Produtor de soja se equivocou e preços vão piorar, diz analista

Erros do produtor prejudicam mercado.

Análise do mercado de soja: o que esperar da safra

O mercado de soja é crucial para a economia brasileira e a safra de 2023/24 está gerando expectativas e incertezas. A produção nacional está acelerada, mas a quebra em algumas regiões e a produção argentina estão impactando os preços futuros da soja. Este artigo analisa as perspectivas para a safra de soja, considerando fatores como a produção argentina, estratégias equivocadas, piora nos preços, rentabilidade da safra, possíveis melhoras nas cotações e os custos para a próxima safra. Acompanhe nossa análise completa e descubra o que esperar do mercado de soja nos próximos meses.

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Subtítulo 1

A produção argentina pode impactar a oferta e os preços futuros da soja, mesmo que o Brasil seja o maior player do mundo. A relação entre estoque e consumo global é favorável, com estoques para quatro meses de consumo. O Brasil não está perdendo 32 milhões de toneladas, mas a produção argentina pode causar um rebalanceamento na oferta.

Subtítulo 2

Os prêmios dos portos brasileiros estão em níveis baixos devido à oferta de safra antecipada. Além disso, estratégias equivocadas levaram os produtores a não vender a soja antecipadamente quando os valores externos estavam mais elevados. Com isso, o caminho do preço futuro da soja está em direção aos 11 dólares por bushel, devido à colheita recorde no Sul do Brasil e ao aumento projetado da área plantada nos Estados Unidos.

Subtítulo 3

A demanda global por soja não deve diminuir, e a procura pela commodity continua forte. A China ainda mantém altos volumes de importação e a projeção de demanda para 2024 é maior do que no ano anterior. No entanto, os produtores se ressentem neste momento devido às estratégias equivocadas adotadas.

Subtítulo 4

A chegada do La Niña pode influenciar positivamente as cotações da soja em Chicago. As chances desse fenômeno climático começar entre junho e setembro podem precificar o risco de quebra de safra, o que pode elevar os preços para além dos 11 dólares por bushel. No entanto, os custos de produção para a próxima safra não devem subir, mantendo o break-even tranquilo para algumas regiões.

Subtítulo 5

O mercado de soja enfrenta desafios e oportunidades, com impactos da produção argentina, estratégias equivocadas dos produtores e influência do La Niña nas cotações. A demanda global segue firme, mas a incerteza sobre custos e preços futuros gera preocupações para os produtores e investidores do setor.

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### Conclusão
A análise do mercado da soja aponta para um cenário desafiador, com preços futuros em queda e estratégias equivocadas por parte dos produtores. A produção da Argentina influenciou esse panorama, mas a demanda global por soja continua firme. A rentabilidade da safra atual está comprometida, e os custos para a próxima safra serão um desafio. No entanto, a possibilidade de um La Niña e a precificação do risco de quebra de safra podem dar uma reviravolta nas cotações da soja. Os produtores precisam estar atentos e preparados para enfrentar os desafios do mercado agrícola.

### Título
Desafios e Perspectivas: Análise do Mercado da Soja para os Produtores

### Palavras de Conclusão
Em um mercado dinâmico e sujeito a diversas influências, os produtores de soja precisam se manter informados e preparados para enfrentar os desafios econômicos e climáticos. A busca por estratégias mais sólidas e atenção às projeções de mercado são essenciais para garantir a sustentabilidade do negócio agrícola.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Perguntas Frequentes sobre a Colheita e Preços da Soja

1. Por que os preços da soja não estão subindo apesar da redução da oferta brasileira?

Os preços da soja não estão subindo devido à produção argentina, que está estimada em 32 milhões de toneladas a mais do que na temporada passada. Além disso, os estoques globais de soja estão em níveis confortáveis, o que limita um impacto significativo nos preços devido à redução da oferta brasileira.

2. Por que os produtores estão enfrentando dificuldades financeiras na colheita da safra de soja?

Os produtores estão enfrentando dificuldades financeiras devido a estratégias equivocadas de venda da soja antecipadamente, quando os preços estavam em patamares elevados. Além disso, os prêmios dos portos brasileiros estão em baixos níveis devido à oferta de safra antecipada.

3. Por que os preços da soja estão em declínio e para onde se espera que caminhem?

Os preços da soja estão em declínio devido à colheita recorde no Sul do Brasil e à expectativa de uma safra americana também recorde. Espera-se que os preços da soja atinjam a média dos últimos dez anos, de 11 dólares e 26 cents por bushel.

4. Existe a possibilidade de melhora nas cotações da soja no futuro?

A chegada do La Niña pode melhorar as cotações da soja em Chicago, principalmente se houver um risco de quebra de safra nos Estados Unidos e no Sul do Brasil. A procura global por soja não deve diminuir, o que pode contribuir para uma possível recuperação dos preços

5. Quais são os custos esperados para a próxima safra de soja?

Para a próxima safra, os custos de produção não devem subir significativamente, e o break even para as regiões Sul e Sudeste está dentro de uma faixa confortável. No entanto, para o Cerrado, o break even em Mato Grosso está mais elevado, o que pode representar desafios financeiros para os produtores.

A colheita da soja no Brasil está em pleno andamento, e os preços da soja estão sendo impactados por diversos fatores, incluindo a produção argentina, estratégias equivocadas dos produtores e expectativas de uma safra recorde nos Estados Unidos. Apesar dos desafios enfrentados pelos produtores, ainda há perspectivas de recuperação nos preços da soja no futuro. Os próximos meses serão decisivos para acompanhar como a dinâmica do mercado poderá influenciar a rentabilidade da safra e os custos para a próxima temporada.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

A colheita da soja está em pleno andamento no país, em ritmo mais acelerado do que a média dos últimos cinco anos.

Apesar da quebra em algumas regiões por conta do clima, principalmente em Mato Grosso e no Paraná, ainda se espera que o Brasil registre a segunda maior safra da história, atrás apenas das 154,6 milhões de toneladas colhidas no ciclo 2022/23.

Por conta da provável redução de oferta brasileira do grão, o produtor esperava que os preços futuros fossem subir, mas não é o que está acontecendo.

Fator Argentina

De acordo com o analista Carlos Cogo, da Cogo Assessoria em Agronegócio, parte importante do que explica esse cenário é a produção argentina, que pode chegar a 53 milhões de toneladas, ou seja, 32 milhões de toneladas acima do registrado na temporada passada.

“O Brasil não está perdendo 32 milhões de toneladas. Ainda que a safra brasileira seja de 140 milhões de toneladas, o efeito disso no mercado, nessa conjuntura, seria extremamente limitado. É aquela ideia de olhar para o umbigo e achar que só tem soja brasileira”.

Cogo enfatiza que o Brasil é realmente o player mais importante do mundo, com 38% da produção global de soja.

“No entanto, a Argentina responde por 13% da produção e isso pode causar um rebalanceamento na oferta. Os estoques de passagens globais são os maiores da história, a relação entre estoque e consumo, que é uma variável que os traders usam muito para medir tamanho de preço futuro, se ele está ajustado, é super confortável. Tem soja estocada no mundo para quatro meses de consumo, ou seja, é um estoque muito confortável em termos de grãos”.

Estratégias equivocadas

cotação preço soja queda Chicagocotação preço soja queda Chicago
Foto: Reprodução

O analista lembra, ainda, que os prêmios dos portos brasileiros estão em baixissímos níveis em função da oferta de safra antecipada. “Como o produtor não tem armazém, está deslocando tudo para o porto, é uma tempestade perfeita, infelizmente”.

Segundo Cogo, o produtor se ressente neste momento porque traçou estratégias equivocadas, já que não vendeu a soja antecipadamente quando os valores externos estavam em patamares elevados, de 13 a 14 dólares por bushel.

“Os produtores apostaram em uma alta da soja quando não havia evidências para isso porque sabia-se que a média [de produção] do Sul teria uma grande chance de ser recorde, mesmo com as quebras existentes hoje no Brasil”.

Piora nos preços da soja

O caminho do preço futuro da soja é em direção aos 11 dólares por bushel, na opinião de Cogo.

“O Sul do Brasil está colhendo uma safra recorde e, mais adiante, todos os indicativos apontam para os Estados Unidos plantando mais soja esse ano, com crescimento de 4% a 5% na área. Assim, virá uma safra norte-americana recorde. Desta forma, o estoque é reforçado e a soja vem para a linha média dos últimos dez anos, de 11 dólares e 26 cents por bushel”, conta.

A notícia boa, conforme o analista, é que a procura global por soja não deve diminuir. “Fala-se muito que a China estaria entrando em um processo de retração, com um ritmo menor, que a economia estaria em situação mais delicada. No entanto, se olharmos os volumes que eles vêm importando, isso [redução nas compras] não está acontecendo. Não está havendo um enfraquecimento de demanda. Inclusive a projeção de demanda para 2024 é maior do que do ano passado. Em nível global a demanda de soja deve crescer esse ano 5,4%, sendo que cresceu 0% no ano passado”.

Rentabilidade da safra

cotação sojacotação soja
Erros do produtor prejudicam mercado. 7

Já em relação à rentabilidade da safra 2023/24, que está sendo colhida, Cogo traz um cenário de margens apertadas ou já negativas.

“O break even, ou seja, aquele ponto onde a receita da soja equipara com o custo está muito alto, está na casa das 56 sacas, por exemplo, no Cerrado para pagar o custo operacional, tudo aquilo que é desembolsado pelo produtor para pagar fertilizantes, sementes, insumos, mão de obra, despesas da lavoura. Se alguém, por acaso, tiver colhendo 53, 54 sacas por hectare já não consegue nem pagar a conta da despesa da safra”.

Melhora das cotações da soja

Segundo o analista, a chegada do La Niña pode melhorar as cotações da soja em Chicago. “Estamos com 60%, 65% de chances de um La Niña começando entre junho e setembro [deste ano]. O fenômeno atingiria o meio da safra norte-americana e começaria já a fazer uma precificação de risco para a próxima safra sul-americana”.

Cogo lembra que o mercado futuro não precifica a quebra de safra, mas sim o risco de quebra. “Se essa quebra começar a ser prenunciada de alguma forma, ora colocando em risco as lavouras dos Estados Unidos com períodos de seca e depois complicando o Sul do Brasil novamente, vai ser precificado e pode tirar a soja desse viés de 11 dólares e por bushel e retomar os 12 dólar, ou talvez até mais”.

Custos para a próxima safra

O custo de produção não deve subir na próxima temporada, conforme o analista da Cogo Assessoria em Agronegócio.

“O custo pode ficar até 1% a 2 % abaixo do que foi em 23/24, mas o break even desse negócio de soja para 24/25 para as regiões Sul e Sudeste está tranquilo. É um break even de 51 sacas, sendo que se consegue colher uma média de 60 a 65 sacas nessas regiões. Contudo, para o Cerrado, se mantém o break even em Mato Grosso de 56 sacas. Então, é preciso se produzir muito bem, mas se tiver um arrendamento na equação, a conta já não fecha”.

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