Panorama do movimento de 1,65 milhão de toneladas entre janeiro e agosto de 2025
Suplementação Mineral moveu 1,65 milhão de toneladas entre janeiro e agosto de 2025. Esse volume mostra a importância da nutrição de bovinos para o ganho de peso e a saúde do rebanho. A pecuária de corte lidera esse consumo no período.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Para você, produtor, isso significa disponibilidade de suplementos e custos que precisam ser bem gerenciados. A demanda está estável em muitos meses, mas pode oscilar com o clima, preço e a disponibilidade de insumos. Vamos entender o que está por trás desse movimento e como se preparar.
O que esse movimento indica
O volume alto indica robustez na produção de gado e na integração da nutrição na rotina. Pode sinalizar que os produtores não cortaram a suplementação, mesmo com ajustes de orçamento. Em regiões com pastagem ruim, a demanda aumenta. Em áreas com confinamento, o gasto com suplementos tende a ser maior.
Impactos para a cadeia
Fornecedores precisam manter estoques, as transportadoras ajustam rotas e prazos. Nota de cautela: variações de preço podem ocorrer pela oferta e demanda. Os compradores devem confirmar qualidade, origem e especificação mineral. O objetivo é evitar gaps na nutrição do gado.
Como planejar suas compras
- Calcule o consumo atual por animal e por categoria de suplemento.
- Projete o consumo para os próximos 90 dias com base no desempenho do rebanho.
- Faça compras com antecedência para evitar preços altos ou falta de estoque.
- Verifique rótulos, teores de minerais e percentuais de aditivos.
- Armazene de forma adequada e gire o estoque para evitar perdas.
Boas práticas de logística e estoque
- Escolha fornecedores com histórico de qualidade e entrega confiável.
- Solicite certificação e amostras quando possível.
- Tenha registro de lotes para rastreabilidade.
- Considere contratos com preço estável e frete incluso para evitar surpresas.
Qualidade, segurança e origem
Verifique a data de validade, a origem das matérias-primas e as recomendações de uso. O equilíbrio entre minerais ajuda o metabolismo, o ganho de peso e a imunidade. Em dúvidas, consulte um nutricionista veterinário.
Para colocar isso em prática, comece checando seu estoque atual, alinhe com o consumo observado e converse com o fornecedor para planejar as próximas compras.
Retração de 2,3% em relação a 2024 e o papel da pecuária de corte como principal consumidora
A retração de 2,3% em relação a 2024 aponta menor demanda por suplementos na pecuária de corte. Mesmo com a queda, esse setor continua sendo o principal consumidor de minerais e vitaminas na fazenda.
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Essa mudança reflete fatores como preço, disponibilidade e manejo do rebanho.
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Por que a pecuária de corte é protagonista
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Essa etapa tem a maior quantidade de animais, tanto em pastagem quanto em confinamento. Por isso, a demanda por minerais é constante. Uma queda pode sinalizar ajuste de estoque ou mudanças no plano nutricional da fazenda.
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Como interpretar a retração para a sua fazenda
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Para quem cria bezerros ou boi gordo, a queda pode reduzir custos de suprimentos. Mas não é hora de abandonar a suplementação. Mantenha o que é essencial para ganho de peso, saúde e imunidade. Use dados de consumo para calibrar as compras.
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Estratégias práticas para manter desempenho com custo sob controle
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- Calcule o consumo por animal e por tipo de suplemento.
- Revise as formulações com base no desempenho e nas carências detectadas.
- Avalie substituições com menor custo sem perder eficácia.
- Programe compras com antecedência e busque descontos por volume.
- Gire o estoque e mantenha validade adequada para evitar perdas.
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O que monitorar nos próximos meses
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Fique atento ao preço, à disponibilidade, à qualidade dos insumos e à demanda da pecuária de corte. Mudanças climáticas podem alterar as necessidades de mineralização.
Desempenho por categorias: núcleos (+8,1%), suplementos energéticos (+6,6%) e quedas em proteicos, prontos para uso, concentrados, suplementos para diluir e ureia
Desempenho por categorias mostra que núcleos minerais registram alta de 8,1%, enquanto suplementos energéticos sobem 6,6%. Já as categorias proteicas sofrem quedas, incluindo proteicos, prontos para uso, concentrados, suplementos para diluir e ureia.
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Essas variações apontam direções diferentes na nutrição animal. É hora de entender o que cada grupo representa e como usar esses dados na prática, sem gastar sem necessidade.
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Núcleos minerais (+8,1%)
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Os núcleos minerais são fontes concentradas de minerais essenciais. O aumento indica prioridade na reposição de cálcio, fósforo, zinco e outros elementos. Confira a composição do núcleo que você usa e ajuste quanto cada animal realmente precisa, conforme a fase reprodutiva, crescimento ou lactação. Verifique também a compatibilidade com a ração base para evitar sobredosagem.
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Suplementos energéticos (+6,6%)
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Suplementos energéticos aumentam a densidade calórica da dieta. Eles ajudam animais em ganho de peso, bezerros em crescimento e animais em alta demanda produtiva. Atenção para o custo: avalie o impacto na receita por cabeça e compare com o ganho de peso esperado. Combine com forragem de qualidade e monitore sinais de sobrecarga ruminal, como excesso de gordura no leite ou diarreia em crias.
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Quedas em proteicos
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O recuo nesses itens pode significar que a ração atual já atende melhor às necessidades proteicas, ou que os produtores reduzem proteína de fontes caras. Proteicos incluem elementos como proteína animal ou vegetal de alta densidade. Verifique se a produção de ganho de peso permanece estável com menos proteína adicional para evitar custo sem retorno.
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Prontos para uso
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Suplementos já prontos para uso simplificam a mistura, reduzindo erros na dosagem. A queda pode indicar que nutricionalmente o pasto ou a silagem ganhou qualidade, dispensando proteínas adicionais. Revise os rótulos e confirme se a formulação atende às exigências de cada categoria de animal sem desperdício.
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Concentrados
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Concentrados oferecem combinações prontas de energia e proteína. A redução pode sinalizar ajuste de custo ou mudança no perfil nutricional desejado. Faça testes simples de desempenho com um grupo de animais antes de ampliar o uso para toda a tropa.
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Suplementos para diluir
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Esse grupo facilita a entrega de micronutrientes em volumes grandes. A queda pode ocorrer por melhor aproveitamento de forragem ou por ajuste de estoque. Sempre misture conforme as instruções para evitar erros que prejudiquem o rumen e o ganho de peso.
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Ureia
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A ureia é uma fonte de nitrogênio não proteico. Seu uso requer cautela: doses altas podem causar intoxicação. Emérias com baixa proteína, a ureia pode ser útil, mas precisa de mistura homogênea e vigilância de sinais de desconforto digestivo. Prefira orientação técnica para estabelecer limites seguros por categoria de animal e por fase produtiva.
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Como transformar esses números em prática na fazenda
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- Faça um levantamento rápido do consumo atual por grupo de animal e por tipo de suplemento.
- Compare o custo por unidade de ganho com o benefício real de cada categoria.
- Revise a formulação total da dieta e ajuste a participação de núcleos, energéticos e proteicos.
- Teste alterações em pequenos lotes antes de escalar para toda a tropa.
- Monitore ganho de peso, condição corporal e saúde geral para validar as escolhas.
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Com esse approach, você usa as variações de desempenho por categoria para manter a nutrição adequada, controlar custos e manter a sanidade do rebanho. A chave é equilibrar custo, qualidade e necessidade real de cada animal ao longo do ciclo de produção.
Cenários para o fechamento do ano: retração prevista entre 4% e 10,4%, com variações segundo diferentes cenários
A retração prevista entre 4% e 10,4% para o fechamento do ano pode afetar a lucratividade da fazenda. Entender os cenários ajuda a planejar com antecedência e evitar surpresas no caixa.
Os números variam por região, safra e mix de produtos. A gente vê quedas maiores quando a demanda baixa e os custos sobem. Ao mesmo tempo, cenários mais moderados aparecem com boas safras, preços estáveis e organização de estoque.
Interpretação do intervalo
4% indica queda mais contida, muitas vezes em mercados com boa capacidade de ajuste. 10,4% aponta retração mais forte, associada a pressões maiores de custo ou demanda menor. O intervalo reflete diferentes realidades locais, sazonalidade e estratégias de venda.
Principais cenários que explicam a variação
- Clima adverso que reduz produção ou aumenta custos de insumos.
- Oscilações de preço de commodities e insumos, complicando o planejamento financeiro.
- Mercado interno com demanda menor ou exportações mais fracas.
- Ajustes cambiais que elevam o custo de itens importados.
- Impactos logísticos e de crédito, limitando a capacidade de investir ou financiar operações.
Impactos esperados para a fazenda
- Receita menor e necessidade de controlar custos sem comprometer a performance.
- Redução de margem de lucro e necessidade de revisão de orçamento.
- Risco de inadimplência de fornecedores ou dificuldade para renegociar prazos.
- Priorizar atividades que geram retorno rápido e manter liquidez.
Como planejar e mitigar
- Atualize o orçamento com cenários conservador, provável e otimista.
- Negocie prazos, descontos por volume e preços fixos com fornecedores.
- Gere estoque estratégico de insumos críticos para evitar faltas.
- Foque em rações e insumos com maior retorno por cabeça e por dia de ganho.
- Monte uma reserva de emergência ou linha de crédito para o trimestre crítico.
Monitoramento e ajustes
Monitore preços de insumos, condições climáticas e demanda mensalmente. Ajuste planos de compra, rotação de estoque e estratégias de venda conforme os indicadores reais. A cada mês, compare o desempenho com o orçamento e adapte as ações necessárias.
Impactos na cadeia: impactos para fornecedores, produtores e créditos de carbono no setor
Os impactos na cadeia começam nos fornecedores e chegam aos produtores, além de abrir oportunidades com créditos de carbono no setor.
Essa dinâmica afeta preços, prazos, qualidade e a forma como as fazendas planejam o ano. A variação de demanda, custos logísticos e políticas públicas pode mudá-los rapidamente. Entender esses movimentos ajuda você a se preparar melhor.
Impactos para fornecedores
Fornecedores enfrentam volatilidade de preços, aumento de custos logísticos e exigências de qualidade. A disponibilidade de insumos como fertilizantes, rações e embalagens pode oscilar. Contratos de longo prazo reduzem riscos e ajudam na previsibilidade de entrega. Rastreabilidade e certificações ganham importância para manter a confiança da cadeia.
Com isso, você ganha em prazos mais estáveis e menor chance de faltar insumos críticos na hora da semeadura ou do confinamento.
Impactos para produtores
Para o produtor, o efeito é sentido nos custos de insumos, rações e energia. O planejamento precisa considerar cenários de preço, clima e demanda. Estoques estratégicos ajudam a evitar faltas que atrapalhem o ganho de peso e a saúde do rebanho. A qualidade dos insumos impacta diretamente a lucratividade e a eficiência.
Acesso a crédito fica mais sensível à volatilidade, então vale investir em planejamento financeiro e em dados de consumo para negociar melhor com clientes e fornecedores.
Créditos de carbono no setor
Créditos de carbono remuneram práticas que reduzem emissões ou sequestram carbono no solo. Na pecuária, ações como manejo adequado de pastagens, rotação de culturas e eficiência de energia geram créditos. A verificação é feita por entidades independentes e exige documentação clara. O mercado pode oferecer boa renda, mas exige cuidado com custos de certificação e variação de preço.
Para aproveitar, implemente um plano simples: identifique práticas elegíveis, registre dados de manejo, busque certificação e encontre compradores. O retorno depende do preço do crédito e da consistência das práticas.
Boas práticas para mitigar impactos
- Negocie preços e prazos com fornecedores, usando contratos de volume.
- Monitore o custo por unidade de ganho e compare opções de insumos.
- Invista em manejo de pastagens que aumente o estoque de carbono no solo.
- Planeje compras com cenários conservador, provável e otimista.
- Tenha linha de crédito para ajustar a sazonalidade sem ruptura.
Ao alinhar ações na cadeia, a fazenda se torna menos vulnerável e pode até se beneficiar dos créditos de carbono com práticas simples e bem monitoradas.
14º Simpósio Nacional da Asbram: debates sobre sustentabilidade e estratégias para o setor
No 14º Simpósio Nacional da Asbram, produtores e especialistas discutiram sustentabilidade com foco prático. A ideia foi mostrar como fazer mais com menos, sem perder qualidade ou rentabilidade.
Sustentabilidade aparece como eixo da produtividade, da saúde do rebanho e da responsabilidade com o meio ambiente. Vamos às prioridades que ficaram em evidência.
Principais temas de sustentabilidade
- Conservação de pastagens e reposição de solos, com manejo de rotação e adubação baseada em necessidade real.
- Redução de emissões e melhoria da eficiência energética na fazenda.
- Uso consciente de água e sólidos, com captação, armazenamento e reaproveitamento.
- Rastreabilidade e certificações ambientais para abrir mercados.
- Gestão de resíduos e economia circular, transformando rejeitos em insumos.
Estratégias práticas para o dia a dia
- Faça um mapeamento da sua pastagem e planeje rotação por áreas.
- Implemente monitoramento de consumo de água, energia e insumos.
- Invista em tecnologia simples: sensores para umidade, medidores de água e georreferenciamento.
- Busque certificações simples que agreguem valor aos seus produtos.
- Desenvolva parcerias com cooperativas para reduzir custos e facilitar compras.
Casos práticos e aprendizados
Durante o simpósio, produtores mostraram como a rotação de pastagens aumentou a produção por hectare e reduziu custo de manejo. Outros compartilharam a implantação de biodigestores para gerar bioenergia e fertilizante natural.
Como medir o impacto
- Emissões evitadas por prática de manejo de pastagens e digestão anaeróbia.
- Redução no consumo de água e energia por unidade de produção.
- Retorno financeiro de investimentos em sustentabilidade em 1 a 3 anos.
- Melhoria na lucratividade por unidade de ganho.
Próximos passos para a fazenda
A gente sugere começar com um diagnóstico rápido de sustentabilidade, definir metas simples e, depois, ir aumentando o nível de complexidade. O segredo é manter o controle por meio de dados simples e reais.
O que esperar em 2026 e possíveis caminhos para manter a eficiência na pecuária
Para 2026, a pecuária vai exigir ainda mais eficiência com menos recursos. Custos de ração, energia e manejo vão pressionar as margens em muitas operações. O caminho é usar dados, tecnologia e boas práticas diariamente para manter o ganho de peso e a saúde do rebanho.
Panorama esperado para 2026
Espera-se continuidade da volatilidade de preços de insumos. Clima extremo e custos logísticos podem aumentar as incertezas. Ao mesmo tempo, boas safras e melhoria de manejo podem estabilizar resultados. A diversificação de fontes de alimentação é uma tendência forte.
Fatores que definem eficiência
- Nutrição e alimentação: dieta balanceada, ajuste por fase produtiva e monitoramento de consumo.
- Saúde e reprodução: vacinação, controle de doenças e planejamento de acasalamentos.
- Gestão de pastagens: rotação, adubação baseada em necessidades reais e recuperação de áreas degradadas.
- Genética: seleção de animais com melhor ganho de peso e eficiência alimentar.
- Dados e tecnologia: monitoramento de peso, consumo e parâmetros termos de produtividade.
Ações práticas para manter a eficiência
- Faça um orçamento com cenários conservador, provável e otimista.
- Revise dietas e ajuste as rações por grupo de animal.
- Implemente rotação de pastagens e acompanhe a disponibilidade de forragem.
- Adote monitoramento de peso e condição corporal a cada 30 dias.
- Negocie preços e prazos com fornecedores, buscando contratos de volume.
Tecnologias que ajudam no dia a dia
- Sensores de pastagem e água para otimizar consumo.
- Rastreamento de animals com IoT para detectar percalços rapidamente.
- Software de gestão para planejar silagem, rações e custos.
- Indicadores simples, como conversão alimentar e ganho de peso por cabeça.
Manejo financeiro e mitigação de riscos
Use ferramentas simples para acompanhar custos por cabeça e por dia de ganho. Crie uma reserva de emergência e linhas de crédito para períodos de aperto. Considere contratos de hedge de preço de insumos quando houver volatilidade muito alta.
Plano de ação em 90 dias
- Mapeie custos e defina metas de redução sem comprometer ganho de peso.
- Teste ajustes de dieta em pequenos lotes antes de ampliar.
- Implemento rotação de pastagens e monitoramento de recursos básicos.
- Instale pelo menos um sensor simples de umidade ou água.
- Inicie conversa com fornecedores sobre contratos de volume e prazos.
Além disso, confira abaixo esses posts:
Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.
