Análise da Polêmica entre Marcio Garcia e Pecuaristas: A Verdade sobre o Tratamento de Vacas Leiteiras no Brasil
Neste artigo, vamos analisar a polêmica envolvendo o ator Marcio Garcia e pecuaristas brasileiros a respeito do tratamento de vacas leiteiras. Há uma campanha difamatória contra a indústria do leite, mas, afinal, as vacas leiteiras são maltratadas no Brasil? Vamos desvendar o que está por trás dessa controvérsia e esclarecer os fatos.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Desmistificando as Acusações Contra a Indústria do Leite
O vídeo divulgado por Marcio Garcia e pela ONG criou uma polêmica acerca do tratamento dado às vacas leiteiras no Brasil. Mas será que as acusações são de fato verdadeiras? Vamos investigar mais a fundo e expor a verdade por trás dessas alegações.
Verdades e Mitos sobre o Bem-Estar dos Animais na Indústria de Laticínios
Qual é a realidade por trás do bem-estar animal na cadeia de produção de leite? Este tópico abordará as práticas adotadas e as preocupações com o tratamento dado às vacas leiteiras, desmistificando conceitos e destacando fatos concretos sobre o assunto.
Marcio Garcia, ONGs e a Realidade por Trás do Consumo de Leite no Brasil
Descubra as motivações por trás das ações de Marcio Garcia, das ONGs e dos pecuaristas, e aprenda mais sobre a realidade do consumo de leite no Brasil. Este tópico analisará as tensões e os conflitos existentes entre os diferentes atores envolvidos nessa polêmica.
O Futuro da Indústria de Laticínios no Brasil
Diante de toda essa controvérsia, o que podemos esperar para o futuro da indústria de laticínios no Brasil? Este tópico explorará as possíveis repercussões desse embate e as perspectivas para o setor de produção de leite no país.
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Ataques cíclicos e estrelados por celebridades
Ataques contra as cadeias produtivas de carne e leite são cíclicas, e, para chamar atenção, geralmente envolvem a participação de celebridades. Na avaliação do zootecnista e professor de bem-estar animal da Universidade Estadual Paulista (UNESP-Jaboticabal) Mateus Paranhos, as ONGs que encabeçam essas campanhas não buscam o debate, já que têm a intenção clara de pôr fim à produção animal e conduzir as pessoas ao veganismo.
“Eles generalizam, como se todo mundo fizesse de forma errada. Na verdade, nenhum produtor quer maltratar os animais. Quando isso acontece, 90% é pelo desconhecimento das boas práticas. Por outro lado, a resposta da cadeia produtiva não é boa. Em vez de ter uma atitude reativa, criticando as críticas, deveriam aproveitar e mostrar o que é bem feito. E, se em alguns casos for necessário, apontar os erros e corrigir”, sublinha.
O que Marcio Garcia e os ativistas talvez não saibam, ou finjam não saber, é que a bovinocultura de leite é um dos setores mais antenados com a implementação de práticas de bem-estar animal. E não é somente porque os pecuaristas sejam apegados afetivamente às suas “mimosas”, como acontece em muitas pequenas propriedades, mas porque uma vaca bem tratada é questão de proteção do patrimônio e garantia de renda e sobrevivência para muitas famílias.
“More than 70% of the volume of milk in Brazil comes from commercial producers, who produce milk to live. So, it makes no sense for these producers to mistreat the cows. Because if you mistreat them, the production decreases, the cow does not reproduce properly, has a mastitis problem. Some deviation may eventually occur in some property, but this is an exception,” highlights André Novo, head of technology transfer at Embrapa Sudeste, in São Carlos (SP).
Bem-estar animal é um dos pilares da cadeia do leite
Since the early 2000s, animal welfare has become one of the pillars of the milk chain. This involves concern about the right amount and quality of food, with the accompaniment of nutritionists, the application of vaccines, and the carrying out of regular medical examinations. In handling, the understanding prevails that production gains are strictly linked to respect for the animal’s habits of ruminating, lying down, and walking, as well as the need for shade and fresh water.
In the main milk basins in the country, it is not uncommon for cows to have monthly consultations with a nutritionist, a weekly visit from a veterinarian for physical and ultrasound examinations, mandatory rest of 12 to 14 hours a day on a straw mattress, and individual performance spreadsheet, as a report from Gazeta do Povo has already shown.
“Rotten apples, as in any profession, are a special case, and must be reported, monitored, and removed from the production system. Among those who do not act in bad faith, it can still happen that, out of ignorance of the best practices, some less professionalized properties fail to provide the best possible welfare to cattle. Professor Paranhos, from UNESP, points out that most problems do not require major investments in infrastructure or sophisticated equipment, but only a correct understanding of the relationship between humans and the animal, the handling.
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Bem-estar Animal na Bovinocultura de Leite: Mitos e Verdades
O discurso das ONGs que atacam a indústria de lácteos visa muito além de promover melhorias na atividade. A intenção não é debater, mas eliminar o leite. Eles buscam o fim da produção animal e a conversão das pessoas ao veganismo, de forma que a campanha difamatória promovida por algumas figuras públicas não leva em consideração o impacto negativo que causa. Ademais, os criadores de leite estão engajados em levar transparência onde há desinformação, convidando pessoas a visitar suas propriedades e conhecer de perto a realidade da produção leiteira.
Bem-estar Animal é Essencial para a Produção de Leite Sustentável
Ao contrário do que muitos acreditam, a bovinocultura de leite é um dos setores mais comprometidos com o bem-estar animal. Desde o início dos anos 2000, o cuidado com as vacas leiteiras tem sido um dos pilares da produção de leite no Brasil, e os resultados são evidentes: vacas saudáveis e confortáveis produzem mais leite, garantindo a sobrevivência de muitas famílias. Ademais, as insinuações de que a separação de bezerros de suas mães causa angústia e dor aos animais está longe da realidade, já que a genética selecionada nas vacas leiteiras minimiza o instinto materno, promovendo um ambiente de estabilidade para os animais.
Mitos e Verdades Sobre a Atividade Leiteira
Os ataques cíclicos à indústria láctea são comprometidos com a falta de informação e verdade, buscando desacreditar a atividade por completo. No entanto, a realidade é que a maioria dos produtores de leite no Brasil são pessoas comprometidas com o bem-estar animal, sempre em busca de aprimorar suas práticas. Os esforços dos pecuaristas em garantir o bem-estar das vacas são muitas vezes ignorados pelas ONGs que, ao invés de promover melhorias na produção, visam apenas aniquilar a atividade leiteira como um todo.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Título HTML H2: Mitos e verdades sobre a produção de leite no Brasil
Introdução: Descubra a verdade por trás das polêmicas envolvendo a produção de leite no Brasil, a partir dos ataques recentes feitos por celebridades e ONGs. Entenda como a bovinocultura de leite é uma atividade fundamentada no respeito ao bem-estar animal e na busca pela qualidade do produto.
Título em HTML H3: FAQ – Perguntas frequentes sobre a produção de leite
1. Os animais são maltratados na indústria leiteira?
– Não, a bovinocultura de leite no Brasil é uma das atividades mais atentas ao bem-estar animal, com pecuaristas comprometidos com o conforto e saúde dos animais.
2. A separação de bezerros de suas mães causa dor?
– Não, a seleção genética nas raças leiteiras reduziu os instintos maternais aguçados, tornando essa situação menos estressante para os animais.
3. A produção leiteira contribui para a crueldade animal?
– Não, a produção leiteira busca garantir o conforto e qualidade de vida das vacas, pois vacas bem tratadas se traduzem em maior produção de leite.
4. Qual é o impacto das campanhas difamatórias na indústria do leite?
– As campanhas difamatórias prejudicam a indústria do leite, reduzindo os preços pagos aos produtores e gerando desinformação sobre a realidade da atividade.
5. Como os criadores de gado buscam mostrar transparência na produção de leite?
– Os criadores organizam visitas abertas ao público, convidando pessoas para conhecer as propriedades e ver de perto como é o cuidado e manejo das vacas leiteiras.
Título em HTML H4: Conclusão
A produção de leite no Brasil é uma atividade que se preocupa com o bem-estar animal e a qualidade do produto. Apesar dos ataques difamatórios, os pecuaristas estão empenhados em garantir transparência e convidar o público a conhecer de perto a realidade da indústria leiteira. Acompanhe nosso conteúdo para mais informações e esclarecimentos sobre o tema.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
O ator Marcio Garcia, ativista da causa vegana, virou pivô de uma polêmica nesta semana ao se associar à ONG Mercy for Animals e lançar nas redes sociais uma campanha contra pecuaristas e contra o consumo de leite pelos brasileiros. Um hábito que, segundo ele, contribui para causar dor e sofrimento às vacas e seus bezerros.
O vídeo divulgado por Garcia e pela ONG tem os ingredientes típicos de uma campanha difamatória: a partir de desvios e irregularidades de uma única propriedade, procura desacreditar toda a cadeia produtiva, tentando convencer o leitor/espectador de que esse é o padrão da “indústria do leite” brasileira.
Será
que as vacas leiteiras realmente são maltratadas país afora apenas para dar
lucros cada vez maiores aos criadores, entregando à população um alimento ilegitimamente
tomado dos bezerros?
“Eu digo que é capaz de o produtor ficar sem uma refeição para correr atrás da vaca que tem algum problema. Essa atividade é um sacerdócio, a gente gosta de vaca. Estamos sempre pensando no conforto animal, na água, na sombra. Antigamente, talvez existisse o tirador de leite, o gigolô de vaca. Hoje não é assim. Essas campanhas demonstram enorme ignorância, nos classificam como bandidos, como criminosos, e os produtores de leite não são nada disso”, assegura Marcos Tang, presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando).
Ataques cíclicos e estrelados por celebridades
Ataques contra as cadeias produtivas de carne e leite são cíclicas, e, para chamar atenção, geralmente envolvem a participação de celebridades. Na avaliação do zootecnista e professor de bem-estar animal da Universidade Estadual Paulista (UNESP-Jaboticabal) Mateus Paranhos, as ONGs que encabeçam essas campanhas não buscam o debate, já que têm a intenção clara de pôr fim à produção animal e conduzir as pessoas ao veganismo.
“Eles generalizam, como se todo mundo fizesse de forma errada. Na verdade, nenhum produtor quer maltratar os animais. Quando isso acontece, 90% é pelo desconhecimento das boas práticas. Por outro lado, a resposta da cadeia produtiva não é boa. Em vez de ter uma atitude reativa, criticando as críticas, deveriam aproveitar e mostrar o que é bem feito. E, se em alguns casos for necessário, apontar os erros e corrigir”, sublinha.
O que Marcio Garcia e os ativistas talvez não saibam, ou finjam não saber, é que a bovinocultura de leite é um dos setores mais antenados com a implementação de práticas de bem-estar animal. E não é somente porque os pecuaristas sejam apegados afetivamente às suas “mimosas”, como acontece em muitas pequenas propriedades, mas porque uma vaca bem tratada é questão de proteção do patrimônio e garantia de renda e sobrevivência para muitas famílias.
“Mais de 70% do volume de leite no Brasil vêm de produtores comerciais, que produzem leite para viver. Então, não faz nenhum sentido estes produtores tratarem mal das vacas. Porque se você trata mal, cai a produção, a vaca não reproduz direito, tem problema de mastite (inflamação da mama). Pode eventualmente acontecer algum desvio em alguma propriedade, mas isso é exceção”, destaca André Novo, chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Sudeste, em São Carlos (SP).
Bem-estar animal é um dos pilares da cadeia do leite
Desde o início dos anos 2.000, o bem-estar animal se transformou
num dos pilares da cadeia do leite. Isso envolve a preocupação com o alimento
na quantidade e qualidade certas, com acompanhamento de nutricionistas, aplicação
de vacinas e realização de exames médicos periódicos. No manejo, prevalece o
entendimento de que ganhos de produção estão estritamente ligados ao respeito aos
hábitos do animal de ruminar, de se deitar e caminhar, além da necessidade de
sombra e água fresca.
Não é incomum nas principais bacias leiteiras do país as vacas terem consulta com nutricionista todo mês, visita semanal do médico veterinário para exames físicos e de ultrassom, descanso obrigatório de 12 a 14 horas por dia em colchão de palha e planilha individual de desempenho, como já demonstrou reportagem da Gazeta do Povo.
Maçãs podres, como em toda profissão, são um caso à parte, e devem ser denunciadas, fiscalizadas e retiradas do sistema produtivo. Dentre os que não agem de má-fé, ainda assim pode ocorrer de, por desconhecimento das melhores práticas, algumas propriedades menos profissionalizadas falhem em proporcionar o melhor bem-estar possível aos bovinos. O professor Paranhos, da UNESP, aponta que a maioria dos problemas não exige grandes investimentos em infraestrutura ou equipamentos sofisticados, mas apenas uma compreensão correta da relação do ser humano com o animal, o manejo.
Menos estresse, mais leite
Paranhos cita como exemplo o tratamento que deve ser dispensado à vaca leiteira jovem que pariu pela primeira vez. “Toda alteração na vida de alguém pode causar estresse. Essa fêmea pode estranhar a sala de ordenha. É preciso adotar uma estratégia para adaptá-la a essa condição, é preciso que ela fique bem habituada com a presença de seres humanos e não se assuste. Uma segunda parte envolver tirar a sensibilidade ao toque quando vai fazer a ordenha. Tudo isso é feito de forma gradativa, evita o estresse do animal e gera mais leite, gera mais receita”, aponta.
O que
estaria faltando, na avaliação de Paranhos, é investimento na atividade de
extensão junto aos criadores. “Já temos conhecimento suficiente, desenvolvido
pelos institutos de pesquisa e pelas universidades para implementar essas boas
práticas. O próximo passo é levar esse conhecimento. Infelizmente, com algumas
exceções, nossa estrutura de assistência técnica no Brasil hoje está desmontada.
Quem faz isso são as empresas, que, naturalmente, focam no grande produtor, enquanto
o pequeno fica meio esquecido”, afirma.
Uma das acusações feitas pela ONG Mercy for Animals é a de que a atividade leiteira causa extrema angústia e dor aos animais, ao separar os bezerros recém-nascidos de suas mães em poucas horas ou dias. O pesquisador da Embrapa André Novo diz que essa percepção não corresponde à realidade. Nos últimos 150 anos, sublinha, houve uma seleção genética intensa na atividade leiteira por vacas com instintos maternais menos aguçados.
ONGs não querem melhorias, mas aniquilação da atividade leiteira
O contraste hoje seria visível com vacas zebuínas do gado de corte. “Elas são excelentes mães, foram selecionadas para proteger o bezerro em condições extensivas, de pasto aberto, com inimigos naturais como urubus e cães. Já as raças leiteiras têm sido selecionadas pela sua convivência com o ser humano. Elas não entendem o homem como inimigo e são bem menos maternais, do ponto de vista de paixão pelo bezerro. Muitas vacas criam e vão tocar a vida. Essa questão da separação da mãe com a cria é muito subjetiva. E para os animais têm sido muito tranquilo. Não há estresse nem para a mãe nem para a cria”, afirma.
O momento em que ocorre o ataque do ator Marcio Garcia e da ONG ao setor de lácteos é particularmente delicado. Em plena entressafra, os preços pagos ao produtor estão reduzidos devido ao aumento da oferta de leite importado do Uruguai e da Argentina. Tudo o que os produtores não precisavam, agora, é de uma campanha de desinformação.
“O discurso dessas ONGs não envolve debater melhorias, é simplesmente eliminar o leite. Elas têm uma missão que é de acabar com alguma coisa, tanto faz se é o leite ou a carne”, reclama Armando Rabbers, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gado da Raça Holandesa (ABCRH).
Escaldados pelos ataques cíclicos, os criadores de leite têm se organizado para levar transparência onde há desinformação. O produtor Rabbers, por exemplo, já recebeu um grupo de 30 blogueiras em sua propriedade em Castro (PR), capital do leite no país: “Elas ficaram encantadas com o tratamento que damos às vacas, com coçadores, camas limpas, e toda a forma como é feito o manejo”. Marcos Tang, da Girolando, acrescenta que a ideia é espalhar convites para que os moradores urbanos visitem as propriedades leiteiras e confiram, in loco, como é a prática do dia a dia.
Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]