O milho do Brasil é mais exportado do mundo

Milho sustenta dólar e sobe quase 1% na B3 nesta segunda

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A segunda-feira (26) chega ao fim com os preços futuros do milho registrando movimentos positivos na Bolsa de Valores Brasileira (B3). Os principais preços oscilaram na faixa entre R$ 89,81 e R$ 95,60.

O vencimento novembro/22 foi cotado a R$ 89,81, alta de 0,79%, janeiro/23 valeu R$ 93,90, alta de 0,75%, março/23 foi negociado a R$ 96,55 com valorização de 0,90% e maio/23 teve valor de R$ 95,60 com ganho de 0,31%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado está se sustentando em bons patamares, mesmo com queda de preços na Bolsa de Chicago. Um dos fatores que auxiliam nesse suporte é o dólar, em alta frente ao real.

“Isso também se reflete no balcão com bons preços e sem grandes quedas, mesmo após o término da segunda safra no país”, diz Brandalizze.

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O Brasil exportou 5.101.740,9 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até o momento em setembro, segundo relatório divulgado pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Portanto, o volume acumulado nos primeiros 16 dias úteis do mês já supera em 78,99% o total de 2.850.171,7 toneladas que foram exportadas ao longo do mês de setembro de 2021.

No mesmo período, o Brasil importou 322.943 toneladas de milho. Isso significa que, nos primeiros 16 dias úteis do mês, o país recebeu 79,2% do total registrado em setembro de 2021 (407.379,2 toneladas). Assim, a média diária das importações foi de 20.183,9 toneladas contra 19.399 no mesmo mês do ano passado, um aumento de 4%.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve movimentos positivos neste primeiro dia da semana. O levantamento feito pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas em Castro/PR. As apreciações surgiram em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Campo Grande/MS, Amambai/MS, Machado/MG e Porto de Santos /SP.

Confira como foram todas as cotações desta segunda-feira

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De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico de milho, a queda no volume negociado na sexta-feira fez com que os preços ficassem estáveis ​​em torno de R$ 84,50/sc, na cidade de Campinas/SP”.

Também nesta segunda-feira, o Cepea divulgou nota semanal apontando que os preços do milho estão firmes no mercado interno, influenciados pela paridade das exportações.

“Esse cenário se verifica mesmo diante de dados que indicam estoques de trânsito nacional 20% maiores no final da safra 2021/22 (em relação à safra anterior), a boa expectativa da safra de verão e o atual menor interesse dos consumidores domésticos ”.

Nos portos, segundo pesquisa do Cepea, os valores também estão se sustentando, por conta de aumentos externos, que, por sua vez, são influenciados por preocupações relacionadas ao conflito entre Rússia e Ucrânia, quebra de safra na União Europeia e incertezas quanto ao produtividade das colheitas sendo colhidas nos Estados Unidos.

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“A desvalorização do dólar, porém, impediu que os avanços nos portos fossem maiores. De fato, os preços nos portos operam em patamares superiores aos observados no spot nacional, contrariando o contexto registrado no mesmo período do ano passado, quando os compradores domésticos estavam mais ativos e a demanda internacional era lenta”.

Mercado externo

As cotações internacionais do milho abriram a semana com movimentos de baixa na Bolsa de Chicago (CBOT).

O vencimento dezembro/22 foi cotado a US$ 6,66 com queda de 10,50 pontos, março/23 valeu US$ 6,70 com desvalorização de 11,00 pontos, maio/23 foi negociado a US$ 6,71 com perda de 10,75 pontos e julho/23 teve valor de US$ 6,65 com queda de 10,50 pontos.

Esses índices representaram quedas, em relação ao fechamento da última sexta-feira (16), de 1,48% para dezembro/22, de 1,62% para março/23, de 1,61% para maio/23 e 1,48% para julho/23.

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De acordo com a Reuters, os futuros de milho tenderam para o trigo, que caiu 2% na segunda-feira, com os temores de uma desaceleração econômica global, um dólar em alta e as expectativas de uma colheita farta de trigo na Rússia pesando muito. nos mercados de commodities.

“As perspectivas econômicas para a economia global são muito ruins. Então, como resultado, estamos vendo os longos saindo. Todo mundo está focado no dólar”, disse Terry Linn, analista da Linn & Associates, com sede em Chicago.

Junto com os problemas macroeconômicos, as estimativas para a safra de trigo na Rússia, maior exportador mundial, estão aumentando. O serviço de monitoramento de safras da União Europeia, MARS, elevou suas previsões para a safra de trigo da Rússia em 2022 para um recorde de 95,0 milhões de toneladas, de 88,8 milhões em junho.

“O dólar mais forte será um fardo para as exportações dos EUA, especialmente em um momento em que se espera uma grande colheita de trigo na Rússia. Milho e soja também estão vendo fraqueza na previsão de tempo seco dos EUA nesta semana, o que será positivo para o trabalho de colheita nos EUA”, disse Matt Ammermann, gerente de risco de commodities da StoneX.

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