Estirpe altamente patogênica da gripe aviária é encontrada na Colômbia e inflama…

Estirpe altamente patogênica da gripe aviária é encontrada na Colômbia e inflama…

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No Brasil, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves ressalta que a distância desse caso detectado não altera imediatamente o estado de saúde do país, mas ainda é um momento de alerta.

O Instituto Agropecuário Colombiano (ICA) confirmou que no dia 19 foram detectados dois focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no município de Acandí, no departamento de Chocolate. A informação é de uma nota oficial da entidade governamental colombiana. De acordo com a nota do ICA, a descoberta dos dois focos da doença ocorreu por meio de ações de vigilância epidemiológica realizadas em todo o território nacional. (Veja o comunicado completo do ICA, traduzido para o português, no final do texto).

O relatório de Notícias agrícolas entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para se posicionar sobre as medidas que estão sendo ou serão tomadas, mas ainda não houve resposta.

O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Luizinho Caron, diz que, em seu entendimento do caso, a localização do caso ocorreu na fronteira com o Panamá, “portanto, ainda é tecnicamente a América Central”. O especialista ressalta que a cepa encontrada na Colômbia é a mesma que está causando estragos nos Estados Unidos, que sobreviveram ao verão, quando normalmente os casos da doença tendem a diminuir.

“Os casos que ficam nessas regiões e não chegam na América do Sul mais continental, como Equador, Peru, não acho que mude muito nosso status. Mesmo assim, o alerta permanece, pois algumas aves migratórias podem passar pela América do Sul”.

De acordo com informações divulgadas pela agência internacional de notícias Reuters, em 18 de outubro, os Estados Unidos registraram um recorde de mortes de aves por esta doença. Ainda de acordo com o veículo de comunicação, mais de 47 milhões de aves morreram devido a infecções e abates, o que prejudicou as exportações e reduziu a produção de ovos, galinhas e perus. “Em 2015, 50,5 milhões de aves morreram no surto mais mortal nos EUA, o pior evento de saúde animal do país até hoje”, informou a Reuters.

A variante atacada nos Estados Unidos – de uma doença que ocorre com mais frequência nas estações mais frias do ano – é o vírus H5N1 que sobreviveu até o verão, segundo a diretora veterinária do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), Rosemary Sifford, em Publicação da Reuters. Esse mesmo subtipo da doença também está se espalhando pela Europa.

Ainda segundo Caron, foi um surto em aves de quintal, “mas o vírus está lá e a migração das aves é algo natural”. E acrescenta: “O MAPA está focado no monitoramento em regiões próximas aos lagos, no litoral e nas rotas migratórias e, claro, se o risco aumentar, intensificará a coleta de amostras”.

“O ICA recebeu a notificação de sinais compatíveis com a doença no dia 8 de outubro e mobilizou imediatamente o pessoal necessário para cumprir os protocolos estabelecidos para estes casos. Os funcionários do Instituto atenderam as ocorrências e coletaram as respectivas amostras, que foram encaminhadas ao Laboratório Nacional de Diagnóstico Veterinário onde, por meio de processos analíticos de diagnóstico molecular realizados entre os dias 14 e 18 de outubro, foi identificado que a cepa encontrada em duas propriedades rurais com população (aves de quintal e aves silvestres) corresponde à sequência genética de um vírus altamente patogênico, com subtipo H5”, destacou o Instituto.

Ao todo, as duas granjas onde a doença foi encontrada contavam com 175 aves que, como medida sanitária de controle e erradicação da doença e de acordo com procedimentos técnicos estabelecidos, foram abatidas.

No relatório do instituto, detalha-se que a região onde estão localizadas as fazendas fica na fronteira com o Panamá, e “não está ligada por terra com o restante do território nacional”. O Instituto destaca ainda que nesta região não existem granjas comerciais e que a avicultura do município se caracteriza exclusivamente pela criação de aves para subsistência.

“A presença da doença no país ainda está sendo estudada pelo ICA, e a primeira hipótese é a de uma interação próxima com aves migratórias silvestres, que geralmente são portadoras do vírus influenza. É importante esclarecer que esta região geográfica está na rota migratória de aves silvestres que viajam do norte do continente, onde, segundo relatórios da Organização Mundial de Saúde Animal (Woah), existem focos ativos da doença. Nota.

O Instituto Agropecuário Colombiano também destacou em seu comunicado que existe um plano de contingência ativo contra a doença formado por uma equipe de epidemiologistas, veterinários e técnicos pecuários, que se concentrou no escritório local da instituição em Acandí para controlar e erradicar a situação.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) se manifestou por meio de nota (confira na íntegra no final do texto), e informou que é uma situação que acende um alerta máximo, uma vez que a doença voltou à América do Sul .

Além de reiterar aos integrantes da cadeia produtiva que mantenham os cuidados de biossegurança das fazendas em dia e informem funcionários, empresas e parceiros sobre o caso, a ABPA enviou mensagem direta ao ministro da Agricultura, Marcos Montes, ao Secretário de Defesa Agropecuária e ao Diretor de Saúde Animal, “para que a mobilização do MAPA seja reforçada nas diversas frentes de defesa agropecuária nos portos, aeroportos e fronteiras, seja por meio de ação ativa ou por meio de campanhas, estimulando o engajamento de todos na proteção do bem setorial mais precioso, que é a saúde dos nossos elencos”.

NOTA OFICIAL DO INSTITUTO AGRÍCOLA COLOMBIANO (ICA)

“O Instituto Agropecuário Colombiano confirmou, como resultado das ações de vigilância epidemiológica realizadas em todo o território nacional, a presença de dois focos de Gripe Aviária de Alta Patogenicidade no município de Acandí, no departamento de Chocolate.

O Instituto recebeu a notificação de sinais compatíveis com a doença em 8 de outubro e mobilizou imediatamente o pessoal necessário para cumprir os protocolos estabelecidos para esses casos. Os funcionários do ICA trataram os casos e recolheram as respetivas amostras, que foram enviadas para o Laboratório Nacional de Diagnóstico Veterinário onde, através de processos analíticos de diagnóstico molecular realizados entre 14 e 18 de outubro, foi identificado que a estirpe encontrada em duas explorações com população mista (quintal aves e aves selvagens) corresponde à sequência genética de um vírus altamente patogénico, com subtipo H5.

A população total das duas granjas era de 175 aves, as quais, como medida sanitária de controle e erradicação da doença e de acordo com procedimentos técnicos estabelecidos, foram abatidas.

Acandí está localizada no extremo norte do departamento de Chocó, em uma área de fronteira com o Panamá que não está conectada por terra com o restante do território nacional. Não há granjas comerciais na região e a avicultura do município caracteriza-se exclusivamente por granjas de quintal com aves criadas em um único espaço e cujos produtos são utilizados exclusivamente para autoconsumo.

A presença da doença no país ainda está sendo estudada pelo ICA, e a primeira hipótese é a de uma interação próxima com aves migratórias silvestres, que geralmente são portadoras sadias do vírus influenza. É importante esclarecer que esta região geográfica está na rota migratória de aves silvestres que viajam do norte do continente, onde, segundo relatórios da WHOA, existem focos ativos da doença.

Neste momento, o Plano de Contingência para o atendimento da Gripe Aviária está ativo e foi formada uma equipe de atendimento composta por epidemiologistas, veterinários e técnicos pecuários, que se concentrou no escritório local da instituição em Acandí para controlar e erradicar a situação. . Nas propriedades identificadas como positivas, foram estabelecidas medidas de quarentena para mitigar o risco de propagação da doença para outras áreas do departamento de Chocó ou do país.

Os colaboradores do ICA, com três grupos de trabalho de campo, têm realizado atividades de monitorização permanente na área de intervenção e a população de aves tem sido monitorizada através de inspeção clínica e amostragem para diagnóstico laboratorial e até ao momento não foram encontradas aves. . As atividades de vigilância continuarão a ser realizadas em todo o território nacional de forma permanente.

Da mesma forma, as ações necessárias serão articuladas com as autoridades de saúde locais, para gerar recomendações voltadas à prevenção e assistência às comunidades deste território.

O ICA dá tranquilidade aos produtores e consumidores do país; a localização dos focos não coloca em risco a produção ou consumo nacional de ovos e carne de frango, e o trabalho interinstitucional garante que todos os esforços estão sendo feitos, cumprindo os protocolos estabelecidos em nível internacional para conter a doença e prevenir sua propagação.

Da mesma forma, apelar às comunidades da região para que comuniquem quaisquer sinais suspeitos nas suas aves ao escritório do ICA mais próximo ou através dos canais estabelecidos para o efeito, para que possam agir rapidamente em caso de possível presença da doença” .

NOTA OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL (ABPA)

“Membros Associados

Recebemos através de nossos colegas produtores colombianos informações sobre o registro de dois focos de Influenza Aviária identificados pelo Instituto Colombiano Agropecuário (ICA) no município de Acandí – departamento de Chocó.
Os surtos vêm de aves selvagens e de quintal. No entanto, corresponde ao subtipo H5, que é altamente patogênico. O município de Acandí está localizado no norte da Colômbia, próximo à fronteira com o Panamá, como pode ser visto no mapa abaixo.

imagem abpa mapa da gripe aviária na colômbia


FONTE DE INFORMAÇÃO: https://www.ica.gov.co/noticias/ica-confirma-presencia-influenza-aviar-acandi
Este é um momento de alerta máximo para a avicultura brasileira, com o retorno da doença para a América do Sul. A ABPA emitiu hoje um pedido para reforçar a mobilização do Ministério da Agricultura, em mensagem direta ao Ministro, ao Secretário de Defesa Agropecuária e ao Diretor de Saúde Animal, nas diversas frentes de defesa agropecuária, nos portos, aeroportos e fronteiras, seja por meio da ação ativa ou por meio de campanhas, incentivando o engajamento de todos na proteção do bem mais precioso do setor, que é a saúde de nossos rebanhos.
Ao mesmo tempo, REFORÇAMOS a todos a necessidade de manter os cuidados quanto às visitas às unidades produtivas e ao retorno dos colaboradores que se encontram no exterior.
O PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA FOI ATUALIZADO. Redistribuir internamente dentro de suas empresas e entre seus parceiros, para que todas as áreas mantenham total atenção, seja no que diz respeito às visitas às unidades produtivas ou ao retorno de colaboradores que estão no exterior. Veja o link para acessá-lo: https://abpa-br.org/wp-content/uploads/2022/10/Manual-de-Biosseguridade-revisao-1.pdf
Não é demais pedir a quem esteve em zonas com registos da doença – como a França, com a recente realização do SIAL Paris – que realize períodos de quarentena antes de regressar às quintas e escritórios, ou contacte os técnicos que vão no campo.
Em outra frente, a ABPA, por meio do GEPIA (Grupo Especial de Prevenção da Gripe Aviária), reforçará as campanhas de prevenção.
Este é um momento estratégico de ação para proteger nossa avicultura, a única entre os grandes produtores mundiais a nunca registrar a doença – e continuaremos a fazê-lo!”



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