Inverno vira aliado no controle de carrapatos: saiba quando agir

Inverno vira aliado no controle de carrapatos: saiba quando agir

Inverno como arma: como reduzir ovos e larvas para abrir a primavera

No inverno, o carrapato fica menos ativo, facilitando o controle. Essa sazonalidade ajuda a reduzir ovos e larvas antes da primavera.

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Para aproveitar esse período, faça manejo simples na pastagem e nos animais. Essa estratégia deixa o rebanho menos exposto e o ambiente menos atraente para o carrapato.

  • Rotacione o pastejo para secar o solo e dificultar a permanência de ovos.
  • Descarte folhas secas e palha próximo aos abrigos, onde os carrapatos gostam de se esconder.
  • Mantenha o rebanho com manejo adequado de nutrição, fortalecendo a defesa dos animais.
  • Faça inspeções rápidas nos animais a cada 2 a 4 semanas e trate apenas quando necessário, com orientação veterinária.

O manejo integrado envolve ações no ambiente, no manejo de pastagens e, quando imprescindível, no uso de tratamentos sob supervisão profissional.

Monitore a infestação durante o inverno para orientar a estratégia da primavera. Registre contagens, identifique áreas de maior risco e ajuste o manejo conforme a necessidade.

Monitoramento e planejamento para a primavera

Com hábitos consistentes no inverno, a transição para a primavera tende a ser mais segura. Continue atento aos sinais de carrapato e mantenha o plano pronto para agir rapidamente.

Resultados: menos ovos e larvas, rebanho mais saudável e produção protegida na próxima temporada.

Primavera: o momento-chave para iniciar o manejo do carrapato

Na primavera, o carrapato fica mais ativo, tornando o manejo crucial. Esta é a janela certa para reduzir ovos e larvas antes das novas infestações. O objetivo é manter o rebanho saudável e facilitar a transição para o verão.

Por que a primavera é decisiva

Na primavera, as pastagens crescem rápido e as temperaturas favorecem a reprodução do carrapato. Começar agora reduz picos de infestação e facilita o controle durante o resto do ano.

Ações práticas para a estação

  1. Faça inspeções rápidas nas ovelhas e bovinos toda semana, com foco em áreas de dobra do corpo onde o carrapato se acumula.
  2. Rotacione pastagens para secar o solo e reduzir abrigo para ovos; faça isso ao longo da primavera para manter áreas menos propícias ao ciclo de vida do parasita.
  3. Mantenha o rebanho com nutrição adequada, fortalecendo a defesa contra infestações e melhorando a resposta a tratamentos.
  4. Realize inspeções visuais frequentes e trate apenas quando necessário, sempre sob orientação veterinária.
  5. Pratique o manejo integrado: ajuste ambiente, pastagens e, quando necessário, use produtos sob supervisão profissional.

Monitore as áreas de infestação durante a primavera para ajustar a estratégia. Registre contagens, identifique pontos de maior risco e alinhe as ações com a próxima estação. Uma primavera bem conduzida evita surtos e protege a produção.

Outono estratégico: reduzir a infestação e facilitar o inverno seguinte

No outono, o carrapato fica menos ativo, facilitando o manejo. Esta é a janela certa para reduzir infestações e preparar o rebanho para o inverno seguinte.

Por que o outono é decisivo

Com o frio ainda ameno, o carrapato se move menos. O manejo agora corta ovos e larvas antes que o tempo piore.

Ações práticas no outono

  1. Faça inspeções semanais em bovinos e ovelhas, com atenção às dobras do corpo.
  2. Rotacione pastagens para secar o solo e dificultar abrigo para carrapatos.
  3. Remova folhas secas e palha ao redor de abrigos para reduzir áreas de ovo.
  4. Fortaleça a nutrição do rebanho para melhorar a resistência a infestações.
  5. Realize tratamentos apenas quando orientado pelo veterinário e conforme necessidade.

Mapeamento de áreas de maior risco

Registre onde aparecem mais carrapatos e ajuste o manejo. Distribua as ações por áreas com base no histórico de infestações.

Um outono bem executado diminui a pressão no próximo inverno e protege a produção.

Produtos, dosagens e erros comuns que alimentam a resistência

Para controlar o carrapato sem gerar resistência, é essencial entender os produtos, as dosagens corretas e os erros que alimentam a resistência.

Como a resistência surge

A resistência aparece quando o carrapato é exposto repetidamente aos mesmos produtos ou a doses subatuais. Com o tempo, apenas os carrapatos resistentes sobrevivem e se multiplicam. Isso aumenta a infestação e reduz a eficácia dos tratamentos.

Principais classes de produtos e MOA

Os produtores costumam usar diferentes modos de ação (MOA) para evitar resistência. Entre as categorias comuns estão piretróides sintéticos, organofosfatos, amitraz, fipronil e milbemicinas (ivermectina/moxidectina). Use alternadamente MOAs diferentes para dificultar a adaptação dos carrapatos. Sempre leia a bula e siga as recomendações do fabricante.

Além disso, incorpore soluções não químicas quando possível, como manejo ambiental e saneamento de abrigos, para reduzir o abrigo dos carrapatos entre as pastagens.

Dosagens e administração segura

  1. Leia a bula e ajuste a dose ao peso do animal. Não estime o peso com aparência apenas.
  2. Escolha a via de aplicação adequada (ectoparasiticida pour-on, spray, injeção) conforme o manejo da propriedade e o produto.
  3. Respeite o intervalo entre aplicações e o período de carência para consumo de leite ou carne.
  4. Não misture produtos ou use combinações sem orientação veterinária.
  5. Limpe bem equipamentos entre lotes para evitar contaminação cruzada.

Erros comuns que alimentam resistência

  • Subdosagem ou aplicação inadequada, deixando parte dos carrapatos exposta ao MOA.
  • Usar sempre o mesmo MOA sem alternância.
  • Aplicar repetidamente em intervalos curtos sem observar a eficácia.
  • Ignorar o manejo do ambiente, deixando abrigo para ovos e larvas.
  • Não registrar dados de infestação e resultados dos tratamentos.

Boas práticas de manejo para evitar resistência

  • Rotacionar MOAs entre tratamentos; combine ações químicas com estratégias não químicas.
  • Tratar apenas quando necessário, com avaliação veterinária.
  • Integre manejo de pastagens, limpeza de abrigos e controle ambiental para reduzir a população de carrapatos.
  • Manter registros de infestações, tratamentos e respostas para ajustar o plano.
  • Realizar monitoramento periódico da eficácia pós-aplicação (redução de carrapatos por animal).

Monitoramento de eficácia

Compare o número de carrapatos por animal antes da aplicação e 7 a 14 dias depois. Se a contagem não cair, consulte o veterinário para ajustar o MOA ou a dose. A avaliação contínua é a chave para manter o controle sem alimentar resistência.

PICC e manejo integrado: alinhando clima, produto e aplicação

No PICC, alinhar clima, produto e aplicação é a base para controlar carrapatos sem criar resistência. A ideia é usar ações que atacam o parasita no ambiente, nos animais e nos produtos, de forma integrada.

O que é PICC

O PICC é um conjunto de estratégias para reduzir infestações com menor uso de químicos e menor risco de resistência. Envolve manejo de pastagens, monitoramento de animais e aplicação criteriosa de produtos, sempre com orientação veterinária.

Fatores climáticos e ambientais

Temperatura, umidade e vento afetam o ciclo do carrapato. No verão, as infestações sobem, e no outono, a atividade cai. Use esse conhecimento para planejar inspeções e ações.

Rotação de produtos e MOA

Rotacionar modos de ação evita resistência. Combine MOAs diferentes com medidas não químicas, como manejo de pastagens e controle de abrigo para ovos e larvas.

  1. Mapeie áreas com maior infestação
  2. Escolha MOAs diferentes entre ciclos
  3. Mantenha manejo ambiental para reduzir abrigo
  4. Trate apenas com orientação veterinária
  5. Registre cada uso e resultado

Boas práticas de implementação

  • Integre manejo de pastagens, higiene de abrigos e controle ambiental
  • Treine a equipe para inspeções rápidas
  • Faça verificações de eficácia 7 a 14 dias após aplicação

Monitoramento de eficácia

Compare contagens de carrapatos por animal antes e depois da intervenção. Se a redução for menor que 50% em 14 dias, ajuste MOA ou dose com orientação veterinária.

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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.

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