Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
“Em resumo, o agronegócio brasileiro está passando por momentos de desafios e oportunidades. A China tem sido um importante parceiro na importação de carne bovina do Brasil, representando mais da metade do volume exportado neste ano. No entanto, os preços pagos pela China estão diminuindo devido à economia mais fraca do país asiático. Por outro lado, os preços do suíno vivo e da carne suína tiveram uma alta na primeira quinzena de setembro, impulsionados pela demanda e pelo maior poder de compra da população. Além disso, os preços da carne de frango também subiram fortemente no mercado interno.
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Confira as principais perguntas e respostas sobre o agronegocio brasileiro:
1) Quais são os principais destinos das exportações brasileiras de carne bovina?
China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, representando mais de 50% do volume embarcado em 2023.
2) Por que os preços pagos pela China pela carne bovina brasileira estão diminuindo?
Os preços estão diminuindo devido à economia mais fraca da China.
3) O que impulsionou a alta nos preços do suíno vivo e da carne suína?
A alta nos preços se deu pela maior demanda do início de cada mês e pelo maior poder de compra da população.
4) Quais foram as regiões do Brasil mais afetadas pelo ciclone extratropical?
O estado do Rio Grande do Sul foi severamente afetado pelo ciclone extratropical, com algumas regiões relatando perdas de animais e danos às indústrias.
5) Quais são os preços atuais da carne de frango no mercado interno?
Os preços da carne de frango tiveram uma forte alta na primeira quinzena de setembro, tanto no mercado da Grande São Paulo quanto em Porto Alegre.”
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Cepea, 19 de setembro de 2023
GADO – A China vem importando grandes quantidades de carne bovina do Brasil neste ano, tendo recebido, até o final de agosto, mais de 50% do volume embarcado em 2023. Entre janeiro e agosto, o Brasil exportou 719,41 mil toneladas de carne bovina (in natura e processada). ) para a China, que responde por 50,85% do total embarcado no mês.
No entanto, os preços pagos pela China pela carne bovina brasileira vêm diminuindo há meses. Em agosto, a China pagou US$ 4,46/kg pelo produto nacional, em média, 7,2% menos que o pago em julho e uma queda acentuada de 31,5% em relação ao valor pago em agosto/22. A média do mês passado também é a mais baixa desde novembro de 2021. Este cenário está ligado à economia mais fraca do país asiático.
Considerando todos os destinos, o preço médio pago pela carne bovina brasileira em agosto fechou em US$ 4,44/kg, 4% inferior ao de julho e 25,3% inferior em 12 meses, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A média do mês passado é a menor desde jan/21 (US$ 4,34/kg).
Este contexto ajudou a pressionar para baixo os preços internos do gado gordo, que também foram influenciados pela atual maior oferta. Considerando as médias mensais, o Índice CEPEA/B3 para bovinos alimentados caiu 27,54% neste ano (dez/22 – set/23), em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI).
SUÍNOS – Após enfraquecimento na segunda quinzena de agosto, os preços do suíno vivo e da carne suína voltaram a subir na primeira quinzena de setembro. Para a carne suína, especificamente, os valores foram impulsionados pelo aumento da demanda – típico do início de cada mês por causa do pagamento dos salários dos trabalhadores – e pelo consequente maior poder de compra da população. A maior demanda por carne suína também elevou a demanda da indústria por animais vivos dentro do peso ideal para abate.
Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço do suíno vivo fechou em R$ 6,63/kg, em média, no dia 15 de setembro, surpreendentes 10,7% acima do preço de 31 de agosto. . Em Ponte Nova (MG), os valores aumentaram 8,5%, para R$ 6,86/kg em 15 de setembro.
No Rio Grande do Sul, os valores aumentaram em todas as regiões pesquisadas pelo Cepea, principalmente em Santa Rosa, onde ocorreram as maiores valorizações. Entre 31 de agosto e 15 de setembro, os preços subiram 5,8%, para R$ 6,35/kg em 15 de setembro. É importante destacar que, no dia 4 de setembro, um ciclone extratropical atingiu o RS. No entanto, alguns dos criadores de suínos independentes consultados pelo Cepea relataram apenas pequenos danos aos agricultores e nenhuma perda de animais, enquanto outros não foram afectados pelo ciclone. Por outro lado, algumas outras áreas (não pesquisadas pelo Cepea) foram gravemente danificadas e perderam animais.
No mercado brasileiro de carnes, à medida que aumentou a demanda por carne suína no varejo, os preços do produto (carcaça especial) subiram fortemente na primeira quinzena de setembro (+14%), para R$ 10,19/kg em setembro. 15º no mercado atacadista da Grande São Paulo.
AVES – Os preços da carne de frango subiram fortemente no mercado brasileiro na primeira quinzena de setembro, influenciados tanto pela maior demanda – típica desse período do mês por causa do pagamento dos salários dos trabalhadores – quanto pela menor oferta no mercado interno.
No atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro congelado valorizou 12,3% entre 31 de agosto e 15 de setembro, para R$ 7,12/kg em 15 de setembro. Para o produto refrigerado, os preços subiram 12,6% no mesmo período e região, para R$ 7,13/kg em 15 de setembro.
Em Porto Alegre (RS), os valores aumentaram ainda mais: 5,2% tanto para frango congelado quanto refrigerado, para R$ 9,72/kg (ambos) em 15 de setembro.
CICLONE EXTRATROPICAL – No dia 4 de setembro, um ciclone extratropical atingiu o estado do Rio Grande do Sul. Porém, alguns colaboradores do Cepea daquela região relataram apenas problemas logísticos, devido ao bloqueio de estradas por causa das enchentes, enquanto outros não foram afetados pelo mau tempo. Porém, é importante destacar que algumas regiões e áreas com indústrias não pesquisadas pelo Cepea foram severamente danificadas pelo ciclone e perderam muitos animais – as perdas ultrapassaram R$ 200 milhões, segundo estimativas de sindicatos e associações do RS.
(Cepea-Brasil)
