Visita a Famato em Cuiabá: objetivos e contexto
A visita a Famato em Cuiabá tem o objetivo de entender a conjuntura da pecuária de corte em Mato Grosso. Queremos ouvir como produtores, indústria e governo trabalham juntos para melhorar produção, sustentabilidade e logística da carne. A agenda costuma incluir apresentações sobre manejo do pasto, ganhos de peso do rebanho, saúde animal e estratégias de exportação. Também vamos discutir políticas públicas que afetam o dia a dia do produtor rural e a competitividade do estado. Com foco na rastreabilidade e na eficiência, vamos identificar práticas que ajudam a reduzir custos e elevar a produtividade.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!O que vamos observar com atenção inclui:
- Pastagem e manejo: como o uso de áreas degradadas é evitado e como a rotação de pastejo aumenta a disponibilidade de alimento ao longo do ano.
- Rastreamento e dados: monitoramento de peso, saúde e origem dos animais para facilitar negociações e certificações.
- Conexões com grãos: como a integração com soja e milho sustenta a alimentação e reduz custos de ração.
Para o produtor, essa visita pode trazer insights práticos, como adotar rotação de pastagens, planejar suplementação conforme o ganho de peso e aproveitar novas formas de venda e exportação. O diálogo com a Famato também ajuda a entender quais políticas públicas podem facilitar o investimento em tecnologia e infraestrutura rural.
No conjunto, a visita pretende abrir caminhos para a melhoria contínua da produção e da renda no campo. Se você quer entender como as decisões de Cuiabá afetam o dia a dia da sua propriedade, acompanhe os próximos desdobramentos.
O que a delegação busca: produção, preços, exportação e logística
O que a delegação busca é simples e direto: entender produção, preços, exportação e logística para a pecuária de corte, para orientar decisões e investimentos locais.
Produção e eficiência
Eles querem ver como o manejo do pasto, a alimentação e a saúde do rebanho impactam o ganho de peso. Registros simples ajudam a mostrar ganhos reais. Anote peso de entrada, peso final e tempo de engorda de cada lote. Use rotação de pastagens para manter alimento disponível o ano inteiro e reduza perdas por doenças com vacinação e manejo sanitário básico.
Preços e rentabilidade
Os visitantes precisam entender como os preços se formam e como firmar acordos que protejam o negócio. Compare custo de produção com o preço de venda e o lucro por cabeça. Considere contratos futuros, pré-contratos e precificação por peso. Acompanhe cotações regionais e tendências de demanda para planejar abates e reposição de estoque.
Exportação e requisitos
Exportar exige rastreabilidade e certificações. Eles vão checar controle de origem, documentação de embarque e certificados veterinários. Informe-se sobre mercados, prazos e exigências de inspeção, bem como custos adicionais. Esteja pronto para atender padrões de sanidade, etiquetagem e rotulagem quando necessário.
Logística e conectividade
A logística é o elo entre a fazenda e o comprador. Veja rotas de escoamento, disponibilidade de caminhões, condições das estradas e infraestrutura portuária. A delegação quer saber se a infraestrutura local sustenta volumes atuais ou futuros. Planeje estoques de segurança na fazenda para evitar perdas por atraso e manter a cadeia de frio quando for o caso.
Esteja preparado para responder perguntas sobre dia a dia da propriedade, custos, riscos e oportunidades de melhoria, pois isso facilita diálogos construtivos e futuras parcerias.
Interbev e Famato: atores-chave da visita
A parceria entre Interbev e Famato é essencial para produtores que vivem da pecuária na região. Elas conectam indústria, produtores e governo, alinhando produção, comércio e padrões de qualidade. Nesta seção, vamos entender quem são cada um e por que esse relacionamento importa pra sua fazenda.
Quem é a Interbev?
A Interbev é a instituição que representa o setor de carne, reunindo empresas processadoras, exportadoras e atacadistas. Ela orienta temas como qualidade, rastreabilidade e políticas públicas que afetam o mercado externo. Na prática, ela facilita o entendimento de exigências de clientes internacionais e de como manter a carne competitiva.
Quem é a Famato?
A Famato é a federação que representa produtores, cooperativas e empresas do agronegócio em Mato Grosso. Ela defende interesses dos produtores, oferece serviços de pesquisa, treinamento e assistência técnica, e atua na interface com governos estaduais. Sua missão é melhorar a gestão rural, a produtividade e a lucratividade das propriedades.
Por que isso importa para o produtor?
- Acesso a mercados: entender as regras de exportação ajuda a planejar abates, prazos e contratos.
- Padrões de qualidade: rastreabilidade e certificações reduzem riscos e elevam o valor da carne.
- Inovação e tecnologia: Famato e Interbev ajudam a disseminar novas práticas, genética, nutrição e manejo.
- Diálogo com políticas públicas: você fica informado sobre recursos, incentivos e regulações que afetam a sua rotina.
Como se preparar para esse encontro
- Leve dados da propriedade: peso de entrada e saída, tempo de engorda, custos de alimentação e sanidade.
- Liste perguntas sobre exportação, requisitos de inspeção e custos logísticos.
- Compartilhe desafios locais, como carência de caminhões ou necessidade de infraestrutura.
Essa interação não é apenas teoria. Ela pode indicar caminhos práticos para reduzir custos, abrir novos mercados e fortalecer parcerias duradouras com grandes compradores e autoridades locais.
Impacto da pecuária de corte em MT: escala e exportação
A pecuária de corte em MT é uma das maiores do Brasil, movendo milhões de cabeças anualmente.
Essa escala sustenta empregos, renda rural e diversos setores da região. A cadeia começa no pasto, passa pelo manejo do rebanho, pelo abate e pela exportação. Os destinos de venda acompanham a demanda mundial e influenciam os preços locais.
Escala e produção
Em MT, a produção combina grandes áreas de pastureio com sistemas de confinamento. O manejo eficiente do pasto, com rotação de lotes, reduz perdas e aumenta o ganho de peso. Em áreas bem geridas, é comum ver ganhos diários de 0,4 a 0,8 kg por cabeça, dependendo da alimentação e da saúde.
O produtor precisa planejar o ciclo: disponibilidade de alimento na seca, suplementação em períodos críticos e reposição de animais para manter o rebanho estável.
Contribuição para a economia local
- Geração de empregos diretos e indiretos em fazendas, transportes e abatedouros.
- Renda para pecuaristas, fornecedores e serviços rurais.
- Aumento de impostos, com incentivos a infraestrutura e tecnologia.
Exportação: destinos e requisitos
MT participa ativamente das exportações de carne. Mercados incluem Ásia, Oriente Médio e partes da América. Exportar exige rastreabilidade, certificados sanitários e documentação de embarque. A qualidade constante e o volume confiável fortalecem contratos e preço.
Logística e infraestrutura
A logística conecta fazenda, frigorífico e porto. Caminhões, ferrovias e portos precisam de planejamento para reduzir perdas de peso e tempo. Investimentos em armazenagem, controle de temperatura e gestão de lotes ajudam a competir no exterior.
Desafios e oportunidades
Os principais desafios são variações de preço, custo de combustível e mão de obra qualificada. Existem oportunidades para quem investe em bem-estar animal, rastreabilidade e eficiência de manejo. Parcerias entre indústria, governo e produtores podem abrir mercados estáveis e viabilizar novas tecnologias.
Conexão com soja e milho na cadeia de proteínas
A conexão entre soja e milho na cadeia de proteínas é o motor da nutrição do seu rebanho. A soja entrega proteína de alta qualidade, enquanto o milho fornece energia rápida. Combinados, eles formam rações balanceadas que maximizam ganho de peso, conversão alimentar e produtividade.
Por que a soja é tão importante
A soja tem proteína de digestibilidade elevada e aminoácidos úteis para o crescimento. O farelo de soja é o principal ingrediente proteico do concentrado, mantendo o custo por cabeça sob controle quando comparado a outras fontes.
O milho como fonte de energia
O milho fornece energia pronta para uso pelo rumen. Em dietas, ele sustenta o ganho de peso diário e a eficiência da conversão. A soma de soja mais milho cria uma dieta estável mesmo quando as pastagens ficam curtas.
Como planejar a mistura
Monte a ração conforme o objetivo, seja engorda, lactação ou cobertura de carcaça. Uma regra simples é aproximar a proteína da dieta total a 13 a 14% e ajustar a energia com milho. Consulte um nutricionista para ajustes finos.
Gestão de custos e riscos
Preço de soja e milho muda com o tempo. Faça compras programadas, use contratos e tenha estoque mínimo para evitar surpresas. Considere substitutos como farelos alternativos, mantendo a qualidade nutricional.
Boas práticas na fazenda
- Verifique a qualidade dos insumos na chegada e registre lotes.
- Moagem adequada do milho facilita digestão e mistura.
- Armazene a soja com boa ventilação para evitar fungos.
- Monte dietas simples e monitore peso e carcaça.
- Documente resultados para ajustar a ração no futuro.
Próximos passos: visitas a outros estados e fazendas
Para avançar, visitas a outros estados e fazendas tornam prática o que a gente aprende. Você vai ver na prática como produtores enfrentam desafios reais.
Objetivos das visitas
Defina objetivos claros antes de sair. Foque em produção, manejo, custo e venda. Essa clareza orienta o que observar e como registrar os resultados.
Como planejar cada viagem
- Defina o trajeto e os produtores a visitar.
- Alinhe objetivos com quem você vai encontrar.
- Leve um checklist com observáveis práticos.
- Registre dados simples durante as visitas, como pesos, alimentação e custos.
- Faça fotos, anotações e planilhas para comparar depois.
- Volte com um plano de implementação, com prazos realistas.
O que observar em cada propriedade
- Pastagem e manejo: observe rotação, qualidade do pasto e adubação.
- Sanidade: cheque vacinação, vermífagos e sinais de estresse.
- Nutrição: note fontes de energia e proteína usadas na ração.
- Água e bem-estar: verifique pontos de água, qualidade e acesso aos bebedouros.
- Logística: observe estradas, disponibilidade de caminhões e tempo de entrega.
- Dados: peça para ver registros de pesagem, consumo e custos.
Transformando aprendizados em ações
- Escolha 2 ou 3 ações de alto impacto para implementar primeiro.
- Defina quem fará cada tarefa e prazos realistas.
- Estabeleça metas de 30, 60 e 90 dias.
- Monitore resultados e ajuste o plano conforme necessário.
- Registre tudo para a equipe e para futuras visitas.
Com esse método, cada viagem gera ganhos reais para a sua fazenda.
Implicações para o diagnóstico do setor brasileiro
O diagnóstico do setor brasileiro de pecuária de corte aponta gargalos que freiam o crescimento. Ele reúne informações sobre produção, custos, sanidade, logística e exportação para guiar decisões práticas.
Metodologia de diagnóstico
Coletamos dados de fazendas, cadeias de suprimento e registros oficiais. Combinamos números de peso, custo de ração, consumo de combustível, produtividade e índices sanitários. Quando possível, usamos dados simples que você mesmo pode acompanhar, sem complicação.
NDVI e avaliação de pastagens são úteis, porém não são obrigatórios. O foco é trazer informações acionáveis para o dia a dia da sua fazenda.
Indicadores-chave
- Produtividade média por cabeça e por dia de engorda.
- Custo de alimentação por kg de ganho.
- Conversão alimentar (kg de alimento por kg de peso ganho).
- Rastreabilidade e certificações, que valorizam a carne no mercado.
- Rentabilidade por propriedade, ajustando margem e risco.
Desafios regionais
Regiões distintas enfrentam infraestruturas, água, clima e acesso a crédito de formas diferentes. Norte e Nordeste costumam ter desafios de água e logística; Centro-Oeste e Sul, maior escala e integração com cadeia de frio.
Implicações para políticas públicas
O diagnóstico aponta onde investir. Infraestrutura de portos, estradas, armazéns e crédito rural facilitam produção estável. Pesquisas em alimentação, genética e sanidade também ganham prioridade para reduzir custos e riscos.
Como usar o diagnóstico na prática
- Defina metas claras e prazos para cada ação.
- Priorize mudanças de impacto com custo baixo ou moderado.
- Acompanhe os indicadores periodicamente e ajuste o plano.
- Compartilhe resultados com a equipe para manter o engajamento.
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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.
