O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, encerrou nesta quarta-feira, 29, a missão oficial na China. No “Seminário Econômico Brasil-China”, com autoridades e empresários dos dois países, ele comemorou os resultados da visita, em especial a retomada das importações de carne bovina brasileira pelo país anfitrião.
Os embarques estavam suspensos desde fevereiro por causa de um caso atípico do mal da vaca louca no Pará, e foram retomadas após 29 dias de negociação, com o cumprimento dos protocolos por parte do Brasil.
“Essa rapidez, não precarizando em hipótese alguma a qualidade e a segurança necessária para a relação comercial, mostra a relação afetuosa e profícua entre os dois países”, disse o ministro, em nota de sua assessoria.
Durante a visita na China, a delegação do Ministério recebeu uma carta da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) “reconhecendo a qualidade, a segurança e a credibilidade do sistema de defesa brasileiro”, disse a pasta.
Ministro da Agricultura disse que a carta será entregue ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele citou ainda a habilitação de quatro novas plantas frigoríficas brasileiras para exportar para a China, o que não ocorria desde 2019, além da retomada de duas plantas frigoríficas que estavam suspensas.
Conforme o ministro, também houve avanços na negociação de produtos como algodão, milho, uva fresca, noz pecã, sorgo e gergelim.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, encerrou sua visita à China comemorando os resultados obtidos na ampliação das relações comerciais entre os dois países. Em uma série de reuniões com autoridades e empresários chineses, a ministra discutiu temas como a habilitação de novos frigoríficos brasileiros para exportar carnes, a cooperação técnica e científica na área agrícola e o fortalecimento do diálogo bilateral.
Mas o que essa viagem representa para o futuro da economia brasileira? Quais são os impactos esperados para o setor agropecuário e para o saldo da balança comercial? Neste post, vamos analisar as principais conquistas da missão brasileira na China e as perspectivas para 2023.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil há mais de uma década. Em 2020, o país asiático foi destino de 33,7% das exportações brasileiras, totalizando US$ 67,3 bilhões. Desse valor, 78% corresponderam a produtos agropecuários, especialmente soja em grãos, carnes bovina, suína e de frango, açúcar e café. A China também foi a principal origem das importações brasileiras, com 21% do total e US$ 34,6 bilhões.
A tendência é que esse intercâmbio comercial continue crescendo em 2023, especialmente no segmento de proteínas animais. A China enfrenta um déficit de oferta de carne suína desde 2018, quando um surto de peste suína africana dizimou parte de seu rebanho. Para atender à demanda interna, o país aumentou as importações de carnes de outros países, entre eles o Brasil.
Durante a visita da ministra Tereza Cristina, a China anunciou a habilitação de mais cinco frigoríficos brasileiros para exportar carne bovina e suína. Com isso, o número total de estabelecimentos autorizados a vender carnes para o mercado chinês subiu para 115. Segundo estimativas do Ministério da Agricultura, as novas habilitações devem gerar um incremento de US$ 300 milhões nas exportações anuais de carnes.
Além disso, a ministra também negociou a ampliação do protocolo sanitário para a exportação de melão brasileiro para a China. Atualmente, apenas três estados do Nordeste podem vender a fruta para o país asiático. A ideia é que outros estados produtores possam se beneficiar desse acordo, que foi firmado em 2019.
Outro tema abordado na viagem foi a cooperação técnica e científica entre os dois países na área agrícola. A ministra se reuniu com representantes da Academia Chinesa de Ciências Agrárias (CAAS) e da Academia Chinesa de Ciências (CAS) para discutir projetos conjuntos em áreas como biotecnologia, agricultura digital, bioenergia e segurança alimentar.
A ministra também participou do Fórum Empresarial Brasil-China, organizado pela Apex-Brasil e pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC). O evento reuniu cerca de 300 empresários dos dois países e teve como objetivo promover oportunidades de negócios e investimentos no setor agropecuário.
Em suma, a visita da ministra Tereza Cristina à China foi positiva para o fortalecimento das relações comerciais entre os dois países e para a abertura de novos mercados para os produtos agropecuários brasileiros. A expectativa é que esses resultados se reflitam em um aumento das exportações e da geração de emprego e renda no setor em 2023.
agricultura agricultura de precisão agricultura familiar agrolink agronegocio agrotoxico arroz avicultura biodiesel biotecnologia boi brasil cabras café cavalo certificação consultoria crédito rural descubra ensino à distância etanol feijão flores frutas gado gado de corte geladeiras gestão rural milho noticias ovelha para pasto pecuaria pecuária leiteira pragas na agricultura Qual saúde Animal seguro rural setor sucroenergético SOJA suinocultura Treinamento trigo Turismo rural

Os comentários estão fechados.