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Os fabricantes de parte, incluindo produtores rurais, têm mais quatro meses para se adaptar às novas regras impostas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A Portaria nº 798, publicada em 10 de maio, estabelece os critérios e procedimentos mínimos para a fabricação e utilização de produtos destinados à alimentação animal com medicamentos de uso veterinário.
A atualização dos regulamentos para a fabricação, transferência de propriedade e uso de produtos destinados à alimentação com medicamentos veterinários é uma medida importante para garantir a segurança alimentar e reduzir a resistência antimicrobiana. As novas regras valem tanto para estabelecimentos que fabricam e armazenam rações quanto para veterinários e criadores de animais.
De acordo com Vivian Palmeira, auditora fiscal do Mapa, toda a cadeia produtiva, desde o fabricante de rações e remédios até o produtor rural e a carne dos animais que consumiram o produto com remédio, será inspecionada. Além dos antibióticos, as fábricas que utilizam antiparasitários também serão fiscalizadas.
A Portaria nº 798 também estabelece medidas de autocontrole para o uso racional de medicamentos e ações para reduzir a resistência aos antimicrobianos utilizados nas rações. O objetivo é evitar irregularidades com resíduos de drogas na carne e garantir a eficácia dessas moléculas no tratamento de doenças na saúde humana e animal.
Especialistas alertam para o uso desnecessário de antibióticos, pois isso pode comprometer a longevidade e eficácia das moléculas de drogas. É importante trabalhar questões de biossegurança preventiva, como um bom plano de vacinação e o uso de probióticos e prebióticos, para manter a imunidade dos animais e evitar o uso excessivo de medicamentos.
A implantação das novas regras pode trazer mais oportunidades para o setor de suinocultura. Com a adoção das Boas Práticas de Fabricação, os produtores poderão reduzir o desperdício, sistematizar a rotina, proporcionar um ambiente melhor para os trabalhadores e oferecer uma ração de melhor qualidade para os animais. Isso resultará em um melhor desempenho dos suínos e maior confiança dos compradores.
No geral, as exigências da Portaria nº 798 são as mesmas que outros países já seguem, o que trará mais confiança aos compradores e reforçará o papel do Brasil no mercado mundial. Apesar de parecer um desafio inicialmente, as novas regras trarão benefícios e uma melhor organização das fábricas de ração, reduzindo os custos devido ao uso indiscriminado de antibióticos.
Perguntas frequentes:
1. Quais são as novas regras impostas pelo Mapa?
Resposta: As novas regras estabelecem os critérios e procedimentos mínimos para a fabricação e utilização de produtos destinados à alimentação animal com medicamentos de uso veterinário.
2. Quais estabelecimentos são afetados pelas novas regras?
Resposta: As regras valem tanto para estabelecimentos que fabricam e armazenam rações quanto para veterinários e criadores de animais.
3. O que será inspecionado na cadeia produtiva?
Resposta: Toda a cadeia produtiva, desde o fabricante de rações e remédios até o produtor rural e a carne dos animais que consumiram o produto com remédio, será inspecionada.
4. Por que é importante reduzir o uso desnecessário de antibióticos?
Resposta: O uso desnecessário de antibióticos pode comprometer a eficácia das moléculas de drogas e contribuir para a resistência antimicrobiana.
5. Quais benefícios a implantação das novas regras trará para a suinocultura?
Resposta: As novas regras trarão benefícios como redução do desperdício, melhor desempenho dos suínos, aumento da confiança dos compradores e redução dos custos devido ao uso indiscriminado de antibióticos.
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Os fabricantes de parte, incluindo produtores rurais, têm mais quatro meses para se adaptar às novas regras impostas pelo Portaria nº 798fazer Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O documento, publicado em 10 de maio, estabelece os critérios e procedimentos mínimos para a fabricação e utilização de produtos destinados à alimentação animal com medicamentos de uso veterinário.
Portaria nº 798, de Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), do Mapa, atualiza os regulamentos para a fabricação, transferência de propriedade (posse ou titularidade) e uso de produtos destinados à alimentação com medicamentos veterinários. As regras valem tanto para estabelecimentos que fabricam e armazenam rações quanto para veterinários e criadores de animais.
A auditora fiscal do Mapa, Vivian Palmeira, explica que toda a cadeia produtivadesde o fabricante de rações e remédios, até o produtor rural e a carne dos animais que consumiram o produto com remédio, é inspecionado.
“Até falamos muito sobre o uso de antibióticos, mas também serão fiscalizadas aquelas fábricas que usam antiparasitários”, aponta o auditor fiscal.
Medidas de autocontrole e redução da resistência antimicrobiana
O documento SDA também estabelece medidas relacionadas à autocontrole para o uso racional de medicamentos e promove ações para reduzir a resistência aos antimicrobianos utilizados nas rações.
Segundo Vivian Palmeira, o que se quer é evitar que sejam encontradas irregularidades com resíduos de drogas na carne. “O que esperamos é que o produtor rural solicite autorização para uso e comprove ao Mapa que o utiliza”.
Especialistas ainda alertam que o uso desnecessário de antibióticos, pois pode comprometer a longevidade e eficácia das moléculas de drogas.
“O uso de antibióticos em baixas doses durante a exposição prolongada estará selecionando bactérias que possivelmente adquirirão resistência a esse antibiótico. Então, quando você precisar para alguma finalidade de tratamento, não vai funcionar. O ideal seria a gente trabalhar muito essas questões de biossegurança preventiva, um bom plano de vacinação para nossos animais terem imunidade, probióticos, prebióticos, para que o animal trabalhe na flora intestinal para manter bons índices de produtividade, porque esse animal não não está doente”, diz o diretor técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABC), Charlie Ludtke.
Segundo ela, os planos que estão sendo traçados pelos governos, pelas organizações de organismos internacionais, passam pela preocupação com o uso excessivo dos medicamentos. “Queremos eficácia nessas moléculas tão importantes que são os antibióticos, seja para o tratamento de doenças na saúde humana ou na saúde animal”.
Novos padrões podem trazer oportunidades
Para Stefan Rohr, consultor da ABCS, a implantação das novas regras quanto à fabricação de rações e medicamentos inseridos pode trazer mais oportunidades para o setor de suinocultura. Segundo ele, a norma traz como pré-requisito as Boas Práticas de Fabricação (BPF).
“Traz benefícios para o produtor rural. Vai reduzir seu desperdício, vai sistematizar a rotina, vai proporcionar um ambiente melhor para quem está trabalhando na fábrica, e por fim o animal vai comer uma ração de melhor qualidade e com isso terá melhor desempenho. Com esta revisão, a norma está mais adequada às exigências globais e o Brasil é um player global e um país fundamental no mercado mundial”.
o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Frederico Tannure Filho, aponta que as exigências e normas da portaria são as mesmas que outros países já seguem.
“Então, isso vai trazer mais confiança aos compradores de que o Brasil está cumprindo seu papel, fazendo o dever de casa. A princípio vai parecer que vai impactar na nossa produção, no nosso custo, mas acredito que superada essa primeira fase, que é entender melhor o que essa portaria exige e o que ela traz, o suinocultor, o produtor vai ver que foi benéfico, uma melhor organização da sua fábrica de ração para sua fazenda, o que trouxe uma redução de custos devido ao uso indiscriminado de antibióticos”.
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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**
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Fonte: Canal Rural