A necessidade urgente de descarbonização na agricultura

A agricultura mundial enfrenta o desafio da descarbonização da atmosfera, que é crucial para reduzir os gases causadores do efeito estufa. Esse é um problema de escala global, uma vez que um terço das emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera é originado do sistema global de produção de alimentos. Além disso, a degradação dos solos agrícolas em muitas regiões do mundo é um sinal de alerta para a necessidade de mudanças no setor agrícola.

Neste contexto, é crucial entender que a agricultura não pode ser rotulada como a única vilã na mudança climática, no entanto, é necessário buscar alternativas e inovações nos sistemas de produção agrícola e animal. A população mundial está se aproximando de 10 bilhões de pessoas, e garantir uma alimentação saudável para todos requer a implementação de novas práticas e tecnologias no setor agrícola.

Por isso, este artigo abordará as propostas científicas para a restauração da saúde dos solos, a necessidade de reduzir o desperdício de alimentos, mudanças nos hábitos alimentares e a importância da educação no contexto da descarbonização na agricultura.

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Desenvolvimento

O desafio da descarbonização da atmosfera e da recarbonização da biosfera está intrinsecamente ligado à agricultura global. Estima-se que um terço das emissões de gases de efeito estufa provém do sistema de produção de alimentos em escala global. Além disso, a degradação dos solos utilizados para a produção agrícola e animal é um problema crescente em diversas regiões do mundo.

Diante desse cenário, é fundamental buscar alternativas que permitam enfrentar esses desafios de forma eficaz. Não se pode permitir que o sectarismo, tanto o negacionista quanto o catastrofista, impeça a construção de caminhos promissores para o futuro. É necessário buscar mudanças e novas inovações nos sistemas de produção agrícola, visando garantir uma alimentação saudável e de qualidade para a população global, que está prestes a atingir os 10 bilhões de habitantes até o final do século.

Inovações Tecnológicas e Mudanças de Hábitos

Grifes científicas têm indicado caminhos para a restauração da saúde dos solos e a intensificação ecológica como formas de produzir mais com menos, respeitando os limites dos sistemas naturais. Simultaneamente, a redução do desperdício de alimentos, mudanças de hábitos alimentares e a busca por maior Educação são fundamentais.

Inovação Tecnológica e Pesquisa Básica

Agricultura regenerativa, agroecologia, intensificação ecológica e a integração de sistemas de produção e natureza são áreas que demandam investimento em pesquisa básica. Além disso, a busca por sistemas de produção ambientalmente amigáveis e a maior resiliência à variabilidade extrema do clima são imperativos.

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Desafios e Paradoxos

O maior desafio enfrentado é evitar sucumbir ao Paradoxo de Jevons, onde melhorias tecnológicas podem aumentar o consumo total de recursos ao invés de diminuí-lo. Um exemplo disso é a expansão da soja no Brasil, que aumenta o desmatamento na Amazônia mesmo com o aumento de rendimento por área cultivada.

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Agricultura Sustentável: Desafios e Soluções

A busca por uma agricultura sustentável é um desafio crucial, mas não impossível de ser superado. Com o aumento da população mundial e a necessidade de produção de alimentos em larga escala, é fundamental investir em práticas e tecnologias que promovam a regeneração do solo, redução do desperdício de alimentos e a minimização das emissões de gases de efeito estufa. A transição para um modelo agrícola mais sustentável requer inovação, investimento e cooperação global, mas é essencial para garantir a segurança alimentar e o bem-estar do planeta. É hora de agir e buscar soluções que beneficiem a todos, presentes e futuras gerações.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Descarbonização da Agricultura Mundial: Desafios e Alternativas

O desafio que ora se impõe sobre a agricultura mundial de descarbonização da atmosfera (entenda-se de todos os gases causadores do efeito estufa, mensurados em equivalentes de CO2) pode ser tão grande quanto o de recarbonizar a biosfera terrestre (elevação de Carbono orgânico e inorgânico nos solos, por exemplo).

Na falta de números melhores, estima-se que, em escala global, um terço das emissões dos gases de efeito estufa para a atmosfera é oriunda do sistema mundial de produção de alimentos (incluam-se a produção agrícola e animal, o processamento industrial e os canais de distribuição).

Paralelamente, as terras que, atualmente, estão em uso para produzir alimentos, fibras, biocombustíveis e matérias-primas diversas (cinco bilhões de hectares/40% da superfície do planeta), têm dado sinais inequívocos de que está em curso, em muitas regiões do mundo, um processo de degradação desses solos. E, entenda-se, por degradação de solos, o aceleramento dos processos erosivos (hídricos e eólicos), acidificação, salinização, deterioração estrutural, desbalanceamento nutricional, redução da matéria orgânica e diminuição de biodiversidade; com claros indícios de perda de capacidade para que sejam sustentadas produtividades em níveis elevados.

O que se espera que seja feito? Nada? Afinal, os que alegam não existir mudança do clima e seus seguidores teriam ou não razão? Ou há alternativas? Respostas elementares: o sectarismo, de ambos os lados (negacionista e catastrofista), não ajuda na construção de caminhos para que se chegue a algum lugar que o futuro seja promissor; embora eles existam e se faça necessário que sejam trilhados.

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Perguntas Frequentes sobre Descarbonização da Agricultura

1. Qual é a importância da descarbonização da agricultura para o meio ambiente?

A descarbonização da agricultura é crucial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos das mudanças climáticas. Isso pode ajudar a garantir a sustentabilidade dos sistemas agrícolas e a preservação da biodiversidade.

2. Como a agricultura pode contribuir para a descarbonização da atmosfera?

A agricultura pode contribuir para a descarbonização da atmosfera através da implementação de práticas sustentáveis, como a restauração da saúde do solo, a redução do desperdício de alimentos e a promoção de sistemas de produção ambientalmente amigáveis.

3. Quais são os desafios enfrentados na busca pela descarbonização da agricultura?

Alguns dos desafios incluem o aumento da produtividade agrícola sem aumentar a emissão de gases de efeito estufa, a redução do desperdício de alimentos e a necessidade de inovação tecnológica para promover práticas mais sustentáveis.

4. Como a agricultura regenerativa e a agroecologia podem contribuir para a descarbonização?

A agricultura regenerativa e a agroecologia promovem práticas que visam restaurar a saúde do solo, reduzir o uso de insumos químicos e promover a integração entre sistemas de produção e natureza, contribuindo para a descarbonização da agricultura.

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5. Qual é o papel da pesquisa e inovação na descarbonização da agricultura?

A pesquisa e inovação são essenciais para o desenvolvimento de tecnologias e práticas que promovam a descarbonização da agricultura, incluindo a medição de fluxos de gases nos sistemas cultivados, a validação de metodologias de pegadas hídricas e de Carbono, e a análise do ciclo de vida.

Longe de rotular a atividade agrícola como a vilã principal da mudança do clima global, embora não seja merecedora de complacência ilimitada para justificar tudo que alguns se julgam no direito de fazer, há, sim, espaço para mudanças e inserção de inovações nos sistemas de produção agrícola e animal, visando a garantir uma alimentação saudável e de qualidade para uma população que ruma aos 10 bilhões de criaturas humanas, em meados desse século.

Algumas propostas, assinadas por grifes científicas, a exemplo de Rattan Lal (Farming System 1 – têm indicado os caminhos que devem ser perseguidos. E esses passam pela restauração da saúde dos solos ora em uso e pela via da intensificação ecológica (produzir mais com menos, respeitando-se os limites dos sistemas naturais).

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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O desafio que ora se impõe sobre a agricultura mundial de descarbonização da atmosfera (entenda-se de todos os gases causadores do efeito estufa, mensurados em equivalentes de CO2) pode ser tão grande quanto o de recarbonizar a biosfera terrestre (elevação de Carbono orgânico e inorgânico nos solos, por exemplo).

Na falta de números melhores, estima-se que, em escala global, um terço das emissões dos gases de efeito estufa para a atmosfera é oriunda do sistema mundial de produção de alimentos (incluam-se a produção agrícola e animal, o processamento industrial e os canais de distribuição).

Paralelamente, as terras que, atualmente, estão em uso para produzir alimentos, fibras, biocombustíveis e matérias-primas diversas (cinco bilhões de hectares/40% da superfície do planeta), têm dado sinais inequívocos de que está em curso, em muitas regiões do mundo, um processo de degradação desses solos. E, entenda-se, por degradação de solos, o aceleramento dos processos erosivos (hídricos e eólicos), acidificação, salinização, deterioração estrutural, desbalanceamento nutricional, redução da matéria orgânica e diminuição de biodiversidade; com claros indícios de perda de capacidade para que sejam sustentadas produtividades em níveis elevados.

O que se espera que seja feito? Nada? Afinal, os que alegam não existir mudança do clima e seus seguidores teriam ou não razão? Ou há alternativas? Respostas elementares: o sectarismo, de ambos os lados (negacionista e catastrofista), não ajuda na construção de caminhos para que se chegue a algum lugar que o futuro seja promissor; embora eles existam e se faça necessário que sejam trilhados.

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Longe de rotular a atividade agrícola como a vilã principal da mudança do clima global, embora não seja merecedora de complacência ilimitada para justificar tudo que alguns se julgam no direito de fazer, há, sim, espaço para mudanças e inserção de inovações nos sistemas de produção agrícola e animal, visando a garantir uma alimentação saudável e de qualidade para uma população que ruma aos 10 bilhões de criaturas humanas, em meados desse século.

Algumas propostas, assinadas por grifes científicas, a exemplo de Rattan Lal (Farming System 1 – têm indicado os caminhos que devem ser perseguidos. E esses passam pela restauração da saúde dos solos ora em uso e pela via da intensificação ecológica (produzir mais com menos, respeitando-se os limites dos sistemas naturais).

Em paralelo, não se discute a necessidade de reduzir o desperdício de alimentos no mundo (um terço de todos os grãos produzidos, literalmente, não tem qualquer uso alimentar, seja humano ou animal), mudanças de hábitos alimentares e muita Educação. É assim que os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) e a Agenda 2030, das Nações Unidas, deixarão de ser meras exortações morais, para se converterem em realidades; além de permitir que 2,5 bilhões de hectares, a metade das terras ora em uso, sejam revertidas para a natureza, até o ano 2100.

Mas, sair do terreno das boas intenções para a prática, exige da comunidade científica, ligada às ciências agrárias especialmente, que muitas coisas ainda sejam desenvolvidas e transferidas, em termos de inovação tecnológica para a agricultura. São imperativos: desenhar sistemas de produção ambientalmente amigáveis, favorecer os serviços ambientais, buscar maior resiliência à variabilidade extrema do clima e, além do potencial para minimizar as emissões dos gases de efeito estufa, priorizar o sequestro de Carbono (seja pela elevação da matéria orgânica no solo, de Carbono orgânico, nos restos culturais e plantas vivas, e/ou, inorgânico, na forma de carbonatos). Investimentos em pesquisa básica, nesse caso, fazem-se necessários.

Outro olhar, destituído de viés, sobre agricultura regenerativa, agroecologia, intensificação ecológica (diminuir yield gaps/lacunas de rendimento), integração de sistemas de produção e natureza, medição de fluxos de gases nos sistemas cultivados, parametrização de fatores regionais de emissão de gases de efeito estufa, validação de metodologias de pegadas hídricas e de Carbono e de análise do ciclo de vida, sempre primando pela busca de produzir mais com menos e poupar terras, deve ser estimulado.

O maior desafio, nessa busca de produzir mais com menos em agricultura, é não sucumbir ao Paradoxo de Jevons (à medida que as melhorias tecnológicas aumentam a eficiência com a qual um recurso é usado, o consumo total desse recurso pode aumentar em vez de diminuir), a exemplo do que tem acontecido com a soja no Brasil, onde se constata que o aumento de rendimento por unidade de área cultivada, em vez de limitar a expansão dessa oleaginosa nos trópicos, instiga o desmatamento na Amazônia.

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