Apesar das dificuldades de compra e logística causadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, dois importantes fornecedores de insumos, as entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro em 2022, mesmo com queda de 10,4% em relação a 2021, atenderam plenamente o mercado.
Foram 41,07 milhões de toneladas. Ante 45,85 milhões no ano anterior. A informação é da Associação Nacional de Difusão de Fertilizantes (ANDA), cujo diretor-executivo, Ricardo Tortorella, lembra que “nosso país importa 85% do total consumido”.
fertilizantes
Somente os dados referentes às entregas de dezembro de 2022 registraram crescimento de 1,4% em relação ao mesmo mês de 2021. Assim, foram 3,36 milhões de toneladas, ante 3,31 milhões.
O Estado de Mato Grosso, líder nas entregas ao mercado, concentra o maior volume em 2022 (24,4%) atingindo 10,02 milhões de toneladas. Em seguida vem Goiás, com 4,63 milhões, Rio Grande do Sul (4,32 milhões), Paraná (4,20 milhões), São Paulo (4,17 milhões) e, por último, Minas Gerais (3,88 milhões).
A produção nacional de fertilizantes intermediários encerrou dezembro de 2022 com 605 mil toneladas. Representando, portanto, uma queda de 13,3%.
De janeiro a dezembro de 2022, a produção total foi de 7,45 milhões de toneladas. Com crescimento, portanto, de 3,3% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram fabricadas 7,21 milhões de toneladas.
Importações
As importações de fertilizantes intermediários atingiram 2,07 milhões de toneladas em dezembro de 2022, indicando redução de 42,2%.
De janeiro a dezembro de 2022, o total importado foi de 34,60 milhões de toneladas. Com redução, principalmente, de 11,8% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram registradas 39,25 milhões de toneladas.
Pelo Porto de Paranaguá, principal porta de entrada de fertilizantes, foram importadas 9,42 milhões de toneladas. O que indica, portanto, uma redução de 14,3% em relação a 2021. Quando, finalmente, foram desembarcadas 11 milhões de toneladas. O terminal representou, em suma, 27,2% do total importado por todos os portos.