Entendendo a produtividade da pecuária de corte brasileira
Nos últimos tempos, temos ouvido muitas discussões sobre a produtividade da pecuária de corte no Brasil, e muito se fala sobre a disparidade na aplicação das tecnologias dentro das propriedades rurais brasileiras. Diante deste cenário, a consultoria Agrifatto divulgou um relatório especial que promete trazer mais esclarecimentos sobre o tema.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Conheça o relatório
O material apresentado pela Agrifatto analisou a evolução dos principais gargalos tecnológicos da pecuária brasileira ao longo das últimas décadas, dividindo o estudo em aspectos distintos, incluindo a produtividade em peso de carcaça, a idade ao abate e a ocupação de área.
Estudo em foco: peso de carcaça
Neste primeiro material, o Portal DBO destaca o estudo sobre a produtividade em peso de carcaça da pecuária de corte brasileira nos últimos anos, trazendo um panorama de evolução e comparando as realidades dos principais Estados produtores.
Conclusões do estudo
A análise realizada pela consultoria revela que a pecuária de corte brasileira apresentou avanços significativos na produção de carne bovina por animal, por hectare e por rebanho, demonstrando um crescimento estrutural que impacta a economia do país. Contudo, há ainda espaço para melhorias, e a busca por maior produtividade e redução de custos é uma necessidade constante para os pecuaristas.
Acompanhe as publicações posteriores para entender mais sobre a evolução da produtividade na atividade pecuária no Brasil.
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produtividade em peso de carcaça
O primeiro ponto destacado pela Agrifatto é a evolução da produtividade em peso de carcaça dos bovinos abatidos no Brasil nos últimos anos. Em 2023, estima-se que a pecuária brasileira tenha gerado, em média, 17,5 arrobas de carcaça por cabeça, um aumento de 10,74% frente o valor de 2013 (15,8 @/cab.) e de 14,13% sobre o patamar de 2003 (15,4 @/cab.).
“Cabe a ressalva de que o peso máximo das carcaças bovinas brasileiras foi atingido em 2021 (17,9 @/cab) e, desde então, tem recuado devido principalmente ao aumento da participação das fêmeas nos abates entre 2022 e 2023”, observa a Agrifatto.
Apesar da evolução dos últimos anos, continua a consultoria, a disparidade no desempenho das carcaças dos bovinos brasileiros é grande e fica evidente quando se compara os números por Estados (principais produtores).
São Paulo deteve o título de carcaça mais pesada do Brasil em 2023, com média de 18,5 @/cab., enquanto no Rio Grande do Sul os bovinos são abatidos gerando em média 15,5 @/cab., uma diferença de 19%.
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Tal discrepância, justifica a Agrifatto, pode ser explicada pela variação no perfil de produção no Sul do País, que prioriza um animal mais jovem (mais de 40% dos bovinos abatidos localmente têm menos de 24 meses) e, consequentemente, mais leve.
Apesar de São Paulo ser o Estado com a carcaça mais pesada do Brasil, não foi onde se observou a maior evolução nos últimos 15 anos (2008 a 2023). No quesito, o destaque principal vai para as carcaças do Tocantins, que saíram de um peso médio de 14,2 @/cab. em 2008 para 17,6 @/cab. em 2023, evoluindo 24% nos últimos 15 anos. “Tal crescimento faz sentido, afinal de contas, onde há maior defasagem, há maior potencial de melhora”, diz o relatório.
Por sua vez, na ponta de menor evolução no peso das carcaças encontra-se também o Rio Grande do Sul, que registrou um crescimento de apenas 3,8%, saindo de 14,9 @/cab. em 2008 para 15,5 @/cab. em 2023. “Novamente, a dinâmica da produção gaúcha interfere nesse comportamento, além de uma pecuária mais tradicional e consolidada em animais de raça europeia”.
Veja os demais dados de evolução da produtividade na atividade pecuária em publicações posteriores neste Portal DBO
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Conclusão: A Evolução da Pecuária de Corte Brasileira
Nos últimos 20 anos, a pecuária de corte brasileira evoluiu em vários aspectos de produtividade, resultando em mais carne bovina por animal, por hectare, por rebanho e animais mais jovens. Isso gerou ganhos estruturais para a economia brasileira, impulsionando as exportações e resultando em mais riqueza e rentabilidade para os pecuaristas. Apesar disso, ainda há espaço para melhorias, mas a conclusão final é que a pecuária brasileira se tornou mais produtiva e gerou mais riqueza e rentabilidade em menos hectares de pasto.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Evolução da Produtividade na Pecuária Brasileira: Análise e Tendências
Nesta semana, a Agrifatto, com escritório na capital paulista, divulgou um relatório especial sobre a produtividade da pecuária de corte brasileira. Segundo a consultoria, “muito se discute sobre este tema hoje no Brasil, principalmente quando se observa a “disparidade da aplicação das tecnologias dentro das propriedades rurais brasileiras”.
FAQs sobre a evolução da produtividade na pecuária brasileira
1. Qual foi a média de peso de carcaça dos bovinos abatidos no Brasil em 2023?
Em 2023, a pecuária brasileira gerou, em média, 17,5 arrobas de carcaça por cabeça, um aumento de 10,74% frente o valor de 2013 (15,8 @/cab.) e de 14,13% sobre o patamar de 2003 (15,4 @/cab.).
2. Qual foi o Estado com a carcaça mais pesada do Brasil em 2023?
São Paulo deteve o título de carcaça mais pesada do Brasil em 2023, com média de 18,5 @/cab., enquanto no Rio Grande do Sul os bovinos são abatidos gerando em média 15,5 @/cab., uma diferença de 19%.
3. Quais foram os Estados com maior e menor evolução no peso das carcaças nos últimos 15 anos?
O destaque principal vai para as carcaças do Tocantins, que saíram de um peso médio de 14,2 @/cab. em 2008 para 17,6 @/cab. em 2023, evoluindo 24% nos últimos 15 anos. Por sua vez, o Rio Grande do Sul registrou um crescimento de apenas 3,8%, saindo de 14,9 @/cab. em 2008 para 15,5 @/cab. em 2023.
4. Qual o principal gargalo tecnológico da pecuária brasileira destacado no relatório?
O relatório destaca a variação no perfil de produção no Sul do País, que prioriza um animal mais jovem e, consequentemente, mais leve, como um dos principais gargalos tecnológicos da pecuária brasileira.
5. Quais são os aspectos distintos considerados na análise de produtividade da pecuária?
Os aspectos distintos considerados na análise de produtividade da pecuária foram peso de carcaça, idade ao abate e ocupação de área.
No material apresentado, a Agrifatto apontou a evolução dos principais gargalos tecnológicos da pecuária brasileira nas últimas décadas. O primeiro ponto destacado pela Agrifatto é a evolução da produtividade em peso de carcaça dos bovinos abatidos no Brasil nos últimos anos, com São Paulo detendo o título de carcaça mais pesada do Brasil em 2023, e o Tocantins mostrando a maior evolução nos últimos 15 anos.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Nesta semana, a Agrifatto, com escritório na capital paulista, divulgou um relatório especial sobre a produtividade da pecuária de corte brasileira.
Segundo a consultoria, “muito se discute sobre este tema hoje no Brasil, principalmente quando se observa a “disparidade da aplicação das tecnologias dentro das propriedades rurais brasileiras”.
No material apresentado, a Agrifatto apontou a evolução dos principais gargalos tecnológicos da pecuária brasileira nas últimas décadas.
Para facilitar o entendimento ao leitor, a consultoria colheu e analisou dados considerando três aspectos distintos: produtividade em “peso de carcaça”, em “idade ao abate” e, por fim, em “ocupação de área”.
O Portal DBO apresenta aqui o primeiro item (peso de carcaça) do trabalho – os demais serão abordados em textos separados.
Antes disso, antecipamos aqui a conclusão final sobre este precioso trabalho de levantamento de dados de produtividade realizado pelo economista Yago Travagini (foto) e demais consultores da equipe da Agrifatto:
“Nos últimos 20 anos, a pecuária de corte brasileira evolui nos mais diversos aspectos de produtividade. Afinal, estamos produzindo mais carne bovina por animal, por hectare, por rebanho e abatendo animais mais jovens. Tudo isso tem resultado em ganhos estruturais para a economia brasileira, que vê as exportações baterem recorde de faturamento e volume nos últimos anos. Obviamente, há muito espaço para melhorias, mas ao pecuarista tem sido necessário aumentar a produtividade e a diluição de custos, tendo em vista sua perpetuidade na atividade. Conclusão: além de ter se tornado mais produtivo, a pecuária brasileira conseguiu gerar mais riqueza e rentabilidade para em menos hectares de pasto”.
PESO DE CARCAÇA
O primeiro ponto destacado pela Agrifatto é a evolução da produtividade em peso de carcaça dos bovinos abatidos no Brasil nos últimos anos. Em 2023, estima-se que a pecuária brasileira tenha gerado, em média, 17,5 arrobas de carcaça por cabeça, um aumento de 10,74% frente o valor de 2013 (15,8 @/cab.) e de 14,13% sobre o patamar de 2003 (15,4 @/cab.).
“Cabe a ressalva de que o peso máximo das carcaças bovinas brasileiras foi atingido em 2021 (17,9 @/cab) e, desde então, tem recuado devido principalmente ao aumento da participação das fêmeas nos abates entre 2022 e 2023”, observa a Agrifatto.
Apesar da evolução dos últimos anos, continua a consultoria, a disparidade no desempenho das carcaças dos bovinos brasileiros é grande e fica evidente quando se compara os números por Estados (principais produtores).
São Paulo deteve o título de carcaça mais pesada do Brasil em 2023, com média de 18,5 @/cab., enquanto no Rio Grande do Sul os bovinos são abatidos gerando em média 15,5 @/cab., uma diferença de 19%.
VEJA TAMBÉM | Baixa na reposição: “Quanto mais pesada, menor é o preço de negociação”, diz Agrifatto
Tal discrepância, justifica a Agrifatto, pode ser explicada pela variação no perfil de produção no Sul do País, que prioriza um animal mais jovem (mais de 40% dos bovinos abatidos localmente têm menos de 24 meses) e, consequentemente, mais leve.
Apesar de São Paulo ser o Estado com a carcaça mais pesada do Brasil, não foi onde se observou a maior evolução nos últimos 15 anos (2008 a 2023). No quesito, o destaque principal vai para as carcaças do Tocantins, que saíram de um peso médio de 14,2 @/cab. em 2008 para 17,6 @/cab. em 2023, evoluindo 24% nos últimos 15 anos. “Tal crescimento faz sentido, afinal de contas, onde há maior defasagem, há maior potencial de melhora”, diz o relatório.
Por sua vez, na ponta de menor evolução no peso das carcaças encontra-se também o Rio Grande do Sul, que registrou um crescimento de apenas 3,8%, saindo de 14,9 @/cab. em 2008 para 15,5 @/cab. em 2023. “Novamente, a dinâmica da produção gaúcha interfere nesse comportamento, além de uma pecuária mais tradicional e consolidada em animais de raça europeia”.
Veja os demais dados de evolução da produtividade na atividade pecuária em publicações posteriores neste Portal DBO