Influenza Aviária: não podemos baixar a guarda

O perigo da Influenza Aviária: fique alerta!

A importância da Biosseguridade na Avicultura brasileira: como garantir a segurança da produção

O ano de 2023 foi histórico para o Brasil avícola. A Influenza Aviária chegou, pela primeira vez, em nosso território. Desde o primeiro registro de uma ave marinha no Espírito Santo, foram mais de 150 ocorrências, com a maior parte absoluta em aves silvestres e apenas três em aves de subsistência, não chegando na produção comercial.

Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!

Os números acima são a leitura de um trabalho bem-sucedido, de excelência. O Brasil segue como único grande produtor a nunca registrar casos de Influenza Aviária na produção industrial. Em quase todas as outras nações produtoras, ocorrências em animais silvestres, inevitavelmente, alcançaram as granjas. No caso do Brasil, contudo, a biosseguridade, que é a palavra de ordem, fez o diferencial e tem sido cumprida à risca por todos os elos do setor produtivo.

Esta sensação de segurança é importante para os negócios e para seguirmos avançando como um dos principais players do comércio internacional. Nos permite planejar nossa estratégia com base em ganhos produtivos, sem o peso das perdas geradas pelas travas ocasionadas pelos focos, como vimos ocorrer com outros grandes exportadores.

Aqui reside um enorme perigo. Estabelecer uma ideia de que a Influenza Aviária nunca alcançará as nossas granjas pode trazer certa “flexibilização” de medidas que, definitivamente, não são bem-vindas. É pensar, por exemplo, que não há problema em uma visita inesperada adentrando o espaço dos galpões. Afinal, se nunca ocorreu, porque aconteceria agora em que estamos quase sem registros da enfermidade do país. Ou talvez, a ideia de que os procedimentos de higienização para acessar o espaço de produção não precisam de tanto rigor.

Patrocinadores

Mais ainda: após viagens para países onde há registros da enfermidade, pensarmos que cumprir período de quarentena é um exagero. É por dentro da “zona de conforto” que chegam os problemas. A equivocada sensação de segurança é um catalizador de erros que não podemos cometer. Por isso, é preciso reforçar constantemente os alertas.

———————————————————————————————-

Desenvolvimento

O Brasil alcançou um marco histórico em 2023 com a chegada da Influenza Aviária pela primeira vez em território nacional. Os registros foram dominados por ocorrências em aves silvestres, com uma minoria afetando aves de subsistência. É importante destacar que, apesar desses registros, a produção industrial brasileira permaneceu livre da doença. Essa conquista é resultado da rigidez na aplicação das medidas de biosseguridade em todos os elos da cadeia produtiva avícola.

Segurança e Estratégia de Mercado

A sensação de segurança proporcionada pela ausência da Influenza Aviária nas granjas brasileiras é essencial para planejar estratégias de mercado com base em ganhos produtivos. Enquanto outros grandes exportadores lidam com perdas decorrentes de focos da doença, o Brasil se destaca pela eficácia de suas práticas de biosseguridade. No entanto, é crucial não cair na armadilha da complacência diante desse cenário favorável.

Patrocinadores

Desafios e Alertas

A falsa ideia de que a Influenza Aviária nunca atingirá as granjas nacionais pode levar a uma flexibilização irresponsável das medidas de biosseguridade. É nesse ponto de conforto equivocado que os problemas surgem, colocando em risco a indústria avícola brasileira. Portanto, é fundamental reforçar constantemente os alertas quanto à importância da manutenção rigorosa dessas práticas preventivas.

Manutenção da Memória e Vigilância

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) tem desempenhado um papel fundamental na manutenção da memória coletiva sobre a importância da biosseguridade na avicultura. Por meio de campanhas, alertas e ações preventivas, a ABPA busca conscientizar toda a cadeia produtiva sobre os riscos da Influenza Aviária e a necessidade de permanecer vigilante mesmo diante do sucesso alcançado. A segurança conquistada deve ser celebrada, mas não às custas da negligência.

————————————————————————————————–

Reforço na Biosseguridade: A Importância de Permanecer Alerta

Celebrar as conquistas é fundamental, mas não podemos nos descuidar dos riscos que um desvio nos protocolos de biosseguridade pode trazer. As palmas para o sucesso devem servir também para nos manter alerta, já que a Influenza Aviária é um dos maiores desafios da indústria avícola global. A sensação de segurança conquistada até o momento não pode nos levar a flexibilizar as medidas de proteção, mas sim nos manter vigilantes para manter as granjas brasileiras livres da doença.

Patrocinadores

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

O impacto da Influenza Aviária no Brasil em 2023

O ano de 2023 foi histórico para o setor avícola no Brasil, com o registro da Influenza Aviária em território nacional pela primeira vez. Apesar disso, graças às medidas de biosseguridade adotadas, a produção industrial não foi afetada, mantendo o país como um dos principais players do comércio internacional.

FAQs sobre a Influenza Aviária

1. O que é a Influenza Aviária?

A Influenza Aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves, podendo gerar impactos significativos na produção avícola.

2. Como a Influenza Aviária chegou ao Brasil em 2023?

A doença foi detectada pela primeira vez em uma ave marinha no Espírito Santo, o que desencadeou mais de 150 ocorrências, a maioria em aves silvestres. No entanto, a produção comercial não foi afetada.

Patrocinadores

3. Qual o papel da biosseguridade na prevenção da Influenza Aviária?

A biosseguridade desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação da doença, garantindo a adoção de medidas rigorosas de controle e higienização em todas as etapas da produção avícola.

4. Quais os riscos de uma “flexibilização” das medidas de biosseguridade?

A flexibilização das medidas de biosseguridade pode abrir espaço para a entrada do vírus nas granjas avícolas, representando um risco significativo para a produção e a exportação de aves.

5. Como a indústria avícola brasileira tem se preparado para lidar com a Influenza Aviária?

A indústria avícola brasileira tem mantido uma rotina de alertas e campanhas de conscientização, reforçando a importância da biosseguridade e da manutenção de protocolos rigorosos para prevenir a disseminação da doença.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Patrocinadores

O ano de 2023 foi histórico para o Brasil avícola. A Influenza Aviária chegou, pela primeira vez, em nosso território

Desde o primeiro registro de uma ave marinha no Espírito Santo, foram mais de 150 ocorrências, com a maior parte absoluta em aves silvestres e apenas três em aves de subsistência, não chegando na produção comercial.  

Os números acima são a leitura de um trabalho bem-sucedido, de excelência. O Brasil segue como único grande produtor a nunca registrar casos de Influenza Aviária na produção industrial.  Em quase todas as outras nações produtoras, ocorrências em animais silvestres, inevitavelmente, alcançaram as granjas.  No caso do Brasil, contudo, a biosseguridade, que é a palavra de ordem, fez o diferencial e tem sido cumprida à risca por todos os elos do setor produtivo.

Esta sensação de segurança é importante para os negócios e para seguirmos avançando como um dos principais players do comércio internacional.  Nos permite planejar nossa estratégia com base em ganhos produtivos, sem o peso das perdas geradas pelas travas ocasionadas pelos focos, como vimos ocorrer com outros grandes exportadores. 

Patrocinadores

Aqui reside um enorme perigo.  Estabelecer uma ideia de que a Influenza Aviária nunca alcançará as nossas granjas pode trazer certa “flexibilização” de medidas que, definitivamente, não são bem-vindas.  

É pensar, por exemplo, que não há problema em uma visita inesperada adetrando o espaço dos galpões.  Afinal, se nunca ocorreu, porque aconteceria agora em que estamos quase sem registros da enfermidade do país. Ou talvez, a ideia de que os procedimentos de higienização para acessar o espaço de produção não precisam de tanto rigor.  Mais ainda: após viagens para países onde há registros da enfermidade, pensarmos que cumprir período de quarentena é um exagero. 

É por dentro da “zona de conforto” que chegam os problemas. A equivocada sensação de segurança é um catalizador de erros que não podemos cometer.  Por isso, é preciso reforçar constantemente os alertas.  

Pela ABPA, temos mantido uma rotina sobre essa memória que não pode se perder.  Antes da IPPE (maior feira do setor avícola no mundo) e da Gulfood (maior feira de alimentos do Oriente Médio), disparamos alertas para a cadeia produtiva quanto à necessidade de manutenção dos cuidados ao retornar para o Brasil. 

Patrocinadores

Também iniciamos novas campanhas focadas não apenas na propriedade, como também nas áreas litorâneas.  Seguimos sustentando a temática na imprensa, para que as pessoas lembrem: o vírus desperta em nosso cochilo.  

É preciso celebrar as nossas conquistas com os mais elevados níveis de biosseguridade aplicados dentro do Brasil.  Mas não podemos nos descuidar quanto aos riscos que um desvio nos protocolos de biosseguridade possa nos causar.  Afinal, que as palmas que batemos para o nosso sucesso sejam, também, para nos manter alerta perante este que é o maior desafio da indústria avícola global.

Ricardo SantinRicardo Santin
Foto: ABPA

Por Ricardo Santin, Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) desde agosto de 2020. Antes, vice-presidente da ABPA, desde abril de 2008. Vice-presidente do International Poultry Council – IPC trabalhando com outros países produtores de aves e organizações internacionais como FAO, CODEX e OIE. Presidente do IEPIM – Instituto de Estudos Políticos Ildo Meneghetti e palestrante em diversos eventos internacionais como World Poultry em Londres e Bangkok, Wings of Change em Paris, USAPEEC Meeting nos EUA, entre outros.

O Ligados & Integrados está na tela do Canal Rural de segunda a quinta-feira às 11h45 e sexta-feira às 11h30.

Gostou desse tema ou quer ver outro assunto relacionado à avicultura e suinocultura? Envie sua sugestão para [email protected] ou para o número de WhatsApp (11) 9 7571 3819.

Verifique a Fonte Aqui

Patrocinadores