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MS é líder na área de sistemas integrados de produção na agricultura

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Um estudo realizado em 2020 e divulgado pela Associação Rede ILPF constatou que Mato Grosso do Sul é o estado com maior área para sistemas integrados na produção agropecuária. São mais de 3,1 milhões de hectares com Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) em diferentes configurações, mesclando dois ou três componentes da cultura no sistema produtivo.

Ainda segundo as informações, Mato Grosso é o segundo maior em área, com 2,281 milhões de hectares, seguido pelo Rio Grande do Sul com 2,216 milhões. A pesquisa estima que mais de 17,43 milhões de hectares são utilizados com sistema integrado de produção na agricultura brasileira.

ImagemIlustração: Associação de Rede ILPF

Segundo o gerente técnico do Sistema Famasul, José Pádua, a utilização desses sistemas representa o compromisso dos produtores rurais com a sustentabilidade. “A integração lavoura-pecuária-floresta é uma combinação de diferentes culturas que traz benefícios à agricultura e aos proprietários rurais, além de diversificar as fontes de renda, também segue as diretrizes ESG que fortalecem a sustentabilidade do negócio”, destaca.

Os benefícios da integração incluem melhorias ambientais, sociais e econômicas, como a conservação do solo; aumento da biodiversidade; mitigação de Gases de Efeito Estufa (GEE); bem estar animal; geração de empregos diretos e indiretos; diversificação de renda para pequenos, médios e grandes produtores; incentivo à qualificação profissional e ao estudo; maior eficiência no uso dos recursos naturais; produtividade aumentada; adicionando valor; redução de custos com insumos; entre outros.

Sistemas Integrados de Produção

Em 2021, Mato Grosso do Sul foi o terceiro estado com maior percentual de participação em sistemas de integração, em área de uso agrícola com 16,25%, atrás apenas do Rio Grande do Sul com 31,17% e Santa Catarina com 28,87%.

A integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é um sistema de produção que converge uma mesma área para a produção de duas ou mais culturas, como grãos com pecuária e até florestas plantadas.

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Nesse método, existe o Sistema Agrossilvipastoril, que engloba a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, o Sistema Agropastoril também conhecido como Integração Lavoura-Pecuária, o Sistema Silvia-Agropecuário, que é a Integração Lavoura-Floresta, e o Sistema Silvipastoril, fazendo a Integração Pecuária-Floresta.

Os Sistemas Agroflorestais e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta são ações que fazem parte de um dos programas do Plano ABC (Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixo Carbono na Agricultura), para atender a acordo alcançado em 2009 na Conferência das Partes de Copenhague (COP).

O Plano tem abrangência nacional e teve vigência inicial entre 2010 e 2020. Uma das metas era aumentar em 4 milhões de hectares as áreas com sistemas integrados de produção. Segundo dados da Rede ILPF, nos primeiros cinco anos, o aumento de 5,96 milhões de hectares foi responsável pelo sequestro de 21,8 milhões de toneladas de CO₂, superando a meta estipulada em menos da metade do prazo.

Com a expansão da tecnologia dos sistemas integrados de produção, estima-se que o Brasil teve um aumento de aproximadamente 52% das áreas com ILPF entre a safra 2015/2016 até 2020/2021.

Para intensificar ainda mais as ações de preservação e sustentabilidade, o Governo Federal lançou em 2021 o Plano Estratégico ABC+, com visão estratégica para um novo ciclo (2020-2030).

Entre as bases conceituais para lidar com os impactos adversos das mudanças climáticas estão: AIP (Integrated Landscape Approach); a combinação de estratégias de adaptação e mitigação; e incentivo à adoção e manutenção de sistemas, práticas, produtos e processos de produção sustentáveis.

O que Mato Grosso do Sul tem feito?

No compromisso com a preservação ambiental, em 2014, por meio da Lei Estadual nº 4.555, foram criados o PEMC (Política Estadual de Mudanças Climáticas) e o PROCLIMA (Plano Estadual Carbono Neutro do MS), este último, por sua vez, com o objetivo de estabelecer um conjunto de ações e medidas de responsabilidade do governo para mitigar as emissões de gases de efeito estufa, coordenadas pela Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), implementadas em parcerias com entidades do setor produtivo e outros segmentos para adotar boas práticas de produção e práticas de sustentabilidade.

O Projeto Estadual Carbono Neutro pretende servir como princípio governamental, orientar ações de políticas públicas para gerar bases metodológicas econômicas, com a colaboração do setor agrícola e industrial de baixo carbono de Mato Grosso do Sul, desenvolvendo e adaptando tecnologias para a redução e mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

“Ao atingir esse status, Mato Grosso do Sul contribuirá muito e, na mesma proporção, será um exemplo para o país, para ajudar a alcançar as metas estabelecidas na Conferência Mundial do Clima. Não é possível pensar mais em política de desenvolvimento sem a adoção de práticas produtivas sustentáveis. Esse é o modelo de gestão ambiental e promoção da industrialização que o atual governo do MS busca implantar, ratificando o conceito de destinos turísticos, tradição na produção agropecuária, ambiente favorável e infraestrutura ideal para a implantação de novos negócios no Brasil”, afirmou. explica. a consultora técnica do Sistema Famasul, Daniele Coelho.

(Débora Damasceno/Sou Agro com senar)

(Foto: Sena)



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