Noticias do Jornal do campo
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A tragédia climática que atinge algumas regiões do Rio Grande do Sul, a cada momento, revela novos relatos de tristeza e perda. Segundo as autoridades do Agro, as áreas afetadas são constituídas essencialmente por pequenas propriedades rurais, com modalidade de produção agrícola de agricultura familiar, com foco na produção de suínos e pecuária leiteira.
Ainda não é possível medir a extensão dos danos uma vez que as cheias cobrem a maior parte do território afectado, mas segundo o Director Administrativo da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), Francisco Schardong, a situação é desoladora e as estruturas arrancadas pela água foram encontradas a longas distâncias, inclusive em outros municípios. “É um cenário muito triste e preocupante. Estruturas inteiras foram arrancadas e destruídas. A corrente é tão forte que foram encontrados a mais de 100 km do local de origem. São partes de casas, pocilgas, estábulos, recebemos vídeos que mostram essas estruturas sendo arrastadas. As buscas por vítimas fatais que estão no meio desses escombros estão em andamento. Como ainda está tudo alagado, não temos a real dimensão dos danos, mas muitas famílias perderam tudo o que tinham”, lamenta Francisco.
Logística
Ele relata ainda que a destruição de pontes deverá impactar também a logística de produção e transporte. “A força da água é tanta que destruiu uma ponte de ferro que liga os municípios de Farroupilha e Nova Roma do Sul. Foi inaugurado na década de 1930, durante o governo de Getúlio Vargas, construído com 22 metros de altura, no meio do rio. . Quando o nível dos rios baixar, poderemos ter uma ideia melhor de tudo o que foi destruído em relação a pontes e rodovias, mas a situação é muito preocupante”, afirma o Diretor Administrativo da Farsul.
Emater ajuda no socorro e deve iniciar levantamento de danos no Sul
A Emater, que presta assistência técnica a pequenos agricultores, também acompanha de perto a tragédia. Segundo a agência, além da atividade pecuária, a produção agrícola é diversificada nos setores afetados. O cultivo de tabaco, milho e frutas é comum. Ainda segundo a Emater e os esforços dos técnicos neste momento estão focados em ajudar as vítimas. Devido ao alto nível dos rios, a maior parte das propriedades está submersa e um levantamento dos danos deve ser iniciado assim que o solo e as estruturas estiverem novamente visíveis.
Vários trechos de rodovias do RS estão bloqueados
As fortes chuvas também causaram danos e alterações no trânsito nas rodovias gaúchas. Nesta quarta-feira (6), são 18 rodovias com bloqueios totais ou parciais.
As trilhas foram inundadas em todo o estado devido ao transbordamento dos rios. Houve quedas de barreiras, deslizamentos de terra e cabeceira da ponte sobre o Arroio Passo Novo, na RSC-377, em Cruz Alta.
As informações prestadas pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e pela Companhia Gaúcha de Rodovias (EGR) foram confirmadas junto ao Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM). A Secretaria de Logística e Transportes (Selt), por meio das equipes Daer e EGR, trabalha para desobstruir as rodovias o mais rápido possível para que itens essenciais possam chegar às cidades afetadas pelas chuvas.
SITUAÇÃO DAS ESTRADAS AFETADAS NO SUL
pontes desabadas
ERS-448
- Ponte desabou no km 37, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, após transbordamento do Rio das Antas.
ERS-431
- A ponte cedeu sobre o rio Taquari, em Bento Gonçalves, divisa com São Valentim do Sul.
blocos totais
ERS-132
- Bloqueio total entre Vila Maria e Camargo (km 4,35). O trecho está com a pista danificada. Na noite de segunda-feira (09/04), cerca de 40 metros da pista foram levados pela água.
ERS-463
- Bloqueio total entre Coxilha e Tapejara (km 23). O troço da ponte sobre o rio Carreteiro está inundado.
ERS-110
- Bloqueio total entre Jaquirana e Bom Jesus (entre km 78 e km 79). Houve uma quebra na barreira. Nesta quarta-feira (6/9), terá início a limpeza das barreiras que desabaram na rodovia. Se as condições meteorológicas forem favoráveis, os trabalhos prosseguirão sem interrupção até que a passagem esteja desimpedida, para que o trânsito possa ser retomado o mais rapidamente possível.
ERS-030 (também existem bloqueios parciais)
- Bloqueio total entre Santo Antônio da Patrulha e Caraá (km 1,7) – Arroio Carvalho transbordou e desvio está alagado. A interdição ocorre até que o volume de água diminua.
- Bloqueio parcial em Gravataí (km 7,7) e em Glorinha (km 14). Nestes locais há água na estrada, dificultando a passagem de veículos.
ERS-630
- Bloqueio total na ponte Passo do Pedroso, em São Gabriel (km 82). A passagem está interrompida devido ao alagamento do trecho.
ERS-431
- Bloqueio total em Bento Gonçalves, divisa com São Valentim do Sul (entre o km 10 e o km 23). A pista está alagada e a ponte sobre o rio Taquari desabou. Não há desvio.
ERS-448
- Bloqueio total entre Farroupilha e Nova Roma do Sul (km 37). No trecho, o Rio das Antas transbordou e a ponte foi derrubada. Para se deslocar entre os dois municípios é preciso pegar a ERS-122, entrar em Antônio Prado e usar a ERS-437.
ERS-129
- Bloqueio total entre Mariante e Bom Retiro do Sul (km 4 e km 10) e entre Bom Retiro do Sul e Estrela (km 13 e km 14). A pista fica alagada nesses trechos devido ao transbordamento do Rio Taquari. Não há desvio.
- Bloqueio total entre Estrela e Colinas (km 50). A pista está alagada devido ao transbordamento do Rio Taquari. O desvio pode ser realizado por rodovias municipais.
ERS-130
- Bloqueio total entre General Câmara e Mariante (km 29 e km 31) e entre Mariante e Cruzeiro do Sul (km 48). A pista está alagada devido ao transbordamento do Rio Taquari. Não há desvio.
VRS-851
- Bloqueio total na ponte do Rio Carneiro entre Nova Bassano e Serafina Corrêa. A ponte que ficou submersa está danificada.
blocos parciais
ERS-434
- Bloqueio parcial entre Ciríaco e BRS-285 (km 3). O trânsito está na meia faixa devido à água na faixa.

SITUAÇÃO DA ESTRADA EGR
Devido à elevação do Rio Taquari, que continua subindo, as principais vias de acesso aos municípios do Vale do Taquari sob responsabilidade da EGR estão bloqueadas.
ERS-129
- Os bloqueios ocorrem nos quilômetros 67, 73 e 74, no município de Encantado, e no km 83, em Muçum, um dos mais atingidos.
ERS-130
- O fluxo de veículos está totalmente proibido no km 85, em Arroio do Meio, e no km 93, em Encantado. Neste ponto, a praça de pedágio está submersa. Os funcionários tiveram que evacuar o local na noite de segunda-feira (09/04).
Desde o início das fortes chuvas que atingiram o estado, as equipes da EGR estão mobilizadas, monitorando os 630 quilômetros de rodovias administradas pela empresa e atuando para auxiliar no que for necessário.
Rodovias liberadas no Rio Grande do Sul
ERS-569
- O trânsito foi liberado na tarde desta terça-feira (5/9) na ponte localizada na Barra Funda (km 28). A estrutura estava submersa desde segunda-feira (9/4). O local continuará sendo monitorado diariamente e, caso o nível do rio volte a subir, poderá ocorrer uma nova interdição.
VRS-824
- Os motoristas devem trafegar com cautela entre Fortaleza dos Valos e Quinze de Novembro. A pista está alagada no trecho próximo ao Distrito de Santa Clara do Ingaí. A estrada não está bloqueada, mas Daer recomenda que os usuários evitem a estrada. Caso o nível do rio Jacuí-Mirim suba, a passagem poderá ser interrompida. Para ir até Fortaleza dos Valos, os motoristas podem utilizar a ERS-510.
RSC-377
- Foi concluída a recuperação do aterro da ponte sobre o córrego Passo Novo, em Cruz Alta (km 103,88). O tráfego é liberado no local.
ERS-324
- O trânsito é liberado na ponte sobre o Rio Jordão, entre Vila Maria e Casca (km 237,3) e entre Passo Fundo e Marau (km 207), no município de São Luiz da Mortandade. Há também uma passagem entre Casca e Paraí, onde havia água na pista.
ERS-332
- O trânsito é permitido em Encantado (km 1 e 3). A pista ficou inundada devido ao transbordamento do Rio Taquari.
A Daer está monitorando a situação das estradas para que o trânsito seja restabelecido o mais rápido possível, dentro das condições de segurança necessárias ao trânsito dos usuários.
(Fernanda Toigo/Sou Agro)
A tragédia climática que atinge algumas regiões do Rio Grande do Sul, a cada momento, revela novos relatos de tristeza e perda. Segundo as autoridades do Agro, as áreas afetadas são constituídas essencialmente por pequenas propriedades rurais, com modalidade de produção agrícola de agricultura familiar, com foco na produção de suínos e pecuária leiteira. Ainda não é possível medir a extensão dos danos uma vez que as cheias cobrem a maior parte do território afetado, mas segundo o Diretor Administrativo da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), Francisco Schardong, a situação é desoladora e as estruturas arrancadas pela água foram encontradas a longas distâncias, inclusive em outros municípios.
“É um cenário muito triste e preocupante. Estruturas inteiras foram arrancadas e destruídas. A corrente é tão forte que foram encontrados a mais de 100 km do local de origem. São partes de casas, pocilgas, estábulos, recebemos vídeos que mostram essas estruturas sendo arrastadas. As buscas por vítimas fatais que estão no meio desses escombros estão em andamento. Como ainda está tudo alagado, não temos a real dimensão dos danos, mas muitas famílias perderam tudo o que tinham”, lamenta Francisco.
Foto: Marcelo Caumo – RS/Instagram
Logística
Ele relata ainda que a destruição de pontes deverá impactar também a logística de produção e transporte. “A força da água é tanta que destruiu uma ponte de ferro que liga os municípios de Farroupilha e Nova Roma do Sul. Foi inaugurado na década de 1930, durante o governo de Getúlio Vargas, construído com 22 metros de altura, no meio do rio. Quando o nível dos rios baixar, poderemos ter uma ideia melhor de tudo o que foi destruído em relação a pontes e rodovias, mas a situação é muito preocupante”, afirma o Diretor Administrativo da Farsul.
Emater ajuda no socorro e deve iniciar levantamento de danos no Sul
A Emater, que presta assistência técnica a pequenos agricultores, também acompanha de perto a tragédia. Segundo a agência, além da atividade pecuária, a produção agrícola é diversificada nos setores afetados. O cultivo de tabaco, milho e frutas é comum. Ainda segundo a Emater e os esforços dos técnicos neste momento estão focados em ajudar as vítimas. Devido ao alto nível dos rios, a maior parte das propriedades está submersa e um levantamento dos danos deve ser iniciado assim que o solo e as estruturas estiverem novamente visíveis.
Vários trechos de rodovias do RS estão bloqueados
As fortes chuvas também causaram danos e alterações no trânsito nas rodovias gaúchas. Nesta quarta-feira (6), são 18 rodovias com bloqueios totais ou parciais.
As trilhas foram inundadas em todo o estado devido ao transbordamento dos rios. Houve quedas de barreiras, deslizamentos de terra e cabeceira da ponte sobre o Arroio Passo Novo, na RSC-377, em Cruz Alta.
As informações prestadas pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e pela Companhia Gaúcha de Rodovias (EGR) foram confirmadas junto ao Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM). A Secretaria de Logística e Transportes (Selt), por meio das equipes Daer e EGR, trabalha para desobstruir as rodovias o mais rápido possível para que itens essenciais possam chegar às cidades afetadas pelas chuvas.
Situação das estradas afetadas no Sul
Pontes desabadas
ERS-448
Ponte desabou no km 37, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, após transbordamento do Rio das Antas.
ERS-431
A ponte cedeu sobre o rio Taquari, em Bento Gonçalves, divisa com São Valentim do Sul.
Bloqueios totais
ERS-132
Bloqueio total entre Vila Maria e Camargo (km 4,35). O trecho está com a pista danificada. Na noite de segunda-feira (09/04), cerca de 40 metros da pista foram levados pela água.
ERS-463
Bloqueio total entre Coxilha e Tapejara (km 23). O trecho da ponte sobre o rio Carreteiro está inundado.
ERS-110
Bloqueio total entre Jaquirana e Bom Jesus (entre km 78 e km 79). Houve uma quebra na barreira. Nesta quarta-feira (6/9), terá início a limpeza das barreiras que desabaram na rodovia. Se as condições meteorológicas forem favoráveis, os trabalhos prosseguirão sem interrupção até que a passagem esteja desimpedida, para que o trânsito possa ser retomado o mais rapidamente possível.
ERS-030 (também existem bloqueios parciais)
Bloqueio total entre Santo Antônio da Patrulha e Caraá (km 1,7) – Arroio Carvalho transbordou e desvio está alagado. A interdição ocorre até que o volume de água diminua.
Bloqueio parcial em Gravataí (km 7,7) e em Glorinha (km 14). Nestes locais há água na estrada, dificultando a passagem de veículos.
ERS-630
Bloqueio total na ponte Passo do Pedroso, em São Gabriel (km 82). A passagem está interrompida devido ao alagamento do trecho.
ERS-431
Bloqueio total em Bento Gonçalves, divisa com São Valentim do Sul (entre o km 10 e o km
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