A influência da meteorologia na produção de leite bovino no Rio Grande do Sul

No outono de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou uma série de desafios meteorológicos que impactaram diretamente a produção de leite bovino no estado. De acordo com o Comunicado Agrometeorologico 71 – Especial Biometeorológico Outono 2024, elaborado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi), as condições climáticas adversas impactaram significativamente a saúde e a produção das vacas leiteiras.

As análises realizadas apontaram para um cenário de desconforto térmico provocado por elevadas amplitudes térmicas e umidade do ar acima da média. Isso resultou em uma redução na produção diária de leite, causando prejuízos para os produtores rurais e alertando para a necessidade de adoção de medidas preventivas.

Impactos das condições meteorológicas na produção leiteira

As variações climáticas observadas ao longo do outono de 2024 foram responsáveis por diversas consequências negativas para a bovinocultura de leite no Rio Grande do Sul. Desde perdas na produção diária até situações de estresse térmico, os desafios enfrentados pelas vacas leiteiras evidenciam a importância de um manejo adequado em face das adversidades climáticas.

Desafios enfrentados pelos produtores rurais

Diante do panorama apresentado pelo Comunicado Agrometeorologico 71, os produtores rurais do Rio Grande do Sul se veem diante de um cenário desafiador. A necessidade de identificar estratégias para minimizar os impactos negativos do clima na produção de leite torna-se urgente, demandando conhecimento técnico e ação proativa por parte dos criadores de gado leiteiro.

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Fique atento para a próxima parte deste artigo, onde abordaremos as potenciais soluções e práticas recomendadas para superar os desafios impostos pelas condições meteorológicas adversas no setor de produção de leite bovino no Rio Grande do Sul.

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Impacto das Condições Meteorológicas na Produção de Leite

Neste cenário desafiador, as condições meteorológicas impactaram significativamente a produção de leite no Rio Grande do Sul. O outono de 2024 foi marcado por elevada umidade relativa do ar e grandes amplitudes térmicas, resultando em desconforto térmico para os animais e reflexos diretos na produção de leite.

Efeitos do Estresse Térmico na Produção Leiteira

As análises do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura apontam que as condições climáticas adversas levaram a episódios de desconforto térmico para os animais, afetando a produção diária de leite. Em algumas regiões, menos de 50% do período de março foi considerado de conforto térmico, com situações perigosas à vida dos animais em 6,6% do tempo.

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Situação por Região e Estimativas de Queda na Produção

Destaca-se a região de São Borja/Baixo Vale do Uruguai, onde o percentual de horas em conforto térmico ficou abaixo de 30%. Isso refletiu diretamente na produtividade, com estimativas de queda na produção diária de leite mais significativas em vacas de maior produtividade. Em alguns municípios, as perdas chegaram a superar os 6 kg diários, exigindo medidas de manejo para minimizar os impactos econômicos para os produtores rurais.

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Resultados da Análise Meteorológica na Produção de Leite: O Desafio da Agropecuária

Neste contexto, torna-se evidente a importância da análise e compreensão das condições meteorológicas para o desenvolvimento da agropecuária, em especial a bovinocultura de leite. Os impactos do desconforto térmico nas vacas e a consequente redução na produção de leite são desafios que os produtores rurais precisam enfrentar e superar.

Medidas de Manejo Necessárias para Minimizar as Perdas

Diante das estimativas de queda na produção de leite, é fundamental que os produtores adotem medidas de manejo adequadas para garantir o conforto térmico dos animais, mesmo diante de condições adversas. A busca por estratégias que minimizem os impactos do estresse térmico se torna ainda mais importante para a sustentabilidade da atividade agropecuária.

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Desafios e Oportunidades para a Produção Leiteira no Brasil

O cenário apresentado pelo comunicado agrometeorológico revela não apenas os desafios enfrentados pela produção leiteira, mas também as oportunidades de inovação e melhoria nos sistemas de manejo. A busca por soluções que garantam o bem-estar animal e a produtividade das vacas se mostra como um caminho promissor para o setor.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Impacto das Condições Meteorológicas no Setor Leiteiro no Rio Grande do Sul

A catástrofe meteorológica ocorrida em maio no Rio Grande do Sul causou grandes perdas na agropecuária, inclusive na bovinocultura de leite. Porém, para além do desastre, o outono de 2024 registrou elevada umidade relativa do ar e grandes amplitudes térmicas, prejudicando a produção leiteira. O Comunicado Agrometeorológico 71 analisa essas condições e seus efeitos na produção de leite. As estimativas potenciais de queda de produção diária foram mais elevadas em vacas de maior produtividade.

FAQs sobre o Impacto no Setor Leiteiro

1. Como as condições meteorológicas afetaram a produção de leite?

A umidade relativa do ar e as amplitudes térmicas elevadas causaram estresse térmico nos animais, resultando em desconforto e queda na produção de leite.

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2. Qual foi o impacto das enchentes de maio na bovinocultura de leite?

As enchentes causaram a morte de animais, prejudicaram a coleta e comercialização do leite, devido à impossibilidade de ordenha e acesso às propriedades.

3. Em quais regiões os animais sofreram mais com o desconforto térmico?

A região de São Borja/Baixo Vale do Uruguai se destacou pelo menor percentual de horas em conforto térmico, especialmente em março, com situações perigosas à vida dos animais.

4. Quais foram as maiores perdas estimadas na produção diária de leite?

Para vacas com produção entre 5 e 20 kg diários, as maiores perdas foram registradas em Campo Bom, Uruguaiana e Santa Maria, com quedas significativas na produção de leite.

5. Que medidas de manejo foram necessárias para evitar perdas na produção de leite?

Em locais com estimativas de queda superiores a 6 kg diários, medidas de manejo foram adotadas para reduzir prejuízos econômicos para os produtores rurais, focando no bem-estar dos animais.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Verifique a Fonte Aqui

A catástrofe meteorológica ocorrida em maio no Rio Grande do Sul causou grandes perdas na agropecuária, inclusive na bovinocultura de leite. Porém, para além do desastre, o outono de 2024 registrou elevada umidade relativa do ar e grandes amplitudes térmicas, causando desconforto nos animais e prejudicando a produção leiteira.

Esses são os resultados das análises de dados publicadas no Comunicado Agrometeorologico 71 – Especial Biometeorológico Outono 2024, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi).

O comunicado analisa as condições meteorológicas do período – como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite. 

As enchentes de maio causaram a morte de animais e prejudicaram a coleta e a comercialização do leite, devido à impossibilidade de ordenha e à falta de acesso às propriedades em várias localidades. 

“Somado ao enorme prejuízo, as condições meteorológicas do último outono causaram episódios de desconforto térmico aos animais em algumas regiões do Estado. É mais um fator a contribuir para a estimativa de queda na produção de leite”, detalha a pesquisadora Adriana Tarouco, uma das autoras do comunicado.

Temperaturas do ar, umidades relativas do ar e amplitudes térmicas elevadas propiciaram situações de estresse térmico ao longo do trimestre, principalmente em março. “Em somente 49,7% do período desse mês os animais estiveram em conforto térmico. Houve, inclusive, situações perigosas à vida deles em 6,6% do tempo do mês de março”, contabiliza a pesquisadora. 

A região de São Borja/Baixo Vale do Uruguai se destacou pelo menor percentual de horas do trimestre nas quais os animais estiveram em conforto térmico (28,9%), com cinco municípios com valores inferiores a 40% em março. Em abril, em três foram registrados percentuais inferiores a 60%. Por sua vez, em maio, os percentuais de horas em conforto térmico foram superiores a 80% em todas as regiões.

Estimativas potenciais de queda de produção diária de leite devido às condições meteorológicas no outono foram mais elevadas em vacas de maior produtividade.

“Para as vacas com produção entre 5 e 20 kg diários, as maiores perdas foram estimadas para as fêmeas com produção diária de 20 kg em Campo Bom e em Uruguaiana – com menos 3,9 kg de leite ao dia no mês de março – e em Santa Maria – com menos 4 kg de leite por dia em maio”, enumera Adriana.

Dentre as vacas produtoras de 25 a 40 kg diários, a menor queda estimada ocorreu em Vacaria, no mês de maio, quando os animais com produção diária de 25 kg tiveram uma redução de 2,4 kg. A maior perda estimada também foi em maio, no município de Santa Maria, onde vacas produzindo 40 kg diários tiveram redução de 6,9 kg ao dia na produção de leite.

Estimativas de queda de produção superiores a 6 kg diários para fêmeas com produção média de 40 kg por dia foram observadas em 10 dos 16 municípios avaliados (62,5%) no mês de março, quando foi registrado o menor percentual de horas em conforto térmico para os animais. “Nesses locais, foi necessário tomar medidas de manejo para evitar perdas de produção de leite e reduzir prejuízos econômicos para os produtores rurais”, conclui a pesquisadora.

Texto: Elaine Pinto/Ascom Seapi
Edição: Secom

 

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