Entendendo o mercado do boi gordo
A cautela tem sido o foco do mercado interno do boi gordo ao longo de janeiro, de acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O motivo para isso fica por conta dos menores preços do animal, que recuaram 2,06% na parcial do mês, segundo o indicador Cepea/B3 do animal, em R$ 247,10. Sendo assim, embora o foco seja a comercialização de animais prontos para abate nesse período de início de ano, pecuaristas não estão dispostos a aceitar preços que considerem baixos. Dessa maneira, ouvimos um especialista de mercado, que falou sobre o negócios ao longo de janeiro, com os produtores optando por vender uma pequena parte do seus animais pela necessidade de caixa. A oscilação desse mercado influencia diretamente a economia do país, trazendo consequências para o planejamento financeiro dos produtores rurais e para o setor de carne em geral. A seguir, detalharemos mais sobre a situação do mercado de boi gordo e suas perspectivas para o futuro.
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Desenvolvimento
O mercado do boi gordo
De acordo com o Hyberville Neto, da HN Agro, o mercado do boi gordo trabalhou com uma oferta um pouco melhor ao longo da segunda quinzena de janeiro, com a volta dos produtores aos negócios.
- Mais uma bolada bilionária da Vivo (VIVT3): Entenda como redução de capital de R$ 1,5 bilhão pode ir parar no bolso dos acionistas da empresa, e se vale a pena ter as ações para receber uma fatia; É só assistir ao Giro do Mercado abaixo:
“Isso gerou um cenário de escalas mais confortável para a indústria, que testou o mercado com valores um pouco menores. Em algumas regiões fora de São Paulo, as cotações cederam um pouco e o diferencial de base se alongou. Apesar de ajustes terem ocorrido, o mercado está em um movimento mais lateralizado, com pressão, de queda clara, no cenário geral”, explica.
O que esperar em fevereiro?
Para Neto, o escoamento mais lento de carne na segunda quinzena, se somado às vendas tipicamente mais calmas de janeiro como um todo, favorecem esse cenário mais fraco para as cotações.
“A virada de mês deve trazer melhoria às vendas de carne e um pouco depois, o carnaval acaba beneficiando um pouco também. Isso pode gerar um cenário mais firme para as cotações do boi gordo”, pontua.
Exportações em 2024
As exportações começaram 2024 em ritmo mais forte, ainda que tenham diminuído sua intensidade. Apesar disso, os embarques seguem firmes, com aumento de volume na comparação com 2023, que foi o melhor janeiro já registrado.
“Se considerarmos a média de variações do boi gordo entre janeiro e fevereiro, nos últimos dez anos, houve mais altas (4) que recuos (3), com um avanço médio de 1% entre janeiro e fevereiro para o boi gordo em São Paulo”, finaliza.
O grande ponto de inflexão fica por conta dos preços pagos pelos importadores. “A tonelada é negociada em torno de US$ 4.500, preços que não remuneram a indústria e explicam a queda nos valores em 2023. Há um cenário complexo para formação de preço, muito em função da economia desaquecida na China, assim como o excesso de carne suína no país asiático, com o governo chinês trabalhando para tornar a atividade rentável novamente, o que ainda não ocorreu”, analisa Fernando Iglesias, da Safras & Mercado.
Por fim, há 12 meses, o preço pago pela China para a tonelada de carne bovina era de US$ 6.288,50, recuo de quase 30% na comparação com o valor atual. Com isso, apesar de um recorde, há expectativa para menor receita em 2024.
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**O Mercado do Boi Gordo: Perspectivas para 2024**
O cenário é de cautela no mercado do boi gordo em janeiro, com preços menores e pecuaristas relutantes em baixar seus valores. No entanto, a oferta está um pouco melhor e a situação pode melhorar com a virada do mês e o Carnaval. Quanto às exportações, apesar de um início forte, estão perdendo força. A perspectiva é de ajustes nas cotações e menor receita em 2024 devido aos preços pagos pela China e à economia desaquecida do país. Portanto, apesar de um cenário de incerteza, é possível que o mercado se fortaleça ao longo do ano.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
# Mercado do Boi Gordo: Tudo o Que Você Precisa Saber
O mercado do boi gordo tem sido bastante cauteloso ao longo de janeiro, com os preços do animal recuando e pecuaristas relutantes a aceitar valores considerados baixos. Neste artigo, vamos discutir as perspectivas para fevereiro, as exportações em 2024 e as análises de especialistas sobre o mercado.
## O mercado do boi gordo
O mercado do boi gordo registrou uma oferta um pouco melhor na segunda quinzena de janeiro, com os produtores voltando aos negócios. O especialista Hyberville Neto, da HN Agro, analisa que o cenário tem sido mais lateralizado, com pressão de queda, mas com expectativa de melhoria.
## O que esperar em fevereiro?
A expectativa é de um escoamento mais lento de carne na segunda metade do mês, combinado com vendas mais calmas característica de janeiro, o que pode gerar um cenário mais fraco para as cotações. No entanto, a virada de mês e o período do carnaval podem trazer melhorias.
## Exportações em 2024
As exportações de carne bovina começaram o ano em ritmo forte, embora tenham diminuído. As análises apontam para um cenário complexo, influenciado pela economia chinesa e pelo excesso de carne suína no país asiático.
# FAQs
## 1. Por que o mercado do boi gordo está cauteloso?
Os pecuaristas estão relutantes devido aos menores preços do animal, que recuaram ao longo de janeiro.
## 2. O que esperar para as cotações do boi gordo em fevereiro?
O escoamento mais lento de carne e as vendas calmas característica de janeiro podem gerar um cenário mais fraco para as cotações.
## 3. Como estão as exportações de carne bovina em 2024?
As exportações começaram com ritmo forte, mas estão enfrentando um cenário complexo influenciado pela economia chinesa e pelo excesso de carne suína no país asiático.
## 4. Qual é a perspectiva para o mercado do boi gordo no curto prazo?
A expectativa é de um cenário mais firme para as cotações, especialmente após o período do carnaval.
## 5. Por que a China influencia tanto o mercado de boi gordo?
A economia chinesa e o excesso de carne suína no país têm impacto direto nas exportações e nos preços da carne bovina.
Estas FAQs fornecem uma visão geral das principais questões sobre o mercado do boi gordo, permitindo que os leitores compreendam melhor o cenário atual e as perspectivas para o futuro. Se você deseja saber mais detalhes sobre este assunto, continue lendo para obter insights valiosos de especialistas e análises aprofundadas.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
A cautela tem sido o foco do mercado interno do boi gordo ao longo de janeiro, de acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O motivo para isso fica por conta dos menores preços do animal, que recuaram 2,06% na parcial do mês, segundo o indicador Cepea/B3 do animal, em R$ 247,10.
Sendo assim, embora o foco seja a comercialização de animais prontos para abate nesse período de início de ano, pecuaristas não estão dispostos a aceitar preços que considerem baixos
Dessa maneira, ouvimos um especialista de mercado, que falou sobre o negócios ao longo de janeiro, com os produtores optando por vender uma pequena parte do seus animais pela necessidade de caixa.
O mercado do boi gordo
De acordo com o Hyberville Neto, da HN Agro, o mercado do boi gordo trabalhou com uma oferta um pouco melhor ao longo da segunda quinzena de janeiro, com a volta dos produtores aos negócios.
- Mais uma bolada bilionária da Vivo (VIVT3): Entenda como redução de capital de R$ 1,5 bilhão pode ir parar no bolso dos acionistas da empresa, e se vale a pena ter as ações para receber uma fatia; É só assistir ao Giro do Mercado abaixo:
“Isso gerou um cenário de escalas mais confortável para a indústria, que testou o mercado com valores um pouco menores. Em algumas regiões fora de São Paulo, as cotações cederam um pouco e o diferencial de base se alongou. Apesar de ajustes terem ocorrido, o mercado está em um movimento mais lateralizado, com pressão, de queda clara, no cenário geral”, explica.
O que esperar em fevereiro?
Para Neto, o escoamento mais lento de carne na segunda quinzena, se somado às vendas tipicamente mais calmas de janeiro como um todo, favorecem esse cenário mais fraco para as cotações.
“A virada de mês deve trazer melhoria às vendas de carne e um pouco depois, o carnaval acaba beneficiando um pouco também. Isso pode gerar um cenário mais firme para as cotações do boi gordo”, pontua.
Exportações em 2024
As exportações começaram 2024 em ritmo mais forte, ainda que tem diminuído sua intensidade. Apesar disso, os embarques seguem firmes, com aumento de volume na comparação com 2023, que foi o melhor janeiro já registrado.
“Se considerarmos a média de variações do boi gordo entre janeiro e fevereiro, nos últimos dez anos, houve mais altas (4) que recuos (3), com um avanço médio de 1% entre janeiro e fevereiro para o boi gordo em São Paulo”, finaliza.
O grande ponto de inflexão fica por conta dos preços pagos pelos importadores. “A tonelada é negociada em torno de US$ 4.500, preços que não remuneram a indústria e explicam a queda nos valores em 2023. Há um cenário complexo para formação de preço, muito em função da economia desaquecida na China, assim como o excesso de carne suína no país asiático, com o governo chinês trabalhando para tornar a atividade rentável novamente, o que ainda não ocorreu”, analisa Fernando Iglesias, da Safras & Mercado.
Por fim, há 12 meses, o preço pago pela China para a tonelada de carne bovina era de US$ 6.288,50, recuo de quase 30% na comparação com o valor atual. Com isso, apesar de um recorde, há expectativa para menor receita em 2024.
Repórter no Agro Times
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Agro Times desde março de 2023. Antes do Money Times, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Agro Times desde março de 2023. Antes do Money Times, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.