El Niño. Esse cenário contribui para uma abordagem mais cautelosa no início da operação, e os produtores aguardam um momento mais adequado para plantar soja. A estimativa inicial para a safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares implantados, com perspectiva de produtividade de 3.327 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Dom Pedrito, que deverá ter a maior área de cultivo de soja do Estado, com 160 mil hectares previstos, apenas 2% das lavouras foram semeadas até o momento. A perspectiva de chuvas acima da média ao longo de todo o ciclo da cultura reduz a necessidade de início do plantio, uma vez que as áreas semeadas até o final de novembro não deverão sofrer perdas significativas no seu potencial produtivo. Em Caxias do Sul, as áreas estão sendo preparadas para o início da semeadura, que ocorrerá somente no final de outubro.

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Em Pelotas, nas áreas onde foi concluída a dessecação, foram realizadas as primeiras semeaduras, principalmente em áreas bem drenadas, localizadas em terrenos ondulados, que permitem o trânsito de máquinas e implementos. Porém, o percentual de plantio ainda não chega a 1% da área planejada. A semeadura de soja na região de Santa Maria, iniciada em Tupanciretã, Santa Maria, Santiago e municípios do Vale do Jaguari, também não chega a 1%.

No milho, o plantio avançou nas diversas regiões produtoras, atingindo 70% da área projetada. A maioria das culturas está em germinação e desenvolvimento vegetativo (99%), enquanto 1% já entrou no período reprodutivo. A semana foi marcada por maior incidência de luz solar, favorecendo o rápido crescimento e desenvolvimento vigoroso das plantas. Muitos produtores aproveitaram o período para aplicar fertilizantes nitrogenados em áreas tecnicamente adequadas e para aplicar herbicidas, visando o controle de ervas daninhas.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, 90% das áreas destinadas ao milho já foram semeadas e a cultura está em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. Nas regiões de Santa Maria e Santa Rosa o plantio continuou; 98% das culturas encontram-se na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo e 2% iniciam a fase de floração. A cultura do milho apresenta excelente condição visual, com estande uniforme e desenvolvimento vegetativo vigoroso, caracterizado por coloração verde intensa.

Silagem de milho – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Campanha, os produtores de leite de Hulha Negra plantaram as primeiras lavouras de milho destinadas à produção de silagem. A queda nas temperaturas deverá resultar em menor velocidade de germinação e uniformidade na emergência das culturas, bem como redução nos níveis de umidade na camada superior do solo, que têm potencial de dificultar o estabelecimento das plantas devido à formação de uma crosta superficial endurecida.

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Feijão 1ª safra – As lavouras estão em fase de implantação e a semeadura está prestes a ser concluída no Planalto Médio, com taxas menores nas regiões Centro e Sul do Estado. Nas áreas dos Campos de Cima da Serra a semeadura só deverá começar em dezembro. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí o plantio já atingiu 95% da área prevista para o primeiro cultivo. As lavouras estão se desenvolvendo bem e os produtores planejam concluir a semeadura antes de iniciar o plantio da soja. Até à data, o controlo de ervas daninhas tem sido satisfatório e a incidência de pragas e doenças tem sido baixa, não necessitando de medidas de controlo.

Arroz – Em termos de cultivo, houve um aumento significativo na área semeada, beneficiando-se de condições ambientais favoráveis, como a ausência de chuvas e a ocorrência de dias de sol nas regiões Sul e Campanha, tornando os solos adequados para o plantio. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a semeadura continua. Houve redução significativa do excesso de umidade nas parcelas, favorecida pela ausência de precipitação. Com a umidade próxima do ideal, houve rápido avanço e o índice de lavouras semeadas aproximou-se de 50% da área estimada. Porém, ainda há uma defasagem em relação ao ano anterior, quando 65% da colheita já havia sido executada no mesmo período.

OLERICOLAS E FRUÍTICOS

Na região de Porto Alegre, a situação do mercado na cadeia produtiva de hortaliças confirma a tendência de falta de oferta do produto. As chuvas intensas da última semana afetaram a qualidade da alface colhida e o tempo de pós-colheita, além de possíveis perdas. O produto colhido deixa a desejar em relação ao seu aspecto comercial. Outras madeiras nobres, como brócolis e couve-flor em fase de pré-colheita, foram afetadas pela podridão, o que inviabilizou a comercialização desses produtos.

Melancia – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, o plantio de melancia está avançando na Região Metropolitana, e o momento é de implantação de culturas de meia temporada, cuja área plantada deverá aumentar 30% em relação até a safra passada, principalmente pela queda no preço dos insumos. O ritmo de implantação aumentou, pois houve redução da umidade do solo, viabilizando seu preparo. Os plantios avançaram para regiões mais ao sul do território de cultivo da região.

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Uva – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, embora os fatores climáticos tenham sido, por muito tempo, adversos ao bom desenvolvimento da cultura, devido ao baixo acúmulo de horas frias, altas temperaturas máximas acima média histórica e uma primavera muito chuvosa, com vários dias sem radiação solar direta, pode-se afirmar que as vinhas apresentam brotação satisfatória, número de cachos acima da média e excelente saúde da copa vegetativa até o momento. Os viticultores têm ficado surpresos e, ao mesmo tempo, preocupados com a morte de plantas nas reboleiras, predominantemente jovens das cultivares Niágara e Bordô, como aconteceu na safra 2015/2016, quando também ocorreu o fenômeno “El Ninõ” com alta pluviosidade. Devido a essas condições climáticas, os viticultores estão tomando cuidados redobrados em relação às doenças das plantas, reforçando os tratamentos fitossanitários, o que impacta diretamente no custo de produção. Outras práticas culturais realizadas foram adubação de cobertura, manejo mecânico/químico de plantas introduzidas ou nativas e podas verdes. Variedades superprecoces, como Vênus, e aquelas cultivadas em locais com mesoclimas mais quentes já estão na fase fenológica de “grão de ervilha”. A cultivar Niágara está em plena floração e a Bordô em início de floração.


A colheita das culturas de inverno no Rio Grande do Sul tem sido acompanhada de perto, com destaque para o trigo. Até o momento, a colheita já atingiu 19% da área cultivada, que corresponde a 1.505.704 hectares nesta safra de 2023. Os dados foram divulgados pelo Boletim Conjuntura, publicado pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (SDR). Essa é uma porcentagem significativa, especialmente levando em consideração que 47% das culturas estão em fase de maturação, 30% no enchimento dos grãos e 4% na floração.

O progresso da colheita tem sido mais notável na região oeste do estado, onde alguns produtores já concluíram ou estão prestes a concluir a colheita. No entanto, na região Leste, a maioria das culturas ainda está em fase de maturação devido ao plantio tardio, e a colheita ainda não teve início. Os resultados obtidos nas áreas colhidas até o momento indicam uma redução na produtividade inicial, mas ainda é necessário acompanhar a evolução da operação, uma vez que existem variações nos resultados mesmo dentro de uma mesma região.

Na cultura da aveia branca, houve um avanço na colheita. Com a qualidade do produto obtido, houve um aumento nas vendas diretas aos criadores e no armazenamento nas propriedades. No entanto, isso resultou em uma queda significativa no preço médio, devido à menor qualidade do produto destinado à alimentação animal. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a colheita atingiu 60% da área cultivada. A produtividade está dentro do esperado, embora abaixo das projeções iniciais, e a média é de aproximadamente 2.100 kg/ha, variando de acordo com o investimento realizado nas lavouras. O preço médio na região é de R$ 45,00 por saca de 60kg.

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A colheita da cevada também está em andamento, porém os efeitos da primavera chuvosa estão afetando negativamente a produtividade e a qualidade do produto colhido. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, onde são cultivados 13.865 hectares, as perdas são estimadas em 30%. Essa redução na qualidade também causou uma queda no preço para a indústria do malte, resultando em um preço de R$ 73,00 por saca de 60kg. Em Soledade, a situação das culturas de cevada varia bastante. Algumas áreas apresentam bom desempenho produtivo e qualidade de grãos, enquanto a maioria apresenta deficiências no manejo fitossanitário, juntamente com o excesso de chuvas, comprometendo a qualidade do grão destinado à produção de malte. A maioria das lavouras está em fase de maturação, e apenas 2% da colheita foi realizada até o momento.

A colheita de canola está avançando rapidamente e é a principal prioridade dos produtores. Mesmo com uma área relativamente pequena, a disponibilidade de máquinas de colheita facilita a operação. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a colheita atingiu 37% da área prevista. A produtividade está sendo considerada satisfatória, com médias entre 1.800 e 1.950 kg/ha. Em algumas das melhores culturas, a produção chega a 2.400 kg/ha. No entanto, esses números representam uma redução em relação às expectativas iniciais, devido aos danos causados ​​pelas geadas nas partes mais baixas das plantações, que se tornam evidentes durante a colheita e diminuem a produtividade média da área total.

No que diz respeito às culturas de verão, o plantio de soja no Rio Grande do Sul tem enfrentado atrasos devido ao excesso de chuvas e à atenção voltada para a colheita das culturas de inverno. O período recomendado para a semeadura da soja começou em 1º de outubro e se estende até janeiro de 2024, podendo terminar em 28 de janeiro, dependendo das diferenças regionais. As previsões meteorológicas indicam chuvas acima da média ao longo de todo o ciclo da cultura, influenciadas pelos efeitos do El Niño. Isso tem levado os produtores a serem mais cautelosos no início da operação, e eles estão aguardando um momento mais propício para o plantio da soja. A estimativa inicial para a safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares implantados, com uma produtividade média de 3.327 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Dom Pedrito, que terá a maior área de cultivo de soja do Estado, com 160 mil hectares previstos, apenas 2% das lavouras foram semeadas até o momento. Esse atraso é justificado pela previsão de chuvas acima da média ao longo do ciclo da cultura, o que reduz a necessidade de iniciar o plantio imediatamente. A semeadura está programada para ser concluída até o final de novembro, e as áreas semeadas até essa data não devem sofrer perdas significativas no potencial produtivo.

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Em outras regiões do estado, como Caxias do Sul, Pelotas e Santa Maria, o plantio de soja também apresenta atrasos. Em Caxias do Sul, as áreas estão sendo preparadas para a semeadura, que ocorrerá no final de outubro. Em Pelotas, onde a dessecação já foi concluída em algumas áreas, os produtores iniciaram as primeiras semeaduras em locais com boa drenagem do solo. No entanto, o percentual de plantio ainda é bastante baixo, não chegando a 1% da área planejada. Na região de Santa Maria, a semeadura começou em Tupanciretã, Santa Maria, Santiago e municípios do Vale do Jaguari, mas também não chega a 1% da área total.

Já o plantio de milho está avançando nas diversas regiões produtoras, alcançando 70% da área prevista. A maioria das culturas está em germinação e desenvolvimento vegetativo, enquanto 1% já entrou

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão:

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A colheita das culturas de inverno no Rio Grande do Sul está em andamento, com destaque para o trigo, aveia branca, cevada e canola. Em geral, os resultados são variáveis devido a diferentes fatores, como o plantio tardio e o clima adverso. Apesar das dificuldades, a produtividade está dentro do esperado em algumas regiões. No entanto, isso também resultou em uma redução nos preços médios dos produtos.

No caso da soja, o plantio foi atrasado devido ao excesso de chuvas e a atenção voltada para a colheita das culturas de inverno. Os produtores estão esperando por um momento mais adequado para iniciar o plantio, considerando as previsões de chuvas acima da média ao longo do ciclo da cultura.

Enquanto isso, o plantio do milho avançou nas diversas regiões produtoras e está em diferentes estágios de desenvolvimento. A cultura apresenta boa condição visual e estande uniforme. A produção de silagem de milho também já começou em algumas regiões.

Quanto às olerícolas e frutíferos, a falta de oferta de hortaliças tem sido uma tendência na região de Porto Alegre. As chuvas intensas afetaram a qualidade dos produtos, como a alface e o brócolis. No entanto, o plantio de melancia está avançando na Região Metropolitana.

Perguntas com respostas:

Qual é a situação da colheita das culturas de inverno no Rio Grande do Sul?

A colheita das culturas de inverno no Rio Grande do Sul está em andamento.

Quais são as culturas de inverno destacadas?

As culturas de inverno destacadas são o trigo, aveia branca, cevada e canola.

Quais são os resultados obtidos nas áreas colhidas?

Os resultados obtidos nas áreas colhidas indicam uma redução na produtividade inicial.

Por que o plantio da soja foi atrasado?

O plantio da soja foi atrasado devido ao excesso de chuvas e à atenção voltada para a colheita das culturas de inverno.

O que está acontecendo com a oferta de hortaliças na região de Porto Alegre?

Na região de Porto Alegre, há uma falta de oferta de hortaliças devido às chuvas intensas que afetaram a qualidade dos produtos.

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