Zoneamento Agrícola de Riscos Climático (ZARC) atualizado para cereais de inverno
Importância do ZARC para o cultivo de cereais de inverno
A atividade agrícola é complexa e cercada de riscos. Nesse sentido, o Zoneamento Agrícola de Riscos Climático (ZARC) desempenha um papel fundamental na gestão de riscos em culturas como trigo, triticale, cevada e aveia. As atualizações nas indicações do cultivo desses cereais permitiram um aprimoramento na gestão de riscos, oferecendo orientações em escala municipal de acordo com o ciclo de cada cultivar.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Oportunidades de cultivo no Brasil
O cultivo dos cereais de inverno no Brasil é abrangente, podendo ser realizado em 10 estados brasileiros, tanto em sistema de sequeiro como irrigado. Desde o extremo sul até o centro e parte do nordeste do País, as condições climáticas permitem o cultivo de trigo, triticale, cevada e aveia, oferecendo oportunidades para os produtores em diferentes regiões do país.
Principais riscos climáticos e aperfeiçoamentos no sistema
A atualização dos ZARCs para cereais de inverno no Brasil contemplou os principais riscos climáticos, como excesso de chuva, geada e seca, oferecendo orientações específicas para cada cenário. Além disso, o ZARC sofreu aperfeiçoamentos, incluindo a mudança no método de classificação dos solos em função da água disponível, oferecendo melhor discriminação dos limites de risco em escala municipal.
Inovações para a gestão de riscos na agricultura
Seguindo o mesmo protocolo estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, o ZARC tem sido uma ferramenta importante na gestão de riscos e indução do uso de tecnologia na agricultura brasileira. Com constantes aperfeiçoamentos, como a indicação de períodos favoráveis de semeadura em diferentes níveis de risco e a inclusão de novos níveis de disponibilidade de água nos solos, o ZARC continua a evoluir para atender às necessidades da agricultura nacional.
Conclusão
O ZARC, ao oferecer diretrizes específicas para o cultivo de cereais de inverno e passar por aperfeiçoamentos constantes, está desempenhando um papel crucial na gestão de riscos climáticos na agricultura brasileira. Essa ferramenta tem sido essencial para a tomada de decisões seguras e a indução do uso de tecnologia, promovendo um ambiente mais favorável para a atividade agrícola no país.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
No Brasil, o cultivo dos cereais de inverno pode ser realizado desde o extremo sul, na região de clima temperado, até o centro e parte do nordeste do País, na zona de clima tropical. De forma geral, 10 estados brasileiros possuem indicação para cultivo de cereais de inverno, tanto em sistema de sequeiro como irrigado: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Bahia, além do Distrito Federal.
A atualização dos ZARCs para cereais de inverno no Brasil, contemplando trigo, triticale, cevada e aveia, sistemas sequeiro e irrigado, e, no caso do trigo, também de duplo proposito (produção e forragem + grão), contemplou os principais riscos climáticos para esses cultivos: excesso de chuva no período de colheita, geada no espigamento e seca na semeadura e/ou enchimento de grãos. O ZARC traz orientações em escala municipal, de acordo com o ciclo de cada cultivar e da disponibilidade de água (AD) de cada solo.
O Zoneamento Agrícola de Riscos Climático (ZARC) entrou em operação na safra de inverno de 1996 com a cultura do trigo. Desde então, tem sido uma importante ferramenta de gestão de riscos e indução de uso de tecnologia na agricultura brasileira.
“A atividade agrícola, cada vez mais, tem sido vista como ‘uma ilha cercada de riscos por todos os lados’, onde, além dos riscos inerentes ao mercado, sobressaem-se os relacionados com o clima. Nesse sentido, a chamada gestão integrada de riscos tem merecidos especial atenção, seja dos gestores públicos, responsáveis pelas políticas de crédito e securidade rural, ou por executivos empresariais, que tem a missão de cuidar de investimentos cada vez mais vultosos na agricultura brasileira”, argumenta Gilberto Cunha.
O ZARC conta com constantes aperfeiçoamentos no sistema, cuja alteração mais recente envolveu a mudança, estabelecida pela Instrução Normativa nº 2, de 5 de agosto de 2022, que definiu o novo método de classificação dos solos em função da água disponível (AD), ficando normatizadas, a partir da composição granulométrica de cada solo (frações argila, silte e areia), seis classes de água disponível (6ADs).
Conforme a nova metodologia, agora é possível melhor discriminação dos limites de risco – 20%, 30% e 40% – em escala municipal. “A mudança atendeu os anseios dos segmentos ligados à produção, que não se sentiam adequadamente contemplados nos três tipos de solos que vinham sendo até então considerados, e dos profissionais da área de seguro agrícola, que reivindicavam, na esfera privada, melhor discriminação espacial dos riscos climáticos que afetam a agricultura brasileira”, explica o pesquisador.
O padrão ZARC, com resultados em escala municipal, para três grupos de cultivares, com a indicação de períodos favoráveis de semeadura em três níveis de risco (20%, 30% e 40%) e, agora, para seis níveis de disponibilidade de água nos solos, segue o mesmo protocolo estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
(Por Embrapa)
FAQ sobre Zoneamento Agrícola de Riscos Climático (ZARC) para Cereais de Inverno
1. O que é ZARC?
ZARC é o Zoneamento Agrícola de Riscos Climático, uma ferramenta que indica os riscos climáticos para determinadas culturas, permitindo uma melhor gestão de riscos na agricultura.
2. Quais culturas foram contempladas na atualização do ZARC?
A atualização do ZARC contemplou trigo, triticale, cevada e aveia, tanto em sistema de sequeiro como irrigado, e no caso do trigo, também de duplo proposito.
3. Quais os riscos climáticos considerados na atualização do ZARC para cereais de inverno?
Os principais riscos considerados foram o excesso de chuva no período de colheita, geada no espigamento e seca na semeadura e/ou enchimento de grãos.
4. Em quais estados brasileiros há indicação para cultivo de cereais de inverno?
De forma geral, 10 estados brasileiros possuem indicação para cultivo de cereais de inverno, tanto em sistema de sequeiro como irrigado, incluindo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Bahia, além do Distrito Federal.
5. Qual foi a alteração mais recente no ZARC?
A alteração mais recente envolveu a mudança no método de classificação dos solos em função da água disponível, resultando em melhor discriminação dos limites de risco em escala municipal.