Crop Tour Argentina percorre mais de 3 mil km e

Crop Tour Argentina percorre mais de 3 mil km e constata perdas intensas,…

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Quebra em ambas as culturas pode se agravar se chuvas não se confirmarem em volume e frequência nas próximas semanas. Veja o resumo final de uma semana de visitas às principais regiões produtoras do país.

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Crop Tour Argentina percorre mais de 3 mil km e constata perdas intensas, principalmente, na soja e milho plantados mais cedo

Após mais de três mil quilômetros percorridos nas principais regiões produtoras da Argentina, o time do Crop Tour do Grupo Labhoro e do Notícias Agrícolas, concluiu o percurso para verificar as condiçõe da safra 2022/23 de soja e milho. As perdas verificadas foram bastnte severas e as exceções são bastante raras. 

“Tirando a província de Córdoba, que recebeu chuvas em índices superiores a Buenos Aires e Santa Fé, é a melhor soja”, explica o diretor geral da Labhoro, Ginaldo Sousa, que pontua que nem mesmo em Córdoba – onde as condições foram um pouco melhores – a situação é muito diferente. “Não se pode falar que não há perdas, há perdas mas são menores”. 

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Soja e milho na região de Córdoba – Fotos: Daniel Olivi

E completa sua análise afirmando que as chuvas previstas para os próximos dias – algumas já podendo chegar à Argentina entre domingo (12) e segunda-feira (13) – precisam se confirmar ou as perdas podem ser ainda mais graves, levando a produção de soja a menos de 40 milhões de toneladas. Durante a semana, a Bolsa de Cereales de Buenos Aires reduziu sua estimativa para 38 milhões de toneladas. 

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Soja e milho nas províncias de Buneos Aires e Santa Fé – Fotos: Daniel Olivi

Sobre o milho, os piores resultados se dão sobre o chamado ‘milho do cedo’, geralmente semeado entre os meses de setembro e outubro. A cultura passou por condições climáticas ainda mais adversas e as perdas, na avaliação de Sousa, é de ao menos 70%. 

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Fotos: Daniel Olivi

“São quebras substanciais na cultura da soja, no milho, sem dúvida nenhuma, e agora é ver os próximos dias, como será o comportamento das chuvas, mas podemos afirmar que os números já nos permitem constatar perdas sérias”, explica o engenheiro agrônomo Charles Anderson Wolmann.  “E não podem ser chuvas com volumes baixos. A necessidade de umidade aqui é de 100, 130, 150 mm para tentar recuperar parte do prejuízo que já estão constatados”. 

O consultor técnico da Big Safra, Paulo Veiga, destaca ainda que é possível perceber que os investimentos nas lavouras de soja e milho nesta temporada também foram menores em algumas áreas – em função da atual situação do produtor argentino fragilizada por outros fatores além da seca – e os resultados no campo também refletem esse quadro. 

“Tivemos muito carinho e muito cuidado para buscar relatar a média do que observamos em cada lugar para que seja uma informação confiável para o produtor tomar suas decisões”, concluiu Emerson Pscheidt, produtor rural em Rio Negrinho/SC, que também acompanhou o Crop Tour Argentina 2023. 

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