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Boa leitura!
O agronegócio brasileiro é uma das principais atividades econômicas do país, contribuindo significativamente para o desenvolvimento e a geração de empregos. Entre os diversos segmentos que compõem esse setor, a pecuária bovina ocupa um lugar de destaque, especialmente no estado de Mato Grosso, que possui o maior rebanho bovino do país, com mais de 34,4 milhões de cabeças.
No entanto, mesmo com essa posição privilegiada, os pecuaristas enfrentam desafios constantes, e um dos principais é a oscilação no preço da arroba do gado. Nos últimos meses, tem-se observado uma queda significativa nesse valor, o que tem impactado diretamente os investimentos feitos pelos produtores.
Nesse contexto, especialistas destacam a importância dos criadores de gado adotarem uma postura proativa e profissional, utilizando ferramentas de proteção de preços que os ajudem a mitigar as perdas. Rafael Grings, consultor de marketing da Hedge Agro Consultoria, ressalta que a variação tão grande no preço da arroba, como a que ocorreu recentemente, é algo histórico e que afeta não apenas os pecuaristas, mas toda a cadeia produtiva.
Para entender melhor essa situação, é necessário analisar alguns fatores que têm influenciado o preço da arroba do gado gordo em Mato Grosso. Em 2019, por exemplo, houve uma baixa oferta de bezerros e o embargo da China, o que contribuiu para a valorização da carne bovina e do preço da arroba. No entanto, nos últimos tempos, tem sido observado um movimento de queda antecipado no mercado financeiro, o que tem impactado os contratos futuros de compra e venda do gado.
Diante desse cenário, os pecuaristas precisam tomar decisões estratégicas de forma antecipada, evitando expectativas de mercado e buscando alternativas de proteção de preços. Grings ressalta a importância de utilizar ferramentas de gestão e proteção de preços desde o início do processo produtivo, planejando o abate do animal de acordo com as condições de mercado vigentes.
Para isso, é fundamental contar com informações atualizadas e de qualidade sobre o mercado pecuário, além de estar atento aos fatores globais que podem influenciar o preço da arroba do gado. Acompanhar o mercado financeiro e utilizar contratos futuros são estratégias que podem ajudar os pecuaristas a minimizarem os riscos e maximizarem os lucros.
Em resumo, é essencial que os pecuaristas adotem uma postura proativa e profissional, utilizando ferramentas de proteção de preços e estratégias de gestão. A pecuária é uma atividade que envolve diversos fatores e está sujeita a oscilações, por isso é importante estar preparado e tomar decisões antecipadas, evitando prejuízos e maximizando os resultados.
Agora, vamos responder a algumas perguntas frequentes sobre o mercado pecuário e a proteção de preços:
1. Quais são os principais desafios enfrentados pelos pecuaristas no mercado atual?
– Os pecuaristas enfrentam desafios como a oscilação no preço da arroba do gado, as variações na oferta e demanda, além de fatores externos, como embargos e tarifas.
2. Por que é importante utilizar ferramentas de proteção de preços na pecuária?
– As ferramentas de proteção de preços permitem aos pecuaristas evitar perdas por oscilações repentinas no mercado, garantindo uma margem de lucro mais estável e previsível.
3. Como as decisões antecipadas podem beneficiar os pecuaristas?
– Tomar decisões antecipadas permite aos pecuaristas planejar o abate do animal de acordo com as condições de mercado vigentes, evitando prejuízos e maximizando os lucros.
4. Quais são as estratégias de proteção de preços mais utilizadas na pecuária?
– Entre as estratégias mais comuns estão o uso de contratos futuros, contratos a termo, opções de venda e a utilização de seguros agropecuários.
5. Como obter informações atualizadas sobre o mercado pecuário?
– É fundamental estar atualizado por meio de canais especializados, como consultorias e entidades do setor agropecuário, além de acompanhar o mercado financeiro e as cotações da arroba do gado.
Acompanhar de perto as tendências do mercado pecuário, adotar estratégias de gestão e proteção de preços e buscar informações atualizadas são medidas essenciais para enfrentar os desafios e obter sucesso no setor. O pecuarista proativo e profissional está mais preparado para lidar com as oscilações do mercado, garantindo a rentabilidade de seu negócio.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Líder em rebanho bovino, com mais de 34,4 milhões de cabeças, Mato Grosso tem visto o preço da arroba cair, não cobrindo os investimentos feitos pelos pecuaristas. Segundo os especialistas, os criadores de gado precisam de ser mais proactivos, profissionais e utilizar ferramentas de protecção de preços que os ajudem a mitigar as perdas.
Na semana passada, o custo do gado no estado foi estimado em torno de R$ 172, cerca de 30% menor que o verificado em janeiro deste ano e mais de 45% menor que janeiro de 2022.
Rafael Grings, consultor de marketing da Hedge Agro Consultoria, ressalta que a pecuária atravessa um momento, uma fase histórica. “Uma variação tão grande no preço da arroba como a que aconteceu agora nunca ocorreu nos anos anteriores.” O especialista ressalta que a situação não pega despreparado apenas o pecuarista, mas toda a cadeia.
Durante entrevista ao Estúdio Rural neste sábado (16), o especialista destaca que a importância do preço da arroba não é apenas gerar renda, mas tem que ter capacidade de gerar caixa.
“Viemos de um ciclo pecuário muito forte e isso também influencia muito no preço da arroba do gado gordo”, diz, lembrando de 2019 quando viu baixa oferta de bezerros e a arroba chegando em torno de R$ 330, além do embargo da China.
“A carne é uma mercadoria. Você está exposto a vários fatores globais. Se houver algum tipo de embargo, alguma tarifa, então estas são consequências muito imediatas. E um ponto que também tem ocorrido nos últimos tempos é que esse movimento de queda foi antecipado no mercado financeiro. Para quem acompanha o preço da arroba no mercado financeiro, fizemos contratos na B3 a R$ 250 e chegou a R$ 4 190. Estamos falando de R$ 60. Então, muitas vezes o mercado financeiro pode antecipar qualquer movimento futuro que possa ocorrer”.
Tomada de decisão do pecuarista
Na opinião de Rafael Grings, é arriscado para o pecuarista esperar para tomar decisões quando o animal estiver pronto.
“Imagina o pecuarista, que está engordando, segurar aquele animal por dois anos e ele tem que tomar a decisão e ele deixa até o momento que aquele animal estiver pronto e o mercado cair R$ 60. Então o pecuarista tem que começar a ser mais proativo, um pouco mais profissional.”
Segundo o especialista, não só as ferramentas de gestão, mas também as ferramentas de proteção de preços são essenciais.
“Ferramentas de proteção de preços podem ser utilizadas dentro do planejamento para evitar essas situações que estão acontecendo agora. Faça esse processo no início. Vou começar esse animal agora em junho, julho, vou abater em outubro, novembro, então a proteção de preço já está em vigor. Não espere até a última semana para vender este animal, pois muitas vezes você terá que aceitar o que o mercado está entregando.”
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