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“Descubra o significado do ágio do bezerro: o que isso revela?” • Portal DBO

Entendendo o Ágio do Bezerro: Uma Análise Detalhada

No mundo da pecuária de corte, a questão do ágio do bezerro é um tema recorrente e crucial para os produtores. Nos últimos meses, observamos um aumento no ágio do bezerro, o que levanta questões sobre sua viabilidade e impactos no mercado.

A Importância da Análise de Investimento

Para entender a viabilidade da compra da reposição e o ágio envolvido, é fundamental analisar o investimento de forma detalhada. Fatores como a eficiência econômica da engorda, o peso adicionado e a taxa de retorno da operação são essenciais para tomar decisões assertivas.

Explorando a Relação do Ágio do Bezerro e o Mercado

O ágio do bezerro revela muito sobre o mercado e a relação entre os preços do bezerro e do boi gordo. Quando o ágio está elevado, indica uma relação de troca menos favorável para o produtor, o que pode impactar as estratégias de compra e venda. É importante entender como esse cenário se desdobra no médio prazo e como a oferta de fêmeas influencia os preços.

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Ágio do bezerro e o mercado

Com o aumento do ágio do bezerro nos últimos meses, surge a questão sobre a viabilidade da compra e os impactos no sistema gerencial. Do ponto de vista da análise de investimento, a eficiência econômica da engorda e o peso adicionado são fatores-chave para gerar resultados satisfatórios. A comparação entre a taxa de retorno da operação e a taxa mínima de atratividade (TMA) é essencial para avaliar a viabilidade do ágio no sistema. O tempo é um elemento crucial nessa análise, pois arrobas “demoradas” podem implicar em custos de oportunidade do capital.

Ágio do bezerro e o mercado em médio prazo

Um ágio elevado indica que o preço do bezerro está mais firme em relação ao boi gordo, refletindo uma relação de troca menos atrativa com a reposição. O movimento do mercado é influenciado pela oferta de fêmeas, que impacta diretamente os preços do boi gordo. A retenção de fêmeas para a produção de bezerros mais valorizados pode levar a uma diminuição do ágio em um segundo momento. É essencial entender as tendências do mercado e buscar eficiência para lidar com as variações nas relações de troca.

Considerações finais

Em março de 2024, observou-se uma queda na participação de fêmeas em doze meses, indicando um possível impacto do desinvestimento na cria e nos abates de fêmeas dos últimos anos. Essa tendência pode resultar em preços mais promissores no mercado pecuário, especialmente com o apoio do mercado externo. A confirmação da reação do bezerro e a continuação da retenção de fêmeas podem impulsionar as cotações e gerar oportunidades para os produtores.É importante estar atento às mudanças no mercado e tomar decisões estratégicas com base nas análises e projeções apresentadas.

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Conclusão

Em março de 2024, os sinais do mercado de pecuária de corte indicam uma mudança de cenário, com a queda na participação de fêmeas nos abates e o ágio do bezerro mostrando reações. Esses indicativos apontam para um mercado mais promissor, impulsionado também pela demanda externa. Se essa tendência de retenção de fêmeas se confirmar, a oferta deve diminuir e as cotações serão beneficiadas. Portanto, é fundamental estar atento a esses movimentos para tomar decisões estratégicas e aproveitar as oportunidades que surgirem no setor pecuário.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Ágio do bezerro: análise de viabilidade e mercado

O ágio do bezerro tem sido destaque nos últimos meses, levantando questões sobre a viabilidade da compra. Neste artigo, vamos analisar a perspectiva gerencial e de mercado relacionada a esse tema.

Análise de investimento e eficiência econômica

Quanto maior a eficiência econômica da engorda e o peso adicionado, mais espaço você terá para gerar resultados e a taxa interna de retorno da operação. É essencial considerar o tempo e o custo de oportunidade do capital.

Ágio do bezerro e o mercado pecuário

Um ágio elevado indica que o preço do bezerro está firme em relação ao boi gordo, refletindo uma relação de troca menos atrativa para a reposição. A oferta de fêmeas e a retenção impactam diretamente nessa dinâmica.

Considerações finais

O cenário atual aponta para mudanças no mercado, com possíveis impactos positivos nos preços e na oferta de bezerros. É importante estar atento às tendências e aos movimentos do mercado para tomar decisões estratégicas.

FAQs sobre o ágio do bezerro

1. Como o ágio do bezerro está relacionado à viabilidade da compra?

O ágio do bezerro influencia diretamente na decisão de compra da reposição, sendo essencial considerar o equilíbrio entre custos e retornos.

2. O que significa uma relação de troca menos atrativa com a reposição?

Uma relação de troca menos atrativa indica que o preço do bezerro está mais elevado em relação ao boi gordo, impactando na rentabilidade da atividade.

3. Como a retenção de fêmeas influencia no ágio do bezerro?

A retenção de fêmeas afeta diretamente a oferta de bezerros e a relação de troca, podendo gerar variações no ágio do bezerro ao longo do tempo.

4. Quais os principais fatores a considerar ao analisar o ágio do bezerro?

Além do ágio, é fundamental avaliar a eficiência econômica da engorda, a oferta de fêmeas e a dinâmica do mercado pecuário para realizar uma análise completa.

5. Como o mercado externo pode impactar no ágio do bezerro?

O mercado externo pode influenciar na demanda e nos preços dos produtos, refletindo no comportamento do mercado interno e, consequentemente, no ágio do bezerro.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Verifique a Fonte Aqui

Por Hyberville Neto – consultor e diretor da HN AGRO

Em relação à viabilidade da compra, obviamente, quanto menor o ágio, melhor, mas deixo aqui algumas ponderações, focando na parte gerencial, depois falaremos do ágio do ponto de vista do mercado e o que ele pode estar indicando.

O ágio do bezerro tem aumentado nos últimos meses, com os recuos do mercado do boi gordo até março e o bezerro praticamente estável, nas médias mensais. Mais recentemente, inclusive, com as categorias jovens esboçando uma reação maior.

Com isso, o ágio do bezerro ganhou espaço nas discussões, assim como a viabilidade ou não de trazer esse ágio para o sistema.

Em relação à compra da reposição, obviamente, quanto menor o ágio, melhor, mas deixo aqui algumas ponderações, focando na parte gerencial, depois falaremos do ágio do ponto de vista do mercado e o que ele pode estar sinalizando.

Do ponto de vista da análise de investimento

Quanto maior a sua eficiência econômica da engorda (custo da arroba engordada) e maior o peso adicionado (que dilui o ágio em mais arrobas produzidas), mais espaço você terá para trabalhar e gerar seu resultado, sua TIR (taxa interna de retorno) da operação.

Esse retorno, por sua vez, é comparado à taxa mínima de atratividade (TMA), cujo piso normalmente é um investimento de renda fixa seguro. Mas nada impede que o investidor (produtor) opte por definir uma taxa maior, que valha sair de algo “garantido” como um investimento de baixo risco.

Perceba que como estamos falando de uma taxa, o tempo é importante. Em outras palavras, uma arroba barata, mas “demorada”, carrega mais “custo de oportunidade” do capital, seja esse considerado no custo ou ao ser avaliado como alternativa.

O ágio que o sistema pode assumir depende de como a engorda é feita e até do peso do bezerro. Quanto menos arrobas de bezerro, com ágio, mais arrobas (da recria e engorda) pagarão a conta.

Essas ponderações consideram o ágio analisado frente ao mercado vigente. Como estamos falando de bezerros, o horizonte até o abate não está na B3, então não é possível travar as cotações.

Aproveitando, usar a B3 para avaliar o mercado sem travar efetivamente é inútil. Considerando que a bolsa (compradores e vendedores) tentam “acertar” o preço no mês de referência, se a tela fosse sinônimo de bola de cristal, o gráfico seria uma reta, no valor “correto”, lá do vencimento. Se a B3 não pode ser usada para travar as cotações, comprar um bezerro em um ágio que não é viável no seu sistema hoje depende de valorizações do boi gordo adiante.

A seguir vamos ponderar o que o ágio pode nos dizer sobre o mercado.

O ágio do bezerro e o mercado

Se o ágio está elevado, o preço do bezerro está relativamente mais firme, em relação ao boi gordo. Em outras palavras, ágio elevado é sinônimo de uma relação de troca menos atrativa com a reposição.

Isso é resultado de um cenário de bezerro subindo mais ou caindo menos que o boi gordo.

Aqui analisaremos em médio prazo, a lógica do movimento, e não o cenário pontual.

Como quem define os preços do boi gordo, na prática, é a oferta de fêmeas, temos um cenário de volume relevante de fêmeas indo para o gancho para fazer com que o mercado do boi esteja mais frouxo (ou menos firme) que o do bezerro.

Mas quem define a oferta de fêmeas não é a cria (como sistema ou parte dele)? Ou seja, após algum tempo de abate de fêmeas em alta, a oferta de bezerros começa a enxugar e a relação de troca (ou ágio) fica menos interessante ao recriador.

Isso ocorre porque o bezerro está relativamente mais firme, consequentemente, a rentabilidade da cria começa a melhorar e aquelas fêmeas que produziam bezerros baratos e iam para o gancho já começam ser vistas com outros olhos, para a produção de bezerros.

Saem fêmeas dos abates e o mercado dos animais terminados ganha fôlego, “acalmando” o ágio em um segundo momento.

Em outras palavras, a relação de troca boa dos últimos anos tende a ficar menos interessante, exigindo mais eficiência do recriador e invernista. Por outro lado, quando a fase de alta ocorre, a troca com os diversos insumos fica melhor, na média.

Com isso, fica mais caro comprar o bezerro, mas como a arroba vendida está mais valorizada, há espaço para as outras contas. A margem de contribuição de cada animal pode estar maior, mesmo com troca pior.

Para ilustrar, a figura 1 apresenta o ágio médio do bezerro, em relação ao boi gordo, nos doze meses anteriores, e a variação da participação de fêmeas nos abates, frente ao mesmo mês do ano anterior.

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Figura 1. Ágio do bezerro e variação da participação de fêmeas nos abates (p.p.), na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Obs.: ágio calculado considerando o preço Cepea para bezerro em MS e boi gordo em SP, média dos doze meses anteriores | a variação da participação de fêmeas compara a variação em p.p. da participação acumulada em 12 meses, frente ao mesmo mês do ano anterior.
Fonte: CEPEA / IBGE / HN AGRO

Utilizamos as médias de 12 meses, tanto para o ágio, como para a participação de fêmeas nos abates, para demonstrar as tendências, sem tanto ruído de oscilações pontuais.

O ágio do bezerro até abril está em 28,1% (média de 12 meses), com as variáveis usadas (bezerro MS e boi SP). A última vez que essa relação superou os 28,0% foi em fevereiro de 2020 e ficou acima desse patamar até junho de 2022.

Coincidentemente – ou não – em quase todo o intervalo houve retenção de fêmeas, na comparação apresentada, exceto em maio e junho de 2022. Dali em diante, o ágio diminuiu e as fêmeas foram a mais para o gancho.

Entre dezembro de 2014 e dezembro de 2016, o ágio também ficou acima de 28,0%, com retenção em todo o período, nas comparações anuais.

Considerações

Em março de 2024, tivemos a primeira queda mensal na participação de fêmea em doze meses, considerando dados preliminares do SIF.

Quando analisamos o ágio, ele também começa a mostrar que o desinvestimento na cria e os abates de fêmeas dos últimos anos parecem começar a serem sentidos. Isso vai na direção de um cenário de preços mais promissor, com uma ajuda do mercado externo.

Se esse esboço de reação do bezerro se confirmar, é provável que a tendência de retenção de fêmeas também seja chancelada, diminuindo a oferta e animando as cotações.

 


Convite: Na próxima semana estarei em Cuiabá (30/4) e Tangará da Serra (2/5), participando dos eventos regionais da MFG Agropecuária. Apresentarei a visão da HN AGRO sobre o mercado da pecuária de corte e insumos, o professor Zequinha (UNESP Botucatu) vai tratar sobre tecnologias reprodutivas e a equipe da MFG e patrocinadores vão falar do desempenho na produção. Para mais informações e inscrição gratuita, acesse as redes sociais da MFG (@mfgconfinamentosbr).

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