Os números do IFC Brasil 2022 refletem o setor de aquicultura e pesca, além da grande promessa de incorporar ainda mais o PIB Agrícola, que representou, em 2021, 27,4% do Produto Interno Bruto brasileiro. O evento recebeu 2.300 delegados, um aumento de 45% em relação ao evento anterior, em 2021. Com a opção de participação presencial e/ou online, o site do evento recebeu mais de 8.000 acessos de 22 países. Os participantes puderam conferir mais de 24 horas de conteúdo, gerado por 55 palestrantes de 15 países.

Mais de 150 empresas expositoras e apoiadoras fecharam mais de R$ 100 milhões em negócios, inclusive internacionais. O número representa quase o dobro do registrado na edição anterior. Estima-se que o turismo de negócios proporcionado pelo IFC Brasil deixou mais de R$ 6 milhões em Foz do Iguaçu.

“O IFC quintuplicou de tamanho desde a primeira edição, em 2019”, disse o ex-ministro da Pesca e presidente do IFC Brasil, Altemir Gregolin, na cerimônia de abertura, em 31 de agosto. mesa, como tornar a cadeia competitiva, sustentável e focada no mercado global. Agradecemos ao setor produtivo que acreditou no IFC, às entidades que nele investiram, que sempre entenderam a necessidade de eventos relevantes ao nível do setor”, destacou. Gregolin também agradeceu aos parceiros, expositores, patrocinadores e congressistas.

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O “IFC Brasil”, disse Gregolin, “é um evento denso de conteúdo, com exposição de tecnologia, geração de negócios e exposição de trabalhos científicos, que reúne setor produtivo, academia e governo. Todos esses atores no mesmo lugar, discutindo obstáculos, gargalos e, principalmente, ações de médio e longo prazo para consolidar o desenvolvimento do setor”.

CENA MUNDIAL

Direto de Roma, Itália, o Dr. Audun Lem, Vice-Diretor da Divisão de Políticas e Recursos de Pesca e Aquicultura da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apresentou ao público do IFC Brasil 2022 um panorama global da produção aquícola e consumo.

Informou que a produção mundial de pescado atingiu o recorde de 214 milhões de toneladas em 2020, mesmo com os impactos da pandemia de covid-19. Os volumes de pescado oriundos da captura e da aquicultura são próximos: 90,3 e 87,5 milhões de toneladas, respectivamente. Outras 36 milhões de toneladas são provenientes da produção de algas. Desse total, 157 milhões de toneladas são destinadas ao consumo humano, o que representa 20,2 kg por pessoa. “Este também é um novo recorde”, disse Audun Lem.

De 1961 a 2019, acrescentou o diretor da FAO, o consumo de pescado cresceu em média 3% per capita ao ano, o dobro do aumento da população mundial. Este valor caiu ligeiramente em 2020, devido aos impactos da pandemia. E também, disse Lem, devido ao aumento dos preços de pelo menos 25% em 2021. “Isso, logicamente, reflete a diminuição do consumo de proteínas.”

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Cerca de 3.000 espécies são cultivadas em todo o mundo, 2.981 em capturas e 652 em aquicultura. A aquicultura está crescendo em todos os continentes, com um aumento impressionante de 463% somente na África. “Continua sendo a cadeia produtiva mais rápida do mundo”, ressaltou Lem.

TRANSFORMAÇÃO AZUL

Audum Lem prevê uma transformação azul até 2030 que contribuirá para a segurança alimentar e atenderá às necessidades nutricionais. No curto prazo, a FAO prevê que a produção de animais aquáticos cresça 14% nos próximos oito anos, chegando a 202 milhões de toneladas para consumo humano. A FAO estima um aumento potencial no consumo per capita de alimentos aquáticos.

A visão de transformação azul corresponde à expansão e intensificação sustentável da aquicultura para satisfazer a demanda global por alimentos aquáticos. Tudo isso, argumentou Lem, “com uma gestão eficaz de toda a cadeia pesqueira para entregar produtos saudáveis, com viabilidade social, econômica e ambiental dos sistemas aquáticos”.

DOCUMENTO

Durante a cerimônia de abertura oficial do IFC Brasil 2022, entidades do setor divulgaram um documento com demandas do setor para “estabelecer uma política de Estado consistente para um ambiente de negócios justo, próspero e competitivo”. O documento, produzido pelo Fórum Nacional de Aquicultura e Pesca (FNAP), foi entregue aos candidatos à Presidência da República.

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O presidente da Câmara Setorial de Pesca do MAPA, Eduardo Lobo, apresentou a carta no IFC Brasil. “É a primeira vez que todas as entidades de Norte a Sul, de Leste a Oeste, da aquicultura, captura, pesca artesanal, e pequena aquicultura, têm a oportunidade de, numa só voz, oferecer o que lhe aflige e o que pretende para o setor. “, ele disse.

Além de ser a proteína animal mais consumida e comercializada no mundo, o documento afirma que o pescado é responsável por um comércio que ultrapassa US$ 164 bilhões por ano – 51% do total de todas as proteínas animais comercializadas no mundo. (dados da ONU e FAO). “É inquestionável que o consumo de produtos da aquicultura e da pesca continuará a crescer, não só pelo aumento da população mundial, mas também pela maior consciencialização dos consumidores sobre a importância de hábitos alimentares saudáveis ​​e sustentáveis”, destaca o documento .

Atualmente, o consumo médio de pescado é de 20,5 quilos/habitante/ano. Até 2030 o consumo deve chegar a 21,5 kg/habitante/ano. Esse aumento de apenas 1 kg/habitante/ano representa uma produção anual de 28 milhões de toneladas a mais para atender a essa demanda.

O documento também destaca a relevância social e econômica do setor para o Brasil, com pelo menos cinco milhões de famílias envolvidas na produção, 16 mil trabalhadores diretos e indiretos e R$ 25 bilhões de PIB gerado pela aquicultura e pesca. São 1,7 milhão de toneladas produzidas por ano e US$ 400 milhões em exportações, com crescimento anual de 10%.

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Os números, segundo o documento, refletem discretamente o potencial produtivo das águas no país. O Brasil possui a maior reserva de água doce do mundo (13% do total mundial), mais de 8.500 km² de costa marítima, 10 milhões de hectares de água continental para produção e 4,5 milhões de km² de Zona Econômica Exclusiva.

O documento menciona condições climáticas favoráveis ​​ao desenvolvimento sustentável do setor, com centenas de espécies aquáticas de alto valor comercial, abundância de grãos para alimentação animal, profissionais altamente capacitados e pesquisadores de renome mundial. “O Brasil representa a maior esperança de segurança alimentar para a população mundial, e esse segmento apresenta grandes oportunidades de negócios e capacidade de geração de emprego e renda. Investir e promover a aquicultura e a pesca é estratégico para o Brasil”, conclui o documento.



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