O mercado pecuário brasileiro segue com preços frouxos para o boi gordo e um ritmo menor de exportações de carne bovina in natura, informa a engenheira agrônoma Jéssica Olivier, analista da Scot Consultoria, de Bebedouro, SP.
“Após a queda na referência do boi gordo paulista, desde então, a cotação trabalhou estável, entretanto pressionada”, relata a analista, referindo exclusivamente ao comportamento dos negócios nas praças de São Paulo – no entanto, as demais regiões brasileiras apresentam cenário bastante semelhante.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!“As escalas alongadas, fechadas até o início do próximo ano, trouxeram estabilidade nos preços dos animais terminados”, ressalta Jéssica.
Dessa maneira, o macho terminado segue valendo R$ 282/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 262/@ e R$ 272/@ (preços brutos e a prazo).
Bovinos destinados à exportação, o chamado “boi-China”, estão cotados em R$ 290/@ em São Paulo (no prazo, preço bruto), “porém negociações abaixo da referência começam a dar as caras”, antecipa a analista da Scot.

Segundo Jéssica, neste mês de dezembro, a presença chinesa na compra de carne bovina in natura brasileira continua diminuindo.
“Até a segunda semana do mês, exportamos (para todos os países clientes, incluindo a China) 6,8 mil toneladas por dia, 8,3% menos que a média diária de novembro (7,4 mil toneladas) e 27,6% menor que a de outubro (9,4 mil toneladas)”, detalha a analista.
No entanto, continua ela, o resultado de dezembro/22 pode ser positivo caso o ritmo de embarque atual se mantenha, “totalizando entre 148 e 150 mil toneladas no mês, resultado que seria recorde para dezembro em comparação com seus pares em anos anteriores”.
Previsão no curto prazo – Para a última quinzena de dezembro, projeta Jéssica, o preço do boi gordo em São Paulo “pode firmar no atual patamar caso a demanda por carne bovina melhorar, frente às festividades de final de ano, e os estoquem das indústrias recuarem no mesmo período”.
Olhando para 2023, diz Jéssica, o primeiro trimestre deverá ter preços mais frouxos, uma vez que a oferta de bovinos terminados em pastagens chegará ao mercado, sem contar a presença maior de fêmeas nas linhas de abates.
Atacado/varejo – Mesmo com o movimento de vendas em ritmo de segunda quinzena (quando o registra-se um menor poder aquisitivo da população, devido ao maior distanciamento do pagamento dos salários de início de mês), as negociações envolvendo a carne bovina correram relativamente bem na semana, impulsionadas pelas festividades de final de ano, informa Julia Zenatti, também analista da Scot Consultoria.
Segundo ela, o preço de atacado da carne desossada paulista subiu 0,5% nos últimos sete dias.
“Os cortes de traseiro continuam bem procurados”, diz Julia, acrescentando que, na última semana, tais produtos passaram por reajustes positivos de 0,7% nos preços, enquanto os cortes de dianteiro, com baixa liquidez, se mantiveram estáveis no mesmo período.
No acumulado dos últimos 30 dias, relata a analista, alguns cortes tiveram altas expressivas, tais como os da alcatra com maminha (10,2%), miolo da alcatra (8,6%), maminha (8,7%), picanha (7,8%) e filé mignon sem cordão (6,1%).
Por sua vez, os cortes de dianteiro sofreram quedas do meio de novembro para cá.
De acordo com Julia, as expectativas quanto ao “boom” de compras de carne bovina estão projetadas para as duas últimas semanas de dezembro.
“Até lá, o movimento de alta de preços deve ganhar mais força, refletindo nas cotações da carne bovina nas prateleiras dos supermercados”, prevê a analista.
Cotações máximas de machos e fêmeas
(Fonte: IHS Markit)
SP-Noroeste:
boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 249/@ (à vista)
vaca a R$ 229/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 230/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca R$ 258/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 241/@ (à vista)
vaca a R$ 221/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 241/@ (à vista)
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