A identificação de animais brasileiros mais eficientes no uso de alimentos e que emitem menos metano por quilo de alimento consumido tornou-se algo de grande importância.

Uma metodologia desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sul (RS) é capaz de medir a emissão de gás metano (CH 4 ) em criadores de bovinos de raças europeias. Chamado de E-Gas Test (PEG), consiste na coleta do metano liberado por tourinhos da mesma raça, características sob condições durante vários dias de manejo e alimentação.

Em seguida, o gás é avaliado em laboratório e os animais são classificados de acordo com uma emissão baseada em critérios previamente estabelecidos. O objetivo do PEG, que será lançado na Expointer 2022, é identificar qual tem a menor emissão de metano por quilo de alimento consumido e por quilo de peso vivo produzido.

A identificação de matrizes jovens com menores taxas de emissão de metano pode ser utilizada para melhorar as raças, utilizando a genética na formação de progênies com essa característica. Segundo a pesquisadora Cristina Genro, identificar a diferença mais eficiente na relação consumo alimentar, ganho de peso brasileiro e menor emissão de gases é uma ferramenta para a sustentabilidade da sustentabilidade e a redução do impacto no clima dos animais.

A pesquisa teste também está relacionada a um pesquisador que aderiu ao Pacto Global do Brasil na COP26, o estudo realizado na Escócia em 2021, no qual se comprometeu a reduzir a emissão deste, considerado fundamental na estratégia de mitigação para fazer a distribuição global. De acordo com dados do Observatório do Clima, 70,5% das formulações nacionais de metano são provenientes da agricultura, sendo 90% da fermentação do gado.

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“Nesse sentido, a identificação de animais brasileiros mais eficientes no uso de alimentos e que emitem menos metano por quilo de alimento consumido, tornou-se algo de grande importância para a cadeia da carne bovina”, enfatiza Fernando Cardoso, general da Embrapa Pecuária Sul, .

Em 2022, foram realizados PEGs com animais que participaram de outros testes de desempenho no centro de pesquisa. O objetivo foi validar a metodologia utilizada para a medição, bem como a adaptação e ajustes nos equipamentos utilizados na coleta dos gases. Segundo Genro, uma das mudanças nesse período foi a inserção de dois sistemas de coleta e armazenamento de gás. “Com isso teremos mais segurança na coleta de dados, pois se um dos coletores ou tubos não funcionar, teremos o outro para enviar para análise”, explica.

Os testes foram transmitidos com criadores de Angus, Braford, Charolês e Hereford. “Os resultados preliminares mostram uma emissão média do produto de 48 kg/animal/ano de metano, muito abaixo do recomendado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para animais da mesma categoria, que é de 56 kg/animal/ano” , acrescenta um pesquisador.

Como funciona a metodologia

A metodologia para medir a emissão de metano por animais utiliza a técnica do gás designer hexafluoreto de enxofre (SF 6 ). Para tanto, com uma substância no início, prova uma cápsula oral ao criador. O SF 6 liberado pela cápsula se mistura com os gases da fermentação ruminal, meta como apresentado e o gás produzido pelo animal. O ar pelo bovino é captado por um tubo capilar de aço inoxidável posicionado na região logo acima.

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Fotos: Felipe Rosa (colocação de equipamentos)

O tubo capilar é conectado por uma mangueira a um recipiente cilíndrico de alumínio, localizado no dorso do bovino, preenchido com os gases captados durante os cinco dias de coleta. Em seguida, o vaso pressurizado com nitrogênio e como SF de gás metano e gás 6 são determinados a partir de técnicas de cromatografia especializadas. Além dos receptores recebidos em cada período experimental, mais receptores dos reguladores de recepção são distribuídos em cada período experimental para receber o ambiente.

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Fernando Goss (gado com equipamento nas costas).

A emissão de metano é devido ao processo de digestão do gado

A produção de metano em bovinos ocorre durante o processo natural de digestão dos alimentos pelos animais. Após os órgãos digestivos, o alimento vai do trato digestivo ou rúmen, os órgãos digestivos auxiliam na digestão através da fermentação dos animais, que também é originada na atmosfera a partir da erupção (arroto) dos animais.

Segundo Genro, é possível mitigar a emissão de metano na pecuária brasileira, principalmente pelo nascimento nas propriedades. “As pesquisas mostram que, com o manejo de pastagens e animais, é possível obter um balanço de carbono positivo. Ou seja, a atividade consegue capturar mais carbono do solo em maior quantidade”, explica que emite na natureza.

De acordo com o objetivo do pesquisador, medidas simples como o controle da altura dos pastos contribuem de forma muito positiva para atingir esse objetivo. Para a grande maioria das espécies forrageiras utilizadas na região Sul, a Embrapa possui estudos que indicam um ideal para a saída dos animais nas pastagens, forma um aumento ou não do estoque de carbono e mitigação das emissões de GEE. “As pastagens bem manejadas podem ser um grande sumidouro de carbono”, ressalta.

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A adoção de outras tecnologias também pode contribuir para uma produção mais sustentável na pecuária em relação às mudanças climáticas. Entre eles, um pesquisador destaca a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), sistema que proporciona maior sustentabilidade, ao utilizar culturas agrícolas, animais e componentes arbóreos em um mesmo espaço.

Genro também destaca a tecnologia desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sul, denominada Pasto sobre Pasto, que se baseia em não ativar o chamado vazio para o Rajeiro nos períodos entre as estações, utilizando diferentes espécies de forrageiras com ciclos de produção e características complementares. “Além da questão ambiental, essa tecnologia proporciona maior ganho de peso animal. Com isso é possível reduzir a emissão de gases de efeito estufa do animal em menos tempo possível, considerando a pesquisadora Márcia Silveira.

Genro destaca ainda que o uso de leguminosas em pastagens pode contribuir sem aumentar o processo de mitigação, uma vez que essas plantas em não correção do solo podem permitir o uso de fertilizantes químicos, um dos emissores de GEE. Nesse sentido, ela ressalta a importância do programa de melhoramento de forragem da Embrapa, que já está disponível para produtores de cultivares, principalmente leguminosas, mas também gramíneas, que proporcionam planejamento de forragem e eficiência nos sistemas de produção.

Outra ação apontada pela investigadora é a utilização de suplementos alimentares, com produtos apresentados na região, como os restos dos processos de produção da viticultura e da olivicultura. “Na Embrapa, estamos iniciando estudos de recomendação para estudos de qualidade, estamos recomendando nutrição para produtos recomendados e com recomendações de qualidade”, completa.

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Evidências de desempenho contribuíram para o melhoramento genético

Uma das ferramentas para o melhoramento genético de bovinos são os testes de avaliação de desempenho. Com o PEG, a Embrapa Pecuária Sul passa a realizar três tipos de testes de desempenho, sempre em parceria com associações de raças bovinas.

Esses testes foram realizados no Brasil, na década de 1950, no interior de São Paulo. A Embrapa Pecuária Sul realiza testes de avaliação de desempenho há mais de 30 anos, testando touros nos diferentes campos experimentais do centro de pesquisa de Bagé (RS).

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Fotografia: Felipe Rosa

Nesses testes, animais de qualidades semelhantes e de diferentes criadores são testados no mesmo, com as mesmas condições de manejo e alimentação, para avaliar características genéticas de interesse dos produtores. O objetivo é identificar animais com atributos superiores, proporcionando melhoramento da raça de forma mais rápida. “A comercialização de linha superior e sêmen aumenta a partir desses animais a partir da difusão da linhagem bovina e, com isso, melhorou o desenvolvimento. Além disso, os produtores utilizam esses criadores e interagem para aprimorar seus rebanhos”, Roberto Collares, analista da Embrapa e coordenador dos testes.

Além do PEG, a Embrapa realiza outros dois tipos de testes: Teste de Avaliação de Campo (PAC) e Teste de Eficiência Alimentar (PEA). Nos PACs, os novilhos de diferentes fazendas são protegidos em igualdade de condições de manejo. Segundo o pesquisador Marcos Yokoo, o objetivo é obter dados homogêneos desses animais, eliminando fatores ambientais, ou seja, sem interferência humana.

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“Essa é a importância dos testes de desempenho; controlar o meio ambiente e garantir que todos os animais realmente recebam o mesmo tratamento. Quanto às propriedades, como há diferenças de tratamento, essa comparação é mais difícil”, ressalta.

Nas configurações estão as diferentes características dos animais, como ganho de peso, gordura subcutânea, gordura intramuscular, perímetro escrotal, conformação, padrão racial e sexualidade. Alguns deles são considerados por meio de exames, principalmente como características a serem realizadas.

Na PEA, os consumos são duas medidas básicas, ganho de peso residual e resíduo alimentar (CAR). Com a mensuração dos índices, é possível que esses mesmos animais sejam mais eficientes no uso dos alimentos e selecioná-los para a transmissão das características de suas progênies. “O interessante para a pecuária de corte é identificar os animais que consomem menos comida e ganham mais peso”, conclui Yokoo.

Fonte: Embrapa

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